segunda-feira, novembro 25, 2024
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Endogamia humana: Os perigos inerentes da prática

A endogamia é o acasalamento de indivíduos ou organismos que estão intimamente relacionados através da ancestralidade comum. Nos seres humanos, está associada à consanguinidade, definida como uma união entre dois indivíduos que estão relacionados como primos de segundo grau ou mais próximos. Trata-se da Endogamia humana. A história registra que a endogamia era comum na Antiguidade e, provavelmente, até antes. Hoje, os tabus culturais, a educação dos pais e uma maior consciência das consequências da endogamia têm desempenhado grandes papéis na minimização desse tipo de relacionamento em todo o mundo ocidental. No entanto, o costume ainda é praticado em outras regiões do globo e os riscos para a saúde são sérios.

Mas quais são exatamente os perigos inerentes à endogamia humana? Clique e descubra o que acontece quando você vai contra o objetivo biológico de procriar.O papel do DNA

A endogamia é definida como o acasalamento de organismos intimamente relacionados por ancestralidade. Neste caso, vamos analisar a endogamia humana.A endogamia vai contra o objetivo biológico da procriação, que é a mistura do DNA.O DNA humano é organizado em 23 pares de cromossomos. Dentro de cada cromossomo existem centenas de milhares de genes.

O gene humano

Cada gene tem duas cópias conhecidas como alelos, ou genes correspondentes: um de nossa mãe biológica, um de nosso pai biológico.

O que os genes determinam?

Os genes determinam todos os aspectos da nossa aparência. Eles contêm as informações que decidem os traços físicos e biológicos específicos de uma pessoa, como cor do cabelo, cor dos olhos e tipo sanguíneo. Em outras palavras, um gene é a unidade física e funcional básica da hereditariedade.

Categorias genéticas

Esses genes se enquadram em duas categorias: dominantes e recessivos.

Dominante vs. recessivo

Qual é a diferença entre genes dominantes e recessivos? Se um dos genes do par é dominante, então o resultado é que você ganha a característica do gene dominante. No entanto, para características que se originam do gene recessivo, você precisa que ambos os genes sejam recessivos. Ficou complicado? Veja alguns exemplos a seguir.Cor dos olhos

Cor dos olhos

Lembre-se, os genes contêm a informação que determina os traços físicos e biológicos específicos de uma pessoa. Tomemos como exemplo a cor dos olhos. O gene para olhos castanhos é dominante e, portanto, basta ter apenas um dele (em um par) que o resultado serão olhos castanhos. No entanto, o gene para olhos azuis é recessivo, então você precisará de ambos os genes para obter olhos azuis.

DNA similar

Parentes de sangue têm DNA semelhante. Portanto, a probabilidade deles carregarem o mesmo gene recessivo é grandemente aumentada. E isso é um problema se eles tiverem um filho.

Efeitos da endogamia

Sendo esse o caso, a endogamia aumenta as chances da criança nascer com algumas doenças.

De acordo com um estudo publicado pela Biblioteca Nacional de Medicina, a taxa de morte ao nascer e na infância aumenta se a criança vier de uma união de primos de primeiro grau, o chamado casamento consanguíneo.

Os custos da endogamia humana

Como descrito anteriormente, as chances de herdar doenças genéticas raras aumentam exponencialmente entre as crianças que são o resultado da endogamia humana.

Crianças endogâmicas geralmente exibem diminuição das habilidades cognitivas e da função muscular, redução de altura e da função pulmonar e correm maior risco de doenças em geral.

Problemas mentais e físicos

A pesquisa indicou que os efeitos da endogamia em humanos continua mesmo depois que o filho atinge a idade adulta, promovendo ainda mais distúrbios físicos e mentais.

Efeito na fertilidade

Verificou-se que a endogamia diminui a fertilidade. Os fetos produzidos pela endogamia também enfrentam um maior risco de perdas gestacionais espontâneas devido a complicações inerentes ao desenvolvimento.

Os pais consanguíneos também possuem um alto risco de parto prematuro e de produzir bebês abaixo do peso e menores.

Distúrbios genéticos devido à endogamia incluem cegueira, perda auditiva, diabetes neonatal e malformações dos membros.

Esquizofrenia

A consanguinidade também tem sido sugerida como um fator de risco para o desenvolvimento de esquizofrenia nos filhos.

Prática milenar

Os geneticistas acreditam que endogamia provavelmente tem sido praticada há milênios. Por milhares de anos, nossos ancestrais, incluindo os neandertais, viveram em populações pequenas e isoladas, deixando-os severamente endogâmicos, de acordo com a análise genética publicada pela New Scientist.

A endogamia era certamente comum na Antiguidade. No caso dos faraós do Antigo Egito, por exemplo, o costume não apenas mantinha traços dentro de uma linhagem, como também impedia que outra família se casasse e se alinhasse para assumir o trono. De fato, a endogamia propagava o poder.

O casamento consanguíneo da Realeza era frequentemente praticado entre as famílias Reais europeias, geralmente por interesses de Estado. Da mesma forma, a união dentro da nobreza era usada como um método de formação de alianças políticas entre as elites. Na imagem está Filipe II da Espanha e sua esposa, Maria I da Inglaterra, que eram primos de primeiro grau uma vez removidos (separados por uma geração).

StarsInsider

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