Na quarta-feira (10), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou o Catar para expulsar autoridades do grupo palestino Hamas — que ele descreveu como “terroristas” — ou “levá-las à justiça. Porque se não o fizerem, nós o faremos”.
Netanyahu acusou o Catar de fornecer refúgio e financiamento ao Hamas, recebendo uma dura repreensão de Doha, que reagiu em uma declaração contundente na manhã desta quinta-feira (11), descrevendo suas declarações sobre o fato de o país do Golfo ter sediado um escritório do Hamas como “imprudentes”.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Catar condenou o que descreveu como “ameaças explícitas de Netanyahu de futuras violações da soberania estatal”.
A acalorada discussão ocorreu mais de um dia depois de Israel tentar matar líderes políticos do Hamas em um ataque aéreo ao Catar na terça-feira (9), intensificando sua campanha militar no Oriente Médio e provocando uma onda de condenações internacionais.
O Catar, juntamente com o Egito, tem mediado as negociações de paz entre o Hamas e Israel.
O país alertou que o ataque israelense a Doha ameaçava inviabilizar essas negociações.
CNN