sábado, setembro 7, 2024
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Brasil soma 92 leões, com DM9 líder e Grand Prix para Almap e Gut no Cannes Lions

Passado o frenesi da semana dedicada ao Festival de Cannes é possível filtrar e refletir sobre o que de melhor o evento traz para o ecossistema publicitário. Em um panorama mais holístico, além do ‘palco’, nossa diretora executiva, Regina Augusto, que acompanhou a 71ª edição do Cannes Lions, selecionou seis pontos-chave com base em suas impressões gerais sobre tendências apontadas pelo maior evento global de criatividade. Confira:

Nenhum grande blockbuster

Como muita gente costuma comparar o Cannes Lions ao Oscar, diferentemente da maior premiação do cinema mundial, que esse ano teve sua melhor safra em muitos anos, o Cannes de Criatividade não foi palco de nenhum case que tirasse o fôlego dos 12 mil participantes do evento.

(Re)valorização do humor

Depois da pandemia, duas guerras concomitantes e emergência climática, a publicidade resgatou uma das fórmulas mais eficientes para captar a atenção do público: o humor. E o próprio Festival deu um empurrãozinho para isso ao incluir o humor como subcategoria em 13 áreas de inscrições.

É sobre negócios

Do Grand Prix de Titanium para a ação “Doordash-all-the-ads”, criada pela Wieden+Kennedy, de Portland, que promoveu uma verdadeira corrida entre o público que acompanhou o Super Bowl neste ano para consumir produtos, ao Grand Prix de Mídia “Tá na Mão”, conquistado pela GUT para o Mercado Livre em uma estratégia para a Black Friday 2023, que contou com participação da Globo, ações comerciais embaladas de criatividade resgataram a essência da publicidade: gerar negócios.

Esse mesmo case da GUT, que também foi condecorado com Leões em diversas outras categorias, e o bom desempenho do Brasil no Mídia Lions, demonstra a força do modelo brasileiro de publicidade que une criação e mídia na mesma estrutura. Em um mundo onde criatividade e dados se cruzam, esse diferencial da indústria brasileira sagra-se como um grande trunfo.

Causas sociais em baixa? 

Muita gente comentou ao longo da semana passada que o movimento anti-woke e um certo cansaço das marcas por campanhas de impacto social poderiam explicar a percepção de que campanhas desse tipo, que marcaram as duas últimas edições, ficaram em segundo plano. Pelas razões expostas acima, essas campanhas acabaram ficando mais difusas no meio do Festival.  Nessa linha, destaque para o Grand Prix de Entertainment com o documentário “We Are Ayenda”, da Creative X Palo Alto e Modern Arts Los Angeles para WhatsApp que conta a história da Equipe Nacional de Futebol Feminino do Afeganistão e sua heroíca fuga do país após a ascensão do Talibã ao poder em 2021.

Publicitários brasileiros – cidadãos do mundo

Para muito além dos 92 Leões conquistados pelo Brasil nesta edição, a participação e a presença de profissionais brasileiros nas fichas técnicas de muitas campanhas que ganharam Leões e Grand Prix no Cannes Lions é extensa. Nos corredores do Palais, ouvi dizer que esse percentual chegou a cerca de 40% das peças premiadas em 2023. Não sei qual é a fonte dessa estatística, mas se tem algo que o Brasil passou a ser exportador de primeira linha é de talento criativo.

Para ter acesso a mais detalhes sobre as premiações de campanhas brasileiras, clique aqui.

 

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