O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu em um almoço, nesta sexta-feira, os ministros e líderes dos partidos aliados para conversar sobre as votações do Congresso previstas para a semana que vem. Lula quer se inteirar sobre as tensões entre o Planalto e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).
No encontro, logo depois da agenda do presidente pelo Dia do Exército, em que ouviu do comandante do Exército, general Tomás Paiva, o compromisso de defender os ideais democráticos, Lula pediu que o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, o deputado licenciado Alexandre Padilha (PT-SP), organizasse os convites e supervisionasse a reunião.
Projetos
O prestígio de Padilha junto ao presidente incomoda Lira, que o chamou de “desafeto” na semana passada. O ambiente tenso entre os dois Poderes preocupa o governo, principalmente quanto às votações e obstruções de pauta. A principal questão são os vetos da Lei de Orçamento e de Diretrizes Orçamentárias, disseram interlocutores do ministro.
O encontro sequer estava na agenda oficial do presidente, mas foi confirmado por interlocutores do presidente. Além de Padilha, participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
O almoço desta tarde acontece a menos de uma semana do Congresso avaliar os vetos de Lula ao projeto de lei que barrou a “saidinha” de presos e à parte do montante destinado pelos parlamentares às emendas de comissão.
Cardápio
O avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que turbina o vencimento de juízes, que pode gerar impacto estimado em até R$ 42 bilhões por ano aos cofres públicos, também estava no cardápio.
Entre os projetos que podem representar impacto fiscal ao governo está também a provável derrubada do veto a parte das emendas de comissão, inicialmente estipuladas no valor de R$ 11 bilhões na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). em meio às negociações da Lei Orçamentária Anual (LOA), no entanto, houve a ampliação para R$16 bilhões. Lula vetou R$ 5,6 bilhões deste valor, o que os parlamentares esperam derrubar, na próxima semana.
Correio do Brasil