InícioBrasilInflação em Goiânia é a maior já registrada para um mês de...

Inflação em Goiânia é a maior já registrada para um mês de maio nos últimos 4 anos

Em maio, após a desaceleração registrada em abril (0,14%), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Goiânia subiu para 0,49%, a maior variação dos últimos 3 meses e o índice mais alto já calculado para maio desde 2021 (0,79%).
Em contrapartida, a inflação do país desacelerou para 0,26% em maio, recuando 0,17 ponto
percentual (p.p.) em relação a abril (0,43%). O resultado mensal foi influenciado, principalmente, pelo avanço no grupo Habitação (1,19% e 0,18 p.p. de impacto), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -0,08% em abril para 3,62% em maio, devido à mudança na bandeira tarifária.


Na comparação com maio de 2024 (-0,06%), houve alta de 0,55 p.p. do índice goianiense.
Com isso, o acumulado em 12 meses subiu de 5,13% (abril) para 5,71% (maio), superando o nacional pela primeira vez em 3 meses. No ano, a capital acumula alta de 2,08%.
Já o Brasil, que apresentou desaceleração do IPCA em relação a maio do último ano (0,46%), assinalou recuo do valor acumulado em 12 meses para 5,32% em maio, 0,21 p.p. abaixo do calculado para o mês anterior (5,53%). No ano, a alta é de 2,75%.

Alta foi puxada pelo aumento de preços dos combustíveis de veículos, da energia elétrica residencial e do pão francês, mas tomate, arroz e passagens aéreas têm queda
Em Goiânia, o grupo de Trasportes – que possui o maior peso para o cálculo do IPCA – foi
o que mais contribuiu para a aceleração do índice de maio, com alta de 1,61%. Considerando os itens que o compõem, o aumento dos preços de Combustíveis de veículos (3,80%) foi o principal responsável pela inflação registrada no setor. Nesse sentido, a alta do etanol (8,27%) foi bastante superior à da gasolina (3,21%). A passagem aérea e o óleo diesel, porém, tiveram retração (-11,46% e -1,91%, respectivamente).
O segundo grupo com maior impacto para a inflação da capital foi o de Habitação (1,86%),
cuja variação foi puxada, sobretudo, pela energia elétrica residencial (6,11%), que voltou a subir após a queda de abril (-3,91%) e acumula alta de 8,84% em 12 meses.
Por outro lado, o setor de Alimentação e bebidas – que tem o segundo maior peso para o
cálculo do IPCA – foi o que mais pressionou o índice de maio, com retração de 0,60%. Entre os subitens que o compõem, merecem destaque o tomate (-12,65%), cujo preço caiu pela primeira vez no ano, e o arroz (-5,32%). O pão francês, contudo, subiu 3,32% e apresenta variação de 7,24% em 12 meses.

Inflação em Goiânia avança acima da média nacional
Em maio, Goiânia registrou a quinta maior inflação do país (0,49%) – considerando as 16 localidades onde o IBGE faz o acompanhamento dos preços. Acima da capital goiana estiveram Brasília (0,82%), Belém (0,66%), Fortaleza (0,57%) e Recife (0,56%). Nenhum dos estados pesquisados apresentou deflação, mas o índice de Rio Branco se manteve neutro (0,00%).

INPC: Apesar de também subir em maio, o índice sinaliza menor impacto da inflação
entre os mais pobres
O INPC também acelerou em Goiânia, subindo de 0,30% (abril) para 0,39% (maio). No Brasil, por sua vez, o índice foi de 0,35% em maio, sinalizando desaceleração em relação a abril (0,48%). Apesar da alta, na capital goiana seu valor foi menor que o apresentado pelo IPCA (0,49%). Isso indica que os aumentos de preços registrados para os Combustíveis de veículos e demais itens que apresentaram inflação tiveram menor impacto para as famílias com rendimentos entre 1 e 5 salários-mínimos (INPC) do que para as famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos (IPCA).

O custo goiano da construção por metro quadrado foi de R$ 1.790,85 em maio, sendo R$
1.036,36 relativos aos materiais e R$ 754,49 à mão de obra. O custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado, por sua vez, foi de R$ 1.826,53 em maio, sendo R$ 1.051,98 relativos aos materiais e R$ 774,55 à mão de obra.

Sobre o IPCA e o INPC
O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, enquanto o INPC
as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Sobre o Sinapi
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e índices da Construção Civil – SINAPI, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal – Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

Fonte IBGE

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments