O presidente Lula (PT) deve designar a embaixadora do Brasil na Suíça, Cláudia Fonseca Buzzi, para representá-lo na reunião organizada pelos suíços, que discutirá o conflito entre Ucrânia e Rússia, prevista para ocorrer em meados deste mês, informa o diário conservador carioca O Globo. O evento contará com a presença de cerca de 100 países, mas sem a participação do presidente russo, Vladimir Putin, o que levou Lula a decidir não comparecer pessoalmente.
Interlocutores do governo indicam que Lula optou por não delegar a missão a membros do primeiro escalão, como o chanceler Mauro Vieira ou o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim. Em vez disso, a decisão de enviar a embaixadora Buzzi tem como objetivo assegurar a presença do Brasil na cúpula, embora sem autoridade para tomar decisões significativas.
A participação da embaixadora ainda depende da aceitação dos organizadores do evento, que inicialmente convidaram apenas chefes de Estado ou de Governo. O Brasil espera uma flexibilização para que os países possam ser representados por seus embaixadores.
Acordo de paz
Celso Amorim afirmou que o Brasil respeita o sofrimento do povo ucraniano e enfatizou a necessidade de participação de todas as partes envolvidas no conflito, incluindo a Rússia, para que um diálogo efetivo possa ser estabelecido. A posição brasileira, alinhada com a da China, é que um acordo de paz sustentável só será possível com a inclusão de Moscou nas negociações. Nesta segunda-feira, Lula falou sobre as negociações de paz e voltou a defender um diálogo entre Rússia e Ucrânia: “apoiamos a realização de uma conferência internacional que seja reconhecida tanto pela Ucrânia quanto pela Rússia”.
Correio do Brasil