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  • Elon Musk pede renúncia ou impeachment de Alexandre de Moraes no X

    Elon Musk pede renúncia ou impeachment de Alexandre de Moraes no X

    O bilionário Elon Musk, dono da rede social X, fez um post neste domingo (7) dizendo que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve renunciar ao cargo ou sofrer impeachment. “Em breve, X vai publicar tudo o que foi exigido por @Alexandre e como essas exigências violam a lei brasileira. Este juiz tem aberta e repetidamente traído a Constituição e o povo do Brasil”, escreveu na postagem, que termina com: “Vergonha, Alexandre, vergonha”.

    Desde sábado (6), Musk tem atacado Alexandre de Moraes no X, acusando o ministro do STF de cometer censura nas redes sociais. Tudo começou com um comentário feito em uma postagem na conta oficial de Moraes na plataforma. Musk questionou por que “tanta censura no Brasil”. O comentário teve apoio de políticos bolsonaristas.

    Na sequência, Musk repostou uma série de vídeos do jornalista estadunidense Michael Shellenberger. No texto que acompanha um dos vídeos, o jornalista afirma que: “Às 18h52, horário do Sao Paulo a corporação X, anteriormente conhecida como Twitter, anunciou que um tribunal brasileiro a forçou a ‘bloquear certas contas populares no Brasil’. Menos de uma hora depois, o proprietário do X, Elon Musk, anunciou que o X desafiaria a ordem do tribunal e suspenderia todas as restrições”. Shellenberger arrematou: “A qualquer momento, o Supremo Tribunal Federal poderá bloquear todo o acesso ao X/Twitter para o povo brasileiro”.

    O ministro não se manifestou sobre os ataques de Musk. Até a tarde deste domingo, a rede social X seguia operando normalmente no Brasil.

    Edição: Raquel Setz/BdF

  • EUA orientam e X deve recorrer de suspensão

    EUA orientam e X deve recorrer de suspensão

    A equipe jurídica que assessora a X Brasil deverá recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a rede no país.

    A orientação para que um recurso seja apresentado partiu de conversas realizadas durante o final de semana entre advogados do X no Brasil com seus similares do X na sede da empresa nos Estados Unidos.

    Nesta segunda-feira (2), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal começou a julgar a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

    A ideia inicial é apresentar um recurso à própria Turma com argumento jurídico de que a decisão é ilegal, por afetar o princípio da liberdade de expressão, e desproporcional, por ser tomada devido a sete perfis que não foram bloqueados pela empresa dentro de uma rede com 22 milhões de usuários no Brasil.

    A equipe jurídica também avalia se pedirá que um eventual recurso seja julgado por todo o tribunal, já que Moraes poderia ter levado sua decisão para julgamento no plenário da Corte, com os onze ministros, mas optou pela turma.

    Com isso, ele evitou que ministros que poderiam votar contra sua decisão ou pedir vista, como Nunes Marques e André Mendonça, votem.

    CNN

  • Nunes demite subprefeito indicado por vereador que decidiu apoiar Marçal

    Nunes demite subprefeito indicado por vereador que decidiu apoiar Marçal

    O prefeito Ricardo Nunes (MDB) demitiu o subprefeito da Lapa, Luiz Carlos Smith Pepe. O motivo está na relação próxima entre Pepe e o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que no sábado (30) anunciou apoio à candidatura de Pablo Marçal (PRTB), desembarcando da campanha do prefeito.

    A demissão de Pepe foi publicada no Diário Oficial da cidade. O subprefeito é investigado sob suspeita de apreensões ilegais fora da área de sua atuação na capital paulista.

    “Apesar de gostar bastante dele, é uma questão de time. Se você tem essa contaminação de um traidor, de uma pessoa sem caráter, sem personalidade, que é o Rubinho Nunes, é preciso restabelecer as relações no que diz respeito à participação dele no governo”, afirmou Nunes à CBN, durante uma agenda de campanha no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo (SP), nesta segunda-feira (2).

    O nome escolhido para substituí-lo foi o de Ana Carolina Nunes Lafemina, atual secretária-adjunta da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSub).

    O vereador afirmou reportagem que “enfrentou os mesmos inimigos [de Marçal] ao longo de quatro anos” e que não teria outro lugar para estar a não ser ao lado dele.

    Em nota, o presidente do diretório municipal do União, Milton Leite, afirma que Rubinho será excluído do tempo de TV e de rádio do partido e não terá acesso aos recursos do fundo eleitoral. Além disso, outras punições serão estudadas, como a expulsão da sigla.

    A campanha de Nunes afirmou que Rubinho “é um entre 520 candidatos da coligação de apoio” e que “a traição dele, ao seguir Joice Hasselmann, não afeta” a disputa.

    Folha de São Paulo

  • STF tem maioria para manter bloqueio ao X: ‘Tamanho da conta bancária não dá imunidade’

    STF tem maioria para manter bloqueio ao X: ‘Tamanho da conta bancária não dá imunidade’

    A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a suspensão do X no Brasil em votação realizada nesta segunda-feira (2/9).

    Votaram a favor da decisão os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Cármen Lúcia e Luiz Fux ainda devem votar hoje.

    A decisão foi tomada por plenário virtual — em que os ministros colocam suas decisões em um sistema eletrônico da Corte. O prazo final para decisão sobre a questão do X era 23h59 desta segunda-feira.

    O bloqueio do X foi determinado por Moraes na sexta-feira (30/1) e implementado pela Anatel no dia seguinte. Jornais brasileiros noticiaram que a portas fechadas os ministros do STF pediram a Moraes que a decisão fosse colocada em votação na primeira turma.

    O bloqueio do X desencadeou uma briga entre o X, do bilionário Elon Musk, e a Justiça brasileira.

    Alexandre de Moraes determinou o bloqueio do X no Brasil — o que foi realizado pela Anatel e por provedores de internet no país no fim de semana. A decisão de Moraes prevê multa diária de R$ 50 mil para quem usar um serviço VPN, que permite furar o bloqueio, para acessar o serviço.

    O STF tomou a decisão depois que o X anunciou que não acataria uma decisão anterior, que determinava o bloqueio de terminadas contas que, segundo inquérito brasileiro, disseminavam fake news e discurso de ódio. Além disso, a empresa fechou seu escritório e deixou de nomear um representante legal no país. As leis brasileiras exigem que um representante legal seja indicado.

    Elon Musk acusa Moraes de ser “um juiz falso e não eleito” e afirma que a decisão do STF fere o direito à liberdade de expressão. Ele anunciou na semana passada que a empresa não pretende acatar a ordem judicial.

    No fim de semana, o X lançou uma conta chamada “Alexandre Files”, na qual passou a divulgar decisões do ministro do STF que diz serem contra a lei brasileira.

    ‘Tamanho da conta bancária’

    Nos seus votos no plenário virtual, os ministros justificaram por que concordam com a decisão de Moraes de bloquear o X.

    “A liberdade de expressão é um direito fundamental que está umbilicalmente ligado ao dever de responsabilidade. O primeiro não vive sem o segundo, e vice-versa, em recíproca limitação aos contornos de um e de outro”, disse Dino em seu voto.

    “Com a imperativa moldura da soberania, não é possível a uma empresa atuar no território de um país e pretender impor a sua visão sobre quais regras devem ser válidas ou aplicadas.”

    Para o ministro, “o poder econômico e o tamanho da conta bancária não fazem nascer uma esdrúxula imunidade de jurisdição.”

    “Assim sendo, a ordem jurídica pátria não pode ser ignorada ou atropelada por nenhuma outra ‘fonte normativa’, por mais poderosa que ela imagine ou deseje ser. O arcabouço normativo da nossa Nação exclui qualquer imposição estrangeira, e são os Tribunais do Brasil, tendo como órgão de cúpula o Supremo Tribunal Federal, que fixam a interpretação das leis aqui vigentes.”

    “A parte que descumpre dolosamente a decisão do Poder Judiciário parece considerar-se acima do império da lei. E assim pode se transformar em outlaw (fora da lei)”

    Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar, ainda nas primeiras horas do dia. Ele citou o anúncio feito por Elon Musk de que a decisão da Justiça brasileira não seria acatada.

    “Não houve cumprimento; mais do que isso, anunciou-se a transgressão. Ordem judicial pode ser passível de recurso, mas não de desataviado desprezo. O acatamento de comandos do Judiciário é um requisito essencial de civilidade e condição de possibilidade de um Estado de Direito”, disse Moraes.

    O ministro também acusou Musk de demonstrar “total desrespeito à Soberania brasileira e, em especial, ao Poder Judiciário, colocando-se como verdadeiro ente supranacional e imune às legislações de cada País”.

    Moraes destacou em seu voto que ordens semelhantes de bloqueio de perfis emitidas ao Google e à Meta foram cumpridas.

    Ele também afirma que reconhece a Starlink — empresa de internet para locais remotos, que opera no Brasil — e o X como todas pertencentes a um “grupo econômico de fato” sob o comando de Elon Musk.

    Motivos do bloqueio do X, segundo Moraes

    Em sua decisão da semana passada, Moraes disse que Musk e sua plataforma incentivam discursos extremistas.

    O ministro afirmou que a plataforma estava sendo utilizada para “incentivar as postagens de discursos extremistas, de ódio e antidemocráticos […] com real perigo, inclusive, de influenciar negativamente o eleitorado em 2024”.

    Essa prática, segundo a decisão, poderia desequilibrar o resultado eleitoral por meio de campanhas de desinformação, favorecendo grupos populistas extremistas e comprometendo a integridade do processo democrático.

    Em um trecho de sua decisão, Moraes afirma que mesmo após o X ter sido intimado no curso das investigações, Elon Musk teria continuado a promover discursos antidemocráticos e de ódio contra a Corte. Segundo o magistrado, Musk confunde liberdade de expressão com liberdade de agressão.

    “Novamente, Elon Musk confunde liberdade de expressão com liberdade de agressão, confunde deliberadamente censura com proibição constitucional ao discurso de ódio e de incitação a atos antidemocráticos”, disse o despacho assinado pelo magistrado.

    Outro motivo que fundamentou a decisão foi a suposta prática de obstrução de justiça. Obstrução de justiça é quando alguém ou alguma empresa deliberadamente atua para atrapalhar investigações ou o cumprimento de decisões judiciais.

    Segundo a decisão assinada por Moraes, as investigações teriam revelado que a rede X estaria utilizando “mecanismos ilegais” para obstruir as investigações conduzidas pela Justiça brasileira contra pessoas investigadas no inquérito que apura a existência de milícias digitais.

    Musk e o X teria obstruído as investigações ao se recusarem a bloquearem perfis de pessoas sob investigação.

    “A flagrante conduta de obstrução à Justiça brasileira, a incitação ao crime, a ameaça pública de desobediência às ordens judiciais e de futura ausência de cooperação da plataforma são fatos que desrespeitaram a soberania do Brasil e reforçam à conexão da dolosa instrumentalização criminosa das redes sociais”, aponta a decisão.

    O terceiro motivo para a decisão foi a falta de um representante legal da empresa X no Brasil, algo obrigatório segundo o Código Civil brasileiro.

    A legislação determina que qualquer empresa estrangeira que opere no Brasil precisa manter representantes legais no país.

    Segundo a decisão, a falta de um representante legal adequado dificultou a aplicação das decisões do STF.

    Moraes afirma ainda que a decisão de não ter representantes legais no país pode ter sido parte de uma estratégia de Musk para evitar que o “X” fosse responsabilizado ou tivesse que cumprir determinações do judiciário brasileiro.

    “As condutas ilícitas foram reiteradas na presente investigação, tornando-se patente o descumprimento de diversas ordens judiciais pela X Brasil, bem como a dolosa intenção de eximir-se da responsabilidade pelo cumprimento das ordens judiciais expedidas, com o desaparecimento de seus representantes.

    O X acusou o STF e Alexandre de Moraes de ferirem o direito à liberdade de expressão — e Elon Musk afirmou que as contas apontadas no inquérito da Justiça não serão excluídas.

    BBC

  • Ronan Cordeiro fatura prata, 1ª medalha do país no triatlo paralímpico

    Ronan Cordeiro fatura prata, 1ª medalha do país no triatlo paralímpico

    O paranaense Ronan Cordeiro conquistou a prata no triatlo em Paris, a primeira medalha do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. O atleta de 27 anos, que compete na classe S5 (comprometimento físico motor), concluiu a prova (natação, ciclismo e atletismo) em 59min01. O norte-americano Chris Hammer (58min44) ficou com o ouro e o alemão Martin Schulz (59min19) completou o pódio com o bronze.

    “Não é fácil, triatlo é um esporte injusto. Eu queria agradecer a toda a minha equipe, porque este ano eu fiquei de oito a 10 meses quase seguidos fora do Brasil. Eu tinha uma missão de quebrar esse paradigma. O cara da minha classe, que tem a bike mais barata é [custa] R$ 120 mil. Eu quero saber quem no Brasil tem capacidade de ter isso. Quero agradecer a todo o apoio. Eu tenho patrocínio que investiu mais de R$ 800 mil em mim, o CPB quase R$ 1 milhão, você sabe o que é isso? E tem gente que não se classificou ainda. Os concorrentes todos estavam em altitude. O CPB [Comitê Paralímpico Brasileiro] fez meu primeiro treinamento em altitude. Obrigada CPB. E olha o resultado que a gente fez. Eu queria muito ganhar isso aqui. Queria dedicar a toda a minha equipe. Foi um resultado injusto, a gente queria ganhar. Tenho muitos sentimentos. Eu arrisquei tudo, eu dei de tudo na natação, dei tudo no ciclismo e paguei caro na corrida. Mas é um resultado histórico e vai mudar para o triatlo”, analisou Ronan, em depoimento ao CPB.

    Nascido em Curitiba, Renan compete no triatlo há seis anos. Em junho, ele foi ouro no World Series de triatlo, em Swansea (País de Gales). O atleta, qe têm má formação congênita na mão esquerda, competia na natação (de 2012 a 2018) antes de migrar para o triatlo.

    News Rondônia

  • Pablo Marçal presta depoimento sobre suposta ameaça durante campanha em São Paulo

    O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, compareceu à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na noite de sexta-feira (30) para prestar depoimento sobre uma suposta ameaça ocorrida durante uma agenda de campanha no bairro Anália Franco, zona leste da capital.

    Marçal agradeceu a ação rápida dos policiais e disse: “Tomamos um susto hoje. Já estamos registrando um boletim aqui na Polícia Civil. Tamo junto. Obrigado aos policiais que agiram rápido. Tem jeito não, vai ser no primeiro turno.”

    O boletim de ocorrência foi registrado como ameaça. Segundo os seguranças do candidato, eles teriam visto um grupo, incluindo a candidata a vereadora pelo PSOL Carolina Iara, aproximando-se com uma arma escondida dentro de um boneco de isopor, mas a campanha de Marçal não apresentou provas da existência da arma.

    Candidata Carolina Iara alega farsa

    Carolina Iara divulgou um vídeo em seu Instagram, acusando Marçal de criar uma encenação. “Estão tentando ligar esse vídeo a um suposto atentado. Não acreditem nessa mentira, eu passei o dia fazendo campanha eleitoral”, afirmou. Ela explicou que estava no local para entregar um boneco de isopor, simbolizando um “Pinóquio”, como um presente satírico para Marçal, a quem chamou de “o candidato mais mentiroso dessa eleição.”

    Após o incidente, Marçal foi aconselhado a usar um colete à prova de balas e manteve sua agenda, realizando uma carreata pela região.

    Jetss

  • Em debate da Gazeta, Datena quebra regra e avança em púlpito de Pablo Marçal: “Ficou provocando”

    Em debate da Gazeta, Datena quebra regra e avança em púlpito de Pablo Marçal: “Ficou provocando”

    Foi realizado neste último domingo (01), na TV Gazeta, o debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo, onde durante o confronto politico entre os candidatos, Datena (PSDB), acabou deixando o seu púlpito no estúdio do canal e avançou ao púlpito do seu adversário, Pablo Marçal (PRTB).

    De imediato, a atitude do ex-apresentador da Band foi repreendida pela mediadora do debate, Denise Campos, que chegou a cobrar mais de uma vez por “respeito” entre os candidatos.

    “Não estamos num local informal, estamos em um debate. Respeito, por favor”, pediu a jornalista.

    No momento tenso do debate, Marçal estava discutindo com o também candidato Guilherme Boulos (PSOL), quando notou Datena se movimentando e o provocou: “Vem cá, uai”, disparou ele.

    Pela sua atitude de ter ido até o púlpito de Pablo Marçal, Datena foi advertido formalmente. Já Marçal teve o seu direito de resposta que havia sido lhe concedido anteriormente, suspendido.

    “Datena está formalmente advertido”, disse a jornalista. “Pablo, por favor. Que isso não se repita. Por conta dessa bagunça, foi retirado o direito de resposta (disse em referência a Marçal). Você ficou provocando ele!”, orientou ela o candidato Marçal.

    Ocorreu no começo de agosto, o primeiro debate entre os candidatos à prefeitura da cidade de São Paulo na Band. Na oportunidade, estiveram presentes no local o prefeito Ricardo Nunes, Pablo Marçal, Tabata Amaral, José Luiz Datena e Guilherme Boulos.

    Em certo momento do debate, em meio a fala do jornalista Datena, o ex-apresentador do Brasil Urgente acabou perdendo a paciência com o mediador do debate, Eduardo Oinegue que teve que interromper o jornalista.

    Datena e Eduardo Oinegue (Montagem/Área VIP/Band)

    Areavip
  • Em sabatina, Ricardo Nunes desconversa sobre impeachment de Moraes e debandada de vereador da base

    Em sabatina, Ricardo Nunes desconversa sobre impeachment de Moraes e debandada de vereador da base

    Em sabatina à Rádio Eldorado nesta segunda-feira, 2, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que é candidato à reeleição, não respondeu se é a favor ou não do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O afastamento do ministro é uma das pautas do ato de Sete de Setembro na Avenida Paulista, no qual Nunes estará presente.

    “Não vou defender impeachment (de ministros do STF). Quem tem que tratar de impeachment são os senadores”, disse o prefeito da capital paulista, afirmando que a passeata do próximo sábado, por sua vez, é uma “manifestação em defesa da liberdade” e do “Estado democrático de direito”.

    O candidato à reeleição desconversou sobre a possibilidade aberta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos mobilizadores do ato, para que o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) participe da passeata. Para Ricardo Nunes, não houve convite do ex-presidente a Marçal, e sim uma decisão “acertada” de tornar a manifestação “apartidária”.

    Nunes também minimizou a debandada do vereador Rubinho Nunes (União Brasil). Rubinho é candidato a mais um mandato na Câmara Municipal de São Paulo na chapa que apoia a reeleição do prefeito, mas passou a apoiar Pablo Marçal para o Executivo da capital paulista. O atual mandatário desconversou sobre o apoio do vereador, afirmando que já vinha tendo “divergências” com o parlamentar.

    Sobre as políticas para a população LGBT+ em um eventual segundo mandato, Nunes reforçou que manterá os programas implementados na atual gestão e não cederá a nenhum tipo de pressão para encerrar as iniciativas.

    ‘Cabe aos senadores’, diz Nunes sobre impeachment de Moraes

    Questionado sobre a possibilidade de afastamento do STF do ministro Alexandre de Moraes, Nunes foi evasivo e disse que, a esse respeito, cabe manifestação do Senado Federal. Do contrário, avaliou o emebedista, estaria emitindo uma declaração “irresponsável” ao exercício do cargo.

    “Sou prefeito da maior cidade da América Latina. Tenho perfeitamente a consciência da minha responsabilidade, daquilo que preciso e devo me posicionar. como prefeito da cidade de São Paulo, jamais vou cometer uma fala irresponsável pelo exercício do meu cargo. Quem define sobre isso são os senadores, ninguém a não ser o Senado Federal. Cabe aos senadores fazer a avaliação”, disse o candidato do MDB.

    Nunes estará no ato de Sete de Setembro da Avenida Paulista, uma passeata que, em edições anteriores, contou com a presença de faixas com motes antidemocráticos, instando, por exemplo, pedidos de intervenção militar. O prefeito qualificou o ato como “democrático” e afirmou que, de sua parte, não apoiará nenhuma palavra de ordem contra o Estado democrático de direito.

    “Se alguém levantar uma faixa, não vou me constranger por nada que as outras pessoas façam. O que eu tenho que ter é meu comportamento, que sempre foi o de alguém que defendeu a democracia”, disse Nunes. “Não vou levantar faixa nenhuma. Vou estar lá com minha camisa amarela demonstrando meu amor à minha pátria, ao meu País, à minha nação, minha defesa enfática da democracia e da liberdade”.

    Prefeito diz que não houve ‘convite’ de Bolsonaro a Marçal

    Na semana passada, Jair Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais expressando que todos os candidatos à Prefeitura de São Paulo interessados em participar do ato poderiam comparecer à Avenida Paulista. O recado do ex-presidente, na prática, libera a presença de Pablo Marçal na passeata.

    Para o prefeito, contudo, a declaração de Jair Bolsonaro não representou um “convite”. “Em absolutamente nenhum momento ele fez qualquer convite”, disse Nunes, afirmando que o vídeo do ex-presidente, em verdade, representa uma decisão “acertada”, para reforçar o caráter apartidário do ato.

    Nunes, sobre Rubinho: ‘O lugar dele é lá, das pessoas que são ruins’

    Sobre a debandada de Rubinho Nunes, que pertence a um partido que integra sua coligação de apoio, Ricardo Nunes desconversou. “É algo tão irrelevante”, afirmou o candidato do MDB.

    “A gente já vinha tendo alguma divergência, do ponto de vista da forma de pensar”, disse o prefeito, com ênfase na crítica a um projeto de lei de Rubinho que previa multa de R$ 17 mil a quem doasse comida a pessoas em situação de rua.

    “Ele pensa muito diferente de mim, acho que ele pensa muito igual o Pablo. Ele tem que estar lá mesmo, o lugar dele é lá, das pessoas que são ruins”.

    Políticas LGBT+

    Ao ser questionado sobre como pretende lidar com a pressão bolsonarista em relação às políticas LGBT+ de sua gestão em um possível segundo mandato, Nunes afirmou que “de jeito nenhum” cederia a pressões para encerrar essas políticas.

    Ele ressaltou que “governa para todos” e que sua administração criou o primeiro centro de acompanhamento para pessoas trans, ampliou o programa Transcidadania, iniciado na gestão de Fernando Haddad (PT), e abriu abrigos para homens e mulheres trans em situação de rua.

    “Toda a população que vive nessa cidade vai continuar sendo muito bem cuidada por mim. Homens, mulheres, negros, trans,” afirmou Nunes, negando pressão de bolsonaristas sobre essa pauta. “De jeito nenhum (cederia a pressões do tipo). Não existe isso. Às vezes, queremos criar divisões, mas precisamos cuidar de todos; a política pública é para todos. (…) A questão das políticas públicas para a população LGBT ela tem que acontecer e vai continuar acontecendo”.

    Estadão

  • Candidatos de SP voltam a debate após preocupação com Marçal e regras mais rígidas

    Candidatos de SP voltam a debate após preocupação com Marçal e regras mais rígidas

    Após debandada no último debate, o confronto marcado para este domingo (1º) entre os candidatos para a Prefeitura de São Paulo tem a presença confirmada dos cinco primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto.

    O evento contará com a presença de Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB). O embate deve ser marcado por regras mais rígidas e possibilidade de expulsão de quem desrespeitá-las.

    Realizado pela TV Gazeta e o Canal MyNews, o debate não terá plateia e só serão autorizados dois assessores por candidato. Apenas jornalistas estão autorizados para acompanhar no local as discussões.

    Pelas regras já estabelecidas, os candidatos são obrigados a permanecer nos púlpitos e não podem se aproximar dos adversários. Assessores podem conversar com os candidatos apenas nos intervalos e não está autorizado uso de celular ou qualquer outro material. Porém, não há restrição para roupas ou uso de boné.

    Além disso, o candidato que desrespeitar as regras pode levar advertência e, no caso de descumprimento de regras, ser retirado do debate. O evento conta com a presença de seguranças.

    Nunes, Boulos e Datena faltaram no último encontro, promovido pela revista Veja, seguindo estratégia de evitar servir de escada para Marçal desferir ataques e surfar na internet com cortes de vídeos do evento. Agora, as equipes afirmam que a organização do novo debate assegurou regras rígidas e maior controle.

    No debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), as candidaturas adversárias protestaram contra o desrespeito ao regulamento.

    Pela estratégia traçada para o encontro deste domingo, Boulos deve apresentar propostas e tentar desconstruir sua pecha de radical, mas sem deixar de responder a ataques diretos como os de Marçal, que escolheu o membro do PSOL como alvo nas ocasiões anteriores e indicou que deve continuar nessa toada.

    A expectativa de auxiliares é que Boulos mire igualmente Nunes e o candidato do PRTB, apontando os rivais como “as duas faces do bolsonarismo” na capital.

    Na sexta-feira (30), o deputado rejeitou adotar postura mais combativa contra Marçal no debate. “Eu estou em primeiro lugar nas pesquisas. Nós vamos dialogar com a cidade de São Paulo.”

    Já Marçal deve manter o tom agressivo, com o objetivo de render vídeos de alto engajamento para as redes sociais. Para ele, é importante ir bem no cenário digital, já que seu partido, o nanico PRTB, tem poucos recursos como tempo de propaganda eleitoral na TV e acesso ao fundo eleitoral.

    Em entrevista ao podcast Flow, o influenciador disse que a atitude que classificou de menos agressiva no debate da revista Veja não rendeu bons números nas redes sociais. “Uma pessoa veio para cima de mim só com baixaria de último nível. Eu falei ‘não vou cair nesse jogo’. Engraçado, não rendeu um corte, não deu nada”, afirmou o autodenominado ex-coach ao podcast.

    Nunes, por sua vez, foi orientado a manter a calma neste domingo, buscando focar questões da cidade e mirando, ao mesmo tempo, Marçal e Boulos.

    “[Nunes] vai mostrar que é o único que tem condições de ser prefeito”, afirma Baleia Rossi, presidente do MDB e um dos coordenadores da campanha.

    Ao confirmar presença no debate na semana passada, o prefeito disse que o que interessa é “debater a cidade sem palco para ataques”.

    “A gente precisa ter debate com respeito às pessoas. E discutir muito as propostas mentirosas. A população não pode ser enganada”, disse na sexta.

    Datena busca uma melhor performance no debate da Gazeta após admitir dificuldades na estreia. O tucano inclusive creditou a sua queda nas pesquisas de intenção de voto ao seu desempenho nos encontros.

    Neste domingo, o apresentador deve direcionar ataques a Marçal e Nunes e aposta na narrativa de associá-los ao crime organizado. No embate com o atual prefeito, o tucano trará como promessa auditar os contratos da gestão, principalmente os firmados com dispensa de licitação e com empresas de ônibus.

    Dizendo-se contrariado com a postura do candidato do PRTB nos debates, Datena ameaça ir embora do programa. “Se eu perceber [que as regras não foram respeitadas] quem sai do debate, sou eu”, disse o comunicador.

    “Espero que seja dentro dos princípios democráticos e não deturpado por gente que vem com messianismo, que ressuscita defunto [referência a Marçal]”, completa.

    Tabata, por sua vez, que se apresenta nas redes sociais como antagonista de Marçal, afirma que sua atuação deve conciliar propostas e embates com o autodenominado ex-coach.

    Ela afirmou na sexta-feira que pretende “desmascarar o bandido que está disputando essa eleição querendo ludibriar a população de São Paulo”.

    Tabata também declarou na quinta-feira (29) que iria revelar no debate evidências de que Marçal angariou de forma irregular seguidores nas novas redes sociais –o influenciador teve as contas derrubadas pela Justiça, mas foi autorizado a criar novas e angariou mais de 2 milhões de seguidores em menos de 48 horas.

    A campanha de Tabata, porém, não acredita que o embate deste domingo deve ser tão caloroso quanto os últimos, uma vez que os candidatos se enfrentam cara a cara apenas uma vez.

    Debate TV Gazeta e Canal MyNews

    Quando: Domingo, 1º de setembro, às 18h

    Acompanhe: site da Folha, TV Gazeta, canal no YouTube da emissora e canal do MyNews

    Folha de São Paulo

  • Brasileiros migram em massa para rivais do X; português vira língua mais falada no Bluesky

    Brasileiros migram em massa para rivais do X; português vira língua mais falada no Bluesky

    A suspensão nesta sexta-feira (30) do X (o antigo Twitter) no Brasil, por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes fez com que usuários brasileiros buscassem refúgio em plataformas criadas para concorrer com a rede de Elon Musk.

    A Meta, dona do Instagram, oferece o Threads, já o Bluesky começou com financiamento do cofundador do Twitter Jack Dorsey.

    Uma outra opção é o Mastodon, rede fundada pelo alemão Eugen Rochko e que está na disputa pelos insatisfeitos com o X desde 2016.

    Já antes de receber brasileiros após a suspensão do X, essas plataformas já vinham reunindo descontentes com os rumos que o antigo Twitter tomou após a compra por Musk, em 2022.

    Mas, com a polêmica judicial, houve uma aceleração: já na quarta-feira (28), o Bluesky teve um pico de 2,07 milhões de postagens. E, nas últimas 24 horas, entre sexta e sábado, o português (73,7%) superou o inglês (16,5%) entre as línguas mais usadas para publicar mensagens, segundo dados confirmados pela plataforma.

    Neste sábado, a Meta utilizou a base de mais de 2 bilhões de usuários do Instagram para promover o Threads. Em meio ao impasse entre Musk e a Justiça brasileira, anúncios apareceram em destaque no app de fotos e vídeos mirando novos usuários. “Participe da conversa no Threads. Confira o que as pessoas estão dizendo e fique por dentro de assuntos do seu interesse”, dizia um deles.

    Procurada neste sábado (31) para comentar o aumento na procura por usuários brasileiros após a debacle do X, a Meta não havia respondido até a publicação desta reportagem.

    Segundo o Bluesky, foram mais de 880 mil novos usuários, apenas do Brasil, nos últimos dois dias. Atualmente, a rede tem cerca de 7 milhões de usuários ativos.

    Um post de sexta-feira do perfil oficial da plataforma deu boas-vindas aos brasileiros. “Brasil, você está estabelecendo novos recordes de atividade no Bluesky”, escreveu.

    Em preparação para as últimas horas de funcionamento do X no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma postagem dos links e nomes de suas contas em outras plataformas sociais.

    Além de Threads e BlueSky, na postagem do presidente foram destacados, ainda, o Facebook, um canal no Whatsapp e o TikTok.

    Com os últimos movimentos da Justiça, diversos usuários postaram frases na linha “quem já está por aqui?” em ambas as redes.

    Muitos deles estrearam seus perfis com postagens, como, “acabei de chegar, refugiada do X/Twitter”, “o Twitter/X já teve vários velórios, e o Orkut ainda não morreu” e “gringos estão migrando para o Bluesky simplesmente para não deixar de seguir os brasileiros”.

    Enquanto isso, outros perfis que se tornaram conhecidos na rede de Elon Musk nos últimos anos abriram contas ou passaram a usar seus perfis nas outras redes com mais frequência.

    Alguns deles aproveitaram para reclamar da falta dos “trending topics” (ferramenta que mostra os assuntos mais comentados do momento) no Bluesky e de outros recursos popularizados no antigo Twitter.

    Em julho, a Folha de S. Paulo publicou um comparativo entre as redes sociais alternativas ao X. Segundo a reportagem, das quatro plataformas avaliadas, nenhuma entregava uma experiência completa e acessível garantida pelo X em seus dias de maior popularidade.

    “Agora pode ser um bom momento para anunciar que nossa próxima grande atualização de aplicativo terá vídeo. Mais detalhes em breve”, anunciou o perfil oficial do Bluesky na quinta-feira (29).

    Segundo a plataforma, antevendo a entrada de novos usuários, foi atualizada ainda nesta semana uma versão com recursos para reduzir a “toxicidade” na rede.

    Uma das possibilidades é desvincular uma postagem original da postagem de citação de alguém.

    “Isso ajuda a manter o controle sobre um tópico iniciado, idealmente limitando o empilhamento de postagens e outras formas de assédio”, escreve a plataforma.

    A nova versão também permite que o criador de um tópico oculte respostas à postagem original. “Com o recurso de notificações prioritárias, dá para filtrar notificações para receber apenas atualizações das pessoas que o usuário segue.”

    Folha de São Paulo