Categoria: Destaque

  • João Vitor aborda inclusão em palestra na Assembleia Legislativa de Goiás

    João Vitor aborda inclusão em palestra na Assembleia Legislativa de Goiás

    João Vitor será um dos protagonistas do debate sobre inclusão na Assembleia Legislativa de Goiás, na próxima terça-feira (16/9), em Goiânia. Ele vai compartilhar sua experiência de vida na palestra “Superando Barreiras: Experiências, Conquistas e Desafios na Educação de um Filho com Síndrome de Down”, que integra a programação do evento dedicado à reflexão e troca de vivências sobre o tema. A iniciativa reunirá pais, educadores, profissionais da saúde e ativistas da inclusão para discutir desafios e conquistas no processo educativo de crianças com deficiência intelectual.

    A programação conta ainda com a participação de Márcia Regina, que trará relatos pessoais e profissionais sobre a importância do apoio familiar, das políticas públicas e do papel da escola no desenvolvimento integral da criança com Síndrome de Down. A entrada é gratuita e aberta a todos os interessados.

    O evento ocorrerá das 15h às 16h e tem como objetivo principal ampliar o diálogo sobre inclusão, promover a conscientização da sociedade e fortalecer as redes de apoio que cercam famílias e educadores. Em tempos em que a educação inclusiva ainda enfrenta inúmeros desafios, iniciativas como esta representam passos significativos rumo à construção de uma sociedade mais justa e acessível.
    Fonte A Redação
  • EUA: Café sobe 40%, roubo de cargas cresce e setor ganha guia anti-ladrão

    EUA: Café sobe 40%, roubo de cargas cresce e setor ganha guia anti-ladrão

    Sean McLain é gerente de vendas de uma importadora de café no Colorado, nos Estados Unidos (EUA). Há alguns meses, o executivo ficou famoso na indústria cafeeira americana por ter ido à internet para alertar concorrentes sobre o roubo de cargas.

    “Um caminhão nosso cheio de café foi roubado e quero compartilhar minha história para que você possa aprender com ela e proteger suas operações”, escreveu no site da empresa Desert Sun Coffee, ao detalhar o passo a passo dos ladrões.

    O caso não é isolado.

    Em março, a Associação Nacional do Café (NCA, na sigla em inglês) discutiu os roubos de caminhões na conferência anual do setor em Houston, no Texas. O setor cita “dezenas” de roubos nos últimos meses – algo inédito no país.

    A empresa de gestão de risco logístico Overhaul estima que os roubos de carga de alimentos e bebidas cresceram 41% em um ano, sendo lideradas pelo café e bebidas energéticas. Um caminhão com 20 toneladas de café tem carga estimada em mais de US$ 180 mil – ou cerca de R$ 1 milhão.

    Os EUA são líderes mundiais no consumo de café, mas a produção local praticamente não existe. Por isso, precisam importar quase 100% de tudo o que enche as xícaras e canecas.

    O processo é quase sempre o mesmo: um navio vem dos grandes produtores – como Brasil, Colômbia ou Vietnã, descarrega em um porto e, então, caminhões levam os grãos a todo o país. É aí que ocorrem os roubos.

    Esse fenômeno parece ter ganhado ainda mais força com a disparada dos preços em meio ao tarifaço de Donald Trump. A guerra comercial torna a carga ainda mais valiosa – um verdadeiro ouro negro em grãos.

    Dados do Departamento de Estatísticas dos EUA mostram que o preço médio do café torrado e moído no varejo atingiu o recorde de US$ 8,872 a libra (453,6 gramas) em agosto.

    Só no mês passado, o preço médio subiu 5,4% na comparação com julho. Em 12 meses, a disparada alcança 40,6%.

    Com esse pano de fundo, a Associação Nacional do Café enviou na semana passada a cartilha “Combatendo a fraude e o roubo de café” aos quase 300 associados – que vão desde gigantes como Nestlé e Starbucks a pequenos torrefadores.

    O documento de oito páginas tem dicas de várias naturezas. Entre as recomendações, estão protocolos para escolher empresas lícitas e que ofereçam ferramentas de segurança, como frota monitorada por satélite.

    A NCA também sugere fortemente que “em nenhuma circunstância as cargas deverão ser desviadas” do caminho programado entre o vendedor e comprador. Indica ainda o uso de “lacres mais espessos, embora mais caros, são mais difíceis de violar ou romper e podem diminuir a atratividade” da carga.

    “Não espere que o desastre aconteça. Tome medidas agora, reavaliando seus contratos, revisando seu seguro e mantendo-se vigilante”, resume Sean McLain, o executivo que ficou famoso pelo roubo da carga.

    CNN

  • “Careca do INSS” desiste de prestar depoimento e CPMI cancela reunião

    “Careca do INSS” desiste de prestar depoimento e CPMI cancela reunião

    A reunião da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) marcada para esta segunda-feira (15) foi cancelada após Antônio Carlos Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, comunicar que não compareceria ao colegiado.

    De acordo com o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a defesa comunicou o cancelamento nesta manhã. No sábado (13), uma decisão do ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), desobrigou a presença do empresário no colegiado.

    “Perdemos a oportunidade de ouvir hoje um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados. É lamentável, mas a comissão seguirá trabalhando para que a verdade venha à tona e os culpados sejam responsabilizados”, disse o senador em nota.

    A CPMI havia solicitado ao STF a liberação para ir à oitiva após o empresário ter sido preso na sexta-feira (12) em nova fase da Operação Sem Desconto da PF (Polícia Federal).

    Após a decisão de Mendonça, Viana anunciou que o colegiado iria recorrer. A manutenção do depoimento foi acordada diretamente com a defesa e, por isso, o depoimento foi inicialmente mantido para esta segunda.

    Em nota, a defesa de Antônio Carlos Camilo afirmou que por causa da existência de inquérito policial sobre o mesmo assunto da CPMI “dará prioridade ao depoimento perante a Polícia Federal, considerando inclusive o lamentável clima político no âmbito da comissão”.

    A CPMI havia solicitado ao STF a liberação para ir à oitiva após o empresário ter sido preso na sexta-feira (12) em nova fase da Operação Sem Desconto da PF (Polícia Federal).

    Após a decisão de Mendonça, Viana anunciou que o colegiado iria recorrer. A manutenção do depoimento foi acordada diretamente com a defesa e, por isso, o depoimento foi inicialmente mantido para esta segunda.

    Em nota, a defesa de Antônio Carlos Camilo afirmou que por causa da existência de inquérito policial sobre o mesmo assunto da CPMI “dará prioridade ao depoimento perante a Polícia Federal, considerando inclusive o lamentável clima político no âmbito da comissão”.

    CNN

  • Ministro da Saúde detalha aumento das despesas e pede mais recursos para a pasta

    Ministro da Saúde detalha aumento das despesas e pede mais recursos para a pasta

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, manifestou aos parlamentares da Comissão Mista de Orçamento a sua preocupação com algumas despesas que cresceram e que não estão no Orçamento deste ano. Ele foi à comissão para atender uma regra que estabelece prestação de contas quadrimestral ao colegiado (Lei Complementar 141/12).

    O ministro citou o custo do programa Farmácia Popular, que passou de R$ 2,2 bilhões em 2022 para R$ 6 bilhões neste ano. Ele explicou que houve um aumento da lista de medicamentos gratuitos e a distribuição de fraldas geriátricas. Segundo Padilha, são 60 milhões de fraldas por mês.

    Também o programa Agora Tem Especialistas, criado recentemente, não tem todos os recursos necessários. O ministro pediu a colaboração dos parlamentares com o remanejamento de emendas orçamentárias de bancadas estaduais e de comissão para ações como a contratação de carretas e de mutirões de procedimentos especializados; além da aquisição de veículos de transporte, como ambulâncias.

    “Às vezes, um recurso de emenda de comissão já está na ata para colocar R$ 1 milhão na cidade. Em vez de botar R$ 1 milhão no fundo municipal, no fundo estadual, você transformar isso numa carreta que fique lá um mês, dá até um protagonismo maior para o parlamentar, para a ação da comissão”, disse.

    Renato Araújo/Câmara dos Deputados
    Audiência Pública - Apresentação do Relatório de Execução Orçamentária. Dep. Mauro Benevides Filho (PDT-CE)
    Mauro Benevides Filho sugeriu aumento das emendas obrigatórias para saúde, de 50% para 65%

    Decisões judiciais
    A terceira fonte de pressão de gastos, segundo Alexandre Padilha, é o cumprimento de decisões judiciais para a compra de medicamentos e realização de procedimentos de média e alta complexidade. O total passou de R$ 1,5 bilhão em 2022 para R$ 2,5 bilhões neste ano.

    Apesar do aumento das demandas, o ministro disse que houve um crescimento de 75% na aplicação mínima em saúde entre 2022 e 2025. Para 2026, são R$ 245,5 bilhões. Ainda assim, Padilha afirmou que o país aplica 4,5% do PIB em saúde enquanto países desenvolvidos da OCDE aplicam 7,4%.

    Emendas obrigatórias
    O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) disse que vai propor que a destinação obrigatória das emendas orçamentárias parlamentares para a saúde passe de 50% para 65%. “Apesar da crítica que isso é muito centralizado e a emenda tenta dar essa descentralização, mas eu acho que o parlamentar ainda consegue visualizar melhor esses lugares onde ainda falta uma intervenção mais precisa”, afirmou. 

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • PF prende o ‘Careca do INSS’ em operação contra fraudes em aposentadorias

    PF prende o ‘Careca do INSS’ em operação contra fraudes em aposentadorias

    A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12) Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, suspeitos de envolvimento nas fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na operação, foram apreendidas esculturas eróticas, quadros, arma e carros de luxo.

    Uma investigação da PF revelou um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS. Antunes é o lobista apontado pela PF como “facilitador” do caso.

    A PF afirma que associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

    O prejuízo, entre os anos de 2019 e 2024, pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Em abril, quando a fraude veio à tona, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.

    Antunes foi levado para a Superintendência do Distrito Federal. Neste momento, os agentes também fizeram buscas na casa dele. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

    Por telefone, a defesa de Antunes afirmou à TV Globo que vai buscar a liberdade do seu cliente.

    Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência. A defesa do empresário disse não haver “qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS”. (Leia a íntegra ao final desta reportagem.)

    Os agentes também foram na casa e no escritório do advogado Nelson Wilians, na cidade de São Paulo, onde encontraram diversas obras de arte.

    Em nota, a defesa dele esclareceu que ele “tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência”. (Leia a íntegra ao final desta reportagem.)

    No total, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF André Mendonça.

    Diversos carros de luxo foram apreendidos, incluindo Ferrari, Land Rover, Porsche, Mercedes e até um carro de Fórmula 1.

    Ferrari apreendida no Distrito Federal na operação contra fraude no INSS — Foto: Reprodução/TV Globo
    Ferrari apreendida no Distrito Federal na operação contra fraude no INSS — Foto: Reprodução/TV Globo
    Carro apreendido no Distrito Federal em operação contra fraude no INSS — Foto: Reprodução/TV Globo
    Carro apreendido no Distrito Federal em operação contra fraude no INSS — Foto: Reprodução/TV Globo

    Como funcionava o esquema

    De acordo com a PF, dirigentes e servidores do INSS recebiam vantagens indevidas para facilitar a inserção dos descontos nos contracheques dos aposentados, enquanto associações de fachada viabilizavam o desvio.

    A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada.

    O que dizem as defesas

    ➡️ Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela defesa de Maurício Camisotti:

    “A defesa do empresário Maurício Camisotti afirma que não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS.

    Os advogados chamam a atenção para a arbitrariedade cometida durante a ação policial: Camisotti teve seu celular retirado das mãos no exato momento em que falava com seu advogado. Tal conduta afronta garantias constitucionais básicas e equivale a constranger um investigado a falar ou produzir prova contra si próprio.

  • Em nova declaração, EUA dizem que condenação de Bolsonaro foi ‘acontecimento sombrio’

    Em nova declaração, EUA dizem que condenação de Bolsonaro foi ‘acontecimento sombrio’

    O subsecretário da Diplomacia Pública dos Estados Unidos (EUA) Darren Beattie, afirmou nesta sexta-feira (12/11) que a decisão pela condenação de Jair Bolsonaro “representa um novo marco fatídico no complexo de censura e perseguição do juiz Moraes, violador de direitos humanos, que tem como alvo Bolsonaro e seus apoiadores”.

    Em sua conta oficial no X, Beattie escreveu que o governo americano está levando “este acontecimento sombrio com a máxima seriedade”.

    Da mesma forma, o vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, afirmou, também no X, que seu país “condena o uso da lei como arma política”.

    “Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro Moraes desmantelar o Estado de direito no país e arrastar as relações entre nossas grandes nações para o ponto mais sombrio em dois séculos. Enquanto o Brasil deixar o destino dessa relação nas mãos do ministro Moraes, não vejo saída para esta crise.”

    Na noite de quinta-feira, logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar Bolsonaro e mais sete réus por golpe de Estado, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que o governo dos EUA dará “resposta à altura”.

    Em postagem também no X, Rubio repetiu o presidente americano, Donald Trump, classificando o processo contra Bolsonaro de “caça às bruxas”.

    “As perseguições políticas pelo violador de direitos humanos e alvo de sanções Alexandre de Moraes continuam, enquanto ele e outros no Supremo Tribunal do Brasil decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos darão resposta à altura a essa caça às bruxas”, afirmou Rubio.

    O Itamaraty respondeu à publicação de Rubio dizendo que ameaças “não intimidarão” a democracia brasileira.

    “O Poder Judiciário brasileiro julgou, com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988, os primeiros acusados pela frustrada tentativa de golpe de Estado, que tiveram amplo direito de defesa. As instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores no X.

    “Continuaremos a defender a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem”, continuou a pasta.

    “Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia”, concluiu o Itamaraty, em sua manifestação.

    Pouco antes, Donald Trump havia comentado o resultado do julgamento no Brasil ao ser perguntado por um repórter quando embarcava no helicóptero presidencial no jardim da Casa Branca.

    O líder americano afirmou conhecer bem Bolsonaro, disse que o resultado do julgamento é “surpreendente” e comparou o caso à situação pela qual ele próprio passou após os tumultos do 6 de Janeiro de 2021 em Washington, D.C.

    “Como líder estrangeiro, acho que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso possa acontecer”, disse.

    “É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum”, seguiu.

    Trump já havia criticado duramente o Brasil e o governo Lula por causa do suposto tratamento injusto dado a seu aliado Bolsonaro.

    Em julho, ele determinou tarifas de 50% para produtos brasileiros exportados aos EUA, além sanções contra o Alexandre de Moraes, juiz relator do caso, e a revogação de vistos para a maioria dos membros do Supremo.

    “Bem, não sei… estamos falando de coisas que nos deixam muito desapontados com o Brasil. Aplicamos tarifas muito altas por causa do que eles estão fazendo, algo muito lamentável”, afirmou Trump na semana passada.

    “Temos uma ótima relação com o povo do Brasil, mas o governo mudou radicalmente. Foi para a esquerda de forma muito intensa, muito radical, e isso está prejudicando o país gravemente. As coisas lá estão indo muito mal. Muito, muito mal. Então, vamos ver”, disse, em uma entrevista coletiva.

    Na mesma esteira, o governo dos Estados Unidos também aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele é “tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados”.

    Por isso, novas medidas eram esperadas após a conclusão do julgamento.

    BBC

  • Otan lança operação em resposta à invasão de drones da Rússia na Polônia

    Otan lança operação em resposta à invasão de drones da Rússia na Polônia

    A Otan, a aliança militar ocidental, lançou uma operação para reforçar a defesa do flanco oriental da Europa após drones russos terem invadido o espaço aéreo da Polônia esta semana, anunciou o secretário-geral Mark Rutte nesta sexta-feira (12).

    “A Sentinela Oriental adicionará flexibilidade e força à nossa postura e deixará claro que, como uma aliança defensiva, estamos sempre prontos para defender”, acrescentou.

    Rutte afirmou que a incursão de drones da Rússia na quarta-feira (10) “não foi um incidente isolado” e chamou a ação de “perigosa e inaceitável”.

    “A irresponsabilidade da Rússia no ar, ao longo do nosso flanco leste, está se tornando cada vez mais frequente”, avaliou.

    O general americano Alexus Grynkewich, comandante supremo aliado da Otan na Europa, destacou que a operação será “flexível e ágil” e incluirá “capacidades aprimoradas”, defesas aéreas e terrestres integradas e maior compartilhamento de informações entre os países parceiros.

    Entre os equipamentos dedicados à operação estão dois F-16 e uma fragata antiaérea da Dinamarca, três caças Rafale da França e quatro Eurofighters da Alemanha, de acordo com um comunicado à imprensa da aliança.

    “Embora o foco imediato esteja na Polônia, esta situação transcende as fronteiras de uma nação. O que afeta um aliado afeta a todos nós”, advertiu Grynkewich.

    A iniciativa segue o modelo da operação “Sentinela do Báltico”, lançada no início deste ano em resposta à sabotagem de cabos no Mar Báltico, ainda de acordo com o comandante.

    A operação cobrirá todo o flanco leste dos Estados da Otan, “do extremo norte ao Mar Negro e ao Mediterrâneo”, disse Grynkewich.

    “No flanco leste, ajustaremos e mudaremos constantemente nossa postura de forma a manter o adversário desprevenido, mas também a responder a ameaças específicas à medida que as vemos surgir”, concluiu.

    Incursão de drones “não foi” um erro

    O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, chamou nesta sexta-feira (12) a incursão de drones russos em seu país de “ataque” e disse que a ação não foi um erro.

    “Também gostaríamos que o ataque de drones à Polônia tivesse sido um erro. Mas não foi. E sabemos disso”, comentou Tusk em uma publicação nas redes sociais.

    A Polônia tem informações indicando que a Rússia lançou até 21 drones contra o país na quarta-feira, mas nem todos foram encontrados, afirmou o chefe do Gabinete de Política Internacional da presidência polonesa, Marcin Przydacz, à mídia local.

    É possível que alguns drones tenham cruzado o espaço aéreo de um lado para o outro, disse Przydacz em entrevista à Rádio ZET nesta sexta.

    Ao todo, 16 drones foram encontrados, informou o ministro do Interior polonês na quarta-feira. Os locais onde os destroços foram achados abrangem uma área de centenas de quilômetros quadrados.

    CNN

  • Recursos possíveis e prisão: os próximos passos da condenação de Bolsonaro

    Recursos possíveis e prisão: os próximos passos da condenação de Bolsonaro

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado foram condenados pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) na quinta-feira (11).

    As penas de prisão variam de 16 a 27 anos. O ex-presidente, acusado de liderar a organização criminosa armada pelo golpe, pegou a maior pena.

    A exceção é o tenente-coronel Mauro Cid, que foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto como benefício pela delação premiada.

    Além da prisão, os réus foram condenados a dias-multa, perda de mandato parlamentar e perda dos cargos de delegado. No caso de réus militares, o Superior Tribunal Militar será oficiado para avaliar a perda de patente.

    O caso, porém, não está encerrado e Bolsonaro e demais réus não devem ser presos imediatamente. Isso porque ainda cabe recurso da decisão.

    Recursos possíveis

    O STF tem até 60 dias para publicar o acórdão do julgamento, que é um documento com o relatório do caso, os votos e seus fundamentos e o resultado do processo.

    Embora raramente mudem o resultado de um julgamento, eles permitem apontar eventuais contradições, omissões ou obscuridades nos votos dos ministros.

    Na prática, costumam ser rejeitados pelo STF e são frequentemente interpretados como manobras para protelar o fim da ação penal.

    Outra opção, considerada remota, são os embargos infringentes, para o qual a defesa tem o prazo de 15 dias a partir da publicação do acórdão.

    Esse tipo de recurso permitiria um novo julgamento no plenário da Corte, colegiado composto pelos 11 ministros.

    O STF já decidiu em outros casos que esse recurso só é aceito quando há divergência significativa entre os ministros, com pelo menos dois votos favoráveis à absolvição, o que não ocorreu no processo contra Bolsonaro.

    Mas não é uma regra expressa e regimentar, somente uma jurisprudência. Isso significa que os advogados podem tentar esse recurso, mas a chance de ser aceito é muito baixa.

    Conforme mostrou a CNN, a defesa de Jair Bolsonaro estuda ainda recorrer a instâncias internacionais. Advogados avaliam levar o caso a cortes externas, como a Interamericana de Direitos Humanos, sob alegação de violações a garantias fundamentais e ao devido processo legal.

    Quando Bolsonaro será preso?

    No Brasil, as penas só podem ser cumpridas depois que o caso transita em julgado, ou seja, depois que acabam todas as possibilidades de recurso.

    Se os recursos forem rejeitados e as condenações mantidas, Bolsonaro passará para a prisão em regime fechado. O local da prisão do ex-presidente e dos outros réus deve ser definido pelo ministro relator Alexandre de Moraes após o trânsito em julgado.

    As principais opções são a superintendência da PF (no caso de Bolsonaro) ou o Centro Penitenciário da Papuda, ambos em Brasília. Réus militares também podem ser presos no quartel do Exército.

    A defesa de Bolsonaro, porém, deve entrar com pedido de prisão domiciliar alegando a saúde frágil do ex-presidente e a idade avançada.

    CNN

  • Complexo Oncológico (Cora) já tem data para ser inaugurado

    Complexo Oncológico (Cora) já tem data para ser inaugurado

    Na segunda-feira (8/9), o governador Ronaldo Caiado vistoriou obras em Goiânia, entre elas o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), que será oficialmente inaugurado em 25 de setembro. Para o chefe do Executivo estadual, a unidade representa um marco para a saúde pública brasileira.

    “Hoje faz três meses que autorizamos a entrada de crianças para serem tratadas no Cora. É inédito o que fizemos em Goiás, superando todas as dificuldades e todos aqueles que tentaram impedir a construção desse hospital”, afirmou Caiado, ao destacar a rapidez da obra, concluída em apenas 25 meses.

    O Cora iniciou as atividades em 9 de junho, em fase de pré-operação. É o primeiro hospital estadual 100% custeado pelo SUS, com atendimento inicial em oncologia voltado a crianças e adolescentes. A administração é feita pela Fundação Pio XII, responsável também pelo Hospital de Amor de Barretos (SP), que serviu de modelo para o projeto.

    Durante a visita, o secretário de Estado da Saúde, Rasível Reis, destacou a parceria com a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), responsável pelas obras, já com 97% concluídas.

    “Se não fosse pelo trabalho e controle da Goinfra, não estaríamos entregando esse hospital em tão pouco tempo. Já estamos com todos os preparativos para a inauguração”, afirmou.

    Segundo o secretário, 25 crianças já recebem tratamento contra leucemia no hospital, evitando a necessidade de deslocamento para outros estados. O diretor técnico da unidade, Mário de Paula, reforçou que o Cora já opera em ritmo acelerado.

    “Tivemos uma grande surpresa com o número de pacientes. Em menos de três meses, já estamos com mais de 100 atendimentos, vários diagnósticos e 60 em tratamento”, relatou.

    Ele acrescentou que o número de cirurgias também cresce rapidamente. “Estamos realizando duas neurocirurgias por semana. É um volume expressivo para uma instituição que está em fase inicial de adaptação em Goiás.”

    O Cora está na primeira de três etapas previstas e terá capacidade para atender cerca de 300 casos de câncer por ano. Apenas em julho, foram realizadas aproximadamente 450 consultas, 46 internações e 350 quimioterapias.

    Para a inauguração desta fase, o Governo de Goiás investiu mais de R$ 255 milhões na construção e em equipamentos de alta tecnologia. Quando estiver em pleno funcionamento, o hospital contará com 148 leitos e será uma das maiores estruturas oncológicas do país.

    Outras vistorias

    Na sequência, Caiado também vistoriou as obras do Autódromo Internacional Ayrton Senna, que sediará o MotoGP 2026. A entrega está prevista para o final de dezembro.

    “Estamos com duas equipes trabalhando em frentes distintas: uma na pista e outra na infraestrutura, que foi 100% demolida e está sendo totalmente reconstruída”, disse o governador, destacando o ritmo acelerado da obra.

    O presidente da Goinfra, Pedro Sales, informou que as vistorias serão mensais até o fim do ano, quando a MotorSport Mundial certificará que o autódromo está apto a receber a competição. O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, também acompanhou a visita.

    Por fim, Caiado esteve no canteiro de obras da Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França, que ganhará uma nova estrutura com mais de 200 espaços para práticas artísticas. A expansão multiplicará por cinco a área construída atual, com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2026.

    “Essa é a mais famosa escola de arte e dança do mundo hoje, porque estamos superando todas as outras. O Basileu compete mundialmente. Estamos criando uma estrutura à altura, que dê espaço para jovens e crianças desenvolverem seus talentos e potencialidades em cada área artística”, afirmou Caiado.

    O secretário de Estado da Infraestrutura, Adib Elias, destacou o rápido avanço da obra. “Em apenas 20 dias, já temos esse andamento. A expectativa é que até março estejamos com 80% concluídos”, finalizou.

    Foto: Wesley Costa e Rômulo Carvalho
  • Marco Rubio promete ‘resposta à altura’ dos EUA à condenação de Bolsonaro e governo Lula diz que ‘não se intimidará’

    Marco Rubio promete ‘resposta à altura’ dos EUA à condenação de Bolsonaro e governo Lula diz que ‘não se intimidará’

    O secretário de Estado americano, Marco Rubio, comentou a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que o governo dos EUA dará “resposta à altura”.

    Em postagem no X, Rubio repetiu o presidente americano, Donald Trump, classificando o processo contra Bolsonaro de “caça às bruxas”.

    “As perseguições políticas pelo violador de direitos humanos e alvo de sanções Alexandre de Moraes continuam, enquanto ele e outros no Supremo Tribunal do Brasil decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos darão resposta à altura a essa caça às bruxas”, afirmou Rubio.

    O Itamaraty respondeu à publicação de Rubio dizendo que ameaças “não intimidarão” a democracia brasileira.

    “O Poder Judiciário brasileiro julgou, com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988, os primeiros acusados pela frustrada tentativa de golpe de Estado, que tiveram amplo direito de defesa. As instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores no X.

    “Continuaremos a defender a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem”, continuou a pasta.

    “Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia”, concluiu o Itamaraty, em sua manifestação.

    Anteriormente, Donald Trump havia comentado o resultado do julgamento no Brasil ao ser perguntado por um repórter quando embarcava no helicóptero presidencial no jardim da Casa Branca.

    O líder americano afirmou conhecer bem Bolsonaro, disse que o resultado do julgamento é “surpreendente” e comparou o caso à situação pela qual ele próprio passou após os tumultos do 6 de Janeiro de 2021 em Washington, D.C.

    “Como líder estrangeiro, acho que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso possa acontecer”, disse.

    “É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum”, seguiu.

    Trump já havia criticado duramente o Brasil e o governo Lula por causa do suposto tratamento injusto dado a seu aliado Bolsonaro.

    Em julho, ele determinou tarifas de 50% para produtos brasileiros exportados aos EUA, além sanções contra o Alexandre de Moraes, juiz relator do caso, e a revogação de vistos para a maioria dos membros do Supremo.

    “Bem, não sei… estamos falando de coisas que nos deixam muito desapontados com o Brasil. Aplicamos tarifas muito altas por causa do que eles estão fazendo, algo muito lamentável”, afirmou Trump na semana passada.

    Temos uma ótima relação com o povo do Brasil, mas o governo mudou radicalmente. Foi para a esquerda de forma muito intensa, muito radical, e isso está prejudicando o país gravemente. As coisas lá estão indo muito mal. Muito, muito mal. Então, vamos ver”, disse, em uma entrevista coletiva.

    Na mesma esteira, o governo dos Estados Unidos também aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moares, afirmando que ele é “tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados”.

    Por isso, novas medidas eram esperadas após a conclusão do julgamento.

    BCC