O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou, em entrevista exclusiva à CNN nesta sexta-feira (8), que há um sentimento entre os parlamentares de que algumas penas (condenações) envolvendo os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023 foram “exageradas“.
“Não vejo que os parlamentares têm interesse de anistiar essas pessoas que fizeram isso. Não acho que esse seja o sentimento da Casa. O sentimento da Casa é muito mais de sensibilidade às pessoas mais humildes, aquelas que participaram do movimento e não cometeram delitos tão graves, tão pesados, e receberam penas elevadas”, detalhou Motta.
Motta afirmou que uma “alternativa legislativa” para os casos de pessoas que não cometeram “delitos tão graves” pode atender a maioria da Casa. Uma iniciativa do tipo, ressaltou Motta, precisará ser debatida e acordada no colégio de líderes para avançar.
“Crimes graves, como planejar a morte de alguém, eu não acho que a Câmara tem ambiente para anistiar isso”, disse.
A anistia para condenadores do 8 de janeiro foi uma das pautas reivindicadas pela bancada na oposição nesta semana durante a ocupação do plenário da Casa. Hugo Motta negou, no entanto, que tenha feito acordos sobre o avanço de propostas para garantir a desocupação da Mesa Diretora.
O grupo ocupou o plenário por mais de 24 horas. Motta retomou o controle dos trabalhos na noite de quarta-feira (6), após uma série de conversas e uma sessão tumultuada.
À CNN, o presidente da Casa afirmou que defenderá a punição de parlamentares que prejudicaram as atividades legislativas.
CNN