O Uruguai ainda não está nas quartas de final da Copa América por mera formalidade. Diante da Bolívia, os comandados de Marcelo Bielsa deram um show como há muito não se via. Mais especificamente desde 1959.
A Celeste Olímpica atropelou os bolivianos, pelo placar de 5 a 0, distribuídos entre Pellistri, Darwin, Maxi Araújo, Valverde e Bentancour. Vítima desta quinta-feira, a Bolívia também sofreu a maior goleada da história dos uruguaios na competição, um 9 a 0 em 1927.
Esse é o maior triunfo do Uruguai em uma Copa América desde o triunfo de mesmo placar, sobre a Argentina, há praticamente 65 anos. Em dezembro de 1959, Silveira e Bergara foram os destaques com dois gols cada em campanha que culminou no 10º título uruguaio na história da competição.
Aquela edição foi peculiar, já que foi solicitada uma disputa extraordinária com a realização de duas copas no mesmo ano. O motivo foi a celebração pela inauguração do Estádio Modelo de Guayaquil. Ao todo cinco seleções participaram, com Equador, Brasil e Paraguai completando os participantes.
A evolução de Darwin
O centroavante do Liverpool é muitas vezes criticado na Inglaterra pela pontaria não tão afiada. O desempenho na seleção, no entanto, pode significar bons ventos para o futuro de Darwin Nuñez dos Reds.
Em grande momento, Darwin chegou a sete jogos consecutivos em que balançou as redes. Essa história começou em outubro do ano passado, com tento diante da Colômbia e, ao todo, já são dez gols marcados nesse período em que também deixou sua marca contra Brasil e Argentina.
Foram precisos pouco mais de uma dezena de jogos para Marcelo Bielsa fazer uma nação sonhar (e acreditar) novamente com um belo futebol.
O treinador argentino soma 14 partidas à frente da Celeste, com nove vitórias, dois empates e duas derrotas. El Loco transformou uma seleção que se acostumou a ser reativa, na Era Óscar Tábarez, em uma equipe agressiva em busca gol. O Uruguai sonha novamente e o título da Copa América está no horizonte. Ele é azul e resta saber se será celeste.