A chance de Glauber Braga ser cassado é enorme. E pelos motivos errados. O relator do Conselho de Ética votou pela cassação por ter batido num militante do MBL até que fosse colocado para fora do Congresso, depois ter saído para perseguir o militante na rua e então ir à polícia legislativa e precisar ser contido quando avançava para cima do deputado Kim Kataguiri.
O relatório avançou não porque ele é um sujeito visivelmente descontrolado, emocionalmente instável e sem condições de lidar com o público. Não porque é beligerante, violento, agressivo, com um descontrole que só piorou quando ganhou poder. Mas porque ele encheu a paciência da Câmara inteira.
A chance de Glauber Braga ser cassado é enorme. E pelos motivos errados. O relator do Conselho de Ética votou pela cassação por ter batido num militante do MBL até que fosse colocado para fora do Congresso, depois ter saído para perseguir o militante na rua e então ir à polícia legislativa e precisar ser contido quando avançava para cima do deputado Kim Kataguiri.
A pergunta que a Câmara vai ter de responder é simples: uma pessoa sem controle emocional, que agride os outros e defende violência na política, deve continuar convivendo ali ou não?
Pra tentar limpar a própria barra, Glauber repete que só bate em nazista. Que era autodefesa. Que é o último resistente. Mas todo esse discurso só esconde o óbvio: ele é violento. Ele defende bater. Mas, para sorte de quem apanhou, ele bate feito mocinha.
Vi aquele chute e fiquei orgulhosa. Porque até eu, uma senhora que a esquerda chama de madame, sei bater melhor que o Glauber Braga. Nem para isso a excelência serve.
O Antagonista