Em votação apertada, a Comissão de Economia da Câmara dos Deputados do México aprovou nesta segunda-feira (08/12) o texto do projeto de nova Lei de Impostos Gerais de Importações e Exportações, que prevê um aumento nas tarifas impostas a mais de 1,4 mil produtos, e que atingiria ao menos 11 países, entre eles o Brasil, com taxas que podem variar entre 7% e 50%.
O projeto é uma iniciativa da presidente Claudia Sheinbaum e ainda precisará passar pela votação do pleno da Câmara dos Deputados, além de todo o trâmite no Senado, antes de poder ser sancionado pela mandatária.
O governo mexicano afirma que a medida visa proteger setores da economia do país que estão altamente expostos a práticas de competência desleal ou importações de baixo custo.
Segundo o diário La Jornada, entre os produtos que serão taxados estão itens têxteis, calçados, autopeças, plásticos, aço, eletrodomésticos, brinquedos, móveis, vidro, motocicletas e cosméticos.
Brasil na lista
Também segundo a imprensa mexicana, a tarifação desses itens atingiria produtos do Brasil e de outros dez países entre eles África do Sul, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Índia, Indonésia, Nicarágua, Tailândia, Taiwan e Vietnã.
Proteção da indústria nacional
Segundo o presidente da Comissão de Economia da Câmara dos Deputados do México, Miguel Ángel Salim – do ultraconservador Partido da Ação Nacional (PAN) – houve um acordo entre a bancada governista e a oposição de direita “que fez modificações em alguns artigos para fortalecer a proposta presidencial”.
Já a deputada Patricia Armendáriz, do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), reclamou que a contraproposta da oposição teria deixado muitos produtos de fora da lista de tarifados.
“Algumas mudanças, como a que favorece a livre importação de tilápia, irão causar problemas aos produtores nacionais, e a retirada desses itens da lista prejudica o espírito do projeto, que é o de proteger a produção nacional”, argumentou a parlamentar governista.
Opera Mundi, Com informações de La Jornada.
