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  • Moraes adverte Bolsonaro, mas não determina prisão de ex-presidente

    Moraes adverte Bolsonaro, mas não determina prisão de ex-presidente

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), advertiu, nesta quinta-feira (24), Jair Bolsonaro (PL) sobre as medidas cautelares impostas contra o ex-presidente. Em resposta à defesa do político, o magistrado não determinou a prisão de Bolsonaro, por entender que o descumprimento das cautelares se tratou de uma “irregularidade isolada”.

    Na última segunda (21), a defesa de Bolsonaro foi convocada por Moraes a esclarecer o descumprimento da proibição de usar redes sociais, direta ou indiretamente.

    “Por se tratar de irregularidade isolada, sem notícias de outros descumprimentos até o momento, bem como das alegações da defesa de Jair Messias Bolsonaro da ‘ausência de intenção de fazê-lo, tanto que vem observando rigorosamente as regras de recolhimento impostas’, deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo ao réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata”, escreveu o ministro.

    Na mesma decisão, Moraes reiterou que Bolsonaro não está proibido de conceder entrevistas a veículos de imprensa, mas de fazer o uso de redes sociais, de forma direta ou por meio de terceiros.

    “A explicitação da medida cautelar imposta no dia 17/7 pela decisão do dia 21/7, deixou claro que não será admitida a utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas, com a instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos como ‘material pré-fabricado’ para posterior postagens nas redes sociais de terceiros previamente coordenados”, afirmou.

    De acordo com o ministro do STF, a medida cautelar será considerada descumprida caso haja a replicação de conteúdo de Bolsonaro nas redes esteja relacionada à determinação judicial.

    “Será considerado burla à proibição […] à replicação de conteúdo de entrevista ou de discursos públicos ou privados reiterando as mesmas afirmações caracterizadoras das infrações penais que ensejaram a imposição das medidas cautelares, para que, posteriormente, por meio de ‘milícias digitais’, ou mesmo apoiadores políticos, ou ainda, por outros investigados, em patente coordenação, ocorra a divulgação do conteúdo ilícito previamente elaborado especialmente para ampliar a desinformação nas redes sociais”, afirmou Moraes.

    CNN

  • Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Moraes

    Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Moraes

    Tramitam no Senado 29 pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro é o alvo preferencial de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido mais recente foi protocolado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), após Moraes impor que o pai dele deveria usar tornozeleira eletrônica e respeitar uma série de outras medidas cautelares, como o recolhimento noturno.

    A maioria desses requerimentos (22 deles) foram apresentados entre 2021 e 2024, ou seja: a investida começou ainda durante o mandato do ex-presidente. Em 2025, foram mais sete petições. Entre os autores há cidadãos comuns, deputados federais e senadores. O levantamento foi feito pela rede de notícias CNN.

    Autor do mais recente pedido, Flávio Bolsonaro argumenta no texto que as medidas cautelares impostas contra o ex-presidente extrapolam “em muito os limites que regem o exercício da jurisdição penal”.

    “Trata-se de uma decisão com nítida carga político-partidária, que avança sobre o mérito da acusação sem o devido processo legal, atribui caráter criminoso a manifestações políticas e diplomáticas legítimas e impõe medidas cautelares gravíssimas em evidente contexto de perseguição ideológica”, escreveu na petição.

    A Constituição diz que cabe ao Senado processar e julgar ministros do STF por eventuais crimes de responsabilidade. O pedido de impeachment pode ser apresentado por qualquer cidadão, seja parlamentar ou não. Cabe ao presidente do Senado dar encaminhamento à denúncia. Atualmente, quem ocupa o cargo é Davi Alcolumbre (União-AP).

    Mais Goiás

  • Trecho da Avenida 24 de Outubro passa a ter sentido único a partir desta quinta

    Trecho da Avenida 24 de Outubro passa a ter sentido único a partir desta quinta

    A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), dá início, na noite desta quarta-feira (23/7), à mudança de sentido na Avenida 24 de Outubro, no trecho entre a Avenida Anhanguera e a Rua P-25, em Campinas. A via, que hoje opera em sentido duplo, passará a ter mão única neste trecho, funcionando em sistema binário com a Avenida Perimetral. Isso significa que, enquanto a 24 de Outubro terá sentido único em direção à Rua P-25, a Perimetral fará o trajeto no sentido contrário, organizando o fluxo de veículos de forma paralela e complementar.

    O novo traçado integra o projeto de requalificação de todo o corredor da Avenida 24 de Outubro. Com 3,8 km de extensão, a via está sendo transformada para proporcionar mais organização ao tráfego, criação de novas vagas de estacionamento, acessibilidade e modernização viária em uma das áreas mais tradicionais de compras da capital.

    A previsão é de que, até o fim da madrugada desta quinta-feira (24/7), o sentido entre a Avenida Anhanguera e a Rua P-25, que é uma das entradas do Estádio Antônio Accioly, já esteja totalmente alterado, com nova sinalização e agentes de trânsito orientando os condutores.

    Além da alteração de sentido, o cruzamento da Avenida 24 de Outubro com a Avenida Independência terá o semáforo reprogramado para operar com dois tempos, substituindo o modelo atual de três tempos. Também já foi construída uma alça de retorno para os motoristas que seguem pela 24 de Outubro e desejam acessar a Avenida Perimetral.

    Modernidade

    Segundo o secretário de Engenharia de Trânsito, Tarcísio Abreu, as intervenções seguem planejamento técnico detalhado. “Trata-se de um projeto estratégico, que vai trazer modernidade ao bairro, melhorar a fluidez e qualificar o ambiente urbano para comerciantes e consumidores”, afirma.

    O trecho entre a Alameda Progresso e a Avenida Tirol já passou por reorganização, com implantação de sentido binário com a Rua da Passagem, mudança para sentido único, novas vagas de estacionamento e reforço na sinalização. Ao todo, 19 cruzamentos semafóricos estão sendo reprogramados para que o corredor conte com a “onda verde”, além da retirada de rotatórias para dar mais fluidez ao tráfego.

    Confira o mapa das mudanças em trecho da Avenida 24 de Outubro.

    Fotos: Alex Malheiros

    Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) – Prefeitura de Goiânia

  • Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes

    Senado tem 29 pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é alvo de ao menos 29 pedidos de impeachment que tramitam no Senado Federal. O mais recente foi protocolado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) após decisão que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Um levantamento da CNN encontrou 28 pedidos de impeachment protocolados no sistema do Senado Federal em que Moraes é citado. O número é somado ao pedido apresentado pelo filho “01” de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (23).

    De todos os pedidos, 22 foram protocolados entre os anos de 2021 e 2024. Somente neste ano foram apresentadas sete novas petições contra Moraes. Entre os autores há deputados, senadores e cidadãos.

    O pedido protocolado por Flávio Bolsonaro alega que as medidas cautelares impostas pelo ministro do STF extrapolam “em muito os limites que regem o exercício da jurisdição penal”.

    “Trata-se de uma decisão com nítida carga político-partidária, que avança sobre o mérito da acusação sem o devido processo legal, atribui caráter criminoso a manifestações políticas e diplomáticas legítimas e impõe medidas cautelares gravíssimas em evidente contexto de perseguição ideológica”, escreveu na petição.

    Na última sexta-feira (18), Moraes autorizou operação da PF (Polícia Federal) contra Jair Bolsonaro, que resultou na aplicação de medidas cautelares contra o ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais.

    Impeachment contra ministros

    Cabe ao Senado Federal processar e julgar ministros do STF por eventuais crimes de responsabilidade.

    O pedido de impeachment pode ser apresentado por qualquer cidadão, seja parlamentar ou não.Cabe ao presidente do Senado dar encaminhamento à denúncia. Atualmente, a casa legislativa é presidida por Davi Alcolumbre (União-AP).

    CNN

  • Trump acusa Obama de traição por suposta tentativa de interferir em eleição

    Trump acusa Obama de traição por suposta tentativa de interferir em eleição

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (22) ter intenção de “ir atrás de pessoas” pelo que ele diz serem tentativas de interferência nas eleições de 2016, alegando que a Rússia estava tentando influenciar o resultado.

    “Seja certo ou errado, é hora de ir atrás das pessoas”, afirmou Trump no Salão Oval da Casa Branca, onde recebeu o presidente das Filipinas.

    Trump repetiu algumas vezes que o ex-presidente Barack Obama era culpado de crimes de, segundo o líder americano, usar o setor de Inteligência como arma.

    O republicano chamou o ex-presidente democrata de “líder” da suposta conspiração. “Eles pegaram o presidente Obama de surpresa”, alegou.

    Trump e Obama se cumprimentam na Casa Branca, em 2016 • Foto: CNN

    “Obama foi pego diretamente”, destacou posteriormente, acrescentando que suas ações equivalem a “traição”.

    “Isso é como uma prova, uma prova irrefutável de que Obama era sedicioso, que Obama liderou, estava tentando liderar um golpe, e foi com Hillary Clinton, com todas essas outras pessoas, mas Obama o liderou”, comentou.

    Trump havia sido questionado sobre o caso de Jeffrey Epstein, o financista acusado de tráfico sexual, mas passou a atacar Obama, Clinton e as investigações sobre se a Rússia interferiu na eleição presidencial americana de 2016.

    Os apoiadores do presidente exigem respostas sobre o caso e divulgação de novos documentos, após o republicano ter prometido fazê-lo durante a campanha.

    Polêmica sobre relatório das eleições de 2016

    Na semana passada, a Diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, tirou de sigilo e divulgou novos documentos do setor de Inteligência que, segundo ela, eram evidências de uma “conspiração de traição” por parte de altos funcionários do governo Obama para criar a ideia de que a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016.

    Gabbard afirmou que faria uma denúncia ao FBI, a agência federal de investigações, sobre a acusação.

    Mas as alegações do governo Trump confundem e deturpam o que a Inteligência realmente concluiu, de acordo com uma revisão de uma investigação do Senado liderada pelo Partido Republicano em 2020 e entrevistas com fontes do Congresso familiarizadas com a apuração.

    Os documentos recém-revelados não desfazem as principais conclusões do governo na avaliação de 2017, de que a Rússia lançou uma campanha de influência e hacking e buscou ajudar Trump a derrotar Hillary Clinton, segundo as fontes.

    Os democratas criticaram a fala da diretora de inteligência e a classificaram como uma tentativa de “reescrever a história”.

    Barack Obama ainda não se pronunciou sobre o assunto.

    Casa Branca faz pronunciamento à imprensa

     *com informações da Reuters

  • Trump acusa Obama de “traição” em meio a crescente pressão por Epstein

    Trump acusa Obama de “traição” em meio a crescente pressão por Epstein

    Donald Trump acusou nesta terça-feira (22) o ex-presidente democrata Barack Obama de “traição” e de tentar um “golpe de Estado”, em uma aparente tentativa de desviar a atenção da tempestade política que abala o ocupante da Casa Branca por causa do caso Jeffrey Epstein.

    O republicano acusa Obama, que governou de 2009 a 2017, e Hillary Clinton, a candidata democrata que ele derrotou nas eleições presidenciais de 2016, de espalharem informações falsas para desmoralizá-lo em relação à possível interferência russa na campanha que o levou pela primeira vez à presidência.

    Nesta terça-feira, ao receber o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., na Casa Branca, jornalistas fizeram perguntas a Trump sobre o caso Jeffrey Epstein, o rico financista encontrado morto na prisão em 2019 antes de ser julgado por crimes sexuais.

    “Não acompanho isso de perto”, respondeu Trump, acusado por alguns de seus próprios simpatizantes de não cumprir a promessa de esclarecer o caso Epstein e de tentar proteger as elites envolvidas.

    Em seguida, Trump atacou verbalmente Obama com veemência.

    “A caça às bruxas sobre a qual deveriam estar falando” é a de Obama, declarou, e lançou uma série de acusações sem fundamento.

    Afirmou que Obama tentou “roubar” as eleições de 2016. “Obama liderou um golpe de Estado”, disse.

    Trump, criticado por compartilhar um vídeo falso gerado por inteligência artificial em que Obama aparece preso usando o uniforme laranja dos detentos, também apontou o dedo para outras altas autoridades.

    Denunciou o então vice-presidente de Obama, Joe Biden, e os ex-diretores do FBI, James Comey, da inteligência nacional, James Clapper, e da CIA, John Brennan. Disse que todos faziam parte de uma conspiração.

    – “Líder da quadrilha” –

    Mas o “líder da quadrilha” era Obama, que seria “culpado” de “traição”, acrescentou.

    Um porta-voz de Obama classificou a afirmação como “indignante” e como uma tentativa “ridícula e fraca de distração”.

    A acusação de golpe de Estado contradiz múltiplas investigações oficiais, mas encontra eco na base ultradireitista de Trump.

    Na sexta-feira, a diretora de inteligência nacional, Tulsi Gabbard, pediu que altos funcionários do governo Obama sejam processados por “conspiração”.

    Os ataques de Trump a Obama fazem parte de “uma estratégia mais ampla de distração, mas também cumprem outra função: apresentar o presidente como vítima da traição democrata”, avalia Todd Belt, professor da Universidade George Washington.

    O escândalo Epstein está cobrando seu preço a Trump, e seu governo tenta resistir à crise política.

    O vice-procurador-geral anunciou nesta terça-feira que se reunirá “nos próximos dias” com Ghislaine Maxwell, ex-parceira de Epstein, condenada em 2022 a 20 anos de prisão por tráfico sexual, acusada de recrutar menores de idade para exploração sexual entre 1994 e 2004.

    “O presidente [Donald] Trump nos disse para divulgar todas as provas críveis”, afirmou o vice-procurador-geral Todd Blanche na rede social X.

    Segundo ele, a polícia federal (FBI) revisou as provas contra Epstein e não encontrou nada “que justificasse uma investigação contra terceiros não acusados”.

    Mas, se Ghislaine Maxwell “tiver informações sobre alguém que cometeu crimes contra as vítimas, o FBI e o Departamento de Justiça ouvirão o que ela tiver a dizer”, garantiu Blanche.

    O caso Jeffrey Epstein teve uma reviravolta no dia 7 de julho. Naquela data, o governo americano afirmou que não há provas da existência de uma lista secreta de clientes do amigo das celebridades e dos poderosos.

    Isso provocou uma enxurrada de mensagens furiosas nas redes sociais, vindas de contas ligadas ao movimento trumpista “Make America Great Again” (MAGA — “Faça a América Grande Novamente”).

    – “Idiotas” –

    Irritado com sua incapacidade de conter os protestos dentro do próprio campo político, Trump acusou na semana passada “alguns republicanos estúpidos e idiotas” de estarem colaborando com seus oponentes democratas.

    Ele também entrou com um processo por difamação contra o jornal The Wall Street Journal, após a publicação de um artigo que lhe atribuía uma carta lasciva supostamente enviada a Epstein por ocasião de seu aniversário.

    Trump conhecia Epstein, já que ambos faziam parte da alta sociedade nova-iorquina, mas não há provas de que estivesse envolvido em crimes relacionados ao financista.

    Fonte: swissinfo

  • Trump anuncia acordo comercial com o Japão

    Trump anuncia acordo comercial com o Japão

    Com o prazo final de 1º de agosto se aproximando, os Estados Unidos chegaram a um acordo comercial com o Japão, anunciou o presidente dos EUA, Donald Trump, nas redes sociais na terça-feira.

    “Acabei de assinar… talvez o maior acordo da história”, disse Trump na Casa Branca.

    “Trabalhamos muito e por muito tempo, e é um ótimo acordo para todos. Muito diferente dos acordos do passado, posso garantir”, disse Trump. Ao longo de sua carreira política, Trump frequentemente criticou os acordos comerciais entre os Estados Unidos e seus aliados, entre eles o Japão.

    Em uma postagem no Truth Social, Trump revelou alguns detalhes do acordo.

    O país do Leste Asiático também pagará tarifas recíprocas aos Estados Unidos a uma taxa de 15%. Trump havia ameaçado aumentar para 25% se o Japão não chegasse a um acordo antes do prazo final de 1º de agosto.

    Autoridades industriais e governamentais com conhecimento do acordo disseram que o acordo dá ao Japão uma grande vitória, reduzindo a tarifa sobre automóveis japoneses em 10%, cortando a taxa de 25% para 15%.

    Os carros japoneses incluem alguns dos fabricantes mais populares nos Estados Unidos, incluindo empresas como Toyota, Honda e Nissan.

    O Japão investirá US$ 550 bilhões nos Estados Unidos, “que receberão 90% dos lucros” desses investimentos, disse Trump.

    “Este acordo criará centenas de milhares de empregos — nunca houve nada parecido”, escreveu ele.

    “Este é um momento muito emocionante para os Estados Unidos da América, especialmente pelo fato de que continuaremos a ter sempre um ótimo relacionamento com o Japão”, disse Trump.

    O acordo comercial surge em um momento em que o Japão enfrenta um futuro político incerto.

    No domingo, o partido do primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba perdeu o controle da câmara alta do governo japonês, após perder o controle da câmara baixa em outubro.

    Os eleitores foram motivados, em parte, pelo medo do prazo comercial iminente.

    Na quarta-feira, Ishiba reconheceu o acordo comercial, dizendo que ele beneficiaria ambas as nações.

    Não está claro o que acontecerá com o governo politicamente dividido após o acordo.

    Em um jantar na terça-feira, Trump disse que as negociações com a União Europeia (UE) serão realizadas em Washington na quarta-feira.

    “A Europa chegará amanhã, no dia seguinte”, disse Trump aos convidados.

    No início deste mês, Trump enviou uma carta aos países da UE ameaçando os 27 Estados-membros com impostos de 30% sobre seus produtos a partir de 1º de agosto, caso não seja alcançado um acordo.

    Acordo comercial entre os EUA e a Indonésia

    Na terça-feira, dando continuidade ao anúncio da semana passada, Trump confirmou os detalhes do acordo comercial entre os EUA e a Indonésia.

    Segundo o acordo, a Indonésia reduzirá para zero por cento as tarifas sobre 99% das exportações dos EUA e eliminará as barreiras não tarifárias, disse o presidente em uma postagem no Truth Social na segunda-feira.

    Os produtos indonésios que entrarem nos Estados Unidos estarão sujeitos a uma tarifa recíproca de 19%, abaixo da tarifa geral de 32% anunciada anteriormente.

    A Indonésia também fornecerá aos Estados Unidos minerais preciosos essenciais e comprará produtos agrícolas, energia e aeronaves Boeing americanos.

    “Este acordo é uma grande vitória para nossas montadoras, empresas de tecnologia, trabalhadores, agricultores, pecuaristas e fabricantes”, disse Trump.

    O acordo também remove restrições à importação e acordos de licenciamento e estabelece medidas para resolver questões de propriedade intelectual de longa data. Os dois lados finalizarão ainda mais os compromissos sobre comércio digital, serviços e investimentos.

    Como parte do acordo comercial, a Indonésia implementará uma proibição às importações de mão de obra forçada e eliminará regras que restringem os sindicatos e os direitos de negociação coletiva.

    O acordo deve movimentar aproximadamente US$ 50 bilhões para os Estados Unidos, confirmou a Casa Branca.

    Os líderes da Indonésia concordaram com vários compromissos significativos, incluindo a remoção das inspeções pré-embarque, a isenção dos requisitos de conteúdo local para empresas americanas e a aceitação dos padrões federais de segurança veicular dos Estados Unidos.

    Além disso, o acordo incluirá regras de transbordo para garantir que a China não explore os benefícios do acordo.

    De acordo com a Casa Branca, as mercadorias transbordadas com altos níveis de conteúdo proveniente de nações com tarifas mais altas enfrentarão uma taxa de 40%.

    EUA finalizam acordo com as Filipinas

    Os últimos detalhes do acordo comercial entre os EUA e a Indonésia foram divulgados depois que Trump confirmou que as Filipinas são as próximas na fila para finalizar um acordo.

    Após receber o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., na Casa Branca na terça-feira, Trump anunciou no Truth Social que o país do sudeste asiático abrirá seu mercado aos produtos dos EUA com tarifas de zero por cento. Em troca, as exportações filipinas para os Estados Unidos enfrentarão uma taxa de 19%, ligeiramente inferior aos 20% propostos na carta de Trump no início deste mês.

    “Foi uma grande honra estar com o presidente. Ele é muito respeitado em seu país, como deveria ser. Ele também é um negociador muito bom e duro. Estendemos nossos mais calorosos cumprimentos ao maravilhoso povo das Filipinas!”, escreveu Trump em sua plataforma de rede social.

    Os acordos com a Indonésia e as Filipinas marcam o segundo e o terceiro acordos entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais depois que Trump enviou cartas a dezenas de países antes do prazo final de 1º de agosto.

    Próxima etapa: China

    Enquanto isso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou na terça-feira que o prazo final para o acordo comercial com a China, 12 de agosto, provavelmente será prorrogado.

    “Acho que o comércio está em um momento muito bom com a China”, disse Bessent em uma entrevista à Fox Business.

    “Portanto, acredito que realmente avançamos para um novo patamar com a China, que é muito construtivo”, continuou ele. “Seremos capazes de realizar muitas coisas, agora que o comércio se estabilizou em um bom nível”.

    Bessent também observou que o governo deseja discutir as sanções ao petróleo bruto iraniano e russo e desacelerar o “excesso de produção industrial e se concentrar na construção de uma economia de consumo”.

    O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, confirmou no X que seu país sediará a próxima rodada de negociações entre as duas maiores economias do mundo. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, em entrevista ao programa “Face the Nation” da CBS no domingo, afirmou que os Estados Unidos planejam impor uma tarifa básica de 10% sobre pequenos países da América Latina, Caribe e África.

  • PF deflagra operação contra fraude em licitação; prejuízo ao erário ultrapassa R$ 1 milhão

    PF deflagra operação contra fraude em licitação; prejuízo ao erário ultrapassa R$ 1 milhão

    A Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira, 23, a operação Portare, com o objetivo de combater fraude ou  irregularidades em contratos firmados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá (DSEI-Cuiabá). A ação ocorreu em quatro estados e no Distrito Federal, especialmente em sete cidades: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Brasília, Rio de Janeiro, Boa Vista e Campo Grande.

    Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens de 10 investigados, que juntos somam cerca de R$ 20 milhões. Dois servidores públicos também foram afastados de suas funções.

    A investigação começou após denúncias anônimas sobre inexecução contratual e indícios de superfaturamento em uma contratação emergencial para fornecimento de veículos ao DSEI-Cuiabá, realizada entre 2023 e 2024. Há suspeitas de favorecimento à empresa contratada, fraudes e conluios entre agentes públicos e empresários.

    O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1,3 milhão. A Polícia Federal também identificou o pagamento de propina a servidores do DSEI em troca de favorecimento em processos licitatórios.

    Além disso, em uma licitação homologada em 2025, com valor estimado de R$ 25 milhões para locação de veículos, surgiram novos indícios de irregularidades.

    A operação segue em andamento, e os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção, fraude à licitação e associação criminosa.

    Jornal Opção

  • Em reunião com empresários, Caiado define “frente tripla” de crédito para enfrentar tarifas de Trump

    Em reunião com empresários, Caiado define “frente tripla” de crédito para enfrentar tarifas de Trump

    Empresários de setores de Goiás que serão afetados pelas tarifas que o presidente norte-americano Donald Trump pretende impor a partir de 1º de agosto ao Brasil terão acesso a três diferentes fundos de crédito, em uma estratégia do governo estadual para mitigar os prejuízos esperados com as novas taxas. A medida foi definida em reunião realizada nesta terça-feira, 22, no Palácio das Esmeraldas, entre o governador Ronaldo Caiado e representantes de empresas e entidades da indústria e do comércio goianos.

    Foram definidos seis segmentos prioritários no estado, cujas demandas e estimativas de impactos com as tarifas começarão a ser ouvidas pelo governador a partir desta quarta-feira, 23, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Serão quatro reuniões de 2 horas amanhã e duas na manhã de quinta-feira, uma com cada segmento.

    O primeiro encontro será feito com representantes do segmento de fármaco e saúde do estado. Caiado, inclusive, destacou que haverá um diálogo com autoridades norte-americanas na tentativa de isentar esse segmento, englobando insumos de saúde, das tarifas. “É um gesto humanitário. Não é possível a inclusão da área de medicamentos, que são fundamentais para a vida das pessoas, e também de peças de aparelhos que são da indústria americana”, disse.

    Também serão ouvidos representantes das áreas de carne e pescados, mineração, setor sucroenergético, soja e cítricos e curtume. A intenção, conforme Caiado, é fazer um levantamento preciso de como cada setor será impactado pelas tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os EUA. No entanto, o governador adiantou que o Estado vai atuar em uma frente tripla de fundos de créditos, que serão disponibilizados aos segmentos mais afetados pelas taxações.

    Governador Ronaldo Caiado, após reunião com empresários | Foto: Ton Paulo/Jornal Opção

    “Como alternativas, o Estado de Goiás tem ferramentas capazes de poder atender aos setores mais penalizados. Aqueles que terão, de imediato, uma perda substantiva, podendo colocar em risco a empresa e os empregos”, comentou o chefe do Executivo estadual.

    O primeiro fundo de crédito a ser usado será Fundo de Equalização para o Empreendedor, o Fundeq, criado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, via lei complementar, com o objetivo de prover recursos para a concessão de subsídio ao pagamento de encargos aos tomadores de empréstimos na Goiás Fomento.

    Na ocasião, Caiado justificou a criação do Fundeq citando que ele possibilitaria a ampliação da concessão de financiamentos produtivos, na então crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19, que afetou o fluxo de caixa das empresas e impossibilita novos investimentos.

    Simultaneamente aos recursos do Fundeq, os empresários afetados pelo tarifaço trumpista poderão recorrer ao recém-criado Fundo de Estabilização Econômica de Goiás, o FEG, aposta do governo Caiado para blindar as contas públicas em períodos de crise e evitar a paralisação de investimentos e políticas públicas no estado.

    Baseado em estudos do Instituto Mauro Borges e da Secretaria-Geral de Governo, o FEG é vinculado à Secretaria Estadual de Economia e tem como finalidade estabilizar as receitas públicas via reserva financeira do PIB estadual.

    O último, este ainda a ser criado via decreto e apresentação na B3, bolsa de valores de São Paulo, é o Fundo de Direitos Creditórios. O fundo tem estimativa de cerca de R$314 milhões em créditos de ICMS e até R$ 314 milhões de contrapartida do mercado, totalizando quase R$ 630 milhões que serão disponibilizados em crédito, com taxa de juros de 10%.

    “De toda maneira, vamos continuar buscando o diálogo, vamos tentar continuar sempre com o objetivo de superar essas dificuldades, já que não tem o porquê dos nossos setores serem comprometidos. Sempre fomos parceiros do governo americano, sempre fomos alinhados do ponto de visto ideológico, de princípios democráticos, de economia de mercado. Esse lado do dialogo será buscado por nós”, concluiu Ronaldo Caiado.

    O governador vem tecendo críticas ao governo Lula, ao qual se refere como ineficiente e omisso, tanto comercial quanto diplomaticamente, diante da atual situação com os Estados Unidos. Para o chefe do Executivo estadual, Lula tem seguido os mesmos passos que ditadores ao cavar um conflito com os EUA e que ignorado os apelos da população, focando apenas em sua futura tentativa de reeleição.

    Boa aceitação

    As medidas apresentadas na reunião de hoje, que incluem a “frente tripla” de crédito, parece ter agradado ao setor empresarial. Presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira se referiu aos EUA como um “importante elo de comércio no Brasil há anos”, e que Caiado acerta ao assumir uma postura propositiva.

    “O governador tem uma excelente posição de tentar achar, inicialmente, essa questão de solução do problema, com medidas emergenciais. As empresas estão aí, então imagina você ter um produto e não tem pra quem vender”, afirmou Paulo Afonso, na saída do encontro, acrescentando que “Goiás está dando o exemplo” ao propor alternativas para driblar os efeitos das tarifas de Trump.

    Já José Garrote, líder da São Salvador Alimentos, que também esteve na reunião, afirmou que a expectativa com as medidas apresentadas pelo governador de Goiás é “extremamente positiva” e que o estado “sai na frente”. “isso ajuda a dar fôlego aos empresários. Foi uma iniciativa ímpar, bem aceita. Todos ficaram muitos agradecidos e até mesmo surpresos pelo governo ter tomado essa decisão. Agora é conversar com cada um dos setores”, arrematou o empresário.

    https://www.facebook.com/stories/168995861248927/UzpfSVNDOjEyOTU3ODU4MTg3Nzg4NjQ=/?view_single=1

    Jornal Opção

  • Alckmin e Mauro Vieira discutiram hoje tarifaço de Trump

    Alckmin e Mauro Vieira discutiram hoje tarifaço de Trump

    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniram, na manhã desta quarta-feira (23), para discutir a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    Segundo apurou a CNN, o encontro serviu para tratar sobre os próximos passos da negociação com o governo norte-americano. As taxas passam a valer a partir do dia 1º de agosto.

    Alckmin e Vieira têm tentado driblar a resistência da gestão dos EUA. Nos últimos dias, o governo brasileiro tem se reunido com empresários, senadores e diplomatas para debater o tarifaço.

    Hoje, as negociações caminham para pedir aos EUA o adiamento da tarifa, uma vez que a avaliação é que uma desistência por parte de Trump parece cada vez mais remota.

    CNN