Autor: admin

  • Barroso nega impedimento de Moraes na investigação sobre vazamento de mensagens

    Barroso nega impedimento de Moraes na investigação sobre vazamento de mensagens

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou nesta terça-feira (27) um pedido para declarar o impedimento de Alexandre de Moraes na relatoria da investigação sobre o vazamento de mensagens de auxiliares do magistrado. O pedido foi enviado a Barroso pela defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Conforme Barroso, não houve “clara demonstração” de qualquer causa que justifique o impedimento do ministro, previstas em lei. “Para além da deficiente instrução do pedido (que não veio instruído com qualquer elemento idôneo que comprove as alegações deduzidas), os fatos narrados na petição inicial não caracterizam, minimamente, as situações legais que impossibilitariam o exercício da jurisdição pela autoridade arguida”, afirmou Barroso, na decisão.

    Conforme o Código de Processo Penal, o juiz não pode atuar no processo em que, entre outros pontos, ele próprio ou seu cônjuge ou parente até o terceiro grau for parte ou diretamente interessado no feito. Barroso também citou a jurisprudência do STF de que pedidos do tipo devem demonstrar “de forma objetiva e específica as causas de impedimento”. “Também de acordo com a jurisprudência desta Corte, a parte arguente deve demonstrar, de forma clara, objetiva e específica, o interesse direto no feito por parte do Ministro alegadamente impedido.

    Para essa finalidade, não são suficientes as alegações genéricas e subjetivas, destituídas de embasamento jurídico”. https://www.youtube.com/watch?v=4YjHg6nOJAI Pedido Na ação, a defesa de Tagliaferro afirmou que a investigação do vazamento das mensagens apura fatos diretamente relacionados com a lisura de Moraes e que a permanência dele na relatoria é “absolutamente inadequada”. “O presente pedido se faz necessário tendo em vista que já foi proferida abusiva ordem de busca e apreensão e, sem freio, em nada impede que medidas de constrição cautelar irreversíveis sejam decretadas”, afirma o advogado Eduardo Kuntz.

    A defesa questionou o fato de, no domingo (25), Moraes ter reclassificado o inquérito em petição, o que configura, disse o advogado, “uma chicana processual” para o ministro não ser retirado da relatoria. “O que demonstra que tal inquérito não poderia existir, o ministro é diretamente interessado no feito e, por conseguinte, é impedido para atuar no caderno investigatório/futura PET, em razão da inadmissível ausência de imparcialidade”, declarou. O caso Tagliaferro é ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), que existiu durante a gestão de Moraes no TSE. Na semana passada, o ex-assessor do ministro prestou depoimento à Polícia Federal sobre as mensagens terem saído do celular dele. Ele negou ter vazado as mensagens que embasaram a reportagem do jornal Folha de S. Paulo sobre o uso do setor de combate à desinformação do TSE de forma não oficial pelo gabinete de Moraes.

    Em depoimento à Polícia Federal (PF) na quinta-feira (23), Tagliaferro disse que seu aparelho celular ficou sob a responsabilidade da Polícia Civil de São Paulo durante seis ou sete dias, desbloqueado, sem a necessidade de senha para acesso ao conteúdo. Isso porque, em maio de 2023, Tagliaferro chegou a ser preso após um flagrante por violência doméstica. Na ocasião, ele entregou o dispositivo a um compadre, identificado como Celso Luiz de Oliveira, já sem a senha de acesso, para garantir que pudesse ser utilizado “para alguma necessidade da esposa e das filhas, como pagar contas”. Segundo narrou Tagliaferro, algumas horas depois, esse compadre teria sido procurado pela Polícia Civil de Franco da Rocha, que exigia a entrega do aparelho — o que foi prontamente atendido. Segundo depoimento do ex-assessor de Moraes, seu celular foi entregue por Celso ao delegado da Polícia Civil de São Paulo, José Luiz Antunes.

    Moraes é relator da investigação que apura o vazamento das mensagens. Há suspeitas que o conteúdo tenha sido vazado do celular de Tagliaferro a partir de apreensão do aparelho pela Polícia Civil de São Paulo, em 2023.

    CNN

  • Iafas abre oportunidade de emprego para preenchimento de 106 vagas

    Iafas abre oportunidade de emprego para preenchimento de 106 vagas

    O Instituto de Assistência Familiar e Amparo Social dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Iafas), que atua como intermediário entre trabalhadores e empregadores, está cadastrando currículos para vagas de emprego em diversas empresas em todo o estado de Goiás. Empresas parceiras do Instituto estão com 106 oportunidades para cargos, sendo 80 vagas para Serviços Gerais e Auxiliar de Limpeza; 08 para porteiro; 06 para vigilante; 05 para zelador; 04 para enfermeira de Segurança do Trabalho; 02 para auxiliar administrativo; e 01 para recepcionista. A seleção também é aberta à Pessoas com Deficiência e jovens aprendizes.
    Para se candidatar às áreas, os interessados deverão enviar o currículo pelo WhatsApp para o número (62) 3988-3400, informando nome completo, endereço, telefone de contato, escolaridade e experiência profissional, se houver. O cadastro também pode ser realizado através do site iafas.org.br. Outras informações poderão ser obtidas também pelo email iafas@iafas.org.br ou pelo próprio WhatsApp. O Instituto está localizado na Rua 94 A, Setor Sul, em Goiânia, com horário de atendimento das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira.
    Sobre o Iafas
    O Instituto de Assistência Familiar e Amparo Social dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Iafas) é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2017 com o propósito de conectar trabalhadores e empresas em busca de mão de obra qualificada. Além dos cursos de capacitação, o Iafas oferece benefícios como cestas básicas para alunos que concluírem os treinamentos, além de contar com uma farmácia própria com preços acessíveis para trabalhadores e seus familiares.
    Além de encaminhar os currículos para as empresas, o Iafas também oferece cursos gratuitos de capacitação profissional. Após a formação, se o profissional desejar, é encaminhado para vagas de emprego nos segmentos de limpeza, conservação e de segurança privada em Goiás. “O nosso principal propósito é conectar trabalhadores às empresas que buscam mão de obra qualificada. Nós preparamos essas pessoas para caso não tenham experiência, por meio de capacitações teóricas e práticas, para que elas se sintam preparadas para o mercado de trabalho”, disse a superintendente da organização Rousilene Melo.
  • Estadão Analisa: ‘Relatoria de Moraes sobre inquérito dos vazamentos está em xeque’

    Estadão Analisa: ‘Relatoria de Moraes sobre inquérito dos vazamentos está em xeque’

    Na semana de apresentação do Orçamento de 2025 e em meio a promessas de revisão de despesas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs quadruplicar o gasto com o programa Auxílio Gás, que será rebatizado de Gás para Todos.
    No “Estadão Analisa” desta terça-feira, 27, Carlos Andreazza fala sobre os pedidos para que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, seja afastado da relatoria do inquérito do suposto vazamento de mensagens durante sua gestão no TSE.

    Na semana de apresentação do Orçamento de 2025 e em meio a promessas de revisão de despesas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PO desembolso deve saltar dos atuais R$3,4 bilhões para cerca de R$5 bilhões em 2025 e irá aumentar até 2026, ano da eleição presidencial, segundo informou o Ministério de Minas e Energia.
    Lula ainda assinou nesta segunda-feira (26), uma MP que visa incentivar a indústria naval e o setor de petróleo e gás no Brasil propôs quadruplicar o gasto com o programa Auxílio Gás, que será rebatizado de Gás para Todos.
    Na semana de apresentação do Orçamento de 2025 e em meio a promessas de revisão de despesas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs quadruplicar o gasto com o programa Auxílio Gás, que será rebatizado de Gás para Todos.

    Estadão

  • Marçal ultrapassa Nunes e lidera com folga entre eleitores de Bolsonaro e Tarcísio em SP, afirma Datafolha

    Marçal ultrapassa Nunes e lidera com folga entre eleitores de Bolsonaro e Tarcísio em SP, afirma Datafolha

    O influenciador Pablo Marçal (PRTB) ultrapassou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) entre eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22).

    Marçal agora lidera com folga as intenções de voto entre os eleitores de Bolsonaro, com 44%, frente a 30% de Nunes. No levantamento anterior, realizado no início de agosto, o influenciador tinha 29%, e o prefeito, 38%.

    Entre os que se declaram como bolsonaristas, Marçal subiu de 25% para 46% no mesmo período, enquanto Nunes variou de 37% para 26%.

    Já entre os eleitores de Tarcísio, o empresário agora reúne 41% das intenções de voto, em comparação a 28% do prefeito. No início do mês, Marçal tinha 25% entre o grupo, enquanto Nunes somava 42%.

    O Datafolha entrevistou pessoalmente 1.204 eleitores nesta terça (20) e quarta-feira (21). A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-08344/2024. A margem de erro total é de três pontos percentuais e sobe para cinco pontos entre os eleitores de Bolsonaro e de Tarcísio, para cima ou para baixo. A pesquisa foi encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo.

    Quase todas as variações citadas, portanto, ocorreram fora da margem de erro -exceto a oscilação de Nunes para baixo entre os eleitores do ex-presidente.

    Já entre os eleitores do presidente Lula (PT), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) segue liderando com folga, com 44% das intenções de voto. A marca fica muito acima dos 14% de Nunes, dos 10% de Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) e dos 5% de Marçal nesse grupo, no qual a margem de erro é de quatro pontos.

    Ao longo dos últimos meses, o influenciador tem ativado símbolos que são caros para o eleitor do ex-presidente, aproveitando-se do baixo entusiasmo de apoiadores de Bolsonaro com a candidatura do prefeito.

    Nunes não empolga os aliados de Bolsonaro por ser visto como alguém que evita o confronto e que não é verdadeiramente alinhado às pautas do grupo, apesar de ser oficialmente o candidato do ex-presidente, que indicou para vice Ricardo Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota.

    Nas últimas semanas, Bolsonaro e seu entorno estavam incomodados com o prefeito por dois motivos. Um foi o apoio de Nunes à ex-deputada federal Joice Hasselmann (Podemos), hoje candidata a vereadora, considerada “persona non grata” por bolsonaristas desde que rompeu com o grupo em 2019.

    Outro diz respeito ao fato de que, mesmo depois de ter aceitado o indicado de Bolsonaro a vice, o prefeito vinha evitando explorar a imagem do ex-presidente em sua campanha. Nunes segue numa corda bamba: precisa do eleitorado bolsonarista, mas teme herdar a rejeição do aliado e perder votos do campo moderado.

    O ex-presidente chegou a elogiar Marçal em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal, no dia 15 de agosto. Ele disse que o influenciador “fala muito bem”, é “uma pessoa inteligente” e “tem suas virtudes”. Afirmou, ainda, que o prefeito não é o “candidato dos sonhos”, ainda que tenha assumido o compromisso de ajudá-lo.

    Poucos dias depois, porém, Bolsonaro ajustou o discurso e afirmou à CNN que Marçal mentiu ao dizer que nunca buscou seu apoio. No início da semana, o PL publicou nas redes um vídeo no qual o ex-presidente reforça o apoio à candidatura de Nunes.

    Segundo uma pessoa próxima de Bolsonaro, caciques partidários pressionaram o ex-presidente a manifestar, mais uma vez, que está com o prefeito. O pedido teria partido do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do presidente do PP, Ciro Nogueira, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Tarcísio já manifestou a aliados, diversas vezes, preocupação com o crescimento do influenciador. Ele foi peça-chave no processo de aceitação de Mello Araújo como vice de Nunes, defendendo que a indicação seria importante para amarrar o ex-presidente com o prefeito e estancar a onda Marçal.

    Nos últimos dias, o influenciador, Bolsonaro e seus filhos têm entrado em confronto nas redes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) partiu para o ataque, pedindo em vídeo que apoiadores “tomem cuidado”. Ele citou suspeitas que ligam a sigla de Marçal à facção criminosa PCC e associou a conduta do influenciador a uma tentativa de “lacração”.

    “Começa a perder um pouco da moral para ficar fazendo aquela gracinha acusando os outros de cheirador. Inclusive falou que havia dois, e um não apontou quem é. Enfim, tem gente que gosta da lacração”, disse.

    Nesta quinta-feira (22), a discussão continuou. Eduardo repercutiu comentário de Marçal em que que disse que a situação já estava resolvido com Bolsonaro. “Se tivesse resolvido com meu pai não precisaria editar meu vídeos retirando-os de contexto para enganar eleitores de Bolsonaro de que eu vou votar em você. Isso é estelionato eleitoral”, rebateu o deputado federal.

    Marçal também trocou farpas diretamente com o ex-presidente. Ele comentou em uma publicação de Bolsonaro: “Pra cima capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. O ex-presidente então respondeu: “Nós? Um abraço.”

    O influenciador, então, disse que doou R$ 100 mil para a campanha de Bolsonaro em 2022 e o ajudou com a estratégia digital. “Entendo sua palavra ao Valdemar Costa Neto [presidente do PL], mas a honra e a gratidão são frutos de um homem sensato (…) Se o capitão quiser me tirar do ‘nós’, me ajude devolvendo os 100 mil reais depositando na minha campanha aqui de prefeito a São Paulo”, afirmou.

    Folha de São Paulo

  • Kamala Harris: O passado sombrio da candidata presidencial democrata

    Kamala Harris: O passado sombrio da candidata presidencial democrata

    No dia 21 de julho de 2024, o presidente Joe Biden anunciou a sua desistência da corrida presidencial e declarou o seu apoio à vice-presidente Kamala Harris para se tornar a candidata democrata nas eleições deste ano. Esta decisão ocorreu após pressão substancial interna do Partido Democrata para que Biden se afastasse, devido a preocupações crescentes sobre a sua aptidão mental e saúde física.

    Biden está atualmente se recuperando de Covid-19 e revelou a novidade compartilhando post no Twitter. Após o anúncio, Kamala Harris aceitou o apoio de Biden e agora busca a confirmação para ser a representante democrata na disputa. Parece quase garantido que ela será eleita a escolha na Convenção Nacional Democrata em agosto.

    De fato, Kamala Harris fez história nos EUA como a primeira mulher vice-presidente, bem como a primeira mulher negra e sul-asiática-americana a ser eleita para um dos dois cargos mais altos do país. As jovens negras e do sul da Ásia têm razão em olhar para Harris e sentirem-se empoderadas com o futuro, que agora parece mais plausível a possibilidade de ter uma mulher negra como presidente. E sabia que ela tem uma inesperada conexão com o Brasil?

    Kamala Harris

    “Kamala Harris é uma advogada e política norte-americana. Ela ganhou destaque por ser a primeira procuradora-geral negra da Califórnia, estado em que nasceu. Entrou para a política em 2015, sendo eleita senadora pelo mesmo estado. Em 2020, foi escolhida como vice-presidente de Joe Biden, candidato democrata.”

    “Resumo sobre Kamala Harris
    Kamala Harris nasceu em Oakland, na Califórnia.
    É filha de uma cientista indiana e de um professor universitário jamaicano.
    É formada em Ciências Políticas, Economia e Direito.
    Foi eleita procuradora-geral de San Francisco e da Califórnia.
    Foi eleita vice-presidente dos Estados Unidos, em 2020.
    Anos iniciais da trajetória de Kamala Harris
    Kamala Devi Harris nasceu em Oakland, na Califórnia, Estados Unidos, no dia 20 de outubro de 1964. Sua mãe, Shyamala Gopalan, foi uma mulher indiana cientista e pesquisadora. Seu pai, Donald J. Harris, é jamaicano e professor aposentado da Stanford University.

    A infância de Harris ficou marcada pelo seu contato com a cultura afro-americana, afro-jamaicana e indiana. Ela passou parte de sua infância morando em Berkeley, cidade próxima a San Francisco. Posteriormente, com o divórcio de seus pais, ela e sua irmã foram viver em Montreal, no Canadá.”

    Kamala Harris: a relação familiar da presidenciável dos EUA com o Brasil

    Candidata ao máximo cargo político da nação mais poderosa do mundo, Kamala Harris, mulher negra, jamaicana e possível próxima presidente dos Estados Unidos, tem uma relação familiar com o Brasil desconhecida por muitos: Donald Harris, seu pai, foi professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) durante uma temporada nos anos 1990 e há quem diga que parte de seus ideais influenciam a ex-senadora pelo estado de Minnesota e atual vice-presidente dos EUA

    Donald e a mãe de Kamala, Shyamala Gopalan, se divorciaram em 1971, quando a agora adversária de Trump tinha apenas sete anos, fato que provocou um distanciamento familiar frequentemente explorado na imprensa. Mas, de acordo com o professor emérito da UnB e anfitrião do economista durante sua estada na capital brasileira, Joanílio Teixeira, a presidenciável não parece ter escapado completamente da influência do pai.

    “Tenho a impressão de que a imprensa, em geral, tende a exagerar um certo distanciamento entre eles, no sentido político. Porque ele era mais à esquerda, digamos assim, mais social-democrata que ela”, explica Teixeira. “Estou ciente, claro, de que algumas implicações dele estão muito presentes nela. A questão da distribuição de renda. A questão do favorecimento às pessoas afrodescendentes. […] Isso está presente, de certo modo, no que ela fala”, completa.

    O professor conta que o economista ficou hospedado em sua residência no Lago Sul durante dois meses, em 1997, e que se surpreendeu com as interações sociais nas quais acabava envolvido na comunidade acadêmica local. “O pessoal ficou muito animado com ele. Querendo bater papo com ele. Levando para churrasco, para almoço”, recorda Teixeira. “[Ele] Notou que havia muita confraternização, o que não era comum nos Estados Unidos e em Stanford”, contou o colega, com quem Harris, aos 85 anos, ainda se corresponde.

    Jamaicano-americano, Donald J. Harris já era um nome expressivo no campo da economia quando desembarcou em Brasília, anos depois de ter lançado seu livro mais famoso, Capital Accumulation and Income Distribution (1978), que dedicou às filhas Kamala e Maya. Considerado marxista, ele defendia uma maior intervenção do Estado na economia, o que contrastava com as abordagens ortodoxas dominantes nos Estados Unidos, o que contribuiu para sua experiência no Brasil, onde encontrou ambiente mais simpático às suas ideias mais à esquerda. Após ter visitado a capital, o economista ainda passou curtas temporadas em Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, antes de retornar para a Califórnia (EUA).

    O professor Stephen de Castro, que esteve com Harris tanto na Jamaica quanto no Brasil, recorda as dificuldades enfrentadas por ele no meio acadêmico norte-americano devido aos seus ideais mais à esquerda. “Tinha um velhinho lá, meio stalinista, no departamento [da Universidade Stanford (EUA)], naquele momento. E eles [colegas professores] queriam que Stanford demitisse ele”, lembra Castro.

    Professor Donald J. Harris, pai de Kamala Harris, durante uma palestra na Universidade de Brasília em 1997
    Influência de mão dupla
    O ex-senador e então também professor da UnB Cristovam Buarque lembra das conversas com Donald Harris sobre concentração de renda e as consequências da escravidão no Brasil e na Jamaica. “Eu acho que o fato dele ter vivido em Brasília, especialmente, deve deixar uma marca, porque não são todos países, aliás, talvez nenhum, que têm uma capital criada, construída, num lugar que, na época, era completamente distante de tudo, e que virou uma metrópole”, avalia.

    Kamala Harris: a relação da presidenciável dos EUA com o Brasil

    Donald Harris com sua filha Kamala no colo, em 1965

    No Brasil, o economista encontrou um ambiente receptivo para suas ideias entre professores e alunos, segundo o consultor do Banco Mundial e ex-aluno do pai de Kamala Jorge Thompson Araújo. “A influência dele [na universidade] provavelmente se exerce através das pessoas que interagiram com ele, não somente naquele curso, ou naquele período em que ele esteve lá, mas ao longo de suas carreiras”, avalia. “O Brasil, por ser um país muito grande e bastante complexo, certamente ajudou o Donald Harris a ampliar mais ainda a visão dele com respeito às questões de desenvolvimento econômico”, completa Araújo.

    StarsInsider
  • Trio é preso suspeito de cometer ‘golpe do novo número’ em Goiás

    Trio é preso suspeito de cometer ‘golpe do novo número’ em Goiás

    A Polícia Civil de Goiás prendeu três pessoas suspeitas de aplicar o “golpe do novo número”, no Estado. As prisões ocorreram por meio da Operação Fake Family, deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos.

    Sobre as prisões, elas ocorreram em Goiânia, Indiara e Mozarlândia. Um dos investigados já tinha sido preso em flagrante pelo mesmo crime, em 2022. Na época, foram apreendidos 56 chips de celulares, documentos em nome de terceiros e máquinas de cartão de crédito.

    Ele foi condenado e cumpria pena restritiva de direitos. As diligências da corporação, todavia, constataram que ele continuou a cometer os crimes. Já os outros dois foram presos e confessaram a autoria. Revelaram, ainda, que recebiam uma comissão de 10% dos valores depositados em suas contas.

    O prejuízo causado com os golpes não foi informado e nem as identidades dos investigados.

    Golpe do novo número

    A Polícia explica que, neste golpe, o estelionatário usa técnicas de engenharia social para enganar a vítima e a convencer a transferir dinheiro a suposto título de empréstimo. Para isso, finge ser alguém do seu convívio.

    Geralmente, o golpista fala com a vítima por meio de mensagens de aplicativo de celular. Ele usa foto e, normalmente, até tem informações sobre o alvo. Ele começa dizendo que mudou de número ou que este é um novo.

    O golpista, então, pede para a pessoa anotar o contato e apagar o anterior. Depois disso, ele mantém diálogo e, em determinado momento, pede dinheiro emprestado. É comum a pessoa dizer que seu aplicativo bancário não está funcionando.

    É quando a vítima, se enganada, transfere o valor. Com o golpe concretizado, o suspeito passa o dinheiro para outras contas de comparsas ou saca, o que dificulta a ação da Polícia Judiciária e o bloqueio dos valores.

    Mais Goiás

  • Morre Altemar Santos, fundador do Grupo Mais Goiás, aos 51 anos

    Morre Altemar Santos, fundador do Grupo Mais Goiás, aos 51 anos

    A noite, que parecia ser de esperança, termina com tristeza e saudade. Altermar Santos, radialista, DJ, empresário e fundador do Grupo Mais Goiás, morreu nesta quarta-feira (21/8), aos 51 anos. Ele, que se recuperava de um quadro médico complexo sofrido em meados de julho, apresentava melhoras consistentes dia após dia, conquistas essas que davam a familiares e à equipe do portal, mais conforto e confiança de que sua saúde seria reestabelecida. Nesta noite, porém, Katatau, como era conhecido por todos desde os tempos de rádio, não resistiu a uma parada cardíaca.

    Altemar teve um mal súbito em 18 de julho, durante um passeio que fazia em Angra dos Reis (RJ), na companhia do senador Wilder Morais. Na ocasião, ele foi internado em hospital privado onde sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Diante dos riscos, médicos optaram por implantar um marca-passo para estabilizar a condição do empresário, que respirava com ajuda de aparelhos.

    Transferido para Goiânia de táxi aéreo uma semana depois, Santos passou pelo Hospital Anis Rassi e pelo Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde foi tratado com excelência, mas faleceu. Antes disso, entretanto, apresentou melhora significativa e, livre de sedação, interagia com familiares enquanto evoluía para a esperada alta médica.

    Mais Goiás

     

    Minha história com o Altemar.

    O ano era 2010. De repente a secretária da PUC TV me informa que uma pessoa gostaria de falar comigo.
    Chega na minha sala um cara simples, alto e cheio de ideias.

    Perguntou se podia usar meu computador para mostrar as novidades tecnológicas de blogs e sites. Fiquei perplexo com o conhecimento que ele tinha, embora suas ideias parecessem mirabolantes. Se tudo que ele dissesse fosse verdade ele se transformaria em um fenômeno.

    No entanto, ele tinha razão. Tudo se confirmou, ele criou o mais influente meio de comunicação do Estado, o Mais Goiás. Altemar estava muito, mas muito a frente do tempo.

    Depois daquela conversa fiz uma parceria com ele, o Mais Esportes programa esportivo que fui diretor passou a fornecer conteúdo para o site dele. Fui o primeiro colunista do Mais Goiás, um voluntário com muito orgulho.

    Altemar morreu cedo, a dor é muito grande. Todavia, tantas vezes, mesmo que uma pessoa não tenha tantos anos de vida faz mais que a maioria.

    Altemar foi um gênio da comunicação. Quem poderia acreditar naquele rapaz que só tinha um sonho e um pen-drive na mão e queria de alguma forma mudar o mundo?

    Altemar mudou o mundo de muita gente, que começou a ter acesso à notícia de graça e na palma da mão, de forma rápida, dinâmica e diferente.

    Obviamente, pessoas morrem, mas algumas deixam um legado imensurável. Eu fui testemunha ocular dessa história, que não acaba. Sua visão futurista e sua genialidade ao ser simples, ficarão marcadas para sempre.

    Que Deus conforme o coração dos amigos e familiares.

    (Rafael Vasconcelos)

  • Eleições municipais contam com 83 deputados candidatos, incluindo 18 mulheres

    Eleições municipais contam com 83 deputados candidatos, incluindo 18 mulheres

    As eleições municipais, que tiveram início na sexta-feira (16), contarão com 83 deputados candidatos, incluindo 18 mulheres. São 74 concorrendo a vagas de prefeito, 2 de vice-prefeito e sete de vereador. O número de deputados candidatos é superior às eleições de 2020, quando 59 disputaram vagas de prefeito e 7 de vice-prefeito – 66 no total.

    Com isso, a corrida municipal deste ano volta ao patamar de eleições anteriores, como a de 2016, quando 82 deputados foram candidatos. A relação, divulgada pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, está dividida entre 61 deputados titulares e 22 suplentes.

    No momento, as eleições municipais contam com 457.162 candidatos, sendo 15.439 para prefeito, de acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral. Os números ainda podem mudar até 16 de setembro, data limite para julgamento dos pedidos de registro de candidatura ou pedido de substituição de candidatos. Foram registradas 2.316 candidatas a prefeita (15% do total). Dos candidatos a prefeito, 5.063 se declararam pardos (33%) e 677 pretos (4%).

    Partidos
    No total, 16 partidos lançaram deputados como candidatos. As legendas com o maior número de deputados candidatos são o PT (18) e o PL (15). Em seguida vêm União (7 candidatos), PP, PSD e Republicanos (6 candidatos cada) e MDB (5). Cidadania, PDT, Podemos, PSB e PSOL lançaram três deputados candidatos cada. Completando a lista, com um candidato cada, estão Avante, PSDB, PV e Solidariedade.

    Capitais
    Entre os candidatos a prefeito, 24 disputam vagas em 17 capitais – Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Luís e São Paulo.
    No Rio de Janeiro há três deputados disputando a prefeitura. Outras oito cidades apresentam dois deputados concorrendo à mesma vaga de prefeito: Belo Horizonte, Campo Grande, Imperatriz, Manaus, Montes Claros, Natal, Niterói e São Paulo.

     

     

    Da Redação – FB

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Câmara retoma no dia 26 votação do segundo projeto da reforma tributária

    Câmara retoma no dia 26 votação do segundo projeto da reforma tributária

    A partir do próximo dia 26, a Câmara dos Deputados continuará a votação do projeto que regulamenta a gestão e fiscalização do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Nesse esforço concentrado, os deputados votarão os destaques apresentados pelos partidos propondo mudanças no texto do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/24, do Poder Executivo.

    Na última quarta-feira (13), o Plenário aprovou o texto-base do relator, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), no qual outros temas são tratados, como a regulamentação do imposto sobre doações e causa mortis (ITCMD).

    Nesse tema, uma das novidades em relação ao projeto original é a inclusão dos planos previdenciários PGBL e VGBL na incidência do imposto.

    Emenda a ser votada, do deputado Domingos Neto (PSD-CE) e apoiada pelo bloco União-PP, pretende retirar a incidência do ITCMD sobre todos os planos de previdência complementar, como VGBL e PGBL.

    O ITCMD é um imposto estadual que incide sobre doações ou transmissão (hereditária ou por testamento) de bens e direitos. Hoje ele é regulado por leis estaduais, com alíquotas e regras diferentes.

    Já a taxação de planos de previdência complementar aberta ou fechada está em discussão na Justiça. Alguns estados fizeram leis com a intenção de tributar esses tipos de planos e o assunto está pendente de análise no Supremo Tribunal Federal (STF) depois de recurso contra decisões de turmas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitindo a cobrança sobre o PGBL, considerado de caráter explicitamente previdenciário, e negando a cobrança sobre o VGBL, considerado semelhante a um seguro, que não entra como herança segundo o Código Civil.

    Benefícios na empresa
    Ainda sobre o mesmo tema do ITCMD, outro destaque do bloco União-PP pretende retirar, dentre as hipóteses de incidência do imposto a título de doação, os atos societários que resultem em benefícios desproporcionais para determinado sócio ou acionista sem justificativa “passível de comprovação” quando beneficiar pessoas vinculadas.

    Um exemplo seria a transferência de controle acionário de um acionista prestes a falecer para outro da mesma família sem contrapartida que justifique a transação.

    ITBI
    O texto aprovado traz ainda dispositivos sobre o imposto municipal cobrado na venda de imóveis (ITBI). Emenda do deputado Ricardo Salles (PL-SP), apoiada pelo PL, pretende reverter o poder dado às administrações municipais de definirem qual seria o valor venal (sobre o qual incide o imposto) segundo critérios especificados no substitutivo, em “condições normais de mercado”.
    A emenda conceitua esse valor como aquele da operação declarado pelo contribuinte. Se o Fisco municipal suspeitar de subavaliação, poderia abrir processo administrativo.

    Sobre outros pontos não foram apresentadas sugestões de mudanças, como quanto ao momento de exigência do tributo. Enquanto no texto original do projeto seria a data de celebração do contrato, a redação dada pelo relator traz um contraponto comparativo de momentos de cobrança, permitindo aos municípios aplicarem alíquota menor que a incidente quando do registro da escritura se o contribuinte antecipar o pagamento para a data da assinatura da escritura no cartório de notas. Isso valerá inclusive para os contratos de promessa de compra e venda do imóvel (na planta).

    Comitê Gestor
    Principal objetivo do PLP 108/24, a regulamentação do Comitê Gestor do IBS (CG-IBS) também é alvo de destaques apresentados pelos partidos.

    O CG-IBS reunirá representantes de todos os entes federados para coordenar a arrecadação, a fiscalização, a cobrança e a distribuição desse imposto aos entes federados, elaborar a metodologia e o cálculo da alíquota, entre outras atribuições.

    A instância máxima de decisões do CG-IBS será o Conselho Superior, a ser criado 120 dias após a sanção da lei complementar com 54 membros remunerados e respectivos suplentes (27 indicados pelos governos dos estados e Distrito Federal e outros 27 eleitos para representar os municípios e o DF).

    Uma das atribuições dada ao comitê é motivo de destaque do PL para sua exclusão: realizar avaliação, a cada cinco anos, da eficiência, eficácia e qualidade de políticas sociais, ambientais e de desenvolvimento econômico e dos regimes especiais de tributação do IBS.

    Responsabilidade conjunta
    Em relação à previsão de responsabilidade conjunta do contribuinte e de outros agentes envolvidos em infrações tributárias, emenda do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) muda a redação de um trecho.

    O deputado propõe incluir explicitamente os agentes econômicos responsáveis pelo recolhimento do IBS ou intermediários quando não contribuintes da operação tributada. A emenda retira, entretanto, que a responsabilização ocorreria mesmo se o agente tenha se beneficiado sem concorrer para a prática da infração.

    Créditos do ICMS
    O texto de Benevides Filho disciplina ainda procedimentos para o contribuinte com créditos de ICMS, imposto a ser substituído pelo IBS, poder compensá-los com o devido a título de IBS. Após a homologação do crédito pelo CG-IBS, o titular poderá inclusive transferi-lo a terceiros.

    Emenda também do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança pretende permitir a transferência entre empresas do mesmo grupo econômico.

    Grandes fortunas
    Em destaque apoiado pelo Psol, emenda do deputado Ivan Valente (Psol-SP) pretende instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), classificadas como o conjunto de bens que passe de R$ 10 milhões.

    O tributo seria anual, com alíquotas de 0,5% (de R$ 10 milhões a R$ 40 milhões), de 1% (acima de R$ 40 milhões até R$ 80 milhões) e de 1,5% (acima de R$ 80 milhões).

    Quórum
    Para ser incluída no texto, uma emenda precisa do voto favorável de 257 deputados por se tratar de projeto de lei complementar. O mesmo quórum é necessário para manter no projeto texto que determinado destaque pretende excluir.

     

    Reportagem – Eduardo Piovesan
    Edição – Ana Chalub

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Poderes acertam mudanças nas emendas parlamentares ao Orçamento

    Poderes acertam mudanças nas emendas parlamentares ao Orçamento

    Em até dez dias, Executivo e Legislativo vão regulamentar as chamadas emendas de comissão ao Orçamento da União, feitas por parlamentares, para que elas sejam destinadas a projetos de interesse nacional ou regional definidos de comum acordo entre os dois Poderes. Reunião no Supremo Tribunal Federal (STF) entre representantes dos três Poderes definiu mudanças nas emendas parlamentares ao Orçamento conforme questionamentos recentes do STF.

    Não foram acertadas mudanças na impositividade das emendas parlamentares individuais e de bancadas estaduais. A impositividade é a obrigatoriedade de execução destas emendas. Mas foi definido que deverá ser apresentada uma Proposta de Emenda à Constituição para limitar o valor das emendas parlamentares em geral, conforme explicou o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

    “O aumento das emendas parlamentares se dá com o percentual da receita corrente líquida. E isso acaba gerando realmente um risco no futuro de que, com o aumento da receita e com a contenção de despesas discricionárias, pode haver um aumento muito grande das emendas parlamentares que absorva o discricionário do País.”

    As emendas parlamentares somam R$ 49,2 bilhões no Orçamento de 2024, ou cerca de um quarto das despesas não obrigatórias. Do total, R$ 25 bilhões são emendas individuais; R$ 8,5 bilhões são de bancadas estaduais; e R$ 15,5 bilhões, de comissões permanentes da Câmara e do Senado.

    Apesar dos acordos, Pacheco fez questão de afirmar que não é possível julgar que as emendas parlamentares sejam ruins para o Orçamento. “Casos e situações de malversação de dinheiro público, de desvio de recursos, de mau emprego de recursos, isso pode se dar com orçamento próprio de município, com orçamento próprio do Estado, com orçamento próprio da União, com emendas parlamentares.”

    Para ele, essas situações devem ser coibidas, mas encaradas como “exceções”. “Precisam ser combatidas pelos órgãos de controle, pelos órgãos de persecução criminal, mas não inviabilizar a execução orçamentária partindo do pressuposto de que tudo está errado.”

    Pelo acordo, além das emendas de comissão, também as emendas de bancadas estaduais terão que ser aprovadas após um acerto entre Executivo e Legislativo sobre quais projetos estruturantes estaduais são importantes.

    “É vedada a simples divisão do dinheiro entre os integrantes da bancada. Portanto, é preciso que haja projetos definidos como estruturantes e também, em relação a eles, deve haver acordo entre Legislativo e Executivo para a definição desses projetos”, explicou o presidente do STF, Luiz Roberto Barroso.

    Emendas Pix
    Em relação às “emendas Pix”, uma modalidade de emendas individuais, Barroso disse que houve consenso sobre a necessidade de identificar para onde vai o dinheiro e ter a prestação de contas para o Tribunal de Contas da União. “É imprescindível que seja apresentado um plano de trabalho, um objeto e um cronograma. Portanto acabou a transferência livre, este foi um dos consensos a que nós chegamos.”

    Para as emendas individuais em geral, foi acertado que Executivo e Legislativo vão discutir os “impedimentos técnicos”, previstos na Constituição, que podem barrar a sua execução ao longo do ano.

    Barroso esclareceu que o relator do caso no STF, ministro Flávio Dino, vai aguardar as reuniões entre Legislativo e Executivo para reanalisar as decisões que tomou em caráter liminar. Mas afirmou que elas continuam valendo até que sejam revistas.

    O senador Rodrigo Pacheco disse que as mudanças vão alcançar todas as emendas que ainda não tiverem sido pagas e que o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 (PLN 3/24) já será adequado às novas regras. O projeto do Orçamento de 2025 deve ser entregue até o final deste mês pelo Executivo.

    Comissão Mista de Orçamento
    O Presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Julio Arcoverde (PP-PI) determinou que a Consultoria de Orçamento da Câmara elabore um texto de emenda ao projeto da LDO de 2025, proibindo parlamentares de destinarem emendas para um estado diferente do estado que representam. Para ele, apenas em casos excepcionais, como a tragédia recente no Rio Grande do  Sul, deve ser autorizado esse tipo de destinação de recursos.

     

     

    Reportagem – Sílvia Mugnatto
    Edição – Geórgia Moraes

    Fonte: Agência Câmara de Notícias