O final da ‘era Kylian Mbappé’ no Paris Saint-Germain se tornou uma queda de braço em meio a um impasse financeiro entre as partes.
Enquanto Mbappé, que parece estar cada vez mais próximo do Real Madrid, anunciou sua saída do PSG há duas semanas, o “divórcio” entre o jogador e o presidente do clube, Nasser Al-Khelaïfi, não está sendo tão amigável quanto ambos gostariam.
“Desejo-lhe o melhor. Ele fez coisas excepcionais por nós durante sete anos. Tinha 17 anos quando chegou, agora é um menino crescido, o melhor jogador do mundo. Estou orgulhoso do que ele fez pelo clube. E nunca se sabe, talvez um dia ele volte à França. Sei das suas ambições, ele queria mudar, ir a outro campeonato para viver novas experiências, tem direito a isso”, declarou Al-Khelaïfi no Globe Soccer Forum na noite de quarta-feira.
Embora os dois tenham se abraçado após a vitória do PSG na final da Copa da França, os trâmites para a saída de Mbappé não são dos mais simples.
Segundo fontes próximas, que confirmaram uma informação do jornal L’Équipe, o PSG não pagou o salário de abril do atacante.
Contactados pela AFP, nem a assessoria do jogador nem o PSG deram resposta.
Mas para outra fonte próxima das negociações, a versão é diferente: esta decisão foi por iniciativa do clube e sem ter notificado o jogador.
– Sem acordo –
Em todo caso, até ao momento não houve qualquer acordo entre as partes, segundo a fonte, que acrescenta que a retenção do salário se soma ao não pagamento de uma premiação – sem especificar o conceito – num total de 80 milhões de euros (aproximadamente R$ 450 milhões na cotação atual).
Ambas as partes reconheceram que Mbappé, cujo contrato com o PSG vai até o dia 30 de junho, abriu mão de uma parte de seu bônus em virtude de um acordo firmado com o clube no início da temporada passada, após ter ficado afastado da equipe por um mês.
AFP