Categoria: Política

  • Lula se reúne com reitores de universidades federais na tentativa de conter greve de professores

    Lula se reúne com reitores de universidades federais na tentativa de conter greve de professores

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe nesta segunda-feira, 10, reitores de universidades federais para tentar conter a greve de professores que dura 60 dias. A reunião consta na agenda presidencial e contará com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, da Educação, Camilo Santana, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

    O encontro está previsto para acontecer a partir das 9h. O petista deve anunciar um aumento de verbas de custeio para as universidades e obras para a rede que estarão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). No entanto não há previsão de anúncio de reajuste salarial aos professores, um dos motivos da greve da categoria.

    Além disso, os docentes querem que haja recomposição salarial em 2024, o que o governo federal afirma não ser possível. No dia 29 de maio, os professores das universidades federais haviam anunciado a manutenção da greve, mas aceitaram abrir negociações com o governo.

    Uma proposta chegou a ser enviada e aceita pela Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) que previa o reajuste em duas parcelas previstas para 2025 (9%) e 2026 (3,5%), sem aumento no ano 2024.

    Porém o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) afirmou que quase todas as assembleias com servidores rejeitaram a proposta. O órgão ainda reforçou, durante audiência no dia 6 de junho, a importância de o governo federal reabrir a negociação com a entidades da classe.

    Os professores de ao menos 29 universidades federais encontram-se em greve desde o dia 15 de abril, no intuito de recuperar o orçamento para a educação, que teve uma forte expansão nos dois primeiros governos de Lula, seguida de redução orçamentária nas gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

    IstoÉ

  • Governo conclui estudos para avançar em plano de elevar preço mínimo do cigarro

    Governo conclui estudos para avançar em plano de elevar preço mínimo do cigarro

    governo federal já concluiu os estudos técnicos para seguir com o plano de elevar o preço mínimo do cigarro, parado em R$ 5 desde 2016. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o assunto está em avaliação pela instância decisória, que baterá o martelo sobre a medida.

    Ministério da Fazenda chegou a cogitar usar a arrecadação advinda dessa alta para compensar parte da desoneração da folha de pagamentos. A conclusão dos cálculos mostrou, contudo, que o valor gerado (menos de R$ 1 bilhão) seria muito pouco representativo para entrar no pacote.

    A paralisação do patamar do preço mínimo do cigarro provocou uma redução sustentada da média real do valor de um maço de 20 cigarros fabricado por empresas legalmente registradas no País. É de 2011 a lei que criou uma política de preços mínimos para a mercadoria, com vigência a partir de maio de 2012, quando esse piso passou a ser de R$ 3, aumentando R$ 0,50 anualmente até atingir R$ 4,50 em 2015.

    Em 2016, foi publicado o último decreto sobre o tema, estabelecendo o valor em R$ 5. O piso é válido em todo o território nacional e qualquer cigarro vendido abaixo deste valor será ilegal, diz o site do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

    Segundo o artigo, se os preços dos cigarros lícitos sobem, os preços dos itens ilícitos também aumentam, “de modo que os aumentos de impostos têm um efeito positivo em ambos os mercados em termos de preços mais altos e redução de consumo”.

    Uma pesquisa do Inca publicada em agosto do ano passado mostrou que o cigarro legal brasileiro é o segundo mais barato da região das Américas, além de mostrar que a diferença entre o preço das marcas legalmente fabricadas no País e as contrabandeadas nunca esteve tão baixa.

    “Após a reforma tributária de 2012, o preço médio do produto legal era quase 150% mais alto em relação ao cigarro ilegal. Atualmente, essa diferença caiu pela metade. Os números refletem, sobretudo, a falta de reajuste, desde 2017, nas alíquotas do imposto sobre o cigarro e no preço mínimo estabelecido por lei”, aponta o instituto.

    Além de arrecadatória, a iniciativa de aumento do preço mínimo do cigarro tem apelo pela agenda de saúde pública. O Inca aponta, por exemplo, que o aumento dos impostos e preços deste produto é a medida mais efetiva, especialmente entre jovens e populações de camadas mais pobres, para reduzir o consumo.

    “Estudos indicam que um aumento de preços na ordem de 10% é capaz de reduzir o consumo de produtos derivados do tabaco em cerca de 8% em países de baixa e média renda, como o Brasil”, diz o Inca.

    EStadão

  • Prefeitura de Goiânia entrega escrituras a moradores do Jardim Dom Fernando

    Prefeitura de Goiânia entrega escrituras a moradores do Jardim Dom Fernando

    A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária (Serfun), entregou nesta quinta-feira (6/6) mais 200 escrituras de imóveis na capital. Desta vez os beneficiados são os moradores do Jardim Dom Fernando. A solenidade contou com a presença do prefeito Rogério.

    “Temos feito esse trabalho com muito carinho. Muitas pessoas que esperavam suas estruturas há 50 anos, até 60 anos, hoje têm o documento na sua mão e podem dizer “a casa é minha”. E nós temos feito isso nos quatro cantos da cidade de Goiânia. E para nós é uma grande satisfação poder levar essa dignidade ao cidadão”, ressaltou o prefeito.

    O secretário extraordinário de Regularização Fundiária de Goiânia, Carlin Café, explica que os títulos são entregues gratuitamente. “Os documentos são entregues sem custo nenhum às famílias. Muitas pessoas aguardavam há mais de 40 anos pelas escrituras, que estão sendo entregues porque a atual gestão prioriza a regularização fundiária dos imóveis de Goiânia”, ressalta.

    A ação faz parte do Programa Permanente de Regularização Fundiária Plena de Núcleos Urbanos Informais e Favelas (Solo Seguro-Favelas), criado pela Corregedoria Nacional de Justiça, com coordenação do Programa RegularizAÇÃO, da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás.

    A juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás, Soraya Fagury, elogiou o trabalho da prefeitura. “Quero agradecer ao prefeito Rogério, que faz um trabalho muito bonito nessa área de Regularização Fundiária. O direito à moradia é um direito constitucional, e quero parabenizar a todos que recebem esse direito nesta noite”, falou.

    Secretaria Municipal de Comunicação ( Secom) – Prefeitura de Goiânia

  • Gilmar Mendes determina que Tarcísio explique escolas cívico-militares em SP

    Gilmar Mendes determina que Tarcísio explique escolas cívico-militares em SP

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes deu prazo de 10 dias para que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se manifeste sobre ação de inconstitucionalidade da lei que instituiu o programa de escolas cívico-militares em São Paulo.

    O prazo foi estabelecido pelo ministro com base em uma ação direta de inconstitucionalidade apresentada por deputados do PSOL, que afirmam que a lei afronta princípios constitucionais, além de ferir a LDB (Lei de Diretizes e Bases da Educação Nacional).

    Tarcísio sancionou a lei que cria escolas cívico-militares em São Paulo no último dia 27. Bandeira bolsonarista na área educacional, o modelo não era inicialmente tratado como prioridade pela gestão estadual.

    Na ocasião, o governador defendeu que o modelo irá melhorar os indicadores educacionais paulistas e prometeu superar a meta de 100 escolas militarizadas.

    “Eu tenho certeza que com a escola cívico-militar a gente vai desenvolver ambiente em que a pedagogia vai fluir, vai fluir de maneira leve”, disse ele na cerimônia de sanção.

    Tarcísio passou a prometer o modelo em São Paulo depois que o governo Lula anunciou, em julho do ano passado, o fim do programa nacional de escolas cívico-militares criado por Bolsonaro.

    Na ação de inconstitucionalidade, os deputados do PSOL argumentam que o modelo provoca uma “clara desvalorização da categoria de educadores”.

    “Objetiva-se a gradual substituição de profissionais da educação, os quais devem prestar concurso público e passar pela análise de seus títulos acadêmicos para estarem aptos a ocupar tais cargos, por militares, a serem escolhidos de forma discricionária, em última instância, por ato da Secretaria da Segurança Pública”, diz a ação.

    O projeto de Tarcísio prevê que os policiais militares da reserva que atuarem em escolas cívico-militares recebam mais do que os professores da rede estadual paulista. Pela proposta, os agentes aposentados vão receber um adicional de até R$ 6.034 —o valor é 13% superior ao piso salarial dos docentes em São Paulo.

    Segundo a proposta de Tarcísio, os PMs da reserva vão atuar nessas escolas para cuidar da “segurança escolar” e desenvolver “atividades extracurriculares de natureza cívico-militar”.

    Segundo Gilmar Mendes, “considerando a complexidade e a relevância da matéria em debate”, Tarcísio deve dar detalhes sobre a lei. Após a manifestação do governador, o advogado-geral da União e o procurador-geral da República devem se manifestar em cinco dias.

    O modelo de escolas cívico-militares aprovado por Tarcísio é o mesmo usado no Paraná e que está sendo contestado no STF. Especialistas ouvidos pela Folha apontam que a aprovação da lei em São Paulo pressiona o Supremo a decidir sobre o modelo.

    Em São Paulo e no Paraná, os deputados defendem que a militarização de uma escola civil não está prevista na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) ou em qualquer outra legislação federal. Por isso, estados e municípios não teriam autonomia para criar seus próprios modelos.

    Esse foi o entendimento dos ministros do STF ao definir a inconstitucionalidade de iniciativas locais sobre o homeschooling. O Supremo não considerou que a modalidade de ensino domiciliar é inconstitucional, mas que sua aplicação é de competência legislativa exclusiva da União assim propostas municipais e estaduais acabaram barradas.

    Folha de São Paulo

  • Diretor da Conab diz que compra de arroz foi ‘politizada’: ‘Não esperávamos mobilização judicial’

    Diretor da Conab diz que compra de arroz foi ‘politizada’: ‘Não esperávamos mobilização judicial’

    O diretor presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, avaliou que houve um movimento de politização contra a compra pública de arroz importado pelo governo federal. “Houve uma politização do assunto. Não esperávamos uma mobilização judicial contra a importação do arroz. Por parte do governo, não há uma questão ideológica na medida”, disse Pretto, em entrevista à imprensa sobre o leilão de compra pública de arroz importado e beneficiado.

    “A medida não é uma afronta aos produtores, mas neste momento precisamos ter um olhar mais atencioso aos consumidores e garantir arroz a preço acessível aos produtores. O governo não está comprando arroz a bel-prazer e sim por necessidade”, acrescentou.

    Na manhã desta quinta-feira, 6, a Conab adquiriu 263,37 mil toneladas de arroz importado e foi beneficiado em leilão de compra pública. A intenção era comprar 300 mil toneladas do cereal importado ao preço máximo de R$ 5 por quilo, ou seja, 88% do volume ofertado foi negociado. Os lotes arrematados pela companhia tiveram preço mínimo de R$ 4,9899 por quilo e máximo de R$ 5 por quilo, com média de R$ 4,9982 por quilo. A operação custou R$ 1,316 bilhão.

    O leilão da Conab foi realizado após o governo obter uma decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que manteve a realização do leilão. Entidades do agronegócio, por sua vez, movem uma ação no Supremo Tribunal Federal contra a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz pelo governo federal.

    Segundo Pretto, o governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União, derrubou oito liminares que pediam a suspensão do leilão público para compra do arroz importado. “Insistimos na realização do leilão porque a medida era necessária para garantir a soberania alimentar e pelo aumento abusivo dos preços e porque cumpria o rito legal. O governo tinha certeza dos procedimentos”, afirmou o diretor presidente da Conab.

    Pretto citou que, em 2011, o governo comprou 1,5 milhão de toneladas de arroz para assegurar o preço mínimo de arroz ao produtor quando a produção nacional atingiu 13 milhões de toneladas. “É uma ação momentânea. Neste ano, não é safra menor, mas é necessidade de consumo”, acrescentou Pretto.

    Prazo para chegar aos supermercados

    Pretto afirmou que o arroz importado pelo governo federal deve chegar em 45 a 60 dias aos supermercados. O pacote de 5 quilos custará R$ 20 para os consumidores finais. “Os arrematantes agora terão cinco dias para dar o sinal para formalização da compra e depois deverão entregar o produto nos armazéns e silos da Conab para distribuição. A partir do momento em que o arroz estiver no armazém da companhia, os supermercados e atacarejos receberão o produto”, disse Pretto. “Garantimos que o produto será ao consumidor por R$ 4 o quilo e com os critérios sanitários cumpridos”, acrescentou.

    De acordo com Pretto, o arroz terá o preço tabelado e será embalado com a logomarca do governo federal porque haverá recursos para subvenção do valor do produto. “É necessário que haja a identificação para ele não ser vendido acima de R$ 20 o pacote de 5 kg. Por isso, é necessário ter a marca do governo federal porque se trata de um produto subsidiado”, acrescentou.

    Ele descartou a possibilidade de importação de outros produtos agropecuários. “Não temos expectativa de compra externa de nenhum outro tipo de alimento. Acompanhamos o desenvolvimento da safa agrícola e não vemos necessidade com uma boa safra agrícola. No caso do arroz, realizamos a ação pela necessidade”, apontou Pretto.

    Primeiro leilão desde 1987

    O diretor presidente da Conab classificou o primeiro leilão de compra pública de arroz importado e beneficiado realizado nesta quinta pela empresa pública como bem-sucedido. “Esse leilão representa a retomada da política de estoques. Esperamos ter uma política de estoques públicos arrojada no ano que vem. Desde 1987, o Brasil não tinha uma operação de leilão como a feita hoje”, disse.

    Segundo Pretto, as 36 mil toneladas remanescentes do leilão serão ofertadas em novo edital que será assinado ainda nesta tarde. “A nossa expectativa é concluir essas 300 mil toneladas autorizadas na portaria interministerial. Não trabalhamos com datas de novos leilões neste momento”, pontuou.

    Pretto citou que, em 2007, o País possuía 2 milhões de toneladas de arroz estocado em armazéns, o que é próximo de zero hoje. “Os estoques ajudam neste momento de preços especulativos e quando o preço do produto está abaixo do preço mínimo do custo de produção”, afirmou.

    O diretor presidente da Conab voltou a afirmar que a compra do cereal importado será escalonada conforme a necessidade do mercado. O governo federal autorizou, por meio de medida provisória, a compra de 1 milhão de toneladas de arroz importado e beneficiado.

    “Tivemos a necessidade de importação para garantir acesso ao arroz aos trabalhadores brasileiros em virtude do aumento dos preços do produto após as enchentes do Rio Grande do Sul, Estado responsável por 70% da safra nacional”, acrescentou Pretto. “Se não houver necessidade, não faremos mais compras públicas de arroz. Enquanto houver necessidade de barateamento de preços, vamos importar arroz para garantir produto acessível aos consumidores”, assegurou.

    A necessidade da internalização do arroz, segundo Pretto, deve-se a dois fatores: ao aumento em torno de 14% do preço do produto no varejo, relatada pelos supermercadistas brasileiros, e ao déficit ajustado entre oferta e demanda. “Produziremos 10,5 milhões de toneladas e vamos consumir 11 milhões de toneladas”, apontou.

    Preço interno

    Segundo o diretor executivo de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, a compra pública de arroz importado pelo governo federal tem o objetivo de regular o abastecimento e reduzir o preço interno do produto. “Os preços praticados hoje no mercado interno estão acima da paridade de importação em plena safra, o que é distorção de mercado e não corresponde à realidade. Esperamos que o início da importação do arroz contribua para a regularização dos preços internos”, disse.

    De acordo com dados da Conab, de 14 de março a 8 de abril, o arroz era comercializado no mercado interno a R$ 98 por saca de 50 quilos. Após a data, o produto voltou a subir para um patamar acima de R$ 100 por saca. “Acompanhamos o aumento do preço do arroz antes do problema climático ocorrido no Rio Grande do Sul. Os preços ultrapassaram os R$ 100 e se mantiveram altos, seja na ponta do produtor, seja na gôndola do supermercado, com registro de média de R$ 122 por saca na semana passada”, explicou Porto. Na quarta-feira, 5, o preço do arroz praticado em Capivari (RS) estava em média em R$ 130 por saca e por volta de R$ 120 por saca em Pelotas ? duas importantes praças produtoras.

    De acordo com Porto, o preço pago pela Conab está abaixo da paridade de importação e também é inferior ao preço do atacado nacional, mas atraiu os fornecedores. Ele lembrou que o produto não será estocado, e sim direcionado para rápida distribuição aos consumidores. “De forma excepcional, vamos recorrer às importações. Não é um caminho ideal, mas o necessário”, avaliou.

    Ele defendeu que não há “risco de inundar o mercado” com a importação do cereal pela Conab. “Mesmo se comprarmos 1 milhão de toneladas de arroz, isso representa o consumo nacional de praticamente um mês. As 300 mil toneladas representam menos de 15 dias, o que será facilmente absorvido pelo mercado, e a consequência não será nada além de regularizar a falta de arroz que há hoje no mercado”, afirmou Porto, acrescentando que o estoque disponível está hoje nas mãos de produtores e da indústria.

    “À medida que avançamos para o segundo semestre, o estoque vai reduzindo. Estamos com estoque alto neste momento de encerramento da safra e mesmo assim preços extremamente altos”, observou o diretor executivo da Conab.

    Segundo Porto, desde o início das enchentes no Rio Grande do Sul os preços do arroz pagos ao produtor aumentaram em torno de 15% e de 11% no nível do consumidor final. “Em algumas situações como no Distrito Federal, observamos até 100% de crescimento nos preços do arroz. Temos certeza que a entrada do produto vai regularizar a falta de arroz que há hoje no Brasil com a colheita de 10,4 milhões de toneladas e a demanda de 11 milhões de toneladas e menor estoque de passagem historicamente”, pontuou.

    Desembaraço e entrega

    A operação de importação de arroz comprado pelo governo federal em compra pública será feita por empresas privadas e não diretamente pela Conab. Empresas brasileiras importarão o produto e farão o desembaraço e a entrega das mercadorias, segundo o diretor executivo de Operações e Abastecimento da Conab, Thiago José dos Santos.

    “As empresas terão de comprovar que o arroz é importado. Após a entrega da documentação dos fornecedores, no prazo de cinco dias, saberemos de quais países está vindo esse arroz”, disse Santos.

    Segundo ele, a Conab já está cadastrando de forma simplificada os supermercados, atacadistas e atacarejos interessados em receber o leilão comprado pela companhia e em contato com a Associação Brasileira de Supermercados (Abrass). “Todo comércio que tiver interesse receberá arroz importado pelo governo. A distribuição de arroz será limitada a 5 mil quilos por mês a pequenos varejos e a 30 mil quilos por mês a atacarejos e atacados”, afirmou o diretor.

    Dos 27 locais de entrega propostos pela Conab, não houve interesse dos arrematantes na comercialização do produto para entrega em Manaus, Brasília, Campo Grande (MS), Rondonópolis (MT), Picos (PI), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Herval d’Oeste (SC), São José (SC) e Formoso do Araguaia (TO). Santos afirmou que os lotes serão realocados e reofertados pela empresa para serem arrematados por novas empresas interessadas. “Caso não haja participantes na reoferta remanescente, faremos esse arroz chegar onde for necessário”, assegurou.

    Estadão

  • Agehab entrega, neste sábado (08/06), 368 moradias do Crédito Parceria em Anápolis

    Agehab entrega, neste sábado (08/06), 368 moradias do Crédito Parceria em Anápolis

    O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), entrega neste sábado (08/06) 368 unidades habitacionais em Anápolis. A solenidade está prevista para às 11 horas da manhã e contará com a presença do presidente da Agehab, Alexandre Baldy, e do titular da Seinfra, Pedro Sales.
    O Programa Pra Ter Onde Morar, em sua modalidade Crédito Parceria, tem por objetivo facilitar a aquisição do imóvel para famílias que podem arcar com um financiamento, desde que os valores contratados sejam reduzidos. De acordo com o presidente Alexandre Baldy, é aí que entra o subsídio oferecido pelo Governo de Goiás. “Trata-se de um aporte de até R$ 45.800 por unidade, para eliminar a entrada ou diminuir as mensalidades do imóvel. O restante do valor é financiado pela Caixa Econômica Federal. Ou seja, o subsídio do Governo de Goiás, via  Agehab, será somado ao programa federal Minha Casa Minha Vida”, arremata Baldy.

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    Agehab entrega mais de 360 apartamentos no sábado (08/06) em Anápolis- fotos: Otacílio Queiroz
    O investimento do governo estadual no residencial anapolino foi de R$ 6,620 milhões, reduzindo o custo do imóvel para as famílias com renda de até 3 salários mínimos. Segundo o secretário da Seinfra, Pedro Sales, o beneficiário não pode ter imóvel e nunca ter sido beneficiado em programa habitacional, além de ter cadastro aprovado pela Caixa para financiamento do saldo devedor. “O Governo de Goiás tem hoje uma política habitacional que atende a todas as faixas de renda da população. Seja doando uma casa a custo zero ou facilitando o crédito para quem pode pagar um imóvel a custo reduzido”, finaliza Sales.
    Legenda: Agehab entrega mais de 360 apartamentos no sábado (08/06) em Anápolis
    Crédito das fotos: Otacílio Queiroz
    SERVIÇO
    Evento: Entrega de 368 U.Hs em Anápolis
    Data: 08 de junho, sábado
    Horário: 11h
    Local: Residencial Havilah
    Endereço: Rua 22, quadra A, Chácara 38 s/n – Bairro Chácaras Americanas – Anápolis
    Agência Goiana de Habitação | Secretaria de Estado da Infraestrutura – Governo de Goiás
  • Jornalista perseguido por Zambelli de arma em punho é condenado por difamação

    Jornalista perseguido por Zambelli de arma em punho é condenado por difamação

    O jornalista Luan Araújo foi condenado por supostamente difamar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) em uma coluna publicada na internet. A pena de oito meses de prisão foi convertida em serviços comunitários.

    O advogado Renan Bohus, que representa o jornalista, informou que discorda da decisão e que vai recorrer. “Luan é jornalista e estava no exercício de sua profissão, usufruindo do direito constitucional à liberdade de expressão e liberdade de imprensa quando fez críticas ao segmento político do qual a deputada faz parte.”

    Luan foi ameaçado pela deputada com uma arma na véspera do segundo turno da eleição de 2022. A condenação não tem relação com a perseguição em si. O pano de fundo é um texto escrito pelo jornalista após o entrevero.

    A coluna foi publicada no portal Diário do Centro do Mundo. Nela, Luan Araújo aborda a confusão com a deputada e afirma que ela mantém uma “seita de doentes de extrema direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades”.

    Em outro trecho, o jornalista afirma que Carla Zambelli é parte de uma “extrema direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”. A publicação não está mais disponível. O texto foi removido por ordem judicial.

    Para o juiz Fabricio Reali Zia, do Juizado Especial Criminal da Barra Funda, em São Paulo, as críticas “excederam os limites do razoável” e prejudicaram a imagem e a reputação da deputada. O magistrado também classificou a publicação como discurso de ódio.

    “O conteúdo não se ateve a críticas prudentes (‘animus criticandi’) ou a narrar fatos de interesse coletivo (‘animus narrandi’), não consistindo em exercício regular do direito de informação”, escreveu o juiz ao acrescentar que a publicação não tinha “qualquer conteúdo relevante de informação a não ser a ofensa pura e simples”.

    A sentença afirma ainda que, apesar da perseguição que o jornalista sofreu, “a ninguém é dado fazer justiça com as próprias mãos”.

    “O delito se consumou no exato momento em que a imputação chegou ao conhecimento de terceiros pela notícia publicada na internet”, acrescentou o juiz.

    Além dos serviços comunitários, o jornalista também foi condenado a pagar multa.

    O processo sobre a perseguição tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do foro da deputada. Ela responde por porte ilegal de arma e constrangimento mediante uso de arma.

    COM A PALAVRA, O ADVOGADO RENAN BOHUS, QUE REPRESENTA O JORNALISTA

    “A defesa do Luan discorda da sentença condenatória e vai recorrer, pois Luan jamais teve a intenção de difamar a Deputada Carla Zambelli, inclusive Luan é jornalista e estava no exercício de sua profissão, usufruindo do direito constitucional à liberdade de expressão e liberdade de imprensa quando fez críticas ao segmento político do qual a deputada faz parte.”

    IstoÉ Dinheiro

  • Forças israelenses atacam centro e sul de Gaza; nova tentativa de trégua chega a impasse

    Forças israelenses atacam centro e sul de Gaza; nova tentativa de trégua chega a impasse

    Sem nenhum sinal de progresso nos árduos esforços dos mediadores para intermediar um cessar-fogo na guerra de Gaza, tanques e aviões de guerra israelenses bombardearam as áreas central e sul do enclave durante a noite, matando pelo menos 23 palestinos, segundo médicos locais.

    Mediadores de Egito e Catar, apoiados pelos Estados Unidos, tentaram interromper as hostilidades, garantir a libertação de reféns israelenses e de palestinos presos em Israel e fazer com que ajuda chegasse à devastada Gaza para aliviar a crise humanitária. Mas fontes próximas às negociações disseram que ainda não havia sinais de avanço.

    Moradores afirmaram que os tanques israelenses avançaram mais para o oeste na cidade de Rafah, no sul, contornando a fronteira com o Egito, em meio a ferozes tiroteios entre as tropas israelenses e os militantes palestinos liderados pelo Hamas.

    Autoridades de saúde palestinas disseram que dois palestinos foram mortos e vários ficaram feridos no oeste de Rafah devido a bombardeios de tanques. Na região central de Gaza, os médicos palestinos disseram que pelo menos 15 pessoas morreram durante a noite em ataques israelenses.

    De acordo com moradores, as forças blindadas que assumiram o controle ao longo da linha de fronteira de Rafah fizeram várias incursões no centro e no oeste da cidade, ferindo vários civis que estavam presos dentro de suas casas e foram pegos de surpresa.

    Alguns moradores disseram que tanques estavam presentes em Al-Izba, uma área no extremo sudoeste de Rafah, perto da costa do Mediterrâneo.

    “Acho que as forças de ocupação estão tentando chegar à área da praia de Rafah. As incursões e os bombardeios durante a noite foram táticos, eles entraram sob fogo pesado e depois recuaram”, afirmou um morador palestino à Reuters por meio de um aplicativo de mensagem.

    “Foi uma das piores noites, algumas pessoas foram feridas dentro de suas casas, antes de serem retiradas esta manhã.”

    Mais tarde na sexta-feira, um ataque aéreo israelense a uma casa na cidade de Khan Younis, ao sul, matou seis pessoas e feriu várias, inclusive crianças, segundo médicos.

    As forças israelenses também estavam operando dentro do campo de Al-Bureij, na região central da Faixa de Gaza, enquanto submetiam al-Maghazi e al-Nuseirat e a cidade adjacente de Deir al-Balah a um pesado bombardeio aéreo e de tanques, informaram os médicos palestinos.

    Os braços armados do Hamas, da Jihad Islâmica e de grupos militantes menores disseram que seus combatentes realizaram ataques contra as forças israelenses em várias áreas do centro e do sul.

    Em sua última atualização, os militares israelenses disseram ter matado “dezenas” de militantes, localizado mais túneis e destruído mais infraestrutura militante em operações contínuas em al-Bureij e Deir al-Balah, na região central de Gaza.

    Israel descartou a possibilidade de paz até que o Hamas seja erradicado, e grande parte da Faixa de Gaza está em ruínas, mas o Hamas tem se mostrado resistente, com militantes ressurgindo para lutar em áreas onde as forças israelenses já haviam declarado tê-los derrotado e se retirado.

    Na quinta-feira, Israel atingiu um prédio escolar de Gaza com o que disse ter sido um ataque aéreo direcionado a até 30 combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica que estavam lá dentro, e uma autoridade do Hamas disse que 40 pessoas foram mortas, incluindo mulheres e crianças que estavam abrigadas no local da ONU.

    As Forças Armadas de Israel disseram que identificaram nove dos 30 militantes que foram alvos do ataque. A agência de refugiados palestinos da ONU (UNRWA) afirmou que sua escola estava sendo usada como abrigo para 6.000 pessoas deslocadas na ocasião.

    “É apenas mais um exemplo horrível do preço que os civis estão pagando, que homens, mulheres e crianças palestinos que estão apenas tentando sobreviver, sendo forçados a se deslocar em uma espécie de círculo da morte ao redor de Gaza, tentando encontrar segurança, estão pagando”, disse o porta-voz da ONU Stéphane Dujarric.

    Reuters

  • Auxílio Reconstrução: famílias de 444 cidades do RS terão direito a Pix de R$ 5,1 mil

    Auxílio Reconstrução: famílias de 444 cidades do RS terão direito a Pix de R$ 5,1 mil

    O Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou que o número de cidades gaúchas que terão acesso ao Auxílio Reconstrução irá subir para 444. A Medida Provisória com a inclusão dos novos municípios será publicada nos próximos dias.

    A ampliação será viabilizada em razão do aumento do número de municípios com o reconhecimento de situação de emergência ou estado de calamidade pública vigente.

    Até o momento, 161 mil famílias foram aprovadas no Auxílio Reconstrução. Deste total, 99,8 mil estão com o benefício de R$ 5,1 mil na conta. “Nossa meta é aprovar cerca de 240 mil famílias e vamos concluir isso nas próximas semanas. Ou seja, cerca de um milhão de pessoas vão receber o dinheiro”, disse o ministro Waldez Góes.

    Inicialmente, 369 municípios gaúchos estavam contemplados para o cadastro de famílias para o Pix de R$ 5,1 mil.

    O pagamento depende de cadastro prévio das prefeituras e confirmação de dados das famílias no site oficial do Auxílio Reconstrução. Veja abaixo perguntas e respostas:

    Quem pode receber o Auxílio Reconstrução?

    Famílias desalojadas ou desabrigadas (que foram obrigadas a abandonar sua habitação), residentes em áreas integralmente inundadas ou danificadas por enxurradas ou deslizamentos nos municípios que tiveram situação de emergência ou de calamidade pública reconhecida pelo governo federal até o dia 15 de maio.

    Como comprovo meus dados?

    Os dados informados pela prefeitura serão cruzados com outras bases do governo para validação do endereço. Caso o sistema identifique alguma inconsistência, a prefeitura será informada para que providencie as correções necessárias junto às famílias.

    As pessoas identificadas pelos municípios como “responsável familiar” terão que entrar no sistema do auxílio, com a senha do Gov.br, e verificar se a família consta no cadastro enviado pela prefeitura.

    A lista dos municípios habilitados está disponível para consulta AQUI..

    Como será feito o pagamento?

    O auxílio de R$ 5.100, em parcela única, será pago via Pix e limitado a um membro por família.

    A Caixa Econômica Federal receberá a lista dos nomes aptos e fará o depósito na conta. As famílias não precisam se preocupar em abrir contas no banco. A Caixa identificará se o responsável já possui conta, poupança ou corrente, e realizará o crédito automaticamente. Caso o beneficiário não possua conta, o banco se encarregará de abrir uma Poupança Social Digital para receber o Auxílio Reconstrução, que poderá ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

    Eu preciso prestar contas?

    Não há prestação de contas. Cada família decide a melhor forma de utilizar o recurso.

    Tenho direito, atendo os requisitos, mas meu nome não consta, o que faço?

    Procure a prefeitura do seu município, para que ela envie os dados de sua família para o governo federal.

    Os comércios que foram alagados e tiveram perdas têm direito?

    Não. O Auxílio Reconstrução é destinado a famílias desalojadas ou desabrigadas, residentes em áreas inundadas ou danificadas por enxurradas ou deslizamentos, em decorrência dos eventos climáticos no RS.

    Quem tem direito ao auxílio? O inquilino ou o proprietário?

    O auxílio é para os moradores, independente de quem seja a casa. Se o inquilino mora na casa que está em área inundada ou danificada por enxurrada ou deslizamento, o auxílio é para ele.

    Pessoas que moravam sozinhas têm direito?

    Sim. Considera-se família a unidade composta por um ou mais indivíduos que contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas pela unidade familiar e que sejam moradores em um mesmo domicílio.

    Sou beneficiário do Programa Bolsa Família. Posso receber o Auxílio Reconstrução?

    Sim. O benefício é voltado para famílias que tiveram que sair de suas casas e buscar abrigos ou ir para casa de amigos e parentes devido às chuvas e perderam parte ou todos seus bens.

    Estou recebendo seguro-desemprego. Posso receber o Auxílio?

    Sim. Se for morador de área atingida informada pela prefeitura, teve que sair de sua casa e perdeu bens com a chuva, você poderá receber o auxílio reconstrução.

    IstoÉ Dinheiro

  • Coalizão com 27 frentes parlamentares pede a Pacheco devolução de MP que compensa desoneração

    Coalizão com 27 frentes parlamentares pede a Pacheco devolução de MP que compensa desoneração

    Uma coalizão de 27 frentes parlamentares do Congresso resolveu se unir para pedir ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que devolva a medida provisória editada pelo governo para limitar as compensações de créditos de PIS/Cofins como forma de bancar a desoneração da folha de pagamento.

    Em nota divulgada nesta quinta-feira, 6, as frentes falam em “graves consequências” da MP para o setor produtivo, principalmente industrial, agroindustrial, petroquímico, de alimentos, de medicamentos e outros segmentos exportadores. Os parlamentares dizem que as empresas, ao serem surpreendidas com a medida, podem suspender operações e reavaliar contratos.

    “Estas novas restrições fiscais aumentam a burocracia tributária, contradizendo os princípios que orientaram a recente reforma tributária e representando um retrocesso na eficiência da restituição de tributos pagos indevidamente. A impossibilidade de compensar créditos de PIS e Cofins terá um impacto significativo no fluxo de caixa das empresas, que precisarão substituir essa compensação pelo pagamento em dinheiro, recursos que poderiam ser usados para investimentos”, afirma a nota.

    As frentes também afirmam que, da forma como foi proposta, a MP é inconstitucional, o que justificaria a devolução por parte de Pacheco.

    “Destacamos que o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LCP no 101/2000) não prevê a compensação da forma estabelecida pela MP 1.227/24, o que torna a proposta ilegal. O Poder Executivo, que demanda do Legislativo que toda medida tenha uma fonte de compensação, deve seguir a mesma regra”, diz outro trecho da nota. “A forma como o governo propõe a compensação da desoneração da folha é inconstitucional, sendo um uso de manobras ilegais.”

    Além da FPA, também estão entre os 27 signatários do manifesto, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), a Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS), a Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) e a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo (FPBC), entre outras.

    No documento, as frentes dizem ainda que a limitação das compensações tributárias resultaria em uma arrecadação “ilícita” do Estado e “apropriação indébita” do dinheiro do contribuinte.

    “A mudança abrupta nas regras tributárias, sem uma consulta prévia com a sociedade e os setores afetados, criou um ambiente de incertezas e insegurança jurídica e política. Como consequência, as empresas poderão suspender operações e reavaliar contratos, levando a uma desaceleração econômica, aumento do desemprego e redução de investimentos no setor produtivo”, diz a nota.

    A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) já se mobilizava para pedir a devolução da MP por avaliar que o agronegócio será um dos setores mais afetados pela limitação das compensações de créditos de PIS/Cofins.

    O presidente da bancada, o deputado Pedro Lupion (PP-PR), disse na terça-feira, 4, que havia “preocupação gigantesca” no setor com a MP, afirmou que medida mostrava a “sanha arrecadatória” do governo Lula e declarou que esta seria a próxima batalha do agro no Congresso.

    A Fazenda quer compensar a desoneração da folha de 17 setores da economia e de alguns municípios, que continuará valendo em 2024 na íntegra e acabará gradualmente nos próximos anos, com a limitação da compensação de créditos de PIS/Cofins de forma geral e de créditos presumidos de PIS/Cofins não ressarcíveis. Essas iniciativas tramitam por meio de MP, que tem efeito imediato, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até quatro meses.

    A devolução da MP cabe a Pacheco porque o senador é também o presidente do Congresso. Rejeitar uma medida provisória do Executivo, sem nem mesmo analisá-la, é uma atitude extrema por parte do Parlamento e seria a primeira vez que ocorreria neste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a redemocratização, apenas cinco MPs foram devolvidas pelo Legislativo.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro bateu o recorde de duas MPs devolvidas durante seu governo. A primeira delas permitia ao Ministério da Educação nomear reitores de universidades federais na pandemia de covid-19 sem consulta prévia às instituições. Foi em 2020, quando Davi Alcolumbre (União-AP) era presidente do Senado e do Congresso.

    A segunda MP de Bolsonaro que foi devolvida limitava a remoção de conteúdos das redes sociais. O imbróglio ocorreu em 2021, quando Pacheco já era presidente do Senado e do Congresso. Antes disso, o Congresso devolveu uma MP durante o governo Dilma Rousseff, em 2015, e outra no segundo mandato de Lula, em 2008. A primeira foi na gestão José Sarney, em 1989.

    Estadão