
A professora de 26 anos, morta após ter sido sequestrada no Rio de Janeiro pela ex-namorada de 14 anos, chegou a implorar para que não fosse carbonizada viva. A informação foi dada durante depoimento de um dos participantes do crime à Polícia Civil.
Vitória Romana Graça desapareceu na última quinta-feira (20). Os familiares chegaram a receber uma ligação dela, aos prantos, comunicando que tinha sido sequestrada e que pediam resgate. A conta da vítima também passou por movimentações, conforme investigações da Polícia Civil.
A principal suspeita do crime é a ex-namorada da vítima, uma adolescente de 14 anos, e sua mãe. O tio da menina também teria auxiliado no sequestro e morte de Vitória. Foi ele quem contou à polícia que a professora chorou antes de ser morta e reforçou “a todo tempo” que obedeceria aos sequestradores.
Em depoimento, a mãe da vítima contou que recebeu ameaças por telefone e disse que pediram R$ 2 mil pelo resgate de sua filha. Após a ligação, a polícia conseguiu identificar o paradeiro de Vitória, mas, ao chegarem no local, na sexta-feira (11), encontraram o corpo da mulher carbonizado.
Mãe e filha foram presas enquanto tentavam fugir da cidade. A adulta já tinha um mandado de prisão em aberto por roubo qualificado e a sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
Motivação
Um dia antes do assassinato, a mãe da adolescente foi até a escola onde Vitória trabalhava para questionar porque ela tinha terminado com a sua filha. Depois de uma conversa de 15 minutos, a vítima concordou em ir até a casa da mulher para conversar com a ex-namorada de 14 anos.
Segundo o tio da adolescente, o crime foi premeditado, e mãe e filha estavam decididas em matar Vitória. Assim que a professora chegou à residência, ela foi imobilizada e amarrada em uma cadeira com fitas adesivas. Antes de ser morta, ela ainda foi extorquida.
“Vitória, chorando a todo tempo, dizia que iria dar o que eles quisessem, que não era para fazer nada de mal a ela”, disse o suspeito à polícia.
A vítima foi enforcada com uma corta e presa numa mala e incendiada logo depois. Segundo laudo do IML, Vitória morreu por inalação de fumaça e o corpo foi carbonizado.