Um advogado de 74 anos deu ‘voz de prisão’ ao delegado Manoel Vanderic após se irritar com o valor da fiança por dirigir embriagado em Anápolis, a 55 km da capital. Segundo a Polícia Civil, o homem já tinha sido multado anteriormente por embriaguez. No vídeo, é possível ver o delegado conversando com o advogado durante uma abordagem, e ele confessando que tinha bebido.
O delegado Manoel Vanderic informou que o caso aconteceu durante uma operação da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT) na madrugada de sábado (6). Na abordagem, o homem, que não teve o nome divulgado, disse que tinha saído de um bar e que já tinha sido multado alguns dias antes por embriaguez.
“Ele não soprou o bafômetro, mas estava visivelmente embriagado. Também confessou que tinha bebido. Na delegacia, ao ser informado do valor da fiança, que foi de R$ 9 mil, ele se alterou e me deu voz de prisão”, disse Vanderic.
No Brasil, é adotada a tolerância zero para casos de embriaguez ao volante. Como existe uma diretriz que considera a margem de erro dada à aferição do bafômetro, até 0,04 mg/l (miligramas de álcool por litros de ar expelido dos pulmões) o motorista é liberado.
Essa margem de erro não vale para o exame de sangue, em que qualquer resultado positivo para presença de álcool na corrente sanguínea é passível de autuação ao condutor.
De 0,05 mg/l a 0,33mg/l é considerada infração gravíssima, com multa de R$ 2.934,70. Já igual ou acima de 0,34 mg/l, trata-se de crime de trânsito – nesse caso a Dict prende o motorista, que só é liberado mediante pagamento de fiança. O veículo só pode ser levado embora por um motorista que comprovadamente não tenha bebido.