domingo, novembro 10, 2024
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Médico que defendeu cloroquina é eleito representante do CFM em SP

O médico Francisco Cardoso, que ficou conhecido por defender o tratamento com cloroquina para Covid-19 durante a pandemia, foi eleito como novo representante do Conselho Federal de Medicina (CFM) em São Paulo para os próximos cinco anos. As eleições foram realizadas em todo Brasil na terça (6) e quarta-feira (7).

Pouco mais de 424 mil médicos votaram remotamente para um conselheiro federal efetivo e outro suplente. Em São Paulo, mais de 126 mil profissionais votaram. O suplente de Francisco Cardoso é Krikor Boyaciyan Veja como ficou a votação no estado: Força Médica (chapa 2) – 37,98% Consciência CFM (Chapa 3) – 34,13% Juntos por uma Categoria Médica Mais Forte (Chapa 1) – 15,25% Experiência e Inovação (Chapa 4) – 12,64% Defesa da cloroquina Em depoimento à CPI da Pandemia em junho de 2021, Cardoso afirmou que, quando surgiram os primeiros estudos sobre fármacos para o tratamento da Covid-19, a cloroquina e a hidroxicloroquina apresentaram melhor desempenho. “Em medicina, a prática de utilizar fármacos homologados em tratamento para outras doenças se chama uso ‘off-label’, ou seja, fora da bula oficial.

Em alguns casos, o uso ‘off-label’ se torna tão benéfico que acaba sendo incorporado depois pelas agências”, disse. Em março do mesmo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a hidroxicloroquina não funciona no tratamento contra a Covid-19 e alertou ainda que seu uso pode causar efeitos adversos. Depois da vitória no CFM, Cardoso escreveu, em suas redes sociais, que foi uma eleição disputada e que sofreu “ataques vis de pessoas sem caráter ou honra”. “São Paulo elegeu um médico a favor da vida, da ciência, da autonomia, da ética e do respeito”, completou.

A chapa eleita vai representar o órgão até setembro de 2029. Nesta quinta-feira (8), Cardoso compartilhou em uma rede social um print de uma crítica feita por um opositor à sua vitória na eleição e escreveu: “Se esquerdopata não gostou, é porque estamos no caminho certo.” Polêmica na eleição Durante a campanha, médicos relataram ter recebido uma mensagem, via SMS, instigando o voto na Chapa 2 por ser a “única chapa anti-(L 13)”, conforme escrito no texto. O SMS teria sido enviado no último dia 22 de julho, cerca de duas semanas antes do início das votações.

A infectologista Luana Araújo denunciou o recebimento nas redes sociais. “Em SP, aparentemente, tem gente que quer que você, médico(a) paulista, fique preso(a) para sempre nessa cretinice criminosa de polarização partidária. Para esse pessoal, vale tudo – inclusive agir contra a ética e a lei geral de proteção de dados”, relatou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por LUANA (@drluanaaraujo) A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) do CFM informou que esteve à frente de todo o processo eleitoral e que o pleito foi marcado por tranquilidade, eficiência e segurança.

CNN

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