
Acusação é que ministra teria usado indevidamente veículos de comunicação social, além de cometer abuso de poder político durante as eleições
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves decidiu nesta segunda-feira (10) que uma ação que pode tornar inelegível a deputada Carla Zambelli (PL) deve tramitar na Justiça Eleitoral de São Paulo. No processo, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) acusa Zambelli de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral.
Ação apresentada pelos advogados de Sâmia Bomfim em novembro do ano passado aponta que Carla Zambelli teria usado indevidamente veículos de comunicação social, além de cometer abuso de poder político e econômico. Os advogados também afirmam que Carla “tem notório e reiterado histórico de ataques à integridade eleitoral e à Justiça Eleitoral, não só disseminando tais retóricas, mas incentivando a violência contra opositores políticos, a continuidade dos atos antidemocráticos e mobilizando sua base de seguidores”.
Esse, no entanto, não é o único processo contra a deputada. O outro, que já tramita no TSE, acusam o ex-presidente Jair Bolsonaro e um grupo de apoiadores de promoverem um “ecossistema de desinformação” distribuídas durante as eleições de 2022.
Os temas não estão reunidos porque segundo o ministro, a competência no caso envolvendo as duas deputadas é do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, onde nde a ação deve ficar sob os cuidados da Corregedoria Regional Eleitoral. Para o ministro, os processos “devem atender à racionalidade”, por isso, segundo ele, não há justificativa para que processos semelhantes em todos os estados se concentrem no TSE, até porque, de acordo com o ministro, poderiam prejudicar a tramitação das ações relativas às eleições presidenciais.
Correio Braziliense