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  • Após operação, Alcolumbre coloca devedor contumaz para votação no Senado

    Após operação, Alcolumbre coloca devedor contumaz para votação no Senado

    O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pautou para terça-feira (2) a votação em plenário do projeto de lei que tipifica devedores contumazes de impostos, punindo quem descumpre reiteradamente obrigações tributárias.

    A decisão de Alcolumbre vem na esteira da Operação Carbono Oculto, que revelou um esquema bilionário do crime organizado no mercado de combustíveis, envolvendo postos de gasolina e fintechs.

    Na última tentativa de aprovar o projeto, no fim do ano passado, houve desarticulação e defensores do texto reclamaram da falta de empenho do governo.

    Após a megaoperação da quinta-feira (28), que apontou envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital), o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda se mobilizaram para a votação do PL do Devedor Contumaz.

    “A megaoperação contra as redes de combustíveis e fintechs do crime organizado coloca na ordem do dia o projeto de lei contra devedor contumaz, para identificar e punir empresas criadas deliberadamente para sonegar a Receita e servir à ocultação e lavagem de dinheiro”, disse a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em publicação nas redes sociais.

    “O objetivo é combater o crime e seus esquemas financeiros. O projeto está no Senado, vamos pedir a nossa liderança que solicite a urgência para votação!”, acrescentou Gleisi.

    O projeto prevê a criação de critérios objetivos para diferenciar o devedor contumaz do inadimplente comum. A ideia é impedir que empresas que enfrentam dificuldades pontuais sejam confundidas com aquelas que estruturam sua atividade de forma permanente para nunca pagar impostos.

    O foco está em companhias reincidentes, muitas vezes em nome de laranjas ou sem patrimônio real, que acumulam dívidas bilionárias e distorcem a concorrência.

    O texto atual tem “maioria ampla e sólida” para aprovação, disse à CNN o relator do projeto, Efraim Filho (PB), líder do União Brasil no Senado.

    Estimativas da Receita Federal apontam que cerca de 1.200 CNPJs concentram R$ 200 bilhões em dívidas nessa situação.

    A intenção, segundo Efraim e técnicos do Ministério da Fazenda, não é recuperar valores já perdidos, mas quebrar o ciclo de sonegação que alimenta o crime organizado e esvazia a arrecadação formal.

    A versão final do texto de Efraim aproveitou sugestões da Fazenda, ampliando o alcance das penalidades e reforçando instrumentos de controle, como a possibilidade de restringir benefícios fiscais e barrar a reabertura de empresas de fachada.

    CNN

  • Saiba o potencial de ataque dos navios dos EUA próximos à Venezuela

    Saiba o potencial de ataque dos navios dos EUA próximos à Venezuela

    Em uma demonstração incomum de poder naval, os Estados Unidos (EUA) mobilizaram navios de guerra e efetivo militar nas águas da América Latina e do Caribe para supostamente combater os cartéis de drogas, segundo oficiais da Defesa disseram à CNN.

    Ainda não está claro o alcance, nem a escala do desdobramento ordenado pelo presidente Donald Trump, mas o que se pôde confirmar no momento não tem paralelo nos últimos anos, tanto no que diz respeito aos desdobramentos operacionais como aos exercícios.

    A Marinha dos Estados Unidos confirmou o reposicionamento do Iwo Jima Amphibious Ready Group (ARG) e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais no âmbito do Comando Sul.

    Isso envolve a implantação dos navios de desembarque anfíbio USS Iwo Jima, USS Fort Lauderdale e USS San Antonio, além de cerca de 4 mil fuzileiros navais.

    Um oficial da Defesa também confirmou à CNN que pelo menos dois contratorpedeiros da classe Arleigh Burke, o USS Gravely e o USS Jason Dunham, estavam ao norte do mar do Caribe.

    O USS Gravely já havia sido mobilizado em março na fronteira sul dos Estados Unidos, junto com o USS Spruance, em operações para mitigar o comércio de drogas ilícitas.

    Estes seis navios de guerra americanos confirmados no momento em águas da América Latina e do Caribe representam uma contundente demonstração de força e especialmente de capacidades de desembarque, num momento de crescente tensão com a Venezuela.

    “O presidente Trump tem sido muito claro e consistente. Ele está disposto a usar todos os recursos de seu poder para impedir a entrada de drogas em nosso país e levar os responsáveis à justiça”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. Ela também reiterou a posição do governo dos EUA de que Maduro “não é um presidente legítimo”.

    Em reação, Maduro disse que “nenhum império vai tocar o solo sagrado da Venezuela”.

    Navios mobilizados para perto da Venezuela

    Os três destróieres na região pertencem à classe Arleigh Burke, lançada em 1991, por isso compartilham o design, dimensões, deslocamento e capacidades semelhantes.

    São navios armados com mísseis guiados, entre eles os Tomahawk, para atacar alvos em terra, e dotados do sistema de defesa Aegis, de última tecnologia na Marinha dos Estados Unidos, segundo informações oficiais da Marinha.

    Cada destróier leva uma tripulação padrão de 329 marinheiros, com um deslocamento entre 8.200 e 9.700 toneladas e uma velocidade máxima de 30 nós (cerca de 55 quilômetros por hora).

    Os destróieres são navios polivalentes e constituem a pedra angular de uma marinha moderna, cumprindo funções de combate naval, escolta de navios maiores como porta-aviões, bombardeio terrestre e defesa aérea, entre outras.

    Já o USS Iwo Jima, um navio de assalto anfíbio da classe Wasp, é o maior navio confirmado no momento na implantação dos Estados Unidos: tem um deslocamento de 41.000 toneladas, que se assemelha ao tamanho de um porta-aviões médio.

    Esses navios têm como missão, de acordo com informações oficiais, carregar, transportar e desembarcar tropas junto com sua equipe, ao mesmo tempo fornecendo apoio.

    Assim, pode levar cerca de 1.000 soldados, além de sua tripulação de 1.200, e operar cerca de 30 aeronaves, incluindo helicópteros e aviões de pouso e decolagem vertical, como o AV-8B Harrier II e os F-35B.

    Tanto o USS Fort Lauderdale e o USS San Antonio são navios de transporte anfíbio da classe San Antonio, cada um com um deslocamento de 25.300 toneladas.

    Como o Iwo Jima, estes navios também são projetados para transportar e desembarcar tropas como parte de uma força expedicionária, embora suas capacidades aéreas sejam mais limitadas.

    CNN

  • Morre, aos 88 anos, o escritor Luis Fernando Verissimo

    Morre, aos 88 anos, o escritor Luis Fernando Verissimo

    O escritor Luis Fernando Verissimo morreu, aos 88 anos, neste sábado (30), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

    Em nota, o Hospital Moinhos de Vento, onde o autor estava internado, informou que a causa da morte foram complicações decorrentes de uma pneumonia.

    Ele havia sido internado desde o dia 11 de agosto, com um quadro grave da doença. Durante o período, Verissimo ficou na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em estado de saúde considerado grave.

    Verissimo era casado com Lúcia Helena Massa desde 1964. Juntos, eles tiveram três filhos: Pedro, Fernanda e Mariana.

    Quem é Luís Fernando Verissimo

    Luis Fernando Verissimo, nascido em 1936 em Porto Alegre, é considerado um dos escritores mais lidos e bem-sucedidos do Brasil. Filho do também escritor Érico Verissimo, ele construiu uma carreira marcada pelo humor refinado, ironia sofisticada e pela versatilidade ao transitar entre crônicas, romances, livros infantojuvenis e quadrinhos.

    Autor de best-sellers e reconhecido pela crítica e pelo público, tornou-se capa da revista Veja em duas ocasiões, consolidando sua posição como um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea.

    Além da escrita, Verissimo era conhecido por suas paixões pessoais, que vão do jazz à gastronomia, viagens e futebol.

    A mistura entre vida e obra é marcada por um estilo que une lirismo, emoção e autoironia, atributos destacados por amigos e críticos que veem em sua escrita uma forma de traduzir o cotidiano brasileiro com leveza e profundidade.

    “[Verissimo] Pratica aquilo que Manuel Bandeira chamou ‘puxa-puxa’. Ou seja, é capaz de arrancar um bom texto de qualquer miudeza”, definiu a Veja, em reportagem de capa sobre Verissimo.

    CNN

  • Moraes determina monitoramento na área externa da casa de Bolsonaro

    Moraes determina monitoramento na área externa da casa de Bolsonaro

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou neste sábado (30) que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a monitorar presencialmente a área externa da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar e é monitorado por tornozeleira eletrônica.

    Segundo o magistrado, a vigilância deverá ser realizada na “área externa à casa, contida na parte descoberta, mas cercada do terreno, que confina com outros tantos de iguais características”.

    Moraes autorizou ainda que sejam realizadas vistorias em todos os veículos que saírem da casa de Bolsonaro.

    “As vistorias deverão ser devidamente documentadas, com a indicação dos veículos, motoristas e passageiros. Os autos das vistorias deverão ser enviados à juízo diariamente”, diz a decisão.

    CNN

  • Ucrânia destrói pontes na Rússia com drones de US$ 600

    Ucrânia destrói pontes na Rússia com drones de US$ 600

    A Ucrânia disse que destruiu duas pontes dentro da Rússia usando dois drones baratos para atingir estoques de minas e munição escondidos lá pelas forças russas.

    Os militares ucranianos disseram que as duas pontes perto da fronteira com a região de Kharkiv, na Ucrânia, estavam sendo usadas pelos militares russos para reabastecer suas tropas.

    Devido à sua importância estratégica, as pontes foram minadas – para que os militares russos tivessem a opção de explodi-las em caso de um avanço ucraniano repentino.

    Não é incomum que um exército sob ataque destrua pontes, estradas e outras infraestruturas importantes em seu próprio território para impedir o avanço do inimigo. A Ucrânia fez isso nos primeiros dias da invasão em larga escala em fevereiro de 2022, destruindo pontes em estradas que levavam a Kiev. A medida atrasou o avanço russo e protegeu a capital ucraniana.

    No caso das duas pontes na Rússia, os militares ucranianos descobriram os estoques de minas e usaram isso em seu próprio benefício.

    A 58ª Brigada de Infantaria Motorizada Separada da Ucrânia, que conduziu a operação, disse à CNN que decidiu dar uma olhada mais de perto na ponte após notar atividade incomum ao redor dela.

    “Ficou claro que algo estava acontecendo lá. Não podíamos voar um drone de reconhecimento comum sob a ponte porque o sinal simplesmente desapareceria, então voamos com um drone com visão em primeira pessoa equipado com fibra óptica”, disse um representante da brigada à CNN.

    Um vídeo filmado pelo drone mostra que ele se aproxima da ponte e descobre uma grande pilha de minas antitanque e outras munições. Um pedaço de tecido que parece ter coberto o estoque é visto ao lado.

    “Vimos as minas e atacamos”, acrescentaram.

    O vídeo termina abruptamente quando o drone atinge o esconderijo. Imagens filmadas por uma segunda câmera a alguma distância mostram uma grande explosão. A CNN geolocalizou a ponte vista no vídeo na região de Belgorod, no sul da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia.

    “Depois disso, decidimos verificar a outra ponte. Descobrimos que ela também estava minada e atacamos”, disse o representante da brigada, acrescentando: “(Nós) vimos uma oportunidade e a aproveitamos.”

    A destruição das pontes — e a maneira ousada como a Ucrânia conseguiu isso — é uma rara boa notícia para Kiev.

    A Ucrânia está enfrentando uma situação difícil nas linhas de frente, enquanto as tropas russas continuam avançando lentamente enquanto o presidente russo Vladimir Putin continua adiando quaisquer negociações de cessar-fogo.

    Ao mesmo tempo, Moscou continua aterrorizando a população civil da Ucrânia com ataques aéreos quase diários contra cidades por todo o país.

    A Rússia não comentou os ataques contra as pontes.

    Drones de 600 dólares

    Os drones usados ​​no ataque custam entre 25 mil e 30 mil hryvnas ucranianas, ou entre US$ 600 e US$ 725, disse o representante da brigada à CNN. O valor equivale a cerca de R$ 3.250,00 e R$ 3930,00.

    Isso torna os dois ataques extremamente econômicos. Derrubar uma ponte à distância não é uma tarefa fácil. Em circunstâncias normais, seriam necessárias munições guiadas caras, lançadas por um sistema sofisticado, como um lançador de mísseis ou um avião.

    A Ucrânia já havia declarado ter usado o Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS), fornecido pelo Ocidente, para explodir pontes na região russa de Kursk. Trata-se de armas caras – quando a Alemanha comprou três lançadores HIMARS dos Estados Unidos para a Ucrânia no ano passado, pagou US$ 30 milhões no total . Cada míssil custa dezenas de milhares de dólares.

    Mas os ataques à ponte não foram a primeira vez que a Ucrânia usou drones pequenos e relativamente baratos com visão em primeira pessoa para obter o efeito máximo.

    Em junho, forças ucranianas destruíram ou danificaram dezenas de aeronaves russas usando pequenos drones que foram contrabandeados para as proximidades de campos de aviação militares russos em caminhões.

    CNN

  • Sem citar nome, Lula insinua que campanha de Nikolas tinha a intenção de defender o crime organizado

    Sem citar nome, Lula insinua que campanha de Nikolas tinha a intenção de defender o crime organizado

    O presidente Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira (29), em entrevista exclusiva à Itatiaia, que a campanha do deputado mineiro Nikolas Ferreira (PL), em relação às mudanças no Pix, tinha o objetivo de defender o crime organizado. Lula não citou o nome do parlamentar na conversa com repórter Edilene Lopes.

    “Tem um deputado que fez uma campanha, contra as mudanças que a Receita Federal propôs. Agora ‘tá’ provado que o que ele estava fazendo era defender o crime organizado e nós não vamos dar trégua para o crime organizado”, afirmou Lula.

    Na mesma resposta, o presidente destacou a importância da operação realizada contra a maior facção que atua no território nacional: “Fizemos a operação mais importante da história de 525 anos do Brasil. Para pegar, como disse o (Fernando) Haddad, no andar de cima. Porque, por enquanto, só ia no andar de baixo. Agora nós queremos saber, quem é que, efetivamente, faz parte do crime organizado”, disse.

    Lula ainda concluiu: “A gente vai mostrar a cara de quem faz parte do crime organizado nesse país. E o ex-presidente que tome cuidado”.

    Procurado para comentar as declarações, o deputado federal Nikolas Ferreira ainda não se manifestou.

    Visita a Minas

    Lula conversa com a Itatiaia no aeroporto da Pampulha, onde desembarcou para uma agenda em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Lá, ele irá anunciar uma série de investimentos, entre eles a inauguração do primeiro trecho do complexo de obras da Avenida Maracanã. O presidente esteve no município pela última vez em junho do ano passado para anunciar as obras de macrodrenagem e de melhoria do transporte público no local.

    Dentre os anúncios, estará a oficialização da expansão do metrô de Contagem, com duas novas estações, obras que estavam na lista de prioridades da gestão da prefeita da cidade, Marília Campos (PT), correligionária do presidente.

    Rádio Itatiaia

  • “Nem ligo”: Tarcísio ignora fala de Lula sobre dependência de Bolsonaro

    “Nem ligo”: Tarcísio ignora fala de Lula sobre dependência de Bolsonaro

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reagiu nesta sexta-feira (29) às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o classificou como alguém sem relevância política sem o apoio de Jair Bolsonaro (PL). “Nem ligo, não perco nem um minuto pensando nisso”, disse Tarcísio, minimizando o ataque.

    Mais cedo, em entrevista à Rádio Itatiaia, Lula afirmou que Tarcísio “não é nada sem Bolsonaro” e que o governador “vai fazer o que Bolsonaro quiser”. A fala reacende o embate político entre o presidente e nomes ligados ao ex-chefe do Executivo, que está inelegível até 2030.

    Lula também comentou sobre as eleições de 2026, dizendo que ainda é cedo para discutir nomes, mas reafirmou que será candidato caso esteja com saúde. “Se eu for candidato, pode ter certeza que é para ganhar”, declarou. Ele também citou que há opções dentro e fora do PT para disputar o Planalto, caso não entre na corrida.

    O presidente reconheceu a força de Bolsonaro entre os eleitores da extrema direita, mas indicou que o cenário eleitoral ainda está indefinido.

    CNN

  • PGR se manifesta contra PF dentro da casa de Bolsonaro

    PGR se manifesta contra PF dentro da casa de Bolsonaro

    A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou nesta sexta-feira (29) contra o reforço de policiamento dentro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    De acordo com o procurador Paulo Gonet, não há necessidade de aplicar “soluções mais gravosas” que a prisão domiciliar neste momento.

    O pedido da presença de agentes na casa do ex-presidente foi feito pela Polícia Federal (PF) para garantir “efetividade”.

    O que aconteceu

    Polícia Federal (PF) disse, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (26), que, para garantir a efetividade do monitoramento da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)seria necessária a permanência de agentes dentro da residência do militar.

    Antes, o ministro Alexandre de Moraes determinou que tenha um reforço no policiamento ostensivo na casa do ex-presidente. A decisão segue parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou na segunda-feira (25) a favor do reforço solicitado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

    Além do policiamento, Rodrigues também pediu a manutenção e a checagem constante da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro.

    A PF argumenta que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro envia informações online. No entanto, a internet poderia cair. Caso isso acontecesse, haveria tempo para uma fuga.

    Rádio Itatiaia

  • Em comunicado, mineradora Anglo American se manifesta sobre venda de plantas em Goiás para chineses

    Em comunicado, mineradora Anglo American se manifesta sobre venda de plantas em Goiás para chineses

    A Anglo American anunciou, em maio de 2024, uma reestruturação estratégica para concentrar suas atividades em cobre, minério de ferro premium e fertilizantes. Como parte do plano, a mineradora decidiu se desfazer dos ativos de níquel no Brasil, incluindo as unidades de Barro Alto e Codemin, em Goiás, além dos projetos Jacaré (PA) e Morro Sem Boné (MT). Veja nota completa ao fim da matéria.

    Segundo a empresa, o processo de venda foi competitivo, com propostas de diversas companhias globais. A escolha pela MMG ocorreu pelo valor maior oferecido em dinheiro, condições mais realistas de pagamento, estrutura corporativa sólida e histórico de investimentos sustentáveis em mineração.

    A MMG, listada em bolsa e avaliada em cerca de US$ 4,7 bilhões, foi considerada pela Anglo American como a compradora mais capaz de manter e expandir as operações no Brasil, garantindo benefícios para empregados, fornecedores, comunidades locais e para a economia brasileira.

    Com a transação, a Anglo American reforça sua estratégia global de concentrar investimentos em ativos considerados de classe mundial, deixando gradualmente os negócios de níquel, carvão metalúrgico e diamantes (De Beers).

    Barro Alto

    Barro Alto, município localizado no norte goiano, no Vale do São Patrício, entrou no centro de uma disputa internacional envolvendo grandes grupos da mineração. Com cerca de 11 mil habitantes e uma renda mensal estimada em R$ 10 milhões, a cidade é considerada estratégica devido à riqueza em níquel e bauxita, minerais que movimentam a economia local e atraem investidores de diversas partes do mundo.

    A polêmica ganhou força após a mineradora sul-africana Anglo American anunciar a venda de suas quatro plantas de extração de níquel no Brasil, entre elas a de Barro Alto. O negócio foi fechado com a chinesa MMG, gigante do setor que tem expandido sua presença em países da América Latina e da África. O acordo reforça o interesse da China em ampliar o controle sobre insumos estratégicos para a indústria global.

    Entretanto, a negociação não passou despercebida por concorrentes. A holandesa Corex Holding denunciou que teria oferecido mais que o dobro do valor pago pela MMG para adquirir as plantas de níquel da Anglo American. Mesmo com uma proposta considerada mais vantajosa, a empresa europeia afirma ter sido preterida, levantando suspeitas de favorecimento na operação.

    A denúncia trouxe à tona discussões sobre o crescente poder da China no mercado internacional de ferro-níquel, matéria-prima essencial para a produção de aço inoxidável e baterias. Para especialistas, o episódio evidencia como a disputa por minerais estratégicos vai além da economia local, inserindo cidades como Barro Alto em um tabuleiro geopolítico global.

    Enquanto isso, a população do município acompanha com expectativa os desdobramentos. Apesar da movimentação bilionária, comerciantes e moradores relatam que a riqueza da mineração pouco circula na cidade, refletindo um cenário de dependência econômica e desafios sociais que persistem. A definição do futuro das plantas de níquel em Barro Alto, portanto, terá impactos que vão muito além das fronteiras do município.

    Nota da mineradora

    Em maio de 2024, a Anglo American anunciou uma ampla transformação estratégica para concentrar seu foco em ativos de classe mundial nas áreas de cobre, minério de ferro premium e fertilizantes. Com isso, a empresa decidiu desinvestir seu portfólio de níquel[1] no Brasil, que inclui duas unidades de produção – Barro Alto e Codemin (localizados em Goiás) – e dois projetos a serem desenvolvidosJacaré e Morro Sem Boné (localizados no Pará e Mato Grosso, respectivamente).

    O processo de venda foi competitivo e recebemos propostas de diversas empresas globais. Após uma análise criteriosa de todas as ofertas recebidas, a decisão de vender para a MMG foi baseada na qualidade geral da proposta, incluindo o valor ofertado em dinheiro, as garantias apresentadas, o histórico operacional e a capacidade de gestão de longo prazo. A MMG é uma empresa de capital aberto, com valor de mercado de aproximadamente US$ 4,7 bilhões e reconhecida como uma operadora segura e responsável, com capacidade financeira e técnica para operar as unidades de produção e desenvolver os projetos.

    A proposta da MMG apresentou:

    • Pagamento inicial significativamente maior;
    • Do valor total da proposta, apenas uma pequena parcela era condicionada ao preço futuro da commodity, sendo a mesma sujeita a condições significativamente mais realistas e alcançáveis;
    • Valores independentes de volumes de produção futura de projetos a serem desenvolvidos;
    • Estrutura corporativa clara e estabelecida, capaz de sustentar o desempenho atual e futuro, oferecendo maior certeza de que os interesses de todas as partes serão preservados;
    • Histórico demonstrado de realizar transações com empresas listadas em bolsa;
    • Histórico demonstrado de manter operações por meio dos ciclos de commodities, com investimentos significativos após as aquisições.

    Todo o processo seguiu as melhores práticas de governança, que levaram a escolher um comprador que possa manter e investir nos ativos de forma sustentável, dando continuidade a um legado positivo construído ao longo dos mais de 40 anos, baseado no diálogo com todas as partes interessadas, e beneficiando empregados, comunidades, fornecedores, clientes, e a economia goiana e brasileira como um todo.


    Nossas operações no Brasil produzem ferroníquel, utilizado na indústria de aço inoxidável, diferente daquele utilizado para baterias. Nossa produção anual de 40.000 toneladas representa cerca de 15% da produção global de ferroníquel e menos de 1% da produção total de níquel no mundo. As reservas combinadas e os recursos minerais potenciais dos ativos operacionais e dos projetos a serem desenvolvidos representam menos de 1% das reservas e recursos minerais de níquel conhecidos globalmente.

    Jornal Opção

  • Ação civil do MPGO aponta omissão de informações por Rogério Cruz e ex-auxiliares

    Ação civil do MPGO aponta omissão de informações por Rogério Cruz e ex-auxiliares

    O Ministério Público de Goiás (MPGO) ingressou com uma ação civil de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Goiânia Rogério Cruz (SD) e dois de seus ex-auxiliares. A denúncia envolve o ex-secretário de Administração, Denes Pereira (SD), e o ex-Controlador-Geral do Município, Gustavo Cruvinel (PDT), acusados de descumprir compromissos assumidos com o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO).

    Segundo o órgão ministerial, os ex-gestores omitiram informações sobre atos de pessoal e a folha de pagamento entre 2021 e abril de 2024, o que teria comprometido a transparência e dificultado o controle externo da administração pública.

    A ação foi acolhida pela juíza Simone Monteiro, titular da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos, que determinou a citação dos investigados nesta segunda-feira, 25. A partir da notificação, os ex-gestores terão 30 dias para apresentar defesa e informar se pretendem propor acordo de não persecução cível ou outra solução consensual.

    Procurado pelo Jornal Opção, o ex-prefeito Rogério Cruz afirmou: “Não fui acionado ainda, não recebi nada sobre e só vou me posicionar mesmo sobre quando receber todas às informações sobre esse caso”.

    O processo, que tramita desde 15 de agosto, poderá resultar em sanções previstas pela legislação de improbidade administrativa, incluindo ressarcimento ao erário, pagamento de multa e até a suspensão de direitos políticos.

    De acordo com o MPGO, a irregularidade se baseia no descumprimento reiterado do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) firmado com o TCM-GO. Mesmo após sucessivas prorrogações de prazo, os relatórios técnicos do Tribunal apontaram a reincidência das falhas. Para o Ministério Público, os documentos revelam indícios de uma “ocultação intencional de informações”, prática que enfraqueceu os mecanismos de fiscalização.

    Jornal Opção procurou Denes Pereira e Gustavo Cruvinel, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno. Também buscou posicionamento do MPGO e do TCM-GO a respeito da ação, sem resposta até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.

    Jornal Opção