
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), se declarou suspeita em julgamento sobre um pedido de revogação da prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson.
Ele xingou a ministra, em 21 de outubro de 2022, por uma suposta “censura” à emissora Jovem Pan, a uma semana do 2º turno das eleições.
Entretanto, Jefferson buscava fazer uma referência a um julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em que Cármen Lúcia barrou a exibição de um documentário da produtora Brasil Paralelo. Saiba mais nesta reportagem.
No vídeo, o ex-deputado chama a ministra de “Bruxa de Blair”, referência ao filme de terror de mesmo nome lançado em 1999, e de “Cármen Lúcifer”.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão de Jefferson no dia seguinte. O mandato foi cumprido em 23 de outubro na casa do ex-deputado, em Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. No episódio, Jefferson atacou com tiros e granadas a equipe de policiais federais, e depois disso se tornou réu por tentativa de homicídio.
A Corte analisa no plenário virtual se referenda a decisão de Moraes de negar a revogação da medida. A sessão teve início em 21 de abril e tem término previsto para 3ª feira (2.mai.2023). O ex-deputado chegou a oferecer a doação de suas armas para deixar a prisão.
Até agora, o placar está em 2 a 0 contra a revogação. O ministro Edson Fachin acompanha o entendimento de Moraes. Eis a íntegra (130 KB) do voto do relator.
Roberto Jefferson deixou o presídio de Bangu 8 para cumprir prisão domiciliar em 24 de janeiro, depois de ser autorizado por Moraes. A defesa alegava que a saúde do político estava fragilizada.
Poder360