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  • STF retoma julgamento de Bolsonaro com expectativa de voto de Cármen Lúcia

    STF retoma julgamento de Bolsonaro com expectativa de voto de Cármen Lúcia

    Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quinta-feira (11) o julgamento dos acusados de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 — processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O primeiro voto do dia será da ministra Cármen Lúcia e sua posição é aguardada com expectativa por poder definir se haverá maioria para condenação dos réus ou se o placar ficará empatado.

     

    Até agora, o relator Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino votaram pela condenação integral dos réus, sustentando que todos devem ser responsabilizados pelos crimes apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Dino, no entanto, propôs penas menores para Augusto Heleno, Alexandre Ramagem e Paulo Sérgio Nogueira.

    Em sentido oposto, o ministro Luiz Fux abriu divergência ao absolver integralmente seis dos oito integrantes do núcleo considerado central para o plano de golpe pela PGR. Ele manteve a condenação apenas do tenente-coronel Mauro Cid e do ex-ministro Walter Braga Netto por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. No momento, apenas Cid e Braga Netto têm maioria formada para condenação por ao menos um crime.

    A sessão desta quinta, prevista inicialmente para a manhã, foi remarcada pelo presidente do colegiado, Cristiano Zanin, após o extenso voto de Fux, que durou quase 14 horas e terminou no fim da noite de quarta-feira (10).

    Restam agora apenas Cármen Lúcia e o próprio Zanin para concluir a análise das questões preliminares e do mérito das acusações. Se houver maioria para condenação após os votos restantes, a Primeira Turma passará à fase de dosimetria, definindo as penas dos condenados.

    Restam agora apenas Cármen Lúcia e o próprio Zanin para concluir a análise das questões preliminares e do mérito das acusações. Se houver maioria para condenação após os votos restantes, a Primeira Turma passará à fase de dosimetria, definindo as penas dos condenados.

    Quem são os réus?

    • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
    • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
    • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
    • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
    • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
    • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
    • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
    • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

    Por quais crimes os réus foram denunciados?

    Bolsonaro e outros réus respondem na Suprema Corte a cinco crimes. São eles:

    • Organização criminosa armada;
    • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
    • Golpe de Estado;
    • Dano qualificado pela violência e ameaça grave;
    • Deterioração de patrimônio tombado.

    Entre eles, Alexandre Ramagem é o único acusado de três crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Dois desses crimes foram suspensos após decisão da Câmara dos Deputados, posteriormente homologada parcialmente pelo STF.

    Cronograma do julgamento

    Restam dois para as sessões do julgamento. Veja:

    • 11 de setembro, quinta-feira, 14h às 19h;
    • e 12 de setembro, sexta-feira, 9h às 12h e 14h às 19h.
    • *Publicado por João Scavacin, da CNN
  • FBI divulga fotos de “pessoa de interesse” após morte de Charlie Kirk

    FBI divulga fotos de “pessoa de interesse” após morte de Charlie Kirk

    O FBI, a agência de investigações federal dos Estados Unidos, divulgou fotos nesta quinta-feira (11) de uma “pessoa de interesse” na investigação do assassinato do influenciador Charlie Kirk.

    O órgão pediu ajuda do público para identificar o indivíduo — que não foi chamado de suspeito — e forneceu um número para envio de denúncias.

    As fotos foram divulgadas no perfil do X do escritório de campo do FBI em Salt Lake City e compartilhadas por Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca.

    Mais cedo, o FBI informou que encontrou um rifle que teria sido usado no assassinato.

    Em coletiva de imprensa, um agente especial descreveu a arma como um “rifle de ferrolho de alta potência” que foi “recuperado em uma área arborizada para onde o atirador havia fugido”.

    Influenciador pró-Trump foi morto a tiros

    Charlie Kirk, de 31 anos, comentarista e influente aliado de Donald Trump, é considerado um dos responsáveis por ajudar a construir a base do presidente republicano entre os eleitores mais jovens.

    A morte, capturada em detalhes em imagens que rapidamente se espalharam pela internet, ocorreu por volta do meio-dia, enquanto ele respondia a perguntas em um evento, para uma plateia de 3 mil pessoas na Universidade Utah Valley na cidade de Orem.

    O ativista, cofundador e presidente do grupo estudantil conservador Turning Point USA, foi declarado morto em um hospital local horas depois. O assassinato provocou expressões imediatas de indignação e denúncias de violência política tanto de democratas quanto de republicanos.

    Cox afirmou que os eventos de Kirk nos campi universitários faziam parte de uma tradição de debate político aberto que é “fundamental para a formação de nosso país, para nossos direitos constitucionais mais básicos”.

    Quem é Charlie Kirk, influenciador pró-Trump morto em universidade
    Com apenas 31 anos, Kirk acumulava cerca de 7,5 milhões de seguidores nas redes sociais e passou a ter uma enorme influência na política dos Estados Unidos. Ele contribuiu para o aumento do apoio a Trump entre os eleitores mais jovens, um dos fatores. (Carta Capitall)
    CNN
  • Mundo vê com ‘surpresa’ instituições funcionando melhor no Brasil que nos EUA, diz diretora de instituto britânico

    Mundo vê com ‘surpresa’ instituições funcionando melhor no Brasil que nos EUA, diz diretora de instituto britânico

    O mundo tem se surpreendido com o desenrolar do processo judicial contra os réus acusados de tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022 — e com o fato de as instituições brasileiras estarem respondendo melhor à ameaça antidemocrática do que os Estados Unidos (EUA), diz Andreza Aruska de Souza Santos, diretora do Instituto Brasil da universidade King’s College London.

    “Existe uma certa surpresa de que esse país que as pessoas não conhecem tão bem tenha instituições fortes e seja quem de fato está conseguindo fazer justiça”, aponta a antropóloga política em entrevista à BBC News Brasil.

    Souza Santos destaca que, principalmente quando o assunto é a cobertura da imprensa internacional do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), há uma constante comparação entre os acontecimentos dos últimos anos no Brasil e nos Estados Unidos.

    Andreza Aruska de Souza Santos
    Reprodução/King’s College Andreza Aruska de Souza Santos é diretora do Instituto Brasil da universidade King’s College London

    As similaridades apontadas por especialistas e veículos estrangeiros se debruçam especialmente no fato de tanto Bolsonaro quanto o atual presidente americano Donald Trump terem sido acusados de agir para reverter o resultado de uma eleição, divulgar informações falsas sobre fraude e incitar seus apoiadores a invadirem prédios públicos para impedir a posse de seus adversários políticos.

    No caso americano, Trump se tornou réu em ações estaduais e federais por suas ações após sua derrota na eleição presidencial de 2020 para o democrata Joe Biden. Mas quando os casos foram abertos, o republicano já se preparava para ser candidato às eleições de 2024, e os processos não chegaram a ser concluídos antes de ele voltar à Casa Branca no início deste ano, após derrotar a democrata Kamala Harris nas urnas.

    Já Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros em 2022.

    No julgamento que deve ser encerrado ainda nesta semana, o ex-presidente brasileiro é acusado de cinco crimes relacionados a um suposto plano de golpe de Estado para impedir Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o poder após as eleições de 2022.

    Entre os crimes imputados ao ex-presidente estão liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

    Os dois últimos se referem aos ataques de 8 de janeiro de 2023 contra as sedes dos Três Poderes da República. Na ocasião, milhares de apoiadores radicais de Bolsonaro, insatisfeitos com a eleição e a posse do presidente Lula, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF — em um episódio amplamente comparado ao que aconteceu em 2021, no Capitólio em Washington.

    “É como se para entender o Brasil fosse preciso relacionar [os acontecimentos] a algo que as pessoas conhecem — nesse caso aos Estados Unidos, às ações de Donald Trump e à invasão do Capitólio”, diz Andreza de Souza Santos.

    “E aí vem a surpresa: ‘Mas como o Brasil conseguiu levar um ex-presidente à corte? (…) Por que no Brasil isso está acontecendo e nos Estados Unidos nada aconteceu?’”.

    Estereótipos e falta de conhecimento

    Segundo a diretora do Instituto Brasil da universidade King’s College London, a sensação de surpresa diante da força da democracia e das instituições brasileiras está muito ligada aos estereótipos geralmente associados à burocracia da América Latina.

    “O Brasil, e a América Latina em geral, não são conhecidos pelos seus aspectos positivos e funcionais, mas pelos seus aspectos disfuncionais, como corrupção e violência”, diz.

    “Fora do Brasil, as pessoas não tem conhecimento sobre a qualidade do serviço público brasileiro, a estabilidade financeira e profissional e o nível das pessoas envolvidas nas instituições.”

    Andreza de Souza Santos afirma ainda não enxergar uma relação direta entre o estereótipo mantido pelo mundo sobre as instituições brasileiras e o passado do país com um governo autoritário militar, de 1964 a 1985.

    “Se essa percepção fosse baseada em uma análise mais histórica, estaríamos em um lugar de mais credibilidade”, avalia. “Uma reação de surpresa não é óbvia para quem conhece a reforma constitucional de 1988 e todo o arcabouço institucional criado para proteger o Estado contra ele mesmo.”

    Para a antropóloga, muitas pessoas não entendem, por exemplo, as razões que levaram o atual julgamento ao Supremo Tribunal Federal e os fundamentos da imunidade parlamentar.

    O STF é a última instância do Poder Judiciário brasileiro, sendo o órgão de cúpula responsável por ser o guardião da Constituição Federal e dar a palavra final em questões constitucionais. Ainda cabe à Corte os chamados julgamentos por “foro privilegiado”, reservado a altas autoridades.

    “Essa blindagem [foro privilegiado] existe justamente para garantir os direitos e liberdades [dos políticos no Brasil]”, diz Souza Santos.

    O princípio do foro privilegiado é proteger autoridades — presidentes, ministros e parlamentares, por exemplo — de abusos da Justiça que possam impedir que eles exerçam seus cargos.

    Sem o foro privilegiado, em tese, qualquer juiz em primeira instância poderia aceitar uma denúncia contra um presidente — e há mais de 18 mil juízes no Brasil.

    O atual julgamento do ex-presidente Bolsonaro pelo STF foi consolidado pela Corte após a mais recente decisão sobre foro privilegiado, de março deste ano.

    O Supremo decidiu que “a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício, com aplicação imediata da nova interpretação aos processos em curso”.

    Foram a favor desse entendimento os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Nunes Marques e Dias Toffoli. Já André Mendonça, Luiz Fux, Edson Fachin e Cármen Lúcia foram contra.

    No julgamento desta quarta-feira (10/9), Fux defendeu a anulação do processo por incompetência do Supremo. De acordo com ele, a decisão de março é posterior e, como os réus não têm mais foro privilegiado, não deveriam ser julgados pelo STF.

    ‘Entre vencedores e perdedores, perdemos todos’

    Por outro lado, afirma a especialista, o fato de o Brasil estar nas notícias mais uma vez por conta do julgamento de um ex-presidente não é positivo para a reputação da democracia nacional.

    “O atual presidente da República [Lula] estava na cadeia até recentemente e o ex-presidente Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar e sendo julgado”, diz Andreza de Souza Santos.

    “Ao mesmo tempo em que estamos passando uma mensagem forte sobre a qualidade do Judiciário e das instituições brasileiras, o julgamento de mais um ex-presidente transmite uma mensagem negativa sobre nossa democracia e continuidade política”.

    Para a antropóloga, o processo de continuidade política, competição eleitoral e “passagem do bastão” sem perturbações também é importante para a democracia.

    “Entre vencedores e perdedores, perdemos todos como nação por conta dessa descontinuidade”, afirma. “É muito positivo que as instituições tenham funcionado, mas ainda somos um país de ciclos eleitorais com desestrutura, com prisão, com muita intervenção do judiciário.”

    ‘Tática perigosa’

    A diretora do Instituto Brasil da universidade King’s College London também avaliou a força do bolsonarismo após as manifestações do último domingo (7/9) em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e de uma anistia.

    Para Souza Santos, apesar de uma ala mais fiel seguir apoiando Bolsonaro, seu julgamento e prisão preventiva ampliaram a rejeição de alguns eleitores.

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), discursou em ato na Avenida Paulista em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro
    AFP- O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), discursou em ato na Avenida Paulista em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro

    “As manifestações mostram que ainda existe um bloco fiel ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas sabemos que ainda não é um grupo majoritário capaz de eleger o próximo presidente da República”, afirma.

    A antropóloga afirma ainda que a associação muito próxima de outros políticos a Bolsonaro pode eventualmente ser prejudicial em uma campanha para as eleições do próximo ano. Souza Santos menciona especialmente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Tarcísio participou de um protesto na Avenida Paulista no último domingo e defendeu a anistia para o ex-presidente. Ele também subiu o tom contra o Supremo Tribunal Federal, criticando o que chamou de “tirania” do ministro Alexandre de Moraes.

    O governador de São Paulo ainda defendeu que Bolsonaro possa disputar as eleições no próximo ano — publicamente, Tarcísio tem reiterado que Bolsonaro deve ser o candidato em 2026, embora nos bastidores ele articule sua própria candidatura.

    “É uma tática perigosa, porque ele vai herdar uma porcentagem interessante do eleitorado de Bolsonaro, mas também vai perder uma porcentagem por estar se aliando a um político que tem uma alta rejeição”, diz Andreza Souza Santos.

    “A rejeição ao Lula elegeu o Bolsonaro, mas a rejeição ao Bolsonaro também elegeu o Lula. É um lugar perigoso para se estar.”

    BBC

  • Fux diz que STF tem ‘incompetência absoluta’ para julgar trama golpista

    Fux diz que STF tem ‘incompetência absoluta’ para julgar trama golpista

    Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) continuam a analisar nesta quarta-feira, 10, a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por trama ou tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino votaram pela condenação de todos. Segue o processo nessa quarta com votação do Ministro Fux.

    Primeira Turma da Corte continua a analisar a ação penal que pode condenar ou absolver oito réus do núcleo crucial de tentativa de golpe de Estado; Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram para condenar Jair Bolsonaro e aliadosNeste quarto dia de análise do caso, o único ministro a votar deverá ser Luiz Fux. Ao longo da semana, ainda vão se manifestar Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Turma.

    Ao todo, estavam reservadas oito sessões, mas na tarde da última sexta-feira, 5, Moraes pediu sessões extras a Zanin, que atendeu à solicitação. Nesta quinta-feira, 11, também haverá sessões pela manhã e pela tarde. O resultado do julgamento deve ser proclamado na sexta-feira, dia 12.

    Bolsonaro e os outros réus são acusados por organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. A Procuradoria-Geral da República (PGR)pediu a condenação do ex-presidente por todos os crimes listados que, somados, podem ultrapassar 40 anos de prisão. A dosimetria da pena ainda será definida pelos ministros, em caso de condenação.
    a analisar a ação penal que pode condenar ou absolver oito réus do núcleo crucial de tentativa de golpe de Estado; Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram para condenar Jair Bolsonaro e aliados.

    Epochs / Estadão

  • Moraes diz em julgamento da trama golpista que ‘organização criminosa sob a liderança de Bolsonaro’ executou atos contra a democracia

    Moraes diz em julgamento da trama golpista que ‘organização criminosa sob a liderança de Bolsonaro’ executou atos contra a democracia

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou durante o julgamento da trama golpista que uma organização criminosa liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) praticou “atos executórios”, entre 2021 e 2023, destinados a atentar contra a democracia. Moraes destacou que houve uma preparação “violentíssima” para uma tentativa de perpetuação no poder a “qualquer custo”.

    Bolsonaro e sete aliados são réus por tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral em 2022. Há sessões de julgamento marcadas também para quarta-feira, quinta e sexta.

    — Nós estamos esquecendo aos poucos que o Brasil quase volta a um ditadura pura, que durou 20 anos, porque uma organização criminosa, constituída por grupo político, não sabe perder eleições. Porque uma organização criminosa, constituída por grupo político liderado por Jair Bolsonaro, não sabe que é princípio democrático e republicano a alternância de poder. Há excesso de provas nos autos — afirmou Moraes.

    Segundo o magistrado, houve uma “divisão de tarefas” para que a ruptura constitucional fosse consumada:

    — O conjunto é de uma organização criminosa, sob a liderança de Jair Messias Bolsonaro, que durante o período de julho de 2021 e até 8 de janeiro de 2023, com divisão de tarefas e de forma permanente e hierarquizada, o que caracteriza o crime de organização criminosa, praticou vários atos executórios destinados a, primeiro, atentar contra o Estado Democrático de Direito — disse Moraes.

    Antes, Moraes declarou que o STF já reconheceu, em centenas de julgamentos, que houve uma tentativa de golpe durante os atos golpista do 8 de janeiro, e que agora que a Corte irá definir se os réus da ação penal da trama golpista, como Bolsonaro, participaram desse movimento.

    — Esse julgamento não discute se houve ou não tentativa de golpe, esse golpe, se houve ou não tentativa de abolição, do Estado, de direito. O que discute é a autoria, se os réus participaram. Porque não há nenhuma dúvida, nessas todas condenações e mais de 500 acordos de não persecução penal, de que houve tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, de que houve tentativa de golpe.

    Ao longo do voto, o ministro apontou que os fatos levantados pela Polícia Federal ao longo das investigações mostram que a tentativa de golpe não se limitou a simples conversas, como alegaram as defesas, mas que configuram atos executórios das condutas criminosas. Ele citou que havia um mesmo modus operandi do grupo, com ataques às urnas eletrônicas e descredibilização das instituições, como forma de se criar um discurso para a tentativa de golpe. Ele citou correlação de uma “live” realizada por Bolsonaro em julho de 2021, com anotações em uma agenda do general Heleno e documentos apreendidos em computadores de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

    — (Na live) Já se mostrava a unidade de desígnios para ao mesmo tempo descredibilizar a Justiça Eleitoral e o Poder Judiciário como um todo e, do outro, o apoio das Forças Armadas (com a presença de Heleno) — afirmou Moraes. — (A intenção) era mostrar à parcela da sociedade que poderia afastar o Judiciário, porque esse grupo criminoso tinha apoio das Forças Armadas — disse Moraes.

    O ministro, em outro momento, leu o trecho de uma declaração usada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como uma das provas. Bolsonaro disse na ocasião que só sairia da Presidência “preso morto ou vitorioso” e que “nunca seria preso”. Segundo o Moraes, esse trecho da entrevista do Bolsonaro é uma prova de que ele jamais aceitaria uma derrota nas urnas.

    — O líder desse grupo criminoso aqui deixa claro de viva voz, de forma pública, para toda a sociedade, que jamais aceitaria uma derrota nas urnas — pontuou o relator.

    Atos executórios “violentíssimos”

    O magistrado relatou que a organização criminosa em questão praticou uma série de atos executórios para “extinguir a indepedência do Poder Judiciário diante de graves ameaças para manter seu grupo no poder”. Moraes afirmou que após o segundo turno das eleições houve “tantos” atos executórios que muitas pessoas acabam esquecendo de todos.

    — (Tivemos) O aumento desses atos executórios. Foram tantos, e tão absurdos, que vários nós acabamos esquecendo. Nós tivemos atos executórios violentíssimos, das infrações penais imputadas pela Procuradoria-Geral da República, após o segundo turno

    Entre eles, o ministro citou o monitoramento dele próprio e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tentativa do PL de anular parte dos votos do segundo turno.

    — Tivemos ações de monitoramento de autoridades, de ministros do Supremo, inclusive desse relator, ação de monitoramento do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Tivemos uma absurda representação eleitoral para verificação extraordinária em que se pedia, pasmem, se pedia para anular somente os votos de 48% das urnas eletrônicas no segundo turno.

    Segundo o ministro, a transmissão ao vivo com ataques às urnas foi um desses eventos “preparatórios”, assim como os atos de 7 de setembro de 2021. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que não cumpriria mais ordens judiciais emitidas por Moraes.

    Moraes citou ainda a reunião realizada em julho de 2022, que, para ele, “não foi uma reunião ministerial, foi uma reunião golpista”. Na ocasião, Bolsonaro e ministros fizeram falas contra o sistema eleitoral.

    — Não foi uma reunião ministerial. Foi na forma, não no conteúdo. Foi uma reunião golpista, onde se pretendia arregimentar mais ministros, mais servidores e, principalmente os comandantes das Forças, parano projeto dessa organização criminosa.

    Reunião transmitida

    Outra reunião citada um encontro com embaixadores, em julho de 2022, em que houve ataques às urnas, com transmissão pela TV Brasil. O ministro disse que o encontro poderia ser chamado de “um dos momentos de maior entreguismo nacional”.

    Logo depois, no entanto, afirmou que foi uma “preparação” para acontecimentos recentes, fazendo referência à pressão por sanções dos Estados Unidos ao Brasil.

    — Os últimos acontecimentos demonstram que essa reunião foi só preparatória para um tentativa de retorno à posição de colônia, só que não mais de Portugal.

    O ministro acrescentou que a estrutura das Forças Armadas também foi usada com o intuito de fazer um relatório para tirar a credibilidade das urnas eletrônicas, ajudando a criar um clima na sociedade favorável à ofensiva golpista.

    — Uma das mais esdrúxulas e vergonhosas notas feitas pelo ministro da Defesa, tentando disfarçar a própria conclusão das Forças Armadas, para manter a chama do discurso das fraudes às eleições — reiterou o ministro. — Seria só vergonhosa se não fosse criminosa. Em unidade de desígnios com toda a organização criminosa para manter o discurso fraude às eleições e que o presidente e o vice eleitos não tomariam posse. Fica claro o alinhamento entre Jair Bolsonaro e Paulo Sérgio de Oliveira,

  • Órgão Especial suspende lei estadual que prorroga prazo para fechamento de lixões em Goiás

    Órgão Especial suspende lei estadual que prorroga prazo para fechamento de lixões em Goiás

    Acolhendo pedido feito em ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJGO) deferiu medida cautelar e suspendeu eficácia da Lei Estadual nº 23.407/2025. A lei havia prorrogado por 360 dias o prazo para encerramento dos lixões em Goiás.

    Conforme apontado pelo MPGO na ADI, proposta pelo procurador-geral de Justiça Cyro Terra Peres, o processo legislativo que resultou na aprovação da lei apresentou vício formal, considerando que o veto do governador foi derrubado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) por meio de votação secreta. O MP alega que o procedimento afronta o artigo 66, parágrafo 4º, da Constituição Federal, que, após a Emenda Constitucional nº 76/2013, exige votação aberta.

    A decisão do Órgão Especial seguiu o voto do relator, desembargador Jeová Sardinha de Moraes. O magistrado afirmou que “a adoção do escrutínio secreto viola o princípio republicano, da publicidade e da transparência, imprescindíveis no processo legislativo”, conforme pleiteado pelo MP.

    Além disso, o desembargador apontou indícios da existência de inconstitucionalidade, já que a lei estadual extrapolou a competência ao fixar um novo prazo uniforme para o fechamento dos lixões, em desconformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010, alterada pela Lei nº 14.026/2020), que estabeleceu prazos escalonados até agosto de 2024. O relator ressaltou que “o Estado de Goiás, ao estabelecer um prazo próprio de 360 dias, cria regulamentação diversa da norma geral federal, extrapolando os limites da competência legislativa concorrente”.

    Em seu voto, o desembargador ponderou que a proteção do meio ambiente constitui valor jurídico de dimensão fundamental e citou a doutrina de Paulo Affonso Leme Machado: “O princípio da prevenção ambiental impõe a adoção de medidas protetivas antes da ocorrência de dano, mesmo que este seja apenas potencial”.

    Na avaliação do relator, estavam presentes os requisitos da tutela de urgência (medida cautelar). Ele alertou ainda para “a iminência de grave lesão à segurança jurídica, uma vez que a norma impugnada já se encontra em vigor, produzindo efeitos imediatos, e criando obrigação normativa em potencial conflito com a política nacional de resíduos sólidos”.

    Com a decisão, a eficácia da Lei Estadual nº 23.407/2025 fica suspensa até o julgamento definitivo da ação. O relator também determinou a citação da Alego, na pessoa do presidente, deputado Bruno Peixoto, para prestar informações em 30 dias. O MPGO tem 15 dias para se manifestar.

    A medida mantém em vigor o prazo definido pela legislação federal para a erradicação dos lixões, que se encerrou em agosto de 2024. Fonte: MPGO

  • CNJ proíbe exigência de certidões negativas de débitos para registros públicos de imóveis

    CNJ proíbe exigência de certidões negativas de débitos para registros públicos de imóveis

    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reafirmou que cartórios e tribunais em todo o país não podem exigir certidões negativas de débito — como a CND (Certidão Negativa de Débitos) ou a CPEN (Certidão Positiva com Efeito de Negativa) — como condição para registrar ou averbar escrituras de compra e venda de imóveis.

    A decisão foi tomada pelo Plenário do CNJ no julgamento do Procedimento de Controle Administrativo nº 0001611-12.2023.2.00.0000, relatado pelo conselheiro Marcello Terto. O pedido, analisado na 10ª Sessão Virtual de 2025, buscava autorização para exigir essas certidões como parte do processo de registro.

    Segundo Terto, essa exigência configura uma forma indireta de cobrança de tributos, o que contraria precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio CNJ. O Supremo já decidiu que condicionar o registro é ilegal, por representar um “impedimento político” e uma cobrança indevida.

    Apesar disso, o conselheiro esclareceu que os cartórios podem solicitar certidões fiscais com o objetivo de informar a situação do vendedor no registro — desde que isso não impeça a realização do ato.

    “É importante para a segurança do negócio que o comprador conheça a situação fiscal de quem vende. Positiva ou negativa, essa informação deve estar disponível. O que não se pode é condicionar o registro à inexistência de débitos”, explicou. Nesse sentido, qualquer norma estadual ou municipal que tente impor essa exigência é considerada inválida. Fonte: CNJ

  • TJGO mantém tese sobre promoção por ato de bravura de militares que atuaram na contenção dos efeitos do Césio-137

    TJGO mantém tese sobre promoção por ato de bravura de militares que atuaram na contenção dos efeitos do Césio-137

    O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), em sessão presidida pelo desembargador Amaral Wilson de Oliveira, rejeitou, por maioria de votos, pedido formulado pelo Estado de Goiás para revisão da tese jurídica fixada no Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) de nº 5344224-67.2022.8.09.0000 (Tema 37), referente ao acidente radiotivo do Césio 137. O julgamento teve relatoria do desembargador Marcus da Costa Ferreira.

    O incidente trata da promoção por ato de bravura de militares que atuaram na contenção dos efeitos do acidente radiológico com o Césio-137, ocorrido em Goiânia em 1987. A tese fixada anteriormente pelo Tribunal permanece válida, reconhecendo que a atuação dos militares em ambiente insalubre ou de risco configura circunstância apta a ensejar a promoção por bravura.

    O pedido de revisão

    O Estado de Goiás alegou a existência de novos elementos fáticos e normativos que justificariam a revisão. Entre os argumentos apresentados, destacou-se uma nota técnica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), segundo a qual os locais onde os militares atuaram seriam áreas livres de risco radiológico, afastando a presunção de exposição direta e de insalubridade.

    O Estado sustentou que a aplicação da tese consolidada pelo TJGO estaria permitindo promoções baseadas em provas essencialmente testemunhais e no princípio da isonomia, sem comprovação inequívoca de risco efetivo à saúde dos militares. Defendeu ainda que a revisão deveria reforçar a discricionariedade do ato administrativo de promoção por bravura e limitar sua extensão a casos com demonstração técnica da excepcionalidade.

    A decisão

    Ao votar pela rejeição do pedido, o relator Marcus da Costa Ferreira ressaltou que a revisão de tese firmada em IRDR não pode servir como instrumento para alterar substancialmente seu conteúdo ou aplicá-la a situações fáticas distintas.

    Segundo o desembargador, a função do incidente é consolidar entendimentos jurídicos em controvérsias repetitivas, garantindo uniformidade, estabilidade e segurança jurídica. Nesse contexto, alterações que esvaziem a interpretação já firmada exigiriam a instauração de um novo IRDR, com tema próprio e ampla participação dos interessados.

    O relator reconheceu que a promoção por bravura possui natureza discricionária, mas observou que essa discricionariedade não é absoluta:

    “Uma vez verificado que a atuação do militar extrapolou o cumprimento ordinário do dever, é possível ao Judiciário reconhecer o direito à promoção, desde que comprovadas as circunstâncias excepcionais previstas na tese firmada”, afirmou.

    Ele concluiu que a tentativa de restringir a tese apenas a casos com prova técnica de exposição radiológica direta representaria uma inversão do raciocínio original, além de comprometer o papel sistematizador do IRDR no ordenamento jurídico.

    A tese vigente

    Com a decisão, permanece inalterada a tese fixada no tema 37 do TJGO: sempre que demonstrado que a atuação do militar na guarda do material radioativo do Césio-137, ou em atividade que representou exposição ou risco de contato em ambiente insalubre ou nocivo à saúde, há configuração de ato de coragem e audácia além dos limites normais do dever, ensejando a promoção por ato de bravura.

    Rota Jurídica

  • Sete goianos aparecem na lista de bilionários da Forbes Brasil

    Sete goianos aparecem na lista de bilionários da Forbes Brasil

    A revista Forbes Brasil divulgou, em agosto, a lista atualizada de bilionários do país e apontou a presença de sete goianos entre os 300 nomes citados. Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, seguem como os mais ricos do estado, mas perderam uma posição no ranking nacional em relação ao ano passado.

    Goianos mais ricos segundo a Forbes Brasil 2025

    • 1º entre goianos (17º no Brasil) – Joesley e Wesley Batista (R$ 25 bilhões)
    • 2º (81º no Brasil) – João Alves de Queiroz Filho (R$ 5,7 bilhões)
    • 3º (110º no Brasil) – Ítalo Nogueira Alves de Melo (R$ 3,6 bilhões)
    • 4º (160º no Brasil) – Marcelo Henrique Limirio Gonçalves (R$ 2,3 bilhões)
    • 5º (208º no Brasil) – José Costa (R$ 1,7 bilhão)
    • 6º (272º no Brasil) – Otávio Lage de Siqueira Filho (R$ 1 bilhão)

    Irmãos Batista

    Com fortuna estimada em R$ 25 bilhões, os irmãos Joesley e Wesley Batista aparecem em 17º lugar no ranking nacional, uma posição abaixo da lista de 2024. Embora tenham ampliado o patrimônio — que era de R$ 22,95 bilhões no ano passado —, caíram uma colocação devido à reorganização do ranking.
    A Forbes lembra que eles são filhos de José Batista Sobrinho, o “Zé Mineiro”, que iniciou os negócios em um açougue em Goiás. Hoje, a JBS é a maior empresa de proteína animal do mundo.

    João Alves de Queiroz Filho

    Controlador da Hypera Pharma, João Alves de Queiroz Filho manteve o segundo lugar entre os goianos, mas caiu do 69º para o 81º lugar nacional. Sua fortuna é avaliada em R$ 5,7 bilhões. A Forbes destaca que os negócios começaram com a distribuidora Sal Cometa, fundada em 1969. Atualmente, a Hypera é dona de marcas como Merthiolate, Episol e Zero-Cal.

    Ítalo Nogueira Alves de Melo

    Na terceira posição entre os goianos, com R$ 3,6 bilhões, aparece o empresário Ítalo Nogueira Alves de Melo, dono do Laboratório Teuto, sediado em Anápolis. Ele ocupa a 110ª posição nacional, mesma colocação do ano passado, mas agora divide o posto com outros seis bilionários.

    Marcelo Henrique Limirio Gonçalves

    Ex-proprietário do laboratório Neo Química, vendido em 2009 para a Hypera Pharma, Marcelo Henrique Limirio Gonçalves figura no 160º lugar nacional, com R$ 2,3 bilhões. Atualmente, lidera o grupo MCLG, que atua no agronegócio, no mercado imobiliário e em investimentos, como a compra do Hotel Nacional, no Rio de Janeiro.

    José Costa

    Com R$ 1,7 bilhão, José Costa aparece em 208º lugar na lista. Dono do grupo JC Distribuição, fundado em 1964 em Ceres, ele começou como ajudante de depósito em 1982 e, anos depois, assumiu a administração da empresa, atualmente sediada em Goiânia.

    Otávio Lage de Siqueira Filho

    No 272º lugar nacional, com R$ 1 bilhão, está Otávio Lage de Siqueira Filho. Sua família é a principal acionista da Jalles Machado, produtora de açúcar e etanol fundada em 1980, em Goianésia, na região central de Goiás.

    Expansão do ranking

    Segundo a Forbes, a lista brasileira cresceu de 240 para 300 bilionários em 2025. A valorização das ações em diversos setores da economia permitiu o retorno de 40 nomes e a entrada de outros 28 novos empresários.

    Jornal Opção

  • Caiado recebe honraria da Polícia Militar de Mato Grosso

    Caiado recebe honraria da Polícia Militar de Mato Grosso

    O governador Ronaldo Caiado (UB) recebeu, nesta última sexta-feira, 5, a comenda da Ordem Homem do Mato da Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT), em Cuiabá. Na comemoração de 190 anos da corporação, o gestor destacou a parceria das forças de segurança mato-grossense com o Estado de Goiás nas operações que visam combater os crimes na fronteira.

    A solenidade ocorreu na Arena Pantanal e contou com a presença de militares, civis e autoridades do Governo de Mato Grosso e foi marcada pela formatura de novas turmas e promoção a oficiais da corporação. No evento, Caiado destacou o desempenho das polícias militares em manter a ordem. “Se tem dois estados, no Brasil, que faccionado não manda em um palmo de terra é Mato Grosso e Goiás, porque aqui nós temos respeito ao cidadão, temos forças que têm coragem de enfrentar.”

    Segundo Caiado, mais de 60 milhões de brasileiros vivem sob o comando do crime organizado, segundo estudo da Cambridge University Press. A cerimônia foi representada pelo secretário-chefe da Casa Civil do Estado de Mato Grosso, Fábio Garcia, enquanto o governador Mauro Mendes (UB) fez um acompanhamento no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, após um acidente. “Alegria de ter sido convidado pelo meu colega que hoje governa esse Estado. Eu tenho um respeito e um carinho enorme por ele, pela gestão dele”, afirma.

    “A toda a Polícia Militar do Estado de Mato Grosso o meu reconhecimento. São 190 anos, já tem uma idade bem além da de Goiás, quero parabenizá-los por isso.”

    A atuação conjunta dos Estados foi endossada pelo secretário de Segurança Pública de MT, coronel César Augusto de Camargo Roveri. “Nós trocamos muitas experiências, temos ações em conjunto nas fronteiras dos nossos estados”, afirmou.

    A Operação Canguçu foi citada pelo secretário como destaque pela captura de criminosos no país e que, em 2023, reuniu policiais de Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Minas Gerais. A ação é considerada uma das maiores forças-tarefas.

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