O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) esquivou-se, nesta terça-feira, das críticas de privilegiar o sexo masculino em suas indicações aos altos cargos da República, em especial no Judiciário, ao nomear até três desembargadoras para o Tribunal Regional Federal da III Região (TRF-III).
Lula teria recebido três listas tríplices para a escolha dos integrantes da corte e, em duas dessas listas, as vagas são reservadas à advocacia, enquanto a terceira lista é composta por juízas que disputam uma promoção por merecimento. Entre os nove nomes das listas tríplices, oito são mulheres, segundo apurou o colunista Igor Gadelha, do site de notícias brasiliense ‘Metrópoles’.
Apoio
A única presença masculina nas listas é do advogado Marcos Moreira, apoiado pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT). A principal concorrente de Moreira é a advogada Veronica Sterman, que conta com o apoio de importantes figuras do PT, incluindo a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Na outra lista destinada à advocacia, a advogada Gabriela Araújo desponta como a favorita. Integrante do grupo Prerrogativas, Gabriela é amiga pessoal da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, e esposa do deputado estadual paulista Emídio Souza (PT), próximo a Lula. Além disso, Gabriela também goza da simpatia do ministro do STF André Mendonça, indicado para a Corte por Jair Bolsonaro.
Atualmente, a única mulher no Supremo Tribunal Federal (STF) é a ministra Cármen Lúcia. Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, o presidente Lula indicou o ex-ministro da Justiça Flávio Dino.
Correio do Brasil