Autor: admin

  • Familiares de presos citam tensão em cadeias após veto a cigarro em MG

    Familiares de presos citam tensão em cadeias após veto a cigarro em MG

    Na saída da visita no presídio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, em Minas Gerais (MG), Maria (nome fictício), 28, disse que seu marido está irreconhecível. Fumante desde a adolescência, ele cumpre pena há sete anos, e desde o dia 31 de agosto deixou de fumar, após decisão do governo Romeu Zema (Novo), que proibiu a entrada de cigarros nos 171 presídios do estado.

    Na cela, que o marido divide com nove detentos, todos fumavam. Ela conta que eles têm sofrido de insônia, ansiedade, perda de apetite e tremedeiras. Desde setembro, três brigas aconteceram na cela, todas, segundo contou à mulher o detento, em razão do estresse causado pela abstinência de tabaco.

    O governo mineiro não informa o número de fumantes entre os 71 mil presos. Em nota, a Sejusp-MG (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) disse que acompanha de perto o andamento da medida, “fornecendo apoio e orientação para os casos de abstinência, a partir da assistência prestada por profissionais de saúde e de atenção psicossocial que atuam nas unidades prisionais do estado, em consonância com o Programa Nacional de Controle do Tabagismo”.

    No perfil no TikTok “Guerreiras de BH e região”, administrada por esposas e mães de presos, há um vídeo gravado em cela em agosto na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. É possível ver fogo, enquanto um detento grita: “Quer cortar o cigarro do preso? Vai dar ruim”.

    À época, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais instaurou um processo para averiguar a ocorrência e encontrou um celular em uma das celas.

    No memorando que proibiu os cigarros, de julho, que deu prazo até 31 de julho aos presídios de pequeno porte e 31 de agosto aos maiores, a Sejusp argumentou que a proibição visa garantir a saúde e o “atendimento humanizado” ao preso, garantindo “um ambiente livre das toxinas contidas nos cigarros”.

    O documento previa os efeitos da abstinência, entre os quais elencou “dor de cabeça, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros”.

    Para minimizá-los, recomendou que as unidades recorressem à “rede de saúde municipal para incluir o privado de liberdade no Programa Nacional de Controle do Tabagismo”.

    Foi o que fez a juíza Bárbara Nardy, da vara de execução penal de Ribeirão das Neves, onde há seis unidades prisionais e cerca de 7.500 detentos.

    Nardy enviou um ofício à Secretaria de Saúde da cidade, consultando-a sobre a possibilidade de o município atender aos apenados. A pasta respondeu que, como não fora previamente informada pela Sejusp acerca da proibição dos cigarros, não licitou a compra de medicamentos, sendo “inviável para o ano de 2024 […] atender as demandas das unidades prisionais para a cessação do tabagismo”.

    Também ouvida sob anonimato, Luiza (nome fictício), mãe de um detento, disse que a orientação dos carcereiros aos parentes dos presos é a de que a responsabilidade a compra dos medicamentos para o tratamento antifumo é da família.

    Em um debate na semana passada na Defensoria Pública, que reuniu familiares de presos e funcionários do sistema, a psicóloga penal Sidnelly Almeida, que atende no presídio José Maria Alkmin, avaliou que a tensão nas cadeias aumentou após o veto ao cigarro.

    “Não foi pensada uma política de saúde mental para lidar com a cessação do tabagismo nos presídios, que são ambientes adoecedores por si só”, disse.

    Almeida afirma que, no contexto prisional, o cigarro é um “redutor de danos”, aliviando a ansiedade, e, na sua ausência, os detentos têm fumado páginas de cadernos e espuma de colchão, usando a fiação elétrica para acendê-los, já que os isqueiros também estão proibidos. Esses relatos também foram recebidos também pela Defensoria Pública.

    Era comum ainda que o cigarro fosse usado como moeda de troca entre os presos. Segundo relatos à Almeida, atualmente a comida e os kits de higiene fornecidos pelos familiares substituíram o cigarro na função.

    Thiago Almeida, mestre em assistência farmacêutica pela UFMG e que há 12 anos atua em tratamentos antitabaco no SUS, diz que é consenso que largar o cigarro é uma boa decisão para a saúde, mas ressaltou que “toda a terapêutica, para ter sucesso, parte da vontade da pessoa de parar de fumar”.

    A Defensoria Pública entrou, em 31 de julho, com uma ação pedindo a suspensão liminar da proibição dos cigarros até que a Sejusp apresente um “diagnóstico da realidade de cada estabelecimento carcerário” e das equipes de saúde para o atendimento.

    Da forma “abrupta” como foi proposta, afirmou o defensor público Leonardo Bicalho de Abreu, a proibição “com certeza eleva a tensão nos presídios do estado”. A ação foi rejeitada em 21 de agosto pela 4ª Vara da Fazenda Pública. A Defensoria entrou com recurso, que ainda não foi julgado.

    Questionada, a Sejusp-MG não respondeu sobre a quantidade de cigarros apreendidos nos presídios do estado desde o veto nem sobre qual é o recurso empenhado em pessoal e equipamentos para o tratamento do tabagismo.

    Folha de São Paulo

  • Dino libera pagamento de emendas suspenso há quatro meses, mas exige transparência

    Dino libera pagamento de emendas suspenso há quatro meses, mas exige transparência

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino autorizou em decisão nesta segunda-feira, 2, o pagamento das emendas parlamentares que estava suspenso desde agosto deste ano por falta de transparência na autoria e na destinação dos recursos feita por deputados e senadores.

    O magistrado impôs aos parlamentares uma série de exigências para a liberação de cada tipo de emenda, sendo obrigatória a adoção de regras que permitam a rastreabilidade da origem e do destino dos recursos públicos. Dino disponibilizou a decisão para ser analisada em plenário pelos demais ministros da Corte.

    “Esclareço que as liberações de emendas – observados estritamente os termos desta decisão – podem ocorrer caso a caso, mediante informações e análises que competem aos órgãos dos Poderes Legislativo e Executivo”, escreveu Dino.

    Veja as novas regras para a liberação e a execução de cada tipo de emenda

    • Emenda de bancada: determina que não haja rateio da emenda. Congresso deve criar ata com a identificação do autor da proposta e dos parlamentares solicitantes. Controladoria Geral da União (CGU) deve realizar auditoria em outubro de 2025 para acompanhar o processo.
    • Emendas Pix: obrigatoriedade de apresentação prévia do plano de trabalho pelos parlamentares para ser aprovado pelo governo federal (reforça tema já decidido pelo plenário do STF). Emendas anteriores a 2025: prazo de 60 dias para sanar ausência de plano de trabalho.
    • Emendas de relator (orçamento secreto): podem ser retomadas, desde que o ordenador da despesa verifique o nome do parlamentar autor e dos beneficiários.
    • Emenda para ONGs: recursos só podem ser liberados com a devida publicação nos sites das entidades. Caso não seja dada publicidade, a liberação das emendas antigas e futuras ficará suspensa.
    • Emenda para a Saúde: exige indicações técnicas do gestor federal, com necessidade de aprovação nas comissões bipartite e tripartite do SUS. Sem aprovação prévia, não há liberação da emenda.
    • Evolução das despesas com emendas: recursos para essa finalidade não podem crescer em proporção superior ao aumento do total das despesas discricionárias.

    A decisão do ministro foi acompanhada de diversas críticas ao modelo de emendas adotado no País. O ministro escreveu no despacho que existem países presidencialistas, parlamentaristas, semipresidencialistas “e o Brasil, com um sistema de governo absolutamente singular no concerto das Nações”.

    Dino ainda apontou que “é precoce afirmar” que houve crimes na distribuição e na execução sem critérios das emendas, mas que “é de clareza solar que jamais houve tamanho desarranjo institucional com tanto dinheiro público, em tão poucos anos”. Entre 2019 e 2024, foram gastos R$ 186,3 bilhões com emendas parlamentares.

    O desbloqueio das emendas se dá num contexto de discussão do pacote de corte de gastos apresentado na semana passada pelo governo federal. As propostas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serão submetidas à análise do Congresso, que impôs a liberação das emendas parlamentares como condição para votar as medidas apresentadas.

    Dino, por sua vez, fez um desagravo ao uso indiscriminado das emendas parlamentares com montantes de recursos públicos cada vez maiores. O ministro escreveu na decisão que, “certamente, nenhuma despesa no Brasil teve similar trajetória em desfavor da responsabilidade fiscal”. O magistrado ainda apontou que existe apenas um Orçamento Público da União e que emendas parlamentares devem estar submetidas às mesmas regras e restrições impostas às programações discricionárias do governo.

    Como mostrou o Estadão, o projeto das emendas parlamentares aprovado pela Câmara no início do mês passado não cumpre os requisitos de transparência exigidos pelo ministro do STF e ainda garante R$ 50,5 bilhões em recursos nas mãos dos parlamentares no Orçamento de 2025.

    O projeto garante crescimento real de 2,5% ao ano, acima da inflação, para as emendas parlamentares impositivas (individuais e de bancada), e R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão, herdeiras do orçamento secreto, com correção pela inflação. Fora os gastos obrigatórios e carimbados, nenhuma outra despesa da máquina pública têm essas garantias e estão congeladas atualmente.

    “Com a publicação da LC nº. 210/2024 (lei que dá mais transparência às emendas), não há bloqueio judicial generalizado à execução de emendas parlamentares, mas sim trilhos constitucionais e legais a serem observados, consoante a presente decisão”, escreveu Dino.

    A definição das regras de transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares foi fruto de uma longa e intensa queda de braço entre o Congresso e o STF, com participação do governo federal. Diversas reuniões foram realizadas entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o ministro Flávio Dino para chegar a um acordo que impusesse regras ao uso desse dispositivo.

    Em reunião no dia 20 de agosto com a participação de autoridades dos Três Poderes, ficou definido que as emendas parlamentares deverão respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção. Foram definidas regras mais específicas para as emendas pix e de bancada. Foi neste encontro que o governo e o Congresso firmaram acordo para limitar o crescimento dos recursos para as emendas à receita corrente líquida, de modo a que elas não cresçam em proporção superior ao aumento do total das despesas discricionárias.

    Um novo encontro foi realizado em outubro deste ano, no qual foi acordado que o Congresso e o governo federal finalizariam o projeto de lei complementar para regular o uso das emendas e, posteriormente, Dino avaliaria a continuidade da execução das emendas parlamentares. Com a lei aprovada na Câmara no dia 19 e sancionada integralmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 26, o ministro do STF fez os apontamentos devidos na decisão desta segunda-feira.

    Estadão

  • Governo envia pacote de corte de gastos à Câmara

    Governo envia pacote de corte de gastos à Câmara

    O governo federal apresentou à Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira (29), um pacote de corte de gastos públicos com o objetivo de economizar R$ 70 bilhões até 2026. A proposta inclui um projeto de lei ordinária (PL) e um projeto de lei complementar (PLP), ambos assinados pelo líder do governo, José Guimarães (PT-CE).

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), será responsável por despachar os projetos para comissões e indicar os relatores. A análise inicial será feita pelos deputados, e o Senado atuará como Casa revisora. Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeram dar prioridade às medidas para aprovação até o fim do ano.

    O PLP altera o arcabouço fiscal, limitando despesas relacionadas a novos benefícios da seguridade social e restringindo o crescimento de gastos com pessoal e encargos até 2030, em caso de déficit primário. Também prevê o bloqueio de até 15% das emendas parlamentares.

    Já o PL propõe mudanças em programas sociais, como cadastro biométrico obrigatório para benefícios, atualização de dados no CadÚnico e limitação de reajustes do salário mínimo conforme a meta fiscal até 2030. Além disso, sugere alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família e Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).

    O governo também deve enviar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para tratar de alterações no abono salarial, Fundeb, desvinculação de receitas e subsídios.
    Agência Brasil
  • Goiás tem previsão de chuva forte e rajadas de vento de até 70 km/h neste sábado

    Goiás tem previsão de chuva forte e rajadas de vento de até 70 km/h neste sábado

    Goiás tem previsão de chuva forte com rajadas de vento de até 70 km/h neste sábado (30/11). De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), todo o estado tem risco potencial de tempestades com volumes de 30 mm/h a 60 mm/h.

    Após as fortes chuvas que caíram em Goiânia na tarde de sexta-feira (29), a previsão é de mais chuva, mas agora para o estado. Neste sábado (30), Goiás tem risco potencial para chuvas intensas de 30 a 60 mm/h ou até 80mm/dia com rajadas de vento de 70 km/h. O alerta é do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

    Previsão de chuva forte vem com frente fria para Goiás

    Sábado, com sol e variação de nebulosidade, o avanço de uma frente fria pela região Sudeste do Brasil,
    vai influenciar as condições do tempo em Goiás. Com isso, a previsão é de formação chuvas, que
    poderão vir no formato de tempestades, acompanhadas de rajadas de vento e descargas atmosféricas.

    Entre as regiões com maior previsão de chuva estão a Sudoeste, onde o acumulado pode alcançar 50 mm em cidades como Jataí e Rio Verde, e a região Sul, podendo chover 30 mm em Itumbiara.

    Segundo Cimehgo, a previsão para vários municípios goianos hoje é de sol, variação de
    nebulosidade e pancadas de chuvas.

    Neste sábado, também pode chover até 30 mm em Nova Aurora. Outros municípios com previsão de chuva forte são Anápolis, Ouvidor, Três Ranchos, Cumari, Santa Helena, Iporá, Palmeiras de Goiás, Palminópolis e Lagoa Santa, todos com previsão de até 25,0mm.

    Goiânia pode ter sol, nebulosidade e pancadas de chuvas

    Em Goiânia, a previsão é de sol, variação de nebulosidade e pancadas de chuvas, temperatura máxima podendo chegar aos 30ºC e umidade relativa do ar variando entre 55% a 95%. A capital pode registrar até 20mm de chuva.

    Com a chuva forte que caiu na capital na tarde de sexta-feira, várias partes da cidade registraram grandes volumes de chuva. O maior registro foi de 44 milímetros de chuva em 1 hora na região Centro-Oeste – Detran-GO.

    O segundo local da cidade em volume de precipitações foi a região Sul – Jardim América (Comando do Corpo de Bombeiros), com 42,6 mm. Na mesma área, região sul – Parque Amazônia (8º Batalhão dos Bombeiros), foram 36,6 mm no período.

     

    Mais Goiás

  • Homem se afoga em enxurrada no setor Parque Amazônia, em Goiânia

    Homem se afoga em enxurrada no setor Parque Amazônia, em Goiânia

    Um leitor do Mais Goiás informou que uma pessoa se afogou ao tentar tirar um carro da enxurrada, nesta tarde de sexta-feira (29), em Goiânia. O caso aconteceu no Parque Amazônia.

    O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) confirmou que houve um afogamento em enxurrada no setor. Contudo, ainda não tinha mais detalhes sobre a ocorrência.

    O portal apurou com testemunhas que a vítima era um homem e ficou desacordado, mas que foi reanimado pelos bombeiros.

    Alagamento

    Há pouco, a chuva alagou a avenida José Leandro da Cruz, no Parque Amazônia (região sul de Goiânia). Moradores do bairro afirmam que alagamentos são comuns nesse ponto da via e que, há duas semanas, houve até veículos que foram arrastados pela enxurrada.

    Mais Goiás

  • Saúde Estadual integra Gabinete de Crise para UTIs da capital

    Saúde Estadual integra Gabinete de Crise para UTIs da capital

    A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a equipe de transição do prefeito eleito da capital, Sandro Mabel, instituíram, a pedido do governador Ronaldo Caiado, um Gabinete de Crise para acompanhar, diariamente, a situação crítica dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Goiânia.

    O secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, participou da reunião de forma remota nesta quarta-feira (28/11), e destacou que Goiânia enfrenta uma grave crise sanitária que tem origem em uma crise de credibilidade relacionada à gestão da capital.

    “Essa situação gerou a redução do número de leitos de UTI devido à quebra de contratos, resultando em uma desproporção trágica entre a demanda por internações e a capacidade instalada nos hospitais da capital. É urgente ampliar a capacidade de atendimento”, explicou o secretário.

    Rasível destacou duas possíveis soluções:

    • aumentar o número de leitos, o que demandaria investimentos significativos,
    • ou otimizar a gestão dos leitos já existentes.

    Segundo ele, a segunda alternativa é mais viável economicamente, mas exige melhorias significativas na gestão hospitalar e o restabelecimento da confiança dos prestadores de serviços quanto ao pagamento pelos atendimentos realizados.

    “A criação do Gabinete de Crise é, neste momento, a única forma de oferecer à população de Goiânia uma resposta eficiente, com gestão contínua dos recursos e atendimento às necessidades dos pacientes”, afirmou o secretário, que estava em viagem e delegou a condução da reunião ao secretário-adjunto da SES, Sérgio Vencio.

    Gabinete de Crise

    O Gabinete de Crise iniciará os trabalhos com um levantamento detalhado das condições das unidades de urgência e emergência do município. Esses dados subsidiarão o desenvolvimento de um sistema, pela equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que permitirá a atualização em tempo real das informações, acessíveis à sociedade e aos veículos de comunicação.

    “A nova secretária municipal de Saúde, Cynara Costa, já iniciou o levantamento e participará ativamente do gabinete. Com base nas informações trazidas pelo município, começaremos a implementar as medidas necessárias”, afirmou o secretário-adjunto da SES, Sérgio Vencio.

    Ele destacou que a coordenação do Gabinete será compartilhada entre a SES-GO, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a equipe de transição do prefeito eleito Sandro Mabel.

    O levantamento buscará traçar um panorama abrangente das unidades de saúde municipais, abordando questões como falta de insumos, medicamentos, escassez de profissionais e problemas de manutenção, incluindo as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

    “Atualmente, uma ambulância manchada com sangue precisa aguardar até o dia seguinte para ser higienizada, porque o contrato com o prestador responsável pelo serviço noturno foi encerrado. Isso precisa ser resolvido com urgência”, alertou Vencio.

    O objetivo central do trabalho é garantir que os pacientes recebam assistência adequada desde o primeiro contato com o Sistema Único de Saúde (SUS), prevenindo a evolução para quadros mais graves que exijam internação em UTI, o que sobrecarrega ainda mais a rede de saúde municipal.

    Além disso, a SES-GO buscará apoio do Ministério Público de Goiás (MP-GO) para assegurar que a Prefeitura de Goiânia regularize os pagamentos pendentes a fornecedores e prestadores de serviços.

    O gabinete tentará, ainda, renegociar com fornecedores e restabelecer serviços essenciais, como a limpeza das ambulâncias e o fornecimento de medicamentos na capital.

    Painel observatório

    Com os dados coletados, a SES-GO desenvolverá um painel observatório, semelhante ao utilizado durante a crise da dengue, para monitorar as solicitações e ocupação de leitos de UTI em Goiânia e em todo o estado.

    O sistema será atualizado em tempo real e dividido em quatro blocos de informações, conforme explica a Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES-GO, Lorena Mota.

    “Haverá informações sobre a entrada da atenção secundária e urgência/emergência, regulação de internações/dados hospitalares e transporte”, enumera Lorena.

    No bloco das Entradas, Atenção Secundária e Urgência/Emergência, o município de Goiânia fornecerá, duas vezes ao dia, dados sobre:

    • recursos humanos (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem),
    • número de pacientes atendidos,
    • e ocupação dos diferentes tipos de leitos (observação, enfermaria pediátrica e adulta, e salas vermelhas).

    No segundo bloco, de medicamentos, o município de Goiânia fornecerá, duas vezes ao dia, informações sobre o estoque de insumos e medicamentos.

    No terceiro bloco, de Regulação/Hospitalar, serão reunidas informações da Central de Regulação Municipal, que incluirão solicitações e autorizações de internações dentro da rede municipal.

    O Complexo Regulador Estadual (CRE) acompanhará os pedidos de internação em UTIs vindos de Goiânia e de todo o estado, detalhando a evolução por diagnóstico (CID) e especialidade, bem como as autorizações de internações/transferência e destino dos pacientes nas unidades sob gestão estadual.

    O bloco de Dados Hospitalares incluirá informações sobre:

    • ocupação de leitos da rede municipal e estadual,
    • oferta de vagas,
    • tempo médio de permanência em UTIs
    • e previsão de alta dos pacientes.

    No quarto bloco, de Transporte, haverá dados sobre:

    • a quantidade de ambulâncias disponíveis,
    • atendimentos realizados e outros indicadores relacionados ao transporte sanitário serão incluídos.

    O painel será desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia, Inovação e Saúde Digital da SES-GO, responsável também por outros sistemas de monitoramento, como os painéis de arbovirose, Covid-19 e transparência da Regulação Estadual.

  • Goiás Social abre inscrições para 530 casas a custo zero em 15 municípios

    Goiás Social abre inscrições para 530 casas a custo zero em 15 municípios

    O Governo de Goiás, por meio do Goiás Social, da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), publica nesta sexta-feira (29/11) inscrições para Casas a Custo Zero do Programa Pra Ter Onde Morar – Construção – em 15 municípios.

    Ao todo serão disponibilizadas 530 unidades habitacionais que estão sendo construídas nas cidades de Anicuns, Aragarças, Barro Alto, Bonópolis, Buriti Alegre, Castelândia, Edéia, Estrela do Norte, Guaraíta, Joviânia, Nova Crixás, Santa Cruz de Goiás, Silvânia, Vianópolis e Vila Propício.

    O prazo para inscrições é de 29 de novembro a 27 de janeiro de 2025.

    A coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, destaca que a política habitacional goiana é referência no Brasil, sendo parte fundamental do trabalho do Governo de Goiás no combate à pobreza.

    “Goiás é o único Estado do País em que a casa é faixa zero, ou seja, sem custo algum para o beneficiário. Aquelas famílias que realmente precisam passam a ter acesso à sua casa própria sem pagar nada”, ressalta.

    Inscrições para Casas a Custo Zero

    Goiás Social abre inscrições para 530 casas a custo zero em 15 municípios
    Meta do Governo de Goiás é alcançar, até o final de 2026, 10 mil famílias com moradias dignas totalmente sem custo (Foto: Octacílio Queiroz)

    Entre os critérios básicos para se candidatar a uma casa a custo zero, estão renda familiar de até um salário mínimo, não possuir imóvel, ter vínculo mínimo de três anos (ou mais anos, dependendo do edital) com o município, além de ter o CadÚnico federal atualizado.

    Todos os detalhes estão nos editais publicados no site da Agehab, seção Casas a Custo Zero. No mesmo local também estará disponível, a partir de sexta-feira (29/11), o link de inscrição.

    O presidente da Agehab, Alexandre Baldy, reforça que a meta estabelecida pelo governador Ronaldo Caiado é alcançar, até o final de 2026, 10 mil famílias com moradias dignas totalmente sem custo.

    “Vamos entregar mais de 4,2 mil casas a custo zero somente em 2025 e intensificar parcerias e obras para avançarmos a passos largos rumo à nossa meta”, afirma Baldy.

    O titular da Seinfra, Pedro Sales, salienta que as moradias são construídas com recursos do Fundo de Proteção Social (Protege), do Governo de Goiás, e que o programa faz parte do Goiás Social, coordenado pelo Gabinete de Políticas Sociais (GPS).

    “A execução das obras é feita em parceria com as prefeituras de cada município e as construtoras credenciadas. É um esforço coletivo que nos permite alcançar excelentes resultados e que elevam a política habitacional de Goiás à posição de destaque em todo o País”, conclui Sales.

    Serviço

    Assunto: Inscrições para 530 casas a custo zero em 15 municípios goianos
    Quando: De 29 de novembro a 27 de janeiro de 2025
    Onde: goias.gov.br/agehab
    Informações e dúvidas: (62) 3096-5000 (ligação e WhatsApp) e @agehabgoias (redes sociais)
    Municípios e número de unidades:

    1. Anicuns – 36 unidades habitacionais (UH)
    2. Aragarças – 50 UH
    3. Barro Alto – 44 UH
    4. Bonópolis – 30 UH
    5. Buriti Alegre – 27 UH
    6. Castelândia – 30 UH
    7. Edéia – 28 UH
    8. Estrela do Norte – 30 UH
    9. Guaraíta – 30 UH
    10. Joviânia – 36 UH
    11. Nova Crixás – 30 UH
    12. Santa Cruz de Goiás – 30 UH
    13. Silvânia – 40 UH
    14. Vianópolis – 42 UH
    15. Vila Propício – 47 UH
      TOTAL – 530 casas
  • STF marca julgamento de ação de Bolsonaro para afastar Moraes de caso sobre trama golpista

    STF marca julgamento de ação de Bolsonaro para afastar Moraes de caso sobre trama golpista

    O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para 6 de dezembro o julgamento de um recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tenta retirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do caso envolvendo a suposta trama golpista de 2022. O objetivo de Bolsonaro é afastar Moraes, alegando que ele é parte interessada no processo e estaria impedido de atuar, relatar ou julgar o caso. Transferir a responsabilidade para outro relator seria a solução, na avaliação da defesa do ex-chefe do Executivo federal.

    A análise ocorrerá no plenário virtual, onde os ministros do Supremo registram seus votos em um sistema eletrônico, sem reuniões presenciais. No julgamento, há a possibilidade de um pedido de vista, para mais tempo de avaliação, ou de destaque, que levaria o caso ao plenário físico.

    O pedido foi protocolado em fevereiro deste ano, durante as primeiras operações da Polícia Federal (PF) relacionadas com a investigação de tentativa de golpe. De acordo com a defesa do ex-presidente, o ministro teria admitido ser vítima dos eventos sob investigação, o que, na visão dos advogados, comprometeria sua imparcialidade por estar envolvido diretamente no inquérito.

    Ainda em fevereiro, esse recurso já havia sido negado pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, em uma decisão monocrática. “Os fatos narrados na petição inicial não caracterizam, minimamente, as situações legais que impossibilitam o exercício da jurisdição pela autoridade arguida”, afirmou Barroso, destacando ainda que não foi demonstrada nenhuma das causas previstas em lei que justificariam o impedimento.

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) também manifestou concordância com Barroso em parecer emitido em 11 de março. A Procuradoria argumentou que a defesa de Bolsonaro não apresentou elementos suficientes para comprovar que Moraes estaria diretamente impactado no caso. Segundo o órgão, a ação não tem uma vítima individualizada, pois os ataques investigados têm como alvo instituições como o Poder Judiciário e o sistema eleitoral, visando descredibilizá-los.

    “No recurso, limita-se a afirmar que ‘o Ilmo. Ministro Relator –ora autoridade arguida– se vê e assim se descreve como vítima direta das condutas investigadas’, sem observar que as condutas investigadas têm como sujeito passivo a coletividade, não uma vítima individualizada”, concluiu a PGR.

    A defesa de Bolsonaro, então, recorreu e o caso agora será analisado pelos demais ministros da Corte. A ação no plenário virtual será julgada entre os dias 6 e 13 de dezembro. A expectativa no STF é a manutenção da relatoria de Moraes e a confirmação do entendimento previamente estabelecido.

    Estadão

  • Haddad: Muitos no Brasil se valem de artifícios jurídicos para ficar imune ao IR

    Haddad: Muitos no Brasil se valem de artifícios jurídicos para ficar imune ao IR

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 29, que muitos contribuintes utilizam artifícios jurídicos para ficar totalmente imunes ao imposto de renda, ao justificar a proposta elaborada pelo governo de criar uma alíquota mínima de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.

    “Uma pessoa que ganha um milhão por ano, vamos combinar que está na faixa de 0,1% ali no topo da pirâmide. Um milhão por ano é uma renda bastante significativa para o Brasil. Em qualquer lugar do mundo, mas aqui também, muito. Então essa pessoa está usando artifícios para não pagar o imposto de renda. Então ela tem várias empresas, ela caracteriza a empresa dela de acordo com a legislação e sua conveniência. E ela faz uma engenharia, ela faz uma arquitetura financeira para ficar imune”, disse em entrevista à Record News.

    Haddad disse que o governo terá tempo para dialogar sobre a grande injustiça que é o imposto de renda no Brasil. Ele questionou ainda como hoje, no País, cobra-se imposto de uma pessoa que ganha R$ 3 mil reais e não cobra das empresas de bet.

    Proposta de IR é compromisso de Lula e será discutida em 2025

    O ministro disse que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil é um compromisso de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reafirmou que a proposta só será discutida em 2025.

    “Isso é uma proposta que o presidente Lula se comprometeu a encaminhar para o Congresso Nacional e que vai ter lá o ano que vem para ser discutida. O ano que vem tem várias vantagens. A pauta do Legislativo está mais leve. Nós vamos ter votado muita coisa nesses dois anos, então a pauta vai estar mais tranquila. Segundo lugar: não tem eleição no ano que vem. Está todo mundo tranquilo para se debruçar sobre o assunto e ver o que é justo”, afirmou na mesma ocasião.

    A proposta de ampliação da isenção do IR representa um impacto de R$ 35 bilhões, que será compensado, em parte, pela taxação de rendas superiores a R$ 50 mil por mês. Haddad observou que uma renda superior a R$ 1 milhão anual é grande em qualquer lugar do mundo e que o presidente Lula busca distribuir melhor o peso dos impostos.

    Ele voltou a reiterar que o governo não quer arrecadar mais, mas sim de forma mais justa, e ponderou que o Congresso terá tempo, meses para discutir sobre o IR. Mais cedo, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disseram que vão priorizar a análise das propostas sobre contenção de gastos, mas que deixarão o debate do IR para 2025.

    “Eu penso que deve ser valorizado esse gesto do presidente por uma simples razão. Outros presidentes prometeram fazer isso, e nenhum sequer tomou a iniciativa de mandar para o Congresso Nacional”, afirmou.

    Haddad ainda mencionou o sucesso de programas de crédito do governo, como o Acredita e Desenrola, e disse que a ampliação do acesso ao crédito é importante não apenas para o consumo. Ele concedeu entrevista à Rede Record nesta sexta-feira, 29. A íntegra foi exibida na Record News e parte da gravação será veiculada no Jornal da Record.

    IstoÉ

  • Moraes tem apoio no STF para barrar suspeição e julgar trama golpista na 1ª turma

    Moraes tem apoio no STF para barrar suspeição e julgar trama golpista na 1ª turma

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), não tem encontrado barreiras na corte para definir o andamento dos rumorosos processos sob relatoria dele.

    Caberá a ele definir se o caso da trama golpista será julgado pelo plenário completo ou pela Primeira Turma, que reúne apenas parte dos ministros.

    Também não tem havido no tribunal espaço para discussão de suspeição do ministro em processos em que, além de juiz, ele é também parte.

    Moraes foi o principal personagem de sua própria decisão que autorizou a operação da Polícia Federal que prendeu suspeitos de planejar a morte de Lula (PT), de Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio Moraes. Foram 44 citações a si mesmo. Já o relatório final da investigação cita o ministro 206 vezes.

    Apesar de Moraes ter sido, segundo as investigações, um dos principais alvos, o assunto é delicado para todos os ministros. Mas a defesa da permanência do relator é vista como uma defesa da própria corte.

    Nos bastidores, o relator tem falado em levar a discussão à Primeira Turma da corte, colegiado com 5 ministros, e não ao plenário completo, com os 11. A opção não provocou, até aqui, incômodo ou discussão interna, apenas um desconforto pontual —somente um ministro reclamou da ideia, segundo relatos colhidos pela reportagem.

    Na turma da qual Moraes faz parte não há queixas. O presidente da corte, Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (27) que a análise no colegiado menor é o natural.

    “O juízo natural dessas matérias é a Primeira Turma. O excepcional seria ir para o plenário. Se o relator e a Turma entenderem de enviar para o plenário, vai para o plenário. Mas a competência é deles e, portanto, não é sequer uma matéria que esteja na alçada da Presidência”, disse.

    Se o caso for concluído na turma, só cabem os chamados embargos infringentes se dois dos cinco ministros ficarem vencidos —um tipo de recurso para quando a decisão não é unânime e que pode levar o caso ao plenário.

    No início de setembro, Moraes também enviou à turma a decisão de suspender o X (ex-Twitter) no Brasil para referendo. Naquele momento, uma ala do Supremo se irritou por entender que uma decisão daquela magnitude deveria ser analisada por toda a corte.

    A Primeira Turma foi unânime na confirmação da derrubada. Nos bastidores, dizia-se que o ministro buscou um ambiente no qual tinha a segurança de ser respaldado por todos os pares. Lá, além de Moraes, estão Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

    Na outra turma estão os ministros indicados ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

    Ambos têm discordado, integralmente ou em parte, de outras decisões de Moraes que tratam de temas relacionados a apoiadores do ex-presidente, como os processos sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023. Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin também integram a composição.

    Agora, o argumento que motivou o descontentamento seria o mesmo: um caso que lida com um possível golpe de Estado deveria ser avaliado pelos 11 ministros. A maior parte dos magistrados, no entanto, entende que é na turma que o caso deve tramitar —inclusive para não travar o plenário, justamente pelo tamanho do processo.

    A leitura de ministros e auxiliares ouvidos pela reportagem, sob reserva, é a de que a conclusão dos processos do plano para impedir a posse de Lula deve se dar no próximo ano. Isso seria importante para evitar o prolongamento das discussões e evitar que se arrastem até as eleições presidenciais de 2026.

    Ainda não há uma formalização sobre o destino do caso na corte. Isso só ocorrerá depois que a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) for enviada ao Supremo. O órgão máximo do Ministério Público, sob comando de Paulo Gonet, poderá pedir mais investigações à PF.

    A partir daí, o ministro vai instruir o processo, abrir prazo para as defesas se pronunciarem e liberar para julgamento. É neste momento que ficará oficializada a opção de Moraes.

    Outra possibilidade é o ministro marcar a análise sobre o recebimento da denúncia para a turma e o julgamento de mérito para o plenário maior.

    No geral, os ministros ainda têm a memória fresca sobre o impacto do julgamento do mensalão na pauta do tribunal. Em 2012, o caso paralisou a pauta do plenário por meses, em 53 sessões.

    Em decorrência disso, em 2014 as turmas passaram a analisar temas criminais e os de foro por prerrogativa de função. Com o esvaziamento da Lava Jato, inquéritos e ações penais originárias voltaram ao plenário.

    No fim de 2023, mais uma mudança ocorreu e a competência das turmas foi restabelecida, novamente, para reduzir a sobrecarga do plenário. Agora cabe ao relator definir o caminho do caso.

    Por enquanto, é possível que mesmo os indiciamentos não tenham terminado.

    Nesta quinta, o decano Gilmar Mendes afirmou que a PF pode indiciar mais suspeitos. Isso porque militares alvos de operação da PF na última semana ainda devem prestar mais depoimentos. Os investigadores tentam identificar pelo menos outras três pessoas que atuaram nos planos para matar autoridades.

    Militantes e políticos bolsonaristas alegam que o ministro não deveria ficar à frente de processos, como o dos ataques de 8 de janeiro de 2023 e do plano de matar autoridades, por ser uma das supostas vítimas dos golpistas, diante da descoberta de planos para matá-lo. Em setembro, parlamentares de oposição protocolaram um novo pedido de impeachment contra o ministro.

    Folha de São Paulo