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  • Flávio Dino determina suspensão de emendas a universidades de 8 estados

    Flávio Dino determina suspensão de emendas a universidades de 8 estados

    Segundo o ministro, mais de 6,2 mil planos de trabalho não foram cadastrados corretamente. Estados têm até 90 dias para prestar contas

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta terça-feira (1°/4), o bloqueio dos repasses das emendas a universidades de oito estados e suas fundações de apoio. A ordem ocorre após os entes federativos não apresentarem as regras de transparência exigidas para o uso das verbas.

    Os estados são: Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Sergipe. Segundo Dino, 6.247 planos de trabalho, referentes ao período de 2020 a 2023, não foram cadastrados. Ele também determinou que unidades da Federação e municípios beneficiários das emendas Pix referentes a esses planos prestem contas em até 90 dias.

    “O não cadastramento, até o momento, de 6.247 Planos de Trabalho, totalizando quantidades de bilhões do orçamento público federal, sublinha, mais uma vez, o nível de desorganização institucional que marcou a implementação das transferências especiais (‘emendas Pix’). Como já demonstrado nestes autos, deveres básicos atinentes ao planejamento, controle, transparência, rastreabilidade e prestação de contas restaram inadimplidos, afrontando preceitos constitucionais e legais”, escreveu.

    Outros sete estados apresentaram informações insuficientes e, assim, não atendem completamente a determinação de Dino. Para esses casos, o ministro deu prazo de 15 dias para que eles regularizarem a situação das emendas.

    Em fevereiro deste ano, o magistrado aprovou um plano de trabalho apresentado pelo governo e pelo Congresso para aprimorar a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares. No mesmo mês, ele solicitou que o Tribunal de Contas da União (TCU) entregasse nova nota técnica, até sexta-feira da semana passada (28/3), com os números sobre a presença de planos de trabalho nas emendas Pix de 2020 a 2024.

    A decisão do ministro Flávio Dino trouxe uma solução para um impasse que já se arrasta desde 2024, quando, em agosto, ele bloqueou os repasses de todas as emendas parlamentares exigindo que o Congresso editasse uma lei que cumprisse as exigências de transparência do Supremo. Em novembro, o Legislativo aprovou as mudanças, sem resolver vários dos problemas apontados pelo STF, e no início de dezembro o ministro liberou os pagamentos, exigindo, contudo, mudanças no sistema.

    Correio Braziliense

  • Quase metade dos ambulantes da região da 44 adere à Feira Hippie

    Quase metade dos ambulantes da região da 44 adere à Feira Hippie

    Metade dos trabalhadores informais que estavam na Região da 44 aderiu à Feira Hippie, estima levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Gestão, Negócios e Parcerias (Segenp). Ao todo, cerca de 700 ambulantes foram identificados na região. Desse total, metade já é lojista em galerias da região da 44 e a outra metade atua em feiras. Dos aproximadamente 100 ambulantes restantes que estão apenas nas ruas, cerca de 50 optaram por se legalizar na Feira Hippie.

    Na Feira Hippie, esses trabalhadores vão pagar taxa de licença de R$ 40, além de uma taxa de ocupação calculada de acordo com a metragem da banca. Em média, esse valor fica em R$ 111 para bancas de até 8 metros quadrados. A alternativa foi uma das criadas pela Prefeitura para realocar a categoria e fazer o cumprimento do Código das Posturas do município. A outra consiste no pagamento do Aluguel Social para ambulantes que queiram se instalar em galerias da região. São 2.066 lojas disponibilizadas para o programa, cujo benefício será concedido por 18 meses e funcionará da seguinte maneira:

    • Até o 6º mês: cobrança apenas do condomínio;
    • do 7º ao 12º mês: cobrança do condomínio e 30% do aluguel;
    • do 13º ao 18º mês: cobrança do condomínio e 60% do aluguel;
    • a partir do 19º mês: cobrança integral do aluguel e do condomínio.

    Ainda pensando em auxiliar o ambulante em todas as fases de estruturação de um negócio, eles ainda também terão acesso a cursos de capacitação promovidos pelo Sebrae com apoio da Casa do Empreendedor que será aberta na Região da 44, onde contam com vários serviços da Prefeitura, com o objetivo de incentivar a formalização e a qualificação profissional dos trabalhadores.

    O prefeito Sandro Mabel destaca que o diálogo foi mantido com a categoria para que a melhor solução fosse encontrada. O objetivo é fazer com que a região da 44 fique mais organizada e que leve conforto e comodidade para os compradores. “Não estamos tirando ninguém da rua. Não vamos passar o popular ‘rapa’. Não é assim. Nós estudamos alternativas para levar uma resolução estruturada e que desse oportunidade para todos se regularizarem”, reforça. Além disso, a prefeitura tem ressaltado a importância do cumprimento à legislação, que deve ser seguida por todos.

     

    Secretaria de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia

  • Apesar do assédio de partidos, Caiado não deve deixar o UB

    Apesar do assédio de partidos, Caiado não deve deixar o UB

    O primeiro dos pré-candidatos e já com data de lançamento da pré-campanha, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) busca fortalecer seu projeto político visando a disputa pela Presidência da República em 2026.

    Um dos primeiros desafios – e talvez o principal deles – é Caiado ser um consenso dentro do próprio partido. Uma ala no União Brasil defende que a legenda, que possui três ministérios na Esplanada, siga na base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e apoie a reeleição do petista no ano que vem.

    Um dos defensores que a sigla mantenha o apoio ao atual governo, o ministro do Turismo, Celso Sabino, já declarou que vê a pré-candidatura do governador de Goiás como “um ato isolado”. “É legítimo Caiado querer pleitear esse posto, mas não vejo essa vontade pessoal dele refletida na vontade do conjunto das lideranças do partido. Vejo isso mais como um ato isolado do Caiado. A ampla maioria defende o apoio ao presidente Lula”.

    Diante das divergências internas no União Brasil, surge a questionamento: Caiado deixaria o partido para disputar a eleição por outra legenda? Até o momento, a resposta mais provável é que esse movimento seja improvável.

    Um dos motivos é a ligação histórica do chefe do Executivo estadual com as lideranças do antigo Democratas, partido o qual Caiado fez sua carreira política. Desde 1994, o governador não troca de legenda. Era filiado ao PFL, que se tornou Democratas em 2007 e que se fundiu com o PSL em 2021, fundando o União Brasil. São mais de 30 anos caminhando com a mesma cúpula.

    Além disso, os rumores de uma possível debandada do governador circulam em partidos de menor expressão, como Podemos, PRD e Avante. O PP também seria um dos interessados, e nesse caso, se trata de uma sigla de peso no cenário nacional. Porém, o Progressistas, na iminência de se federar com o próprio União Brasil de Caiado, deve sentar nas mesas de grandes negociações políticas no ano que vem, o que é natural para um partido que compõe o alto escalão do Centrão.

    Uma possível saída de Caiado do União Brasil para concorrer ao Planalto por um partido menor representaria uma derrota para o governador – além de, claro, chances reduzidas de sair vencedor da disputa. No cenário regional, dificilmente o governador perderia seu prestígio em Goiás e o partido que conquistasse o passe político do chefe do Executivo goiano aumentaria de tamanho exponencialmente, porém, Caiado já deixou claro que suas ambições são nacionais.

    Contudo, o caminho natural é que o governador brigue por sua candidatura a cadeira mais cobiçada do país até o momento mais próximo da eleição e lá, caso não encontre força política suficiente, recue por conta própria.

    Até lá, Caiado continuará com sua saga pelo Brasil, que terá início oficial na próxima sexta-feira, 4 de abril, no lançamento de sua pré-candidatura em Salvador, capital da Bahia. Por lá, receberá o título de cidadão baiano, acompanhado do vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, e do correligionário e aliado Bruno Reis, prefeito de Salvador.

    Vale ressaltar que o governador irá enfrentar o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), no próximo dia 8 de abril. Caiado e o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), foram condenados em 1ª instância a 8 anos de inelegibilidade e a cassação da chapa que elegeu Mabel, por abuso de poder político. A ação é movida pelo candidato derrotado no 2° turno das eleições para prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), da coligação Goiânia Acima de Tudo (PL/Novo). (Especial para O Hoje)

  • Vila Nova quebra jejum de 20 anos e conquista o Goianão 2025

    Vila Nova quebra jejum de 20 anos e conquista o Goianão 2025

    O torcedor do Vila Nova teve motivos de sobra para comemorar neste domingo (30). Depois de duas décadas de espera, o clube conquistou o título do Campeonato Goiano ao vencer o Anápolis por 3 a 0 no estádio Serra Dourada, em Goiânia. A vitória veio com uma virada emocionante, já que o time precisava de um triunfo por três gols de diferença para levantar a taça no tempo normal.

    No jogo de ida, o Anápolis havia vencido por 2 a 0 e entrou em campo com a vantagem. Um empate ou até mesmo uma derrota por um gol garantiria o título ao Galo. O Vila, no entanto, não se intimidou e foi para cima, contando com o apoio da torcida, que lotou as arquibancadas do Serra Dourada.

    Vila Nova x Anápolis: clima quente antes da bola rolar

    A tensão da decisão já dava sinais antes mesmo do apito inicial. Durante o aquecimento, jogadores dos dois times protagonizaram uma confusão no gramado, com empurrões e até trocas de tapas. Sem o VAR ativado antes do jogo, nenhum atleta foi punido.

    Quando a bola rolou, o nervosismo continuou em campo. O Anápolis teve um desfalque de última hora: o artilheiro Igor Cássio sentiu um incômodo e foi vetado, sendo substituído por João Celeri. O primeiro tempo foi truncado, com poucas chances de gol e muitas provocações. Em menos de dez minutos, três cartões amarelos foram distribuídos.

    O Vila Nova encontrou dificuldades para furar a marcação adversária e viu o Anápolis criar a melhor oportunidade da etapa inicial. Aos 38 minutos, Caxambu cruzou da esquerda, Ariel dominou e finalizou cruzado, levando perigo ao gol defendido por Halls. O Colorado respondeu nos acréscimos, em jogadas de bola parada, mas parou na defesa adversária.

    Reação e gol do título nos acréscimos

    Na volta do intervalo, o Vila Nova adotou uma postura mais agressiva e partiu para o ataque. O primeiro gol saiu aos 16 minutos: Jean Mota cruzou na área, Gabriel Poveda ajeitou de cabeça e Tiago Pagnussat, de calcanhar, abriu o placar.

    A torcida se inflamou e o time ganhou confiança. Aos 28, Igor Henrique recebeu na área, cortou a marcação e bateu forte. A bola desviou na zaga antes de entrar: 2 a 0 Vila Nova. O resultado levava a decisão para os pênaltis, mas o Colorado queria mais.

    Aos 30 minutos, um novo capítulo de tensão. Diego Torres foi expulso após se desentender com Samuel Michels, que estava no banco de reservas do Anápolis. Mesmo com um jogador a menos, o Vila seguiu pressionando. O Galo teve a chance de marcar aos 39, quando Fábio finalizou de voleio e Halls fez grande defesa.

    Nos acréscimos, quando tudo indicava que a disputa iria para os pênaltis, veio o lance decisivo. Aos 50 minutos, Gabriel Poveda cruzou da direita, a bola desviou em Renan Cocão e foi direto para o fundo da rede, garantindo o título ao Vila Nova. Com o gol contra, o placar fechou em 3 a 0 e a festa colorada tomou conta do Serra Dourada.

    Vila Nova
    Vila Nova é campeão do Campeonato Goiano 2025

    O que vem pela frente

    Com o título estadual, o Vila Nova agora foca na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. A equipe estreia na competição no próximo sábado (5), contra o Coritiba, às 16h, no estádio Couto Pereira.

    O HOJE

  • Novas motocicletas intensificam fiscalização de trânsito na capital

    Novas motocicletas intensificam fiscalização de trânsito na capital

    O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás entregou nesta segunda-feira (31/03), 11 motocicletas, modelo BMW/F 800 GS, ao Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Estado de Goiás. Os veículos irão integrar a frota que faz a fiscalização na capital.

    A motocicletas foram entregues pelo presidente do Detran, Delegado Waldir, ao comandante do Batalhão de Trânsito, coronel Salum. Atualmente, a autarquia disponibiliza 24 motocicletas à Polícia Militar, totalizando investimentos anuais de R$ 824 mil.

    Segundo Delegado Waldir, a autarquia está finalizando processo licitatório para ampliar para 88 o número de motocicletas disponibilizadas à fiscalização de trânsito.

    “Nossa intenção é oferecer apoio à PM em diversos municípios do Estado”, destaca Delegado Waldir.

    A cerimônia de entrega contou com a participação do comandante do Batalhão de Trânsito, coronel Salum; do gerente de Fiscalização e Aplicação de Penalidades do Detran-GO, coronel Júnior, e do presidente do Detran-GO, Delegado Waldir.

     

  • Greve dos entregadores: veja os pedidos feitos pelos trabalhadores

    Greve dos entregadores: veja os pedidos feitos pelos trabalhadores

    Motoristas de aplicativos de entrega de alimentos e outros serviços programaram uma greve de dois dias, que acontece nesta segunda-feira (31) e na próxima terça-feira (1), em todo o território brasileiro. Centro das manifestações, a Avenida Paulista, em São Paulo, foi parcialmente interditada na manhã desta segunda.

    O “Breque dos APPs”, liderado por entregadores em São Paulo com apoio do Movimento VAT-SP e da Minha Sampa, pede pagamento mínimo de R$10 por entrega, R$2,50 por quilômetro e limites de 3 quilômetros para bicicletas, além do fim do agrupamento de entregas sem compensação.

    Durante o ato, os trabalhadores destacam a precarização do modelo atual, comparando suas condições às de outros trabalhadores, como os que enfrentam longas jornadas CLT, especialmente mulheres.

    “Escravidão moderna”

    Diversas faixas e cartazes chamam a atenção para o modelo de trabalho e forma de remuneração aplicada pelas plataformas aos entregadores. Os manifestantes usam o termo “escravidão moderna”, como forma de intitular a relação.

    A carreata que conta com centenas de motociclistas e caminhões de som, percorrem o centro de São Paulo e promete terminar na sede de uma das empresas alvo da reclamação dos trabalhadores.

    Moto frentista há 24 anos, Edgar falou à reportagem da CNN sobre os desafios da atividade. Ele explica que a manifestação aborda os trabalhadores do ramo administrativo, e-commerce e os entregadores de delivery.

    “Nossa indignação é que nós colocamos todo nosso patrimônio à disposição da empresa. (…) E desde o início até hoje, tudo aumentou, mas os valores (de repasse), não aumentaram”, afirma.

    Importância dos entregadores

    “boom” da profissão se deu a partir da pandemia, embora tenha começado bem antes. O Ifood, maior player do mercado, por exemplo, chegou ao Brasil em 2013, em moldes diferentes de conforme operado hoje em dia. Contudo, foi a partir da pandemia, em 2020, que os serviços de entregas de alimentos passou a ter uma nova demanda.

    “Na pandemia, a gente era visto como heróis. Mas esses heróis não são valorizados, então somos injustiçados”, completa Edgar, uma das lideranças do movimento grevista.

    As reivindicações, aponta um dos porta-vozes do movimento, conclui dizendo que as reivindicações são antigas e de conhecimento das plataformas que – segundo ele – não fez nada em relação às demandas.

    “Não dá para aguentar mais o que eles estão pagando, porque o que eles estão pagando ainda faz com que a gente tenha de tirar do nosso bolso”, conclui.

    CNN

  • Casa Branca confirma que Trump se reunirá com o presidente do Equador

    Casa Branca confirma que Trump se reunirá com o presidente do Equador

    A Casa Branca confirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com seu homólogo equatoriano, Daniel Noboa, que nesta sexta-feira viaja para os EUA em meio à campanha eleitoral equatoriana.

    Um alto funcionário da Casa Branca confirmou à Agência EFE que os dois mandatários se encontrarão, conforme anunciado pelo governo de Noboa, embora não tenha especificado o local exato ou a data do encontro.

    De acordo com a agenda oficial da Casa Branca, Trump viajará hoje para a Flórida com o objetivo de passar o fim de semana em sua residência em Mar-a-Lago, onde às vezes recebe líderes estrangeiros.

    De acordo com um decreto publicado nesta sexta pelo governo equatoriano, Noboa partirá nas próximas horas para atividades oficiais nos EUA.

    O mandatário equatoriano visitará as cidades de Miami e Fort Lauderdale acompanhado de sua ministra das Relações Exteriores, Gabriela Sommerfeld, e representantes do Centro de Inteligência Estratégica, entre outras autoridades.

    Noboa espera discutir com Trump, entre outros assuntos, sobre segurança, uma das maiores preocupações dos equatorianos, afetados pelos altos níveis de violência no país.

    A reunião acontecerá em meio à campanha eleitoral do Equador, onde Noboa busca a reeleição para um mandato completo (2025-2029) contra a candidata de oposição Luisa González.

    Noboa, nascido em Miami, nos EUA, foi um dos poucos presidentes latino-americanos convidados para a posse de Trump em janeiro.

    Exame

     

     

  • ANP aponta que preço do etanol cai em 18 estados e no DF; sobe em 5

    ANP aponta que preço do etanol cai em 18 estados e no DF; sobe em 5

    Os preços médios do etanol hidratado caíram em 18 Estados e no Distrito Federal, subiram em 5 e ficaram estáveis em 3 Estados na semana de 23 a 29 de março. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,92% na comparação com a semana anterior, para R$ 4,32 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média recuou 0,48% no período, para R$ 4,17 o litro. A maior alta porcentual na semana, de 1,70%, foi registrada em Rondônia, onde o litro passou a R$ 5,39. A maior queda no período, na Bahia, foi de 4,71%, para R$ 4,65 o litro.

    O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,46 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 4,04, foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,48 o litro.

    CNN

  • Em ato esvaziado na Paulista, Boulos provoca família Bolsonaro, e Lindbergh discursa contra anistia

    Em ato esvaziado na Paulista, Boulos provoca família Bolsonaro, e Lindbergh discursa contra anistia

    Em ato esvaziado na Avenida Paulista neste domingo, 30, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e aliados protestaram contra o projeto de lei que anistia os condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Durante o discurso, Boulos afirmou que a base governista vai barrar a proposta na Câmara dos Deputados e provocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu por tentativa de golpe de Estado.

    “O mundo gira e nós ainda vamos ter oportunidade de pegar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e levar a marmita da Cozinha Solidária para ele lá na Papuda”, disse Boulos, em referência ao ex-presidente.

    Também presente no ato, o líder do governo na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), classificou esta semana como decisiva para o futuro do projeto e reforçou que a base do governo está unida para “enterrar de vez” o “PL da Anistia”.

    “Estou ligando para os líderes. Esta vai ser a semana em que nós vamos enterrar esse PL da Anistia. Não vão conseguir, eu digo aqui para vocês. Só de votar estão cometendo um crime. Você sabe que prisão preventiva é para qualquer pessoa que quer atrapalhar uma investigação”, afirmou Lindbergh.

    Também discursaram na manifestação os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP), além dos deputados estaduais de São Paulo Antônio Donato (PT) e Ediane Maria (PSOL).

    A mobilização foi uma resposta à manifestação organizada por Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia no Rio de Janeiro, no dia 16 de março, que teve entre suas principais bandeiras justamente a defesa da anistia aos envolvidos no ataque às sedes dos Três Poderes.

    Manifestantes exibem a frase ‘sem anistia’ em ato da esquerda na Paulista neste domingo, 30 Foto: Werther Santana/Estadão

    O ato foi promovido por entidades ligadas ao PT e ao PSOL. Além de São Paulo, outras sete capitais do País registraram manifestações da esquerda neste domingo: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Belém (PA), São Luís (MA), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

    Na capital paulista, o protesto ocorreu na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, na intersecção da via com a Avenida Bernardino de Campos e a Rua Treze de Maio.

    Os manifestantes seguiram até a sede do antigo Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), principal órgão de repressão política na ditadura miliar.

    Os participantes seguravam cartazes com os dizeres “sem anistia” e em referência a uma eventual prisão de Jair Bolsonaro. Também exibiam bandeiras do Brasil.

    Ato da esquerda na Avenida Paulista contra o PL da Anistia Foto: Werther Santana/Estadão

    O protesto ocorreu também em memória ao golpe militar de 1964, que tomou curso entre os dias 31 de março e 2 de abril. O governo federal decidiu não emitir manifestações oficiais sobre a data.

    De acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), e a ONG More in Common, 6,6 mil pessoas estiveram presentes no ato na capital paulista. A contagem foi feita no momento de pico da manifestação, às 15h15, a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.

    No método, um drone captou imagens aéreas da multidão e o software analisou automaticamente essas imagens para identificar e marcar as cabeças das pessoas. Utilizando inteligência artificial, o sistema localizou cada indivíduo e calculou quantos pontos correspondiam a pessoas na imagem. Esse processo garantiu uma contagem precisa, mesmo em áreas densas, segundo os responsáveis pelo levantamento.

    O Monitor da USP também realizou a estimativa de público do ato convocado por Bolsonaro na orla de Copacabana no dia 16. A manifestação reuniu 18,3 mil pessoas.

    Antes do ato, na sexta-feira, 28, Boulos minimizou uma possível diferença de público entre as manifestações em Copacabana e na Praça Oswaldo Cruz. Para o deputado federal, importa mais que a esquerda marque presença em atos de rua. “A questão não é o tamanho do público. Nós não podemos deixar as ruas para o bolsonarismo e ficar na defensiva nesta pauta da anistia”, disse o ex-candidato a prefeito de São Paulo.

    Na cidade, a capacidade da esquerda em mobilizar atos de rua foi posta em xeque no ato das centrais sindicais de 1º de maio de 2024. Um evento organizado no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, contou com público reduzido, frustrando a expectativa de que o ato pudesse impulsionar a pré-candidatura de Boulos.

    Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou um pedido de voto em Boulos antecipado, pelo qual foi condenado ao pagamento de uma multa eleitoral. Após o evento, o petista admitiu o público reduzido e o atribuiu a um “ato mal convocado”.

    PL da Anistia

    Um projeto de lei de autoria do deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) pretende anistiar “todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional” desde o dia 30 de outubro de 2022. Se aprovado, o texto abre brechas para que Bolsonaro seja beneficiado, uma vez que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente esteve à frente de uma tentativa de golpe de Estado que teve os atos de vandalismo à sede dos Três Poderes como ato derradeiro.

    Como mostrou o Placar da Anistia do Estadãomais de um terço da Câmara é favorável a conceder anistia aos presos do 8 de Janeiro. Dos 513 membros da Casa, 424 deram retorno até este sábado, 29: são 192 votos a favor do projeto, 126 contrários e 106 preferiram não responder. O apoio ao projeto é reduzido quando Bolsonaro é incluído no rol de anistiados.

    Os 192 deputados federais favoráveis ao projeto podem levar o texto à votação no plenário da Casa, mas o número não é suficiente para aprovar a medida. Enquanto PL e PT são unânimes em votar a favor e contra o projeto, o Centrão é o fiel da balança e está indefinido. O PSD é o partido mais dividido entre adeptos e opositores do projeto.

    Oposição critica ato na Paulista

    Nas redes sociais, a oposição fez críticas ao ato na Paulista contra o projeto. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), em publicação no X (antigo Twitter), afirmou que “o vazio de Boulos encheu a Paulista de…vazio”.

    “Vazio total. A manifestação de Boulos comprova que o vazio de dentro pode ser visto pelo vazio de fora. Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz, diz o ditado. Nesse caso, é menos. O vazio de Boulos encheu a Paulista de…vazio”, escreveu.

    Na mesma rede social, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou uma foto e comentou sobre o número de pessoas no local. “A esquerda conseguiu fazer uma manifestação tão grande, mas tão grande, que dá pra contar quantas pessoas foram na foto kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eu contei 44 e vocês?”, ironizou.

    Estadão

  • Coreia do Sul está envelhecendo tanto que optou pela solução mais radical: substituir seus idosos por uma retórica preconceituosa com relação à idade

    Coreia do Sul está envelhecendo tanto que optou pela solução mais radical: substituir seus idosos por uma retórica preconceituosa com relação à idade

    Embora esse não seja exatamente o problema que tira o sono das nossas políticas públicas no momento, a questão do envelhecimento populacional promete nos impactar mais cedo ou mais tarde. Em países onde isso já acontece de forma mais intensa, como a Coreia do Sul, a situação dos número de idosos se tornou tão crítica que já se fala em “superenvelhecimento” da população – uma forma sutil como o tema é tratado, mas que não para por aí.

    Atualmente, 20% da população sul-coreana tem mais de 65 anos, e a taxa de natalidade caiu para 0,75 filho por mulher após oito anos consecutivos de declínio. Estimativas apontam que, até 2050, mais de 40% dos habitantes do país serão idosos. A menos, é claro, que o debate que os sul-coreanos iniciaram sobre esse conceito continue evoluindo.

    A Coreia do Sul enfrenta o problema do superenvelhecimento

    O envelhecimento da população sul-coreana apresenta três grandes desafios. O primeiro, e mais óbvio, é a sustentabilidade do país com um número crescente de idosos e uma força de trabalho insuficiente para atender às demandas do mercado. Sem jovens para substituir os trabalhadores que se aproximam da aposentadoria, a economia pode entrar em colapso.

    O segundo desafio envolve o sistema de previdência. Atualmente, a Câmara de Comércio e Indústria da Coreia estima que haja 10 milhões de idosos no país, mas esse número pode dobrar até 2050. “Excluindo os 10 milhões de menores, os 2 milhões restantes terão que sustentar os idosos”, destaca a projeção. Não é preciso ser um gênio da matemática para perceber o quão preocupante é essa situação.

    O terceiro e mais alarmante problema é a pobreza na terceira idade. A Coreia do Sul tem a maior taxa de pobreza entre idosos da OCDE. Em 2018, 43,4% das pessoas com mais de 66 anos viviam abaixo da linha da pobreza – um número expressivo quando comparado a países como França (4,1%) e Alemanha (10,2%). Até mesmo o Japão, que enfrenta um problema semelhante de baixa natalidade, apresenta uma taxa menor, de 19,6%.

    Diante desse cenário, a Coreia do Sul adotou uma solução tão surreal quanto estratégica: redefinir o conceito de “idoso”. Agora, os cidadãos não serão mais considerados idosos aos 60 anos, mas apenas aos 74. A mudança, aparentemente simples, consiste em classificar como adultos aqueles que antes eram vistos como idosos. E, por mais absurda que pareça à primeira vista, essa solução já tem impacto nos dados oficiais.

    A tecnologia como aliada na crise do envelhecimento

    Independentemente da opinião sobre essa medida, a realidade é clara: a Coreia do Sul não pode sustentar toda a sua população idosa com um número cada vez menor de jovens. Aumentar impostos ou contribuições trabalhistas para manter o sistema como está não parece viável, tanto por questões de justiça intergeracional quanto pela iminência de um colapso financeiro.

    Mas, felizmente, o avanço da tecnologia também trouxe novas soluções. O progresso na medicina, impulsionado por ferramentas como a inteligência artificial, não só promete ampliar ainda mais a expectativa de vida, mas também melhorar as condições de saúde na terceira idade.

    Além disso, países como Suécia e Holanda já implementaram modelos de aposentadoria parcial, permitindo que idosos continuem trabalhando em empregos menos exigentes e em meio período. Essa abordagem reduz os custos da previdência e mantém os mais velhos economicamente ativos por mais tempo.

    Ainda há muito a ser feito. Se a inteligência artificial já consegue resolver problemas médicos em 48 horas – algo que antes exigia anos de estudo –, talvez estejamos subestimando seu potencial para aprimorar a gestão da previdência e criar soluções mais eficazes para o envelhecimento populacional.

    Talvez esse seja um dos preços do progresso. Mas, ainda que a tecnologia nos ajude a viver mais e melhor, parece cada vez mais certo que a ideia de aposentadoria como um período de descanso prolongado será repensada. A grande questão agora é: até que ponto a tecnologia poderá ajudar a tornar esses últimos anos mais dignos – tanto na Coreia do Sul quanto no resto do mundo?

    Fonte: Minha Vida