Parte de um prédio residencial desabou e, em seguida, pegou fogo no bairro Jardim Atlântico, em Olinda (PE), na noite de quinta-feira, 27. Segundo o Corpo de Bombeiros, duas mortes foram confirmadas até o momento. As vítimas são um adolescente de 13 anos e um homem de idade desconhecida.
O desabamento deixou outras quatro pessoas feridas – três mulheres e um homem –, que foram socorridas. Duas estavam em estado grave e duas teve ferimentos leves. Três cães também foram resgatados com vida. Até a última atualização desta reportagem, as equipes dos Bombeiros tentavam resgatar outras vítimas dos escombros.
Nas redes sociais, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), afirmou que prestará todo o apoio necessário. “Acabo de receber a notícia do desabamento de um prédio em Jardim Atlântico, Olinda. Os Bombeiros já estão atuando na ocorrência e no socorro de possíveis vítimas. Ficaremos atentos ao trabalho. O Governo de Pernambuco prestará todo o apoio necessário.”
O prefeito de Olinda, professor Lupércio (Solidariedade), também disse que o município prestará assistência para as vítimas: “Todas as secretarias de Olinda seguem de prontidão para ajudar no que for preciso”, escreveu.
Em nota ao Terra, a Prefeitura de Olinda informou que o Edifício Leme estava interditado pela Defesa Civil desde 2000, após uma vistoria conjunta entre Estado, Município e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além disso, afirmou que os órgãos exigiram da seguradora do imóvel a demolição do edifício.
Segundo a Prefeitura, a seguradora também é responsável pela vigilância do prédio que deveria proibir a ocupação. “A Prefeitura de Olinda atua junto à Justiça, a fim de obrigar as seguradoras a executarem as demolições. Dezenas de ações foram movidas pela Procuradora do Município. Como exemplo, têm-se os casos dos edifícios Verbena e JK, onde a Caixa Seguradora, responsável pela Guarda e Conservação dos prédios, foi obrigada a demoli-los, relocando eventuais ocupantes”, informa.
“Hoje, no entanto, existem casos em que a Justiça já determinou a demolição do imóvel, após a ação da Prefeitura, porém a seguradora se recusa a dar cumprimento à ordem judicial. E isso mesmo sendo cobrada multa diária no caso de descumprimento”, diz ainda a nota.
A Prefeitura destacou também que se solidariza com as famílias das vítimas e que vai continuar atuando para que os prédios condenados do município sejam totalmente demolidos pelas seguradoras responsáveis.
Fonte: Redação Terra