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  • Empresas aéreas pedem 180 dias para adaptação ao horário de verão

    Empresas aéreas pedem 180 dias para adaptação ao horário de verão

    Associações de empresas aéreas divulgaram nesta terça-feira (24) uma nota manifestando preocupação com a possibilidade de retomada do horário de verão sem prazo para considerar as questões operacionais e logísticas do transporte aéreo. As entidades pedem um prazo mínimo de 180 dias entre o decreto de estabelecimento do horário de verão e o efetivo início da mudança do horário.

    Segundo as aéreas, a mudança pode ter impactos substanciais para os passageiros e comprometer a conectividade do país. A nota é assinada pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB).

    “A entrada súbita do horário de verão causará, por parte das empresas aéreas brasileiras, alterações de horários em cidades brasileiras e internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília. Isso mudará a hora de saída/chegada dos voos, podendo gerar a perda do embarque pelos clientes por apresentação tardia e eventual perda de conectividade”, diz o comunicado.

    “A falta de comunicação prévia para que as empresas aéreas ajustem os horários de voos e conexões, cuidadosamente definidos e já em comercialização desde o início do ano, pode resultar em grandes transtornos para a sociedade, especialmente durante a temporada de verão e festas de final de ano”.

    Na última quinta-feira (19), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a volta da adoção do horário de verão no país. No entanto, o governo federal ainda irá avaliar o cenário, antes de optar pela medida.

    Segundo o ONS, a adoção do horário de verão pode resultar em uma diminuição até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica, e em uma economia próxima a R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os meses de outubro e fevereiro.

    Agência Brasil

  • Anvisa proíbe medidor de pressão e termômetro com coluna de mercúrio

    Anvisa proíbe medidor de pressão e termômetro com coluna de mercúrio

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, em todo o território brasileiro, a fabricação, importação, comercialização e o uso em serviços de saúde de termômetros e esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial) com coluna de mercúrio. A resolução foi publicada nesta terça-feira (24) no Diário Oficial da União.

    Brasília-DF, 10.11.2023, Fachada do Prédio da Agência de Vigilância Sanitária ANVISA, em Brasília.  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
    Brasília-DF, 10.11.2023, Fachada do Prédio da Agência de Vigilância Sanitária ANVISA, em Brasília. Foto:  Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

    Os equipamentos abrangidos pela resolução têm uma coluna transparente contendo mercúrio e finalidade de aferir valores de temperatura corporal e pressão arterial, indicados para uso em diagnóstico em saúde. A proibição não se aplica a produtos para pesquisa, calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência.

    Ainda de acordo com a resolução, termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio que forem retirados de uso devem seguir as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, fixadas pela Anvisa em 2018.

    O descumprimento da resolução, segundo a agência, constitui infração sanitária, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.

    Entenda

    Em 2022, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou, em reunião pública, iniciativa regulatória sobre o tema, atendendo a uma demanda da Convenção de Minamata, ocorrida no Japão em 2013 e da qual o Brasil é signatário. Pela convenção, o mercúrio deveria ter seu uso reduzido em todo o mundo até 2020.

    O metal pesado, segundo a agência, não representa perigo direto para usuários de termômetros ou de medidores de pressão, mas configura perigoso agente tóxico no meio ambiente quando descartado. A Anvisa destaca ainda que esses equipamentos já contam com alternativas de mercado que não utilizam coluna de mercúrio.

    “Termômetros e esfigmomanômetros digitais são produtos para a saúde de uso difundido no Brasil e possuem as mesmas indicações clínicas que os que contém mercúrio. Esses dispositivos também possuem a sua precisão avaliada compulsoriamente pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e são ambientalmente mais sustentáveis.”

    Agência Brasil

  • Justiça revoga mandado de prisão contra cantor Gusttavo Lima

    Justiça revoga mandado de prisão contra cantor Gusttavo Lima

    O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), concedeu habeas corpus nesta terça-feira (24) para revogar o mandado de prisão expedido contra o cantor Gusttavo Lima.Ontem (23), o cantor sertanejo teve mandado de prisão expedido nesta segunda-feira (23) pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife.

    Ele é acusado de ter ligação com pessoas investigadas na Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, que apura um esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar pela internet (bets).

    Gusttavo Lima não chegou a ser preso. Ele está nos Estados Unidos em viagem com sua família.

    Passaporte

    Na mesma decisão, o desembargador derrubou a medida que suspendeu o passaporte e o porte de arma do cantor.

    Para o magistrado, a decretação da prisão de Nivaldo Batista Lima, nome de batismo do cantor, foi justificada com base em ilações.

    “Destarte, da leitura da aludida decisão [de primeira instância], constata-se que as justificativas utilizadas para a decretação da prisão preventiva do paciente e para a imposição das demais medidas cautelares constituem meras ilações impróprias e considerações genéricas. Desconstituída, assim, de qualquer evidência material a justificar, nesse momento, a segregação cautelar”, justificou.

    Agência Brasil

  • ONU: Lula critica incapacidade de negociação entre líderes mundiais

    ONU: Lula critica incapacidade de negociação entre líderes mundiais

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (24), que, em busca de resolver os problemas do planeta, os líderes mundiais andam em círculos e têm resultados ineficientes. Ao abrir o debate de chefes de Estado da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Lula citou o Pacto para o Futuro, documento adotado pelos países para reforçar a cooperação global.

    “Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo: andamos em círculos entre compromissos possíveis que levam a resultados insuficientes”, disse Lula.

    “Nem mesmo com a tragédia da covid-19, fomos capazes de nos unir em torno de um Tratado sobre Pandemias na Organização Mundial da Saúde. Precisamos ir muito além e dotar a ONU dos meios necessários para enfrentar as mudanças vertiginosas do panorama internacional”, acrescentou o presidente.

    Para Lula, a crise da governança global requer transformações estruturais e essa missão recai sobre a Assembleia Geral, “expressão maior do multilateralismo”. Segundo ele, prestes a completar 80 anos, a Carta das Nações Unidas nunca passou por uma reforma abrangente. Na fundação da ONU, eram 51 países, hoje somos 193.

    “A versão atual da Carta não trata de alguns dos desafios mais prementes da humanidade”, disse Lula, citando os diversos conflitos armados existentes no mundo, “com potencial de se tornarem confrontos generalizados”.

    De acordo com o presidente, na ocasião da fundação da ONU, várias nações, principalmente no continente africano, estavam sob domínio colonial e “não tiveram voz sobre seus objetivos e funcionamento”. Ainda, para Lula, não há equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções e o cargo de secretário-geral jamais foi ocupado por uma mulher.

    “Estamos chegando ao final do primeiro quarto do século XXI com as Nações Unidas cada vez mais esvaziada e paralisada. Não bastam ajustes pontuais, precisamos contemplar uma ampla revisão da Carta”, disse.

    O Brasil propõe a transformação do Conselho Econômico e Social no principal foro para o tratamento do desenvolvimento sustentável e do combate à mudança climática, com capacidade real de inspirar as instituições financeiras; a revitalização do papel da Assembleia Geral, inclusive em temas de paz e segurança internacionais; o fortalecimento da Comissão de Consolidação da Paz; e a reforma do Conselho de Segurança, com foco em sua composição, métodos de trabalho e direito de veto, de modo a torná-lo mais eficaz e representativo das realidades contemporâneas.

    Para Lula, a reforma do Conselho de Segurança da ONU é urgente, com uma representação adequada de países emergentes. Hoje, esse conselho, com poder de tomar importantes decisões sobre conflitos internacionais, reúne apenas Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido como membros permanentes. Segundo as regras, para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

    “A exclusão da América Latina e da África de assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável de práticas de dominação do passado colonial”, afirmou o brasileiro.

    “Não tenho ilusões sobre a complexidade de uma reforma como essa, que enfrentará interesses cristalizados de manutenção do status quo. Exigirá enorme esforço de negociação, mas essa é a nossa responsabilidade. Não podemos esperar por outra tragédia mundial, como a Segunda Grande Guerra, para só então construir sobre os seus escombros uma nova governança global. A vontade da maioria pode persuadir os que se apegam às expressões cruas dos mecanismos do poder”, acrescentou.

    O discurso de Lula na ONU reflete os temas prioritários do Brasil no G20: o combate às desigualdades e à fome, o enfrentamento às mudanças climáticas e a reforma das instituições de governança global. Até novembro deste ano, o país está na presidência do bloco que reúne 19 países e duas entidades regionais – União Europeia e União Africana.

    Debate geral

    A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos principais órgãos da ONU e reúne os 193 estados que fazem parte da organização, com cada nação tendo o direito a um voto. Por tradição, cabe ao governo brasileiro fazer o primeiro discurso do debate geral, seguido do presidente dos Estados Unidos.

    Este ano, o tema do debate geral da Assembleia Geral da ONU é “Não deixar ninguém para trás: agir em conjunto para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”. Nesta sessão de trabalho, os chefes dos Estados-membros são convidados a discursar em uma oportunidade para apontar suas visões e preocupações diante do sistema multilateral.

    Esta é a nona vez que o presidente Lula abre o debate geral dos chefes de Estado. Ao longo de seus dois mandatos anteriores, ele participou do evento em todos os anos entre 2003 e 2009. Em 2010, foi representado pelo então ministro das Relações Exteriores e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim. No ano passado, em seu terceiro mandato, Lula também abriu a sessão de debates.

    O presidente desembarcou em Nova York no sábado (21). No domingo (22), discursou na Cúpula para o Futuro, um evento paralelo à Assembleia Geral da ONU. Segundo ele, o Pacto para o Futuro, documento a ser assinado pelos líderes mundiais, aponta uma direção a seguir, mas falta “ambição e ousadia” para que as Nações Unidas consigam cumprir seu papel.

    Ontem (23), o presidente brasileiro participou de reuniões bilaterais, com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e com o primeiro-ministro do Haiti, Garry Conille.

    Ainda nesta terça-feira, Lula também coordena o evento “Em defesa da democracia, combatendo os extremismos”, em conjunto com o presidente espanhol Pedro Sanchez. A iniciativa busca o fortalecimento das instituições no combate à desigualdade, à desinformação e ao radicalismo.

    Agência Brasil

  • Queimadas em lotes vagos: entenda os riscos e saiba como denunciar

    Queimadas em lotes vagos: entenda os riscos e saiba como denunciar

    Queimar resíduos sólidos ou rejeitos a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para a atividade é uma infração ambiental, conforme o Decreto Federal Nº 6.514, de 22 de julho de 2008 da Prefeitura de Goiânia. A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) reforça que a prática ilegal pode gerar graves consequências para a saúde pública e o meio ambiente, além de ser sujeita a penalidades.

    O fogo descontrolado pode facilmente se espalhar para áreas residenciais, colocando em risco pessoas, animais e propriedades. Além disso, a fumaça liberada contém substâncias tóxicas, como monóxido de carbono e partículas finas, que podem causar problemas respiratórios, principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares.

    Com a destruição da vegetação, as queimadas também reduzem a biodiversidade local e degradam o solo, portanto, aumentam a possibilidade de erosão, além do agravamento da poluição do ar.

    Denúncia

    A legislação também proíbe, na zona urbana, queimar lixo e restos de vegetais em áreas públicas ou particulares, de modo a provocar fumaça, cinza ou fuligem que comprometam a comodidade pública. Em caso de flagrante, a população pode denunciar queimadas por meio do telefone 161 da Amma, que enviará a fiscalização ao local. Para o controle imediato do fogo, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo número 193. E em caso de investigação, quando não há flagrante, a população pode acionar a Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema).

    As multas variam de R$ 144,92 a R$ 1.449,20, dependendo da gravidade do ato e das circunstâncias envolvidas, conforme o código de postura do município.

    Ações preventivas

    Desde maio de 2024, a Amma, em parceria com o Corpo de Bombeiros, tem adotado medidas preventivas para evitar incêndios nos 63 parques municipais da capital. A estratégia envolve a criação de aceiros, que são faixas de terra com aproximadamente três metros de largura e desprovidas de vegetação, e funcionam como barreiras naturais para conter o avanço do fogo em áreas com vegetação seca, comum nesta época do ano.

    Além disso, servidores da Amma passaram por treinamento especializado, com o apoio de instrutores do Corpo de Bombeiros, que incluíram técnicas de combate a incêndios, manejo seguro de extintores e estratégias de autoproteção.

    Fonte: Prefeitura de Goiânia

  • Sancionada lei que mantém desoneração da folha em 2024

    Sancionada lei que mantém desoneração da folha em 2024

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, com vetos, a lei que mantém a desoneração da folha de pagamento de empresas de 17 setores até o final de 2024, retomando gradualmente a tributação no prazo de três anos (2025 a 2027). A Lei 14.973/24 foi publicada na noite desta segunda-feira (16).

    A lei prevê, de 2025 a 2027, a redução gradual da alíquota sobre a receita bruta e o aumento gradual da alíquota sobre a folha. De 2028 em diante, voltam os 20% incidentes sobre a folha e fica extinta aquela sobre a receita bruta.

    Durante esses anos, as alíquotas incidentes sobre a folha de salários não atingirão os pagamentos do 13º salário.

    O que é a desoneração
    A desoneração permite que as empresas beneficiadas possam optar pelo pagamento de contribuição social sobre a receita bruta com alíquotas de 1% a 4,5% em vez de pagar 20% de INSS sobre a folha de salários.

    A medida está em vigor desde 2011.

    Pequenos municípios
    A lei também beneficia os municípios com população de até 156,2 mil habitantes, que manterão a alíquota de 8% do INSS em 2024, aumentando gradualmente para 12% em 2025, 16% em 2026 e voltando a 20% a partir de janeiro de 2027.

    Para contarem com a redução de alíquotas, os municípios devem estar quites com tributos e contribuições federais.

    Projeto do Senado
    A Lei 14.973/24 se originou de projeto do Senado (PL 1847/24), aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, e atende a uma negociação entre o Congresso, o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desoneração.

    O ministro Cristiano Zanin havia dado um prazo ao Congresso, encerrado ontem, para aprovar e sancionar o texto, que também prevê medidas para compensar as perdas de arrecadação decorrentes da desoneração.

    Dinheiro esquecido
    Entre as medidas de compensação da desoneração está a possibilidade de direcionar para o Tesouro Nacional valores esquecidos em contas bancárias sem movimentação há vários anos e não resgatados pelos interessados nos próximos 30 dias. As contas serão divulgadas pelo governo por meio de um edital.

    O dono da conta poderá requerer a devolução do dinheiro no âmbito administrativo, segundo uma sistemática descrita na lei. Em caso negativo, poderá acionar a justiça, mas para isso terá um prazo máximo de seis meses, contado a partir da divulgação do edital.

    Lula vetou o trecho que permitia ao titular da conta reclamar os valores junto à instituição financeira até 31 de dezembro de 2027. O argumento foi de que essa data conflitava com as demais previstas na sistemática de devolução do dinheiro.

    Compensação
    Para compensar a renúncia da receita devido à desoneração da folha de pagamento, algumas medidas foram mantidas na lei. Entre elas estão:

    • permissão para pessoas físicas ou jurídicas atualizarem a valor de mercado o custo de aquisição de imóveis declarados à Receita, com alíquotas menores;
    • repatriação de recursos de origem lícita mantidos no exterior e não declarados ou incorretamente declarados;
    • adicional de 1% da Cofins-Importação até 31/12/2024, sendo reduzido gradualmente durante o período de transição: 0,8% em 2025; 0,6% em 2026 e 0,4% em 2027; e
    • medidas de combate a irregularidades em benefícios sociais e previdenciários.

    Veto a centrais de cobrança
    Havia ainda um dispositivo que permitia à Advocacia-Geral da União (AGU) criar centrais de cobrança e negociação de multas aplicadas por agências reguladoras, mas Lula vetou.

    A medida visava recuperar recursos discutidos em ações judiciais ou processos administrativos. O governo argumentou que as centrais só poderiam ser criadas por lei de iniciativa do Poder Executivo.

    Foi mantido, no entanto, o dispositivo que permite à Procuradoria-Geral Federal (PGF) propor aos devedores acordo na cobrança da dívida ativa das agências reguladoras, quando houver relevante interesse regulatório.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Dados do TSE esboçam o perfil de candidatos e eleitores no Brasil

    Dados do TSE esboçam o perfil de candidatos e eleitores no Brasil

    Mais de 155,9 milhões de eleitores vão às urnas no dia 6 de outubro para escolher prefeitos e vice-prefeitos de 5.569 cidades brasileiras, além de 58,4 mil vereadores. A campanha entra na reta final nas próximas duas semanas, e os políticos tentam conquistar o voto daquele último cidadão indeciso. Mas quem são esses candidatos? E quem é o perfil do eleitor brasileiro?

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou um banco de dados que ajuda a esboçar esses perfis. Os painéis com estatísticas sobre as candidaturas e o eleitorado reúnem 140 conjuntos de informações e curiosidades — das mais genéricas às mais específicas. Em qual cidade a disputa para vereador é a mais acirrada? Quantos candidatos se declaram gays? Quantos eleitores têm mais de 100 anos de idade? Está tudo lá.

    O número de cidadãos aptos a votar neste ano é 0,31% menor do que o verificado na disputa presidencial de 2022, quando o TSE registrou 156,4 milhões de inscritos. Parte da diferença se explica pela ausência dos 2,2 milhões de eleitores do Distrito Federal, que não elegem prefeitos e vereadores. Quando comparado ao último pleito municipal, realizado em 2020, o contingente de votantes em 2024 é 5,4% maior.

    Se o número de eleitores cresceu, o mesmo não aconteceu com a quantidade de candidaturas. Há 463,3 mil postulantes a cargos públicos neste ano — a marca mais baixa desde as eleições municipais de 2008, quando houve 381,3 mil.

    Quem é o eleitor?

    Se um aplicativo de inteligência artificial usasse os dados do TSE para construir a imagem da maioria do eleitorado brasileiro, a figura provavelmente retrataria uma mulher parda, entre 35 e 44 anos. Dos 155,9 milhões de votantes registrados no país, as mulheres somam 52%. Os homens são 48%.

    Entre o público feminino, a faixa etária de 40 a 44 anos concentra 8,3 milhões de eleitoras, seguida do intervalo entre 35 e 39 anos (8,1 milhões). No caso dos homens, o segmento entre 25 e 29 anos têm o maior número de inscritos (7,7 milhões), à frente apenas da faixa etária de 40 a 44 anos (7,6 milhões).

    Uma curiosidade sobre a idade do eleitorado: neste ano, 724,3 mil adolescentes com 16 anos votam pela primeira vez. No outro extremo, há 213,8 mil eleitores com 100 anos ou mais.

    Os pardos são a maioria do eleitorado brasileiro (53,57%), seguidos de brancos (33,34%) e pretos (11,39%). Os indígenas somam 0,98%, e os amarelos, 0,72%.

    Questionados pelo TSE, 10,8% dos eleitores optaram por declarar uma identidade de gênero. Dessa fatia, a maior parte (89,17%) se diz cisgênero — quem se apresenta e se identifica com o mesmo gênero do nascimento. Apenas 0,3% se dizem transgêneros, por adotarem uma identidade diferente do gênero com que nasceram. De acordo com o TSE, há 41.537 eleitoras e eleitores com nome social aptos a votar.

    Os painéis também revelam o grau de instrução do eleitorado. A maior parte (27,04%) completou o ensino médio. Mas uma fatia importante não chegou a concluir o fundamental (22,48%) ou o médio (17,78%). O percentual de eleitores com superior completo é de 10,75%, seguidos daqueles que apenas leem ou escrevem (6,59%).

    O número de votantes com algum tipo de deficiência saltou de 242,8 mil em 2012 para 1,4 milhão em 2024 — um incremento de 497,79%. Os estados de São Paulo (445,4 mil), Minas Gerais (123,4 mil) e Rio de Janeiro (99,5 mil) têm o maior número de pessoas com deficiência no eleitorado. As unidades com menor participação são Roraima (3,4 mil), Acre (4,7 mil) e Amapá (5,2 mil).

    Colégios eleitorais

    Os estados de São Paulo (34,4 milhões de votantes), Minas Gerais (16,4 milhões) e Rio de Janeiro (13 milhões) sustentam o título de maiores colégios eleitorais do país. Juntos, eles somam 40,98% dos brasileiros aptos a votar. As capitais — São Paulo (9,3 milhões), Rio de Janeiro (5 milhões) e Belo Horizonte (1,9 milhão) — são as cidades com mais eleitores inscritos.

    Os estados com menores contingentes de eleitores ficam na Região Norte: Roraima (389,8 mil), Amapá (571,2 mil) e Acre (612,4 mil). A cidade com o menor colégio eleitoral do país é Borá (SP), com apenas 1.094 votantes. Em seguida, vêm Engenho Velho (RS) e Araguainha (MT) — com 1.192 e 1.253, respectivamente.

    Os dados do TSE revelam ainda que 163 mil eleitores vão votar fora do local habitual neste ano. A maior parte é composta de mesários e convocados para trabalhar nas eleições (149,5 mil), além de juízes, promotores e servidores da Justiça Eleitoral (4.225).

    Outro grupo importante em transferência temporária é formado por 6.322 presos provisórios. O TSE vai instalar seções eleitorais em estabelecimentos penais e unidades de internação de adolescentes.

    Mais de 1,6 mil pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida devem ser deslocadas das seções de origem para unidades adaptadas. Militares em serviço, indígenas e quilombolas também têm direito à transferência temporária da seção eleitoral.

    Quem é o candidato?

    Os dados do TSE revelam que o perfil dos candidatos não reflete com exatidão as feições do eleitorado brasileiro. A maior parte dos postulantes se enquadra como homem branco, entre 45 e 49 anos. Enquanto 66% dos candidatos são dos sexo masculino, há apenas 34% de mulheres na disputa.

    Os brancos representam 46,83% do total, seguidos de pardos (40,3%) e pretos (11,32%). Há um pequeno contingente de indígenas (0,56%) e amarelos (0,39%).

    Provocados pelo TSE, 31,68% dos candidatos concordaram em divulgar a orientação sexual. Dessa parcela, 98,25% se dizem heterossexuais. Em seguida, vêm gays (0,73%), lésbicas (0,45%), bissexuais (0,32%), assexuais (0,13%) e pansexuais (0,05%). Um total de 348 candidatos se inscreveu com nome social.

    A maior parte dos aspirantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador tem o ensino médio completo (38,98%). Os candidatos com curso superior somam 28,28%, seguidos daqueles com fundamental completo (11,02%) e incompleto (10,44%), ensino médio incompleto (4,56%) e superior incompleto (4,55%). Um grupo de 9.927 candidatos (2,14% do total) dizem saber ler e escrever.

    No quesito “ocupação”, há empresários (7,63%), servidores públicos (6,83%), agricultores (6,77%), vereadores (5,76%), comerciantes (4,34%), aposentados (3,77%) e donas de casa (2,69%). Mas a maior parte dos candidatos (21,89%) declara exercer outras atividades, sem especificá-las.

    Um dado que chama a atenção diz respeito às pessoas com deficiência. Enquanto o número de eleitores nesse segmento quase quintuplicou desde 2012, as eleições deste ano registram uma redução de 24,45% entre os candidatos. O número caiu de 6.657, em 2020, para 5.029. São postulantes que declaram ter algum tipo de deficiência física (55,04%), visual (25,53%), auditiva (8,69%) ou outra (8,07%). Há ainda 134 pessoas com autismo (2,66%).

    Concorrência

    A maior parte dos candidatos disputa uma vaga de vereador. Eles representam 93,22% do total de registros. A concorrência para uma cadeira nas casas legislativas municipais é alta: são 7,39 inscritos para cada mandato em disputa.

    O confronto mais acirrado ocorre na cidade de Queimados (RJ), onde há 373 candidatos para apenas 17 vagas na câmara municipal. A dificuldade por lá fica bem acima da média nacional: são 21,9 postulantes para cada assento. A concorrência mais baixa ocorre em 12 cidades de Alagoas, Ceará, Goiás, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte, onde a proporção é de 1,11 candidato por vaga de vereador.

    Considerando apenas as capitais estaduais, a disputa mais ferrenha para a vereança ocorre em Belo Horizonte (21,3 por vaga), Manaus (20,3) e Rio de Janeiro (20,1). A menor concorrência é registrada em Macapá (11,5), Maceió (11,6) e Boa Vista (12,9).

    No caso dos prefeitos, a média em todo o país é de 2,8 inscritos por cadeira. Mas os políticos de Ubatuba (SP) e Araucária (PR) enfrentam um cenário mais desafiador: nesses municípios, são 11 aspirantes em disputa para cada vaga. Por outro lado, em 212 cidades brasileiras a corrida ao paço municipal é “mamão com açúcar”. Para essas prefeituras, as eleições têm candidato único.

    Entre as capitais, Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo são as que têm mais candidatos a prefeito: são dez postulantes para cada cargo. No outro extremo, Rio Branco, Cuiabá e Palmas registram a menor concorrência, com apenas quatro aspirantes por vaga.

    As estatísticas do TSE não são capazes de prever se os candidatos eleitos para prefeituras e câmaras municipais vão de fato refletir a imagem e os anseios da população. Isso é algo que só se define na hora do voto. Mas os números servem para apontar convergências e antecipar possíveis contradições — uma ferramenta a mais para estimular a identificação entre representantes e representados.

    Fonte: Agência Senado

  • A resposta de Trump sobre concorrer novamente à Presidência caso perca este ano

    A resposta de Trump sobre concorrer novamente à Presidência caso perca este ano

    O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não espera concorrer à eleição novamente em 2028 caso seja derrotado no pleito de novembro.

    Trump, de 78 anos, foi o candidato republicano nas últimas três eleições nacionais e reformulou o partido nos últimos oito anos.

    Em entrevista com o Sinclair Media Group, ele foi perguntado se conseguia vislumbrar mais uma candidatura caso perca para a vice-presidente, a democrata Kamala Harris.

    “Não, não vejo. Eu acho que seria isso aí”, disse Trump. “Eu não vejo de forma alguma.”

    Mas acrescentou: “espero que seremos muito bem-sucedidos”.

    A lei americana impede que presidentes tenham mais de dois mandatos, sejam eles consecutivos ou não. Ou seja, se Trump vencer agora, ele não poderá concorrer em 2028.

    No passado, o bilionário do setor imobiliário raramente reconhecia sequer a possibilidade de perder uma eleição, sempre agitando seus apoiadores com discursos e posts nas redes sociais prometendo vitória.

    Mas esta é a segunda vez em quatro dias que ele menciona a possibilidade de derrota.

    Em um evento no Conselho Israelita-Americano, na quinta-feira, ele cogitou a possibilidade de não vencer, e sugeriu que uma derrota seria parcialmente culpa dos eleitores judeus.

    “Eles sabem que diabos estará acontecendo caso eu não vença esta eleição?”, disse Trump. “E o povo judeu teria muito a ver com isso, caso aconteça, porque com 40% [de apoio a Trump] isso significa que 60% das pessoas estão votando no inimigo.”

    Os comentários foram criticados pela campanha de Harris e pelas entidades apartidárias Comitê Judeu Americano e Liga Antidifamação.

    As declarações de Trump sobre possibilidade de derrota podem estar refletindo a mudança das perspectivas de Harris desde que ela assumiu a campanha democrata, com a desistência do presidente Joe Biden.

    Sua campanha arrecadou mais de US$ 190 milhões em agosto, comparado com os US$ 130 milhões que Trump arrecadou no mesmo período.

    Agregados nacionais de pesquisas de opinião pública monitorados pela BBC indicam que Kamala Harris está na frente de Trump. Uma pesquisa divulgada pela CBS no domingo mostra a democrata com 52% e Trump com 48%. No entanto, esses resultados mostram a preferência nacional. Pelo sistema eleitoral americano, é possível perder a eleição mesmo recebendo mais votos nacionalmente.

    Em Estados considerados fundamentais para ganhar a eleição, Harris tem uma liderança mais apertada: de 51% contra 49%, o que é uma leve melhora em relação aos 50% observados no mês passado, em pesquisa da CBS.

    Outra pesquisa divulgada no domingo pela NBC mostra Harris com uma vantagem de cinco pontos em todo os EUA.

    A pesquisa também mostra que 48% dos eleitores registrados têm uma visão positiva dela, comparado com 32% em julho — o maior salto registrado desde 2001, quando a popularidade de George W Bush cresceu após os atentados de 11 de setembro.

    Mas como outras pesquisas, o levantamento mostra que Trump tem uma vantagem clara junto a eleitores em alguns dos principais temas, como economia, custo de vida e imigração.

    A BBC pediu um comentário da campanha de Trump sobre as pesquisas.

    BBC

  • Programação completa do Congresso Intermídias em Goiânia

    Programação completa do Congresso Intermídias em Goiânia

    Foi divulgada a programação completa da 11ª edição do Congresso e Feira Internacional de Comunicação, Informação e Marketing (Intermídias), que será realizada de 26 a 28 de setembro, no salão nobre da Fecomércio-GO, na Avenida 136, em Goiânia.

    O evento, que conecta profissionais e estudantes de marketing, comunicação, jornalismo, publicidade e relações públicas, conta com o jornal A Redação como parceiro e veículo de imprensa oficial.

    Com o tema “Inteligência Artificial e Inovação”, o Intermídias 2024 trará palestras, debates e painéis conduzidos por especialistas de renome, discutindo as tendências que estão revolucionando o mercado. Entre os tópicos, destacam-se os impactos da IA no dia a dia das agências publicitárias, marketing eleitoral, fake news e a influência da IA nas campanhas, além de empreendedorismo com IA.

    As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site oficial do evento. Confira a programação completa abaixo:

    QUINTA – 26/09 | 18h às 22h
    18h: CREDENCIAMENTO + NETWORKING
    19h: Painel Agências de Propaganda: Impactos da IA na publicidade
    Painelistas: Zander Júnior (Sinapro), Flávio Filho (Inquieta Jordão), Henrique Ramos (Escritório Lucid)
    Mediação: Mariana Dalcin (4est Marketing e Branding)
    20h: Painel Marketing Eleitoral: Fake news e impacto da IA nas campanhas
    Painelistas: Marcos Vinícius Queiroz e Marcos Marinho
    Mediação: Vassil Oliveira
    21h: Palestra com Eduardo Bueno, da Agência Resense
    Tema: Mídia programática e o futuro da comunicação

    SEXTA – 27/09 | 8h às 18h
    8h: ABERTURA + NETWORKING
    9h: Talk Fecomércio Jovem: Estratégias para empreender com IA
    Painelistas: Ciro Rocha (Enredo Branding), Celso Camilo (Professor UFG)
    Mediação: Emerson Tokarski
    10h: Palestra Magna com Nelson Neto (DF), Diretor de Rádio Difusão Privada da Secretaria de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações
    Tema: TV 3.0
    11h: Painel Mídia OOH: Novas tecnologias e oportunidades de compra
    Painelistas: Guilherme Araújo (Capital Mídias), Mauro Chemale (Kallas Mídia OOH), Fabiano Castro (Fênix Painéis)
    Mediação: Iuri Godinho
    14h: Painel de Gerentes de Marketing
    Painelistas: Ayane Santos (Goiânia Shopping), José Neto (Fujioka), Ludmila Amaral (Opus Incorporadora), Mayra Guerreiro (Unimed Goiânia),
    Mediação: Ana Paula Ramos (Kasane Comunicação Corporativa)
    15h: Painel Freelas profissionais: não quero ser CLT
    Painelistas: Patrícia Barcelos e Guilherme Gondim
    Mediação: Diego Jacob (Professor PHD)
    16h: Palestra Magna com Lisiane Campos, Diretora de Comunicação do Grupo Piracanjuba
    Tema: Marcas de Valor: Construção de confiança e legado
    17h: Workshop Desaprenda: esqueça as respostas prontas
    Palestrante: Sussy Côrtes (Especialista em Branding Storytelling)

    SÁBADO – 28/09 | 8h às 12h
    8h: ABERTURA + NETWORKING
    9h: Painel Saúde Mental: Como lidar com o trabalho que nunca acaba?
    Painelistas: Daiana Karine (Psicóloga e empresária), Gabriel Freitas (Estrategista de Posicionamento que já teve um burnout), Patrícia Barcelos (Co-autora do livro Gestão das Emoções no Ambiente Corpotativo)
    Mediação: Mariana Dalcin
    10h: Palestra com Nayara Tavares, Gerente regional da Raizen, representante da Shell no Brasil
    Tema: Liderança 4.0: Inovação que transforma
    11h: Painel Influenciadores e IA: Oportunidades e ameaças
    Painelistas: Gabriel Marques Goulart (@gabessmarques 605k) e Alexandre Suita (@alexandresuita 358k)
    Mediação: Flávia Veríssimo (Especialista em Marketing de Influência)
    Fonte: A Redação
  • Doenças declaradas emergências de saúde pública e já há alerta para 2024!

    Doenças declaradas emergências de saúde pública e já há alerta para 2024!

    Pela segunda vez em três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a mpox, uma doença viral infecciosa anteriormente conhecida como varíola dos macacos, representava uma emergência de saúde global. O alerta foi emitido em agosto de 2024 de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional, um acordo juridicamente vinculativo entre 194 países para ajudar a prevenir e tomar medidas para conter riscos à saúde pública com potencial de disseminação internacional.

    Da Covid-19 à mpox, clique na galeria para saber mais sobre as maiores emergências de saúde pública dos últimos anos.

    H1N1 Influenza

    Em abril de 2009, duas crianças em San Diego (EUA) contraíram uma nova cepa de Influenza A, que passou de porcos para humanos no México. Embora a transmissão viral de animais para pessoas não seja inédita, ela se torna um problema quando a mesma cepa é transmitida de indivíduo para indivíduo.

    Ambos os pacientes se recuperaram, mas o vírus mostrou resistência a dois medicamentos antivirais. No final do mesmo mês, a OMS declarou a primeira emergência de saúde pública desde a formação do Regulamento Sanitário Internacional em 2007.

    Um mês após sua detecção nos EUA, houve 13.000 casos em 46 países, que se acredita terem sido acelerados pelas viagens aéreas. Estima-se que 123.000 a 203.000 pessoas morreram de Influenza H1N1. Embora uma vacina eficaz tenha sido desenvolvida, ela surgiu bem tarde após o pico da doença.

    Poliomielite (pólio)

    A OMS declarou a poliomielite uma emergência de saúde pública em 2014, embora houvesse apenas 74 casos globais na época.

    Dez países foram considerados como tendo transmissão ativa do vírus, e temia-se que ele se espalhasse por meio de viagens aéreas.

    Ebola (África Ocidental)

    Acredita-se que tenha se originado na Guiné em janeiro de 2014. Então, o vírus circulou rapidamente para os países vizinhos Libéria e Serra Leoa. A OMS declarou uma emergência de saúde pública cinco meses após ter sido notificado pela primeira vez, um atraso que atraiu muitas críticas.

    Por meio da educação sobre programas de prevenção e do uso de equipamentos de proteção individual (EPI), o vírus foi finalmente erradicado.

    Um ensaio clínico de uma vacina contra o Ebola ocorreu entre agosto de 2015 e janeiro de 2016. O medicamento teve uma eficácia estimada de 100% quando administrado a contatos primários e secundários de pacientes com a doença confirmada.

    Zika

    Em 2015, médicos no Brasil começaram a notar casos de microcefalia em bebês. Esse defeito de nascença é caracterizado por uma cabeça menor que o normal, um cérebro menor e subdesenvolvido e outros problemas neurológicos.

    O número de casos levou a uma declaração de emergência de saúde pública no início de 2016. Na época, não se sabia se o vírus Zika era o responsável, mas esses problemas estavam correlacionados com os horários e locais dos surtos do vírus.

    O Zika foi o primeiro arbovírus, um vírus transmitido por insetos (neste caso, mosquitos do gênero Aedes), a causar uma emergência internacional de saúde pública.

    A alta incidência de infecção nas Américas rapidamente levou à imunidade coletiva, e o surto diminuiu no mesmo ano.

    Ebola (República Democrática do Congo)

    O ebola atacou novamente, dessa vez na República Democrática do Congo (RDC). A OMS foi notificada pela primeira vez sobre os casos em 1º de agosto de 2018. No final daquele ano, foi o maior surto da doença no país e o segundo maior do mundo desde o surto de ebola na África Ocidental alguns anos antes.

    Mas não foi declarada uma emergência de saúde pública até quase um ano depois, em julho de 2019, quando chegou a Goma, uma cidade com um aeroporto internacional. Este surto ocorreu em uma zona de guerra e pelo menos 70 pacientes de ebola e socorristas ficaram feridos. Onze foram mortos em ataques direcionados por grupos armados.

    Covid-19

    Uma síndrome respiratória aguda grave que hoje já estamos bem familiarizados, o coronavírus surgiu em um mercado de carne em Wuhan, China, em dezembro de 2019. Acredita-se que seja zoonótico, tendo passado de animais para pessoas no mercado.

    Uma característica surpreendente do vírus são as inúmeras formas e intensidades variadas em que os sintomas se manifestam. Sintomas respiratórios, complicações de coagulação sanguínea e perda de paladar ou olfato são os mais comuns. Em alguns casos, o vírus pode não causar nenhum sintoma.

    Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou o coronavírus uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Em março de 2020, a OMS declarou uma pandemia.

    Em julho de 2024, mais de 775 milhões de casos de Covid-19 foram relatados em todo o mundo e mais de sete milhões de pessoas morreram da doença. A OMS encerrou a emergência da Covid-19 em 5 de maio de 2023, embora o vírus continue a circular.

    Mpox

    Em 24 de julho de 2022, a OMS declarou um surto de mpox uma emergência de saúde pública, citando sua rápida disseminação pelo mundo.

    Embora a doença seja endêmica na África Central, onde ocorrem pequenos surtos, entre junho e julho de 2022, os casos saltaram de 3.000 para 16.000 em 75 países.

    Citando o controle da transmissão, a OMS encerrou a emergência do mpox em 11 de maio de 2023. Mas, em agosto de 2024, houve 99.518 casos no total em 122 países e 207 mortes no total em todo o mundo.

    Clade 1b Mpox

    Uma versão diferente do vírus mpox, chamada clade 1b, começou a se espalhar da República Democrática do Congo (RDC) para o Quênia, Ruanda e Uganda em 2024.

    Mais de 15.000 casos foram relatados na RDC até agora, o que levou a OMS a declarar outra emergência de saúde pública em 14 de agosto de 2024.

    Na época da declaração, o surto havia se espalhado para 13 países africanos, muitos dos quais não tinham histórico anterior de casos. Um caso de mpox também foi encontrado na Suécia.

    Fontes: (World Health Organization) (Mental Floss) (BBC)