sábado, dezembro 7, 2024
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Maioria do STF rejeita recurso e mantém pena de prisão contra Collor

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta quinta-feira (14), para rejeitar um recurso do ex-presidente Fernando Collor e manter a pena de oito anos e dez meses de prisão imposta ao político. Votaram para rejeitar: Alexandre de Moraes, relator do caso Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Edson Fachin, Luiz Fux, e Cármen Lúcia. O Supremo recomeçou a julgar o caso nesta quinta (14), em sessão presencial do plenário. O caso foi tirado do formato virtual pelo ministro André Mendonça. No plenário virtual, os ministros já haviam formado maioria para rejeitar o recurso do ex-presidente. Procurada pela CNN, a defesa de Collor disse que não vai comentar a decisão do STF.

Divergência Os ministros Dias Toffoli, Nunes Marques, André Mendonça e Gilmar Mendes votaram a favor de diminuir a pena para 4 anos de prisão, atendendo – em parte – ao recurso apresentado pela defesa. Para esses quatro ministros, o cálculo da pena a Collor no julgamento terminou empatado. Assim, deveria ser favorecido o réu, com a consideração da pena menor. Já Cristiano Zanin se declarou impedido de julgar o caso.

Collor vai ser preso? O recurso apresentado pelo ex-presidente é chamado de embargos de declaração. Ele serve para contestar pontos que tenham ficado obscuros ou contraditórios na decisão. Mesmo depois do julgamento desses embargos, ainda será possível, para a defesa, apresentar novos embargos. A jurisprudência do STF é de admitir até a apresentação dos chamados segundos embargos. Se rejeitados os segundos embargos, a Corte manda certificar o chamado “trânsito em julgado” da ação — ou seja, quando não cabem mais recursos — e determina a execução da pena. A pena fixada a Collor, de 8 anos e 10 meses de prisão, tem que ser cumprida em regime inicial fechado.

Condenação Em maio de 2023, o STF condenou Collor à prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis, que envolveu recebimento de propina para viabilizar contratos com a estatal. A maioria dos ministros entendeu ter ficado comprovado que Collor recebeu R$ 20 milhões de propina, entre 2010 e 2014, para facilitar a construção de obras da UTC Engenharia na BR Distribuidora, usando a influência política dele como senador para indicações estratégicas na empresa. Os valores passaram por lavagem para ocultar a origem ilícita. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015 e aceita em 2017 pela Segunda Turma do STF. As investigações começaram na Operação Lava Jato.

CNN

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