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  • Lula critica salários de presidentes da Vale e da Eletrobras

    Lula critica salários de presidentes da Vale e da Eletrobras

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar Vale e Eletrobras, ex-estatais que se tornaram alvo da terceira gestão do petista, nesta sexta-feira (13). Desta vez, ele questionou os salários pagos aos presidentes das duas companhias.

    “O presidente da Eletrobras ganhava R$ 60 mil por mês. Hoje, ganha R$ 360 mil por mês, fora bônus”, disse, em inauguração de obra da Petrobras em Itaboraí (RJ). “O CEO da Vale, R$ 55 milhões por ano. Não é R$ 55 mil, não. É R$ 55 milhões”.

    Ele afirmou que, apesar dos elevados salários, as empresas não dão sua contribuição para o desenvolvimento do país. “Cadê a vontade dessa empresa privatizada? O que é que ela trouxe de verdade e lutou mais?”

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante cerimônia de inauguração do Complexo de Energias Boaventura da Petrobras, antigo Comperj, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro Eduardo Anizelli – 13.set.2024/Folhapress Foto mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, homem branco com um uniforme de trabalho laranja, em pé atrás de um púlpito de vidro, gesticulando com a mão levantada. Ao fundo, há uma imagem de uma instalação industrial. Um homem em um terno escuro está ao lado dele, observando **** As crises foram feitas enquanto o presidente elogiava a Petrobras por retomar investimentos paralisados após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

    Nesta sexta, a empresa inaugurou a primeira obra do empreendimento, uma unidade de tratamento de gás natural. A empresa prevê ainda R$ 13 bilhões para concluir a refinaria do local, cujas obras estão suspensas desde 2015.

    Lula e aliados têm criticado Vale e Eletrobras desde o primeiro ano de mandato. No caso da mineradora, reclamam de demora para fechar o acordo para indenização das vítimas da tragédia de Mariana (MG) e querem mais dinheiro para a renovação das concessões ferroviárias da empresa.

    O governo tentou intervir na mudança de comando da Vale, que demitiu no início do ano o seu presidente, Eduardo Bartolomeo. Lula tentou emplacar o ex-ministro Guido Mantega, mas a empresa optou pelo seu diretor financeiro, Gustavo Pimenta.

    No seu discurso, o presidente admitiu que pediu a Lázaro Brandão, dono do banco Bradesco, a demissão de Roger Agnelli, que presidiu a Vale até 2011 e morreu em 2016. “A gente estava fazendo um esforço imenso para abrir estaleiros no Brasil”, contou, “e a Vale comprou três navios na China”.

    No caso da Eletrobras, o governo briga para ter maior participação na gestão da companhia, privatizada durante o governo Jair Bolsonaro. O caso está sendo mediado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    Lula usou os salários dos executivos para criticar também o Banco Central e o mercado financeiro, por alertas contra impactos inflacionários de reajustes no salário mínimo. “O cara ganha R$ 360 mil por mês e não é inflacionário? O outro ganha R$ 55 milhões e não é inflacionário?”

    Folha de São Paulo

  • Caiado anuncia a criação do Agrocolégio Maguito Vilela em Goiânia

    Caiado anuncia a criação do Agrocolégio Maguito Vilela em Goiânia

    O Governo de Goiás lançou o Agrocolégio Estadual Maguito Vilela, nesta quinta-feira (12/9), no Centro de Treinamento da Emater Goiás, em Goiânia. O projeto é inédito e oferecerá ensino técnico profissional integrado ao Ensino Médio para jovens do meio rural. A previsão é que as primeiras turmas iniciem o curso em 2025.

    O governador Ronaldo Caiado definiu a iniciativa como um avanço significativo na educação e no desenvolvimento agrário dentro do estado. “O governo está trabalhando em total parceria. Todos nós estamos de braços dados nessa ação inédita para levar a melhor qualidade de vida à população que vive no campo. É uma grande missão do Estado de Goiás e que faremos virar realidade”, ressaltou o chefe do Executivo goiano.
    A implantação do Agrocolégio vai diversificar a oferta no ensino público com a formação de técnicos aptos a trabalhar na extensão rural ou dando sequência à sucessão familiar. A metodologia empregada alterna sala de aula com campo, incentivando os alunos a darem continuidade ao trabalho já realizado, por exemplo, pelos pais.
    Com o novo modelo de aprendizagem, os estudantes passarão um mês no Agrocolégio em tempo integral e, ao retornarem para casa, poderão aplicar no campo o que aprenderam com os técnicos agropecuários e especialistas da Emater Goiás. “Não temos dúvida de que será uma referência para o Brasil inteiro esse trabalho conjunto. Mostraremos ao pequeno produtor rural que é possível trabalhar com novas tecnologias, mais produção e melhor qualidade de vida “, enfatizou o presidente da Emater, Rafael Gouveia.
    A secretária de educação do estado de Goiás, Fátima Gavioli afirmou que a novidade ampliará as oportunidades de inserção no mercado de trabalho para jovens em uma área promissora. “Esses estudantes passarão uma parte do tempo na formação geral básica e colhendo o melhor que puderem nos laboratórios de solo. Mais uma vez, é a força da educação e do agro, do pequeno agricultor, sendo valorizada por essa gestão”, pontuou. Ela explicou que os alunos terão matérias da grade curricular do Ensino Médio e aulas específicas como técnicas agropecuárias.
    Histórico 
    O Agrocolégio Estadual Maguito Vilela foi criado pela Lei Estadual nº 22.555, de 12 de março de 2024, para capacitar alunas e alunos da rede estadual oriundos do campo integrado à educação profissional, visando a permanência destes jovens no meio rural e a sucessão familiar. A capacitação oferece aos estudantes instruções sobre temáticas essenciais para a vida no campo, como irrigação, fitopatologia, entomologia e solos.
    O projeto acontece na estrutura da Emater Goiás e conta com auxílio de profissionais especialistas de diversas áreas durante as práticas educativas. Todas as classes funcionarão em regime de internato e semi-internato durante o Tempo Escola. A expectativa é que o primeiro grupo tenha 60 estudantes distribuídos em duas turmas de 1ª série do Ensino Médio.
    Já em 2026, a ideia é que a quantidade de alunos duplique, com 120 estudantes, sendo duas turmas de 2ª série com 30 jovens cada, e outras duas turmas de 1ª série, com a mesma quantidade. Em 2027, a previsão é que sejam 180 estudantes, contando com duas turmas de cada série, com 30 estudantes em cada. O prazo de inscrição para o cargo de gestor do Agrocolégio segue aberto pelos próximos 30 dias e o edital está disponível no site da Seduc.
    A Redação
  • Prefeitura autoriza concurso para Guarda Civil Metropolitana de Goiânia

    Prefeitura autoriza concurso para Guarda Civil Metropolitana de Goiânia

    A Prefeitura de Goiânia autorizou a realização de concurso para o cargo de Guarda Civil Metropolitano de Terceira Classe. Segundo o despacho publicado na terça-feira (10/9), no Diário Oficial do Município (DOM), serão 100 vagas para provimento imediato e 600, para a formação de cadastro de reserva, no total de 700 vagas. O salário inicial ofertado no concurso será de R$ 3,7 mil.
    Após nomeação da comissão, o processo segue para fase de avaliação das bancas examinadoras, considerando como critérios de escolha menor custo e compatibilidade com as exigências específicas do certame. Entre essas exigências estão a faixa etária de 18 a 35 anos e a exigência de nível superior dos candidatos.
    O certame segue as diretrizes estabelecidas pela Lei Complementar nº 353, de 10 de junho de 2022. Conforme o artigo 26, o concurso deverá ser composto por seis etapas, incluindo prova objetiva e discursiva, avaliação médica, testes de aptidão física, avaliação psicológica, investigação social e curso de formação profissional. Esse último, com carga horária mínima conforme a Matriz Curricular Nacional para Guardas Municipais, é determinante para a aprovação final dos candidatos, que devem também atender aos requisitos de frequência e aproveitamento estabelecidos.
    A Redação
  • Caiado lança programa que dá até 70% de desconto em dívidas tributárias

    Caiado lança programa que dá até 70% de desconto em dívidas tributárias

    O governador Ronaldo Caiado lançou, nesta quinta-feira (12/9), o Quita Goiás, programa de transação tributária e quitação de dívidas que dá até 70% em multas e juros e pagamento em até 145 parcelas para o contribuinte. O lançamento ocorreu em evento no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia. “É muito importante trazer para os cofres do Estado aquilo que é devido, mas reconhecendo a capacidade do empresário ou microempresário de quitar seus compromissos e arcar com os tributos”, disse o governador.
    O projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa (Alego) incentiva a regularização fiscal, facilita a recuperação de créditos tributários e reduz o volume de ações judiciais de cobranças. Uma vez aprovado, o Quita Goiás vai facilitar acordos entre o Estado e os contribuintes que tenham débitos como ICMS, ITCMD e IPVA. Para pessoas físicas e empresas de pequeno porte, o desconto de multas e juros poderá chegar a 70% e o pagamento do restante da dívida poderá ser dividido em 145 parcelas. Para as demais pessoas jurídicas, o abatimento poderá atingir 65%, com parcelamento em até 120 vezes.
    “No momento em que for sancionada, teremos resultado tanto para geração de emprego como para arrecadação do Estado. Vamos mostrar para as pessoas que vale a pena viver na formalidade, e não na informalidade. Isso é uma cultura maior”, pontuou o governador Ronaldo Caiado. “O Quita Goiás vai ser uma referência para as pessoas acreditarem que vale a pena investir em Goiás e que o Estado é parceiro delas na geração de emprego e renda, proporcionando condições dignas para toda a população”, arrematou.
    Justiça
    O Quita Goiás também é considerado pelo governo do Estado como uma ferramenta importante para diminuir o volume de ações no Poder Judiciário. “Uma política pública tributária que almeja maior eficiência na recuperação do crédito tributário, redução da massa de processos judiciais, diminuição de custos e, claro, adequado tratamento aos contribuintes”, afirmou o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda. “Na PGE, temos hoje 56 mil execuções fiscais em andamento e outros 36 mil processos relativos a impugnação de crédito. Ou seja, algo em torno de 92 mil processos relacionados a temas tributários. É um completo desvario. Não é sustentável”, ponderou.
    As ações do Quita Goiás serão coordenadas pela Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) em parceria com a Secretaria da Economia. Um edital de convocação vai especificar as faixas de descontos e parcelamentos possíveis. Para o titular da pasta, Sérvulo Nogueira, a grande novidade é que “para cada contribuinte, as soluções serão parametrizadas em situações específicas, de acordo com o estudo da capacidade de pagamento”. “A iniciativa sempre contou com o apoio da Secretaria, entendendo que para o sucesso do programa de transação tributária que estamos instituindo é fundamental a colaboração de todos os envolvidos”, argumentou.
    Dívida Ativa
    A iniciativa também vai viabilizar meios para diminuir a Dívida Ativa, cadastro que registra os contribuintes que não pagaram tributos em dia e que soma cerca de R$ 37 bilhões. “O mais importante para nós, como empresários, como cidadãos, é a sinalização que o governador dá, uma liderança que mostra que vale a pena empreender, que vale a pena produzir, que Goiás é um Estado que dá certo”, exaltou o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Flávio Rassi.
    O evento teve a presença de deputados, advogados, juízes e representantes do setor empresarial. “Goiás está olhando para o futuro com coragem e vontade de solução. Dá um importante passo para a solução de questões tributárias relacionadas ao empresariado, com essa necessária mudança cultural que estamos tratando aqui hoje”, avaliou o presidente da OAB-GO, Rafael Lara.
    A Redação
  • Janones é indiciado pela PF por acusação de rachadinha

    Janones é indiciado pela PF por acusação de rachadinha

    Corporação afirma que o parlamentar era o “eixo central” de uma organização montada para desviar parte dos salários de funcionários de seu gabinete

    A Polícia Federal decidiu indiciar o deputado federal André Janones (Avante-MG) por suposto envolvimento em um esquema de rachadinha. De acordo com a corporação, as investigações apontam que o parlamentar teria se apropriado de parte do salário de assessores. Janones nega as acusações.

    A investigação começou após vazar um áudio em que o deputado cita a cobrança de parte do salário de seus funcionários. “Tem algumas pessoas aqui que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas quando a minha campanha de prefeito deu um prejuízo de R$ 675 mil, na campanha. Elas vão ganhar a mais pra isso”, diz o político na gravação.

    Ex-assessores também afirmam que tinham de devolver parte das remunerações. Janones é acusado de peculato, associação criminosa e corrupção passiva. No relatório final sobre o caso, a PF afirma que o patrimônio pessoal do deputado aumentou consideravelmente. O Correio apurou que entre as provas usadas pela PF estão o uso de um cartão pessoal de um assessor e saques de R$ 1.500 feitos por outro funcionário. O primeiro, tem uma relação de amizade pessoal com o deputado.

    “Os dados fiscais também não deixam dúvidas no que concerne ao exaurimento do crime de corrupção passiva. Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial ‘a descoberto’ do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ 86.118,06”, destaca parte do relatório.

    Os investigadores afirmam que Janones é o “eixo central” da organização criminosa e que foi beneficiado diretamente pelo dinheiro desviado. “O deputado federal André Janones é o eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira. A investigação expôs a ilicitude de seus atos em todas as etapas, desde o início até o desfecho”, completa o texto.

    Correio Braziliense

  • DF vive a 4ª pior seca da história; ao todo são 142 dias sem chuva

    DF vive a 4ª pior seca da história; ao todo são 142 dias sem chuva

    O Distrito Federal (DF) tem vivido um dos maiores períodos de seca ou estiagem da história. Já são 142 dias consecutivos sem chuvas, números que consolidam 2024 como o 4º maior tempo de estiagem na capital. Nesta quinta-feira (12/9), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou temperatura mínima de 15ºC, com a previsão máxima podendo chegar a 32ºC. Pela manhã, a umidade relativa do ar estava em torno de 60%, durante a tarde, pode ficar abaixo de 15%.

    Com essa queda acentuada na umidade, o alerta laranja foi emitido, indicando níveis entre 12% e 20%. “O clima está extremamente seco, o que aumenta os riscos de incêndios e agrava problemas respiratórios. É importante que a população se hidrate e evite atividades físicas ao ar livre durante os horários de pico”, recomenda o meteorologista Cleber Souza, ao Correio.

    Nesta sexta-feira (13/9), Brasília deverá entrar para o terceiro lugar no ranking de maior período de seca, atrás de 1963, quando a cidade ficou 163 dias sem chuva, e 2004, com 147 dias consecutivos. “Estamos vivendo o quarto ano mais seco da história. Não há previsão de chuva nos próximos dias, e podemos bater novos recordes”, destaca.

    Além da baixa umidade e da falta de chuvas, o Distrito Federal também enfrenta o aumento de focos de incêndio. “As causas desses incêndios são, em grande parte, ligadas à ação humana, como bitucas de cigarro jogadas em áreas secas. É essencial que haja mais fiscalização e conscientização da população para evitarmos tragédias maiores”, conclui.

    Incêndios

    O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), atendeu nesta quinta-feira (12), a cinco ocorrências relacionadas a incêndios florestais. Entre as regiões atendidas estão duas situações no Park Way, uma no Núcleo Bandeirante, uma no Riacho Fundo e uma no Paranoá.

    Cleber Souza ainda alerta que o cenário deve se manter nos próximos cinco dias, com temperaturas elevadas e condições ideais para a continuação da estiagem. “Não temos perspectiva de mudanças climáticas significativas até o final da semana, e isso pode piorar ainda mais a qualidade do ar”, enfatiza.

    Cuidados

    Por conta da baixa umidade, vale tomar alguns cuidados para evitar problemas de saúde: manter boa hidratação, umedecer periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico, utilizar umidificador, baldes ou bacias com água ou panos molhados para elevar a umidade, não praticar atividades físicas no período de calor, dar preferência a refeições leves e se proteger do sol. Além disso, é preciso ter atenção ao manuseio de fogo, para evitar incêndios e queimadas.

    Correio Braziliense

  • Por que o Copom terá ciclo de alta de juros “envergonhado”, segundo Tony Volpon

    Por que o Copom terá ciclo de alta de juros “envergonhado”, segundo Tony Volpon

    Com investidores aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na próxima semana, a expectativa de Tony Volpon, ex-diretor da autarquia, é de que o colegiado opte por um aumento de juros mais moderado.

    Para Volpon, o Copom tende a ter um ciclo de alta “envergonhado” e há riscos de que, a depender de um possível comunicado lido como “dovish”, os efeitos possam vir na direção contrária do necessário.

    “Eles estão com um pouco de vergonha, receio de fazer isso. Sabem que vão enfrentar críticas, tanto do governo, pelo menos, parcela do governo, como do setor privado, como é normal, toda vez que o BC sobe juros, eles sofrem esse tipo de crítica”, falou Volpon em entrevista ao Investing.com Brasil.

    O especialista entende que o mercado demorou para revisar suas projeções para a taxa de juros, tendo em vista o recente ajuste na projeção da Selic. No último documento divulgado pelo BC, economistas consultados pela autoridade monetária projetam Selic a 11,25% ao final deste ano.

    Volpon acredita que o ciclo deveria ser mais robusto, visando ancorar as expectativas inflacionárias de forma mais eficaz e levar a inflação a uma trajetória de retorno à sua meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ainda que as projeções do Focus indiquem um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do limite adicional de 1,5 ponto percentual, a expectativa é de que o indicador fique acima do centro da meta.

    “Eu acredito que eles deveriam fazer passos de 0,50 p.p e acabar em 12%, mas talvez eles decidam fazer uma coisa mais devagar mesmo. Tudo acaba sendo determinado pela pressão inflacionária que eles estão tentando controlar. Então, eu acho que uma Selic de 12% está de bom tamanho, para fazer o ajuste que eles deveriam fazer”, avalia o especialista.

    Leia a entrevista na íntegra:

    Investing.com – Como viu o movimento ajustes nas expectativas para a Selic? O mercado demorou para fazer uma revisão?

    Tony Volpon – Não é anormal que haja, já que o Focus é mediana, isso acaba acontecendo. O mercado ajusta muito mais rapidamente porque ele está, na verdade, avaliando toda a distribuição, fazendo uma média de toda a distribuição, enquanto o pessoal do Focus tem um número em mente, aí demora um pouco mais para chegar a ter um analista que joga a mediana para cima.

    Acho que até que demorou, essa é a minha impressão. Eu fiz um estudo olhando esse delay, ou esse atraso, mas esse atraso é tradicional, então isso não surpreende, mas a minha impressão é que demorou bastante, dado todo o contexto que a gente tem tido nessas últimas semanas, na verdade, desde o último Copom, com processo de reajuste, tanto em termos da comunicação do BC como dados apresentados desde então.

    Mas agora, acho que está correto. Faz tempo que eu compartilho a ideia que eles deveriam, não só deveriam, mas de fato vão aumentar os juros nessa reunião.

    Inv.com – A leitura de inflação de hoje ou o Fed cortando juros, muda o cenário para o Copom? Por quais motivos?

    Volpon – O dado veio um pouquinho melhor do que o esperado. Agora, lembrando, o dado de agosto, sazonalmente, ele é sempre o mais fraco, pelo menos o headline dele. Agora, olhando para o dado, e aqui estou citando alguns números, cálculos da XP (BVMF:XPBR31), então, eles ainda têm a média móvel de três meses dos núcleos rodando a 4,59%, quer dizer, acima do topo da banda da meta.

    Acho que todo mundo sabe que temos uma inflação em desaceleração, não é expectativa, por exemplo, que a gente vai fechar acima do topo da banda. A questão é, olhando os fatores subjacentes, perspectivas da inflação, se de fato temos razões, se temos uma boa probabilidade, uma probabilidade confiável, de atingir a meta, que é 3%, em 2026, dado a metodologia da meta contínua.

    Eu ainda acho que não, eu acho que o dado não mudou essa avaliação, apesar de ter vindo um pouquinho melhor. Mas o dado vai constranger o BC de fazer alguma coisa mais agressiva do que 0,25 ponto percentual.

    Tivemos algumas sinalizações recentes que vai ser um início suave, e o Copom deve verificar os próximos passos nas reuniões seguintes, mas eu acho que enterra a ideia de você largar com 0,50 ponto percentual, então, muito provavelmente, teremos 0,25 p.p..

    Inv.com – Qual que é a sua expectativa até o final do ano, Tony?

    Volpon – A questão é, se eles vão de 0,25 p.p. para 0,50 p.p.. Eu acredito que eles deveriam fazer passos de 0,50 p.p e acabar em 12%, mas talvez eles decidam fazer uma coisa mais devagar mesmo. Tudo acaba sendo determinado pela pressão inflacionária que eles estão tentando controlar. Então, eu acho que uma Selic de 12% está de bom tamanho, para fazer o ajuste que eles deveriam fazer.

    Inv.com – E esse ciclo, você acha que vai até o começo do ano que vem, ou pode acabar perdurando mais tempo?

    Volpon – A todo momento, quando eles começam o ciclo, eles têm um tamanho de ciclo na mente. Obviamente, isso não impede que eles mudem essa estimativa de orçamento ao longo do tempo, e eles vão ficar de reunião em reunião, esse orçamento será reestimado.

    Mas eu acho que eles vão ter isso na cabeça. Obviamente, o tamanho do ciclo contra o que eles estão vendo, em termos do nível atual da Selic, em parte, determina a velocidade.

    Toda a sinalização deles, a comunicação, é de um aperto um pouco envergonhado, eu diria. Eles gostariam de não estar fazendo esse ciclo, mas tem a questão cambial e tem a questão de expectativas. Eu acho que eles não estão totalmente convencidos.

    Tudo isso são fatos, porque é só você olhar para o câmbio e olhar para o Focus. O que eles não estão convencidos, me parece, é se o hiato está realmente pressionando a inflação ou não.

    Então, você tem tido até do próprio Gabriel Galípolo falas de que não estaria muito claro se a questão do mercado de trabalho está impactando a inflação, etc. Eu acho que boa parte do mercado já se convenceu que, de fato, a economia está operando acima do seu potencial. Inclusive, faz bastante tempo. Acho que o mercado já chegou nessa convicção. Acho que eles não. Pelo menos, isso não está tão claro nas falas recentes deles. Obviamente, é algo que eles vão ter que endereçar, tanto nessa reunião como, eventualmente, no relatório de inflação.

    Então, é um pouquinho dessa coisa envergonhada. Talvez, em outras condições, se o câmbio não tivesse tão pressionado, se não houvesse tanta incerteza sobre a gestão da política monetária após Roberto Campos Neto, que, obviamente, está contaminando as expectativas, eu acho que, nesse mundo contrafactual, eles acreditariam que não teriam que subir juros e eles podiam permanecer naquilo que foi a estratégia inicial de manter a Selic nesse nível pelo tempo necessário.

    Eles estão com um pouco de vergonha, receio de fazer isso. Sabem que vão enfrentar críticas, tanto do governo, pelo menos, parcela do governo, como do setor privado, como é normal, toda vez que o BC sobe juros, eles sofrem esse tipo de crítica.

    Me parece que eles estão um pouquinho envergonhados com isso. Cria-se a ideia que o viés dele é tentar arrastar isso o máximo possível. Quer dizer, começar com 0,25 p.p. e tentar ficar no 0,25 p.p. e tentar parar o mais rápido possível.

    Mas essa vai ser a grande questão saindo da reunião ou se eles vão dar guidance. Mas eles não vão dar guidance nenhum. Então, essas serão as questões, as escolhas que serão feitas, para eles agora calibrarem junto ao mercado o que eles estão pensando sobre esse ciclo.

    Mas é um pouquinho esse ciclo envergonhado. Acho que eles gostariam de não estar fazendo o que eles vão fazer semana que vem.

    Inv.com – O que espera no próximo comunicado?

    Volpom – Tem o risco de eles fazerem o chamado “aumento dovish”. Eles aumentarem, mas por causa dessa vergonha, dessas dúvidas, de não terem certeza de que a economia está acima do potencial, de achar que a questão da expectativa e do câmbio está supervalorizada pelo pessimismo do mercado.

    Toda essa lógica de eles fazerem um aumento de juros, mas não passarem convicção de, na verdade, fariam o que for necessário para colocar a inflação na meta. Porque eles falam isso, mas eles condicionam isso a um montão de coisas.

    Inclusive, esse discurso um pouco dúbio sobre qual é a posição da economia frente ao potencial, ou a questão do IA. Então, isso meio que desqualifica. Todo banqueiro central obviamente vai falar que sim, que vai cumprir a meta. O Tombini, nos piores momentos de 2011, falava a mesma coisa.

    Entre falar isso e ficar condicionando o que está sinalizando ao mercado que, não sendo convencido que há de fato um problema a ser endereçado, pode ter de fato um impacto negativo sobre o mercado.

    Então, em vez de ter o que gostaria de ver como consequências do aumento, que seria uma curva de juros menos inclinada, ou um câmbio um pouco mais fortalecido, pode acabar tendo o efeito contrário.

    E esse é o meu temor, que eles errem na comunicação por não ter convicção do que estão fazendo, e acabam anulando o efeito do aumento. Se o efeito do aumento é realmente para endereçar esse complexo de questões ao redor, ter câmbio, expectativa e hiato, acaba não ajudando nenhum deles.

    E esse tipo de erro, essa falta de convicção, em política monetária, sempre é preciso pensar nas consequências, porque pode ter consequências indesejadas. Você pode acabar, de fato, piorando a situação.

    É possível que eles façam 0,25 p.p. com um comunicado meio frouxo, e de fato o dólar sobe, a curva empina mais, as expectativas pioram, porque eles não abraçaram mesmo a causa. Eles têm que fazer alguma coisa, porque, na verdade, a expectativa, a probabilidade de você ter inflação na meta é muito baixa. E eles têm que agir para aumentar essa probabilidade, mas eles têm que acreditar naquilo que eles estão fazendo.

    Inv.com – Como avalia, neste cenário, as últimas comunicações do BC?

    Volpon – E essa comunicação bagunçada que teve desde a última reunião, em que num primeiro momento o Galípolo saiu muito hawkish, surpreendeu o mercado, mas aí o Roberto Campos falou uma coisa que não parecia tão hawkish, aí o próprio Gabriel meio que também mudou um pouquinho do tom dele. Essas idas e vindas, eles têm falado muito.

    O primeiro ponto é, o BC tem falado demais desde a última reunião. Acho que não teve uma calibragem correta da quantidade de comunicação, especialmente pelo Galípolo.

    E segundo, há uma comunicação confusa, por isso que o mercado está oscilando bastante, bastante volátil, então eles já perderam uma certa oportunidade, desde a última reunião, de meio que começar a colocar ordem na casa.

    A casa não está em ordem, se olharmos para a curva de juros, para o câmbio, para o Focus, na verdade, nada melhorou. Tudo piorou desde a última reunião. Especialmente dado que há, do outro lado, uma perspectiva mais positiva nos Estados Unidos. Era para o Brasil estar operando bem melhor do que está operando agora.

    Então, meu temor é que eles continuem nessa dubiedade, nessa falta de convicção, e que continue nessa coisa meio bagunçada e não conseguindo, de fato ter o efeito benéfico, os efeitos que você gostaria de ter de um aumento de juros.

    Inv.com – Depois dessas comunicações que foram consideradas confusas entre eles, como é que você avaliou as falas do Galípolo diante do que você estava esperando em relação à atuação dele? O que você espera a partir de agora com a atuação dele? Ainda falta clareza em relação a certas comunicações?

    Volpon – Entendo que ele tenta adotar um estilo um pouco menos formal de comunicação. Ele não usa apresentação, ele fala de uma maneira um pouco mais improvisada. E acho que isso, vindo de um presidente do BC, não é uma postura adequada. Para o diretor, já é complicado ter esse estilo informal, um pouquinho fluxo de consciência. Fica um pouquinho divagando. Obviamente, sempre voltando a alguns temas, tentando passar algumas informações, mas, como a gente vê, quando tem essa coisa menos estruturada, o espaço para erros de comunicação aumenta.

    Quando notamos a atuação de outros presidentes de bancos centrais, por exemplo, o Powell, ele quase sempre lê um texto pré-preparado. Quando ele faz o press conference dele, e de vez em quando, dá umas derrapadas grandes, mas ele tenta ficar naqueles pontos, repetindo aquilo que é a mensagem principal que eles querem passar e não ficar saindo muito daquilo.

    O Galípolo é um cara jovem, não é um nome óbvio para presidente do BC, dada uma experiência profissional e acadêmica dele, mas é um cara que, do outro lado, tem duas grandes vantagens.

    Ele já está lá há quase dois anos, então qualquer déficit de conhecimento que ele talvez tivesse no início, ele já teve amplas oportunidades de suprir, porque o BC é uma escola, pela qualidade do staff e do trabalho que eles fazem.

    E, segundo: a grande vantagem dele é tentar distensionar a relação entre o BC e o governo, uma coisa que o Roberto Campos não conseguiu. Não estou culpando o Roberto Campos, porque, como todo relacionamento, tem os dois lados. Então, acho que ele tem culpa do cartório, o governo também, é a minha opinião.

    Mas, claramente, o Galípolo tem um excelente relacionamento com o Haddad, com Lula, e eu espero que ele consiga usar isso para fazer o que ele tem que fazer, que é, de fato, cumprir a missão institucional do banco, que é colocar a inflação na meta. Essa é a primeira, não é a única missão, mas é a principal. E, se o BC não a cumprir, o resto fica meio irrelevante. Que ele, de fato, consiga fazer isso, mas mais com o relacionamento que o Meirelles tinha com Lula do que o Roberto Campos. O Meirelles conseguia aumentar juros e não sofrer um bombardeio contínuo por parte do Lula e do governo. Tinha até o pessoal do PT que criticava o Meirelles, acho que isso não incomodava, mas ele sempre tinha um apoio do Lula nos vários momentos em que ele, de fato, teve que apertar as condições monetárias.

    Acho que a grande vantagem do Galípolo, no BC, vai ser, espero eu, a capacidade de ter esse tipo de relacionamento e baixar o nível de ruído. Esse ruído que a gente tem tido nesses últimos dois anos, chegando quase em dois anos, é muito ruim.

    Ninguém ganha com isso. O governo não ganha com esse ruído, nem o BC, nem a população ou a economia. Todo mundo perdeu com esse ruído. Só baixar esse ruído já vai ser um ganho. Agora, isso não exime o Gabriel de ter que, de novo, entregar a inflação na meta e se demonstrar alguém capaz de, não só capaz, mas tendo a vontade de fato a fazer isso, custe o que custar.

    E é uma coisa meio desagradável mesmo. Aumentar juros, você não tem muitos amigos. É o contrário do que a esquerda diz, especialmente no mercado. O mercado não ganha dinheiro com alta de juros. É só conversar com qualquer gestor de carteira no mercado.

    Investing.com

  • Presa de novo, Deolane Bezerra faz Leo Dias e mais apresentadores do SBT reagirem ao vivo após processo: ‘Tem que se preocupar…’

    Presa de novo, Deolane Bezerra faz Leo Dias e mais apresentadores do SBT reagirem ao vivo após processo: ‘Tem que se preocupar…’

    Deolane Bezerra entrou com processo contra o SBT por conta da cobertura de sua prisão. Ao vivo, Leo Dias e outros apresentadores reagiram à ida à Justiça da advogada. Saiba!

    Presa pela segunda vez em menos de uma semana, Deolane Bezerra abriu processo contra o SBT por conta da cobertura jornalística que a levou para a penitenciária em operação envolvendo acusações de participação em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Em duas cartas abertas, a advogada e influencer negou tais práticas.

    Nesta terça-feira (10), a ex-“A Fazenda” foi novamente presa, dessa vez por descumprir regras da prisão domiciliar – ela falou com a imprensa ao deixar o presídio na véspera – e transferida para a Colônia Feminina de Buíque, distante 279 quilômetros da capital pernambucana, Recife.

    A mudança de presídio visa evitar a aglomeração de fãs na porta da cadeia, o que gerou irritação em jornalista da Globo. Além das prisões, a operação da Polícia Civil cumpriu mandatos de busca e apreensão.

    Prisão de Deolane Bezerra: Leo Dias minimiza processo. ‘Tem que estar preocupada em sair da cadeia’

    Deolane não gostou da forma que o “Fofocalizando” e o “Tá na Hora” abordaram sua prisão e o processo já corre no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), relata o portal “f5”. Ao vivo no programa sobre os famosos, Leo Dias cutucou a influencer.

    “Ela tem que estar preocupada em sair da cadeia, jornalista não pode ser problema para ela, não”, disse o jornalista, descartando medo de um novo processo. “Eu não vou mostrar [o áudio], mas eu espero um pedido de desculpas dela. Quero ver se elas vão me processar, pode processar!”, acrescentou.

    Deolane Bezerra é cutucada por apresentadores do SBT

    Com um histórico de demissão por ataque racista a Ludmilla, Marcão do Povo também fez pouco caso. “Vamos continuar sempre falando a verdade, doa a quem doer”, cravou, ganhando coro de Márcia Dantas, também apresentadora do “Tá na Hora”.

    “Eu não sou amiga de político, não sou amiga de influencer, não tenho rabo preso com ninguém, nunca fiz jogo de tigrinho nem nunca vou fazer”, disse. Na última quarta-feira (4), a família de Deolane já havia prometido processos por conta da abordagem na prisão da famosa.

    Purepeople
  • Tribunal de Nova York confirma ordem de silêncio sobre Trump em caso de suborno

    Tribunal de Nova York confirma ordem de silêncio sobre Trump em caso de suborno

    O principal tribunal de Nova York confirmou, nesta quinta-feira, a decisão de um juiz impor uma ordem de silêncio sobre Donald Trump no caso em que o ex-presidente foi condenado criminalmente em relação ao pagamento de um suborno a uma atriz pornográfica.

    Trump, o candidato republicano para a eleição presidencial de 5 de novembro, argumentou que as restrições determinadas pelo juiz Juan Merchan em sua capacidade de falar publicamente sobre a equipe do tribunal e promotores violam o seu direito à liberdade de expressão que é garantida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

    A Corte de Apelações do Estado de Nova York não aceitou a argumentação. A corte disse nesta quinta-feira que rejeitava a apelação por “nenhuma questão constitucional estar diretamente envolvida”.

    Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, disse que ele iria “continuar a lutar contra a caça às bruxas e as ordens de silêncio inconstitucionais”.

    Trump também enfrenta uma ordem de silêncio em um caso criminal não relacionado na capital Washington, sobre os seus esforços para mudar os resultados da eleição de 2020 quando ele foi derrotado pelo presidente democrata Joe Biden. Ele alega inocência no caso.

    Um tribunal de apelação de nível intermediário rejeitou o questionamento de Trump da ordem de silêncio de Merchan em agosto, descrevendo as restrições como “estritamente limitadas”.

    Merchan impôs a ordem de silencio poucas semanas antes do início do primeiro julgamento criminal de um presidente dos EUA, em 22 de abril. O juiz disse que o histórico de Trump de fazer declarações ameaçadoras poderia minar o processo.

    A ordem original de Merchan impedia que Trump comentasse sobre promotores, a equipe do tribunal, testemunhas e jurados.Ele retirou as restrições para testemunhas e jurados na sequência da condenação de Trump em 30 de maio. Uma ordem separada impede Trump e outros envolvidos no caso de identificar os jurados, que atuam de maneira anônima.

    Os jurados consideraram Trump culpado de 34 acusações criminais por falsificar registros empresariais para esconder o pagamento de 130 mil dólares feito pelo advogado pessoal e faz-tudo do ex-presidente Michael Cohen para a atriz de filmes adultos Stormy Daniels.

    O pagamento foi feito em troca do silêncio de Stormy Daniels antes da eleição de 2016 sobre um envolvimento sexual que ela disse ter tido com Trump uma década antes, o que ele nega. Trump conquistou a Presidência ao derrotar a democrata Hillary Clinton.

    Trump deve ser sentenciado no dia 26 de novembro.

    ((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS AC

  • Oposição cria sites para mostrar posições de parlamentares sobre impeachment de Moraes

    Oposição cria sites para mostrar posições de parlamentares sobre impeachment de Moraes

    Senadores e deputados da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criaram dois sites para divulgar a posição de parlamentares sobre o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes.

    Os sites, intitulados “Votos Senadores” e “Votos Deputados”, trazem nome, foto, partido, contatos públicos e redes sociais de cada um dos congressistas, além de sua posição em relação ao assunto.

    “Este site tem como objetivo apresentar as intenções de voto ou apoio dos senadores em exercício no Brasil aos projetos e pautas em discussão. Confira se eles estão honrando o voto que você, eleitor, depositou neles”, diz a página dedicada aos senadores.

    Moraes (centro) ao lado de Rodrigo Pacheco, que já descartou pautar o impeachment do ministro do STF Foto: DIV
    Moraes (centro) ao lado de Rodrigo Pacheco, que já descartou pautar o impeachment do ministro do STF Foto: DIV

    A proposta da plataforma é pressionar os parlamentares indecisos sobre o impeachment do ministro do STF a tomarem uma posição, o que pode mudar o resultado de uma eventual votação.

    Além de apresentar a posição dos parlamentares, as páginas têm links para um abaixo-assinado hospedado na plataforma change.org. O abaixo-assinado endossa uma carta endereçada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que pede a apreciação do pedido de impeachment de Moraes pela Casa. Pacheco já disse não ver clima para pautar o assunto.

    A carta solicitando a apreciação do pedido de impeachment do ministro baseia-se em reportagens segundo as quais Moraes usou o TSE, que então presidia, fora dos ritos para embasar investigações contra aliados de Jair Bolsonaro. No momento da publicação deste texto, o documento conta com 1.496.156 assinaturas; a meta é de 1,5 milhão.

    Estadão