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  • Governo Lula acusa diplomacia dos EUA de distorcer e politizar decisão judicial de Moraes

    Governo Lula acusa diplomacia dos EUA de distorcer e politizar decisão judicial de Moraes

    O governo Luiz Inácio Lula da Silva acusou o governo americano de tentar politizar decisões judiciais nesta quarta-feira, dia 26, após uma crítica pública à liberdade de expressão no Brasil, feita pelo Departamento de Estado. No post, a chancelaria americana diz que bloquear informações e multar empresas — numa referência às punições feitas pelo ministro Alexandre de Moraes contra a plataforma Rumble — é antidemocrático.

    “O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988?, afirma o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

    O governo Lula disse ainda ter recebido com surpresa a manifestação do Departamento de Estado. “A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente, inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil”, acrescenta o Itamaraty na nota.

    Ainda de acordo com a chancelaria, a liberdade de expressão é um direito fundamental consagrado no sistema jurídico brasileiro e deve ser exercida em consonância com os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal.

    Entenda o caso

    A crítica do Departamento de Estado ocorreu depois de Moraes bloquear a plataforma Rumble no País, afirmando que a rede social cometeu “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e ao Poder Judiciário brasileiros”. O ministro havia exigido que a empresa indicasse um representante no Brasil.

    A Rumble e a Trump Media, empresa ligada a Donald Trump, processaram o ministro nos Estados Unidos, acusando-o de violar a soberania americana. O pedido, no entanto, foi rejeitado pela Justiça americana. Na decisão, a juíza Mary Scriven não analisou o mérito da ação, argumentando que as decisões do ministro não se aplicam nos EUA e que não houve qualquer tentativa de impor seu cumprimento em território americano.

    Segundo o inquérito das fake news, presidido por Moraes, o Estado brasileiro e suas instituições republicanas foram alvo de uma orquestração antidemocrática baseada na desinformação em massa, divulgada em mídias sociais. O processo tramita no STF há quase seis anos. Críticos de Alexandre de Moraes dizem que ele excede suas funções como juiz e atua com parcialidade.

    ‘Dedo bolsonarista’

    Nos bastidores, a diplomacia de Lula associa a manifestação a ações recorrentes de parlamentares de direita e bolsonaristas expatriados nos Estados Unidos, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Paulo Figueiredo.

    Os passos do deputado nos EUA, alguns deles divulgados abertamente nas redes sociais, vêm sendo acompanhados por diplomatas. Nos últimos dias, Eduardo Bolsonaro fez um giro por gabinetes congressuais, inclusive de parlamentares ligados à América Latina, entre eles María Elvira Salazar. Republicana e da Flórida, ela é integrante da frente parlamentar do Brasil no país – a Brazil Caucus.

    O deputado federal, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, visitou membros do Executivo americano e conversou com autoridades do Departamento de Estado.

    O primeiro guichê que atende questões relacionadas ao Brasil é justamente o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, responsável pelas relações com as Américas. Ele é dirigido pelo embaixador Michael Kozak.

    ‘Via de mão dupla’

    Trata-se do mesmo órgão da diplomacia americana que fez a publicação em sua conta oficial no X. Na mesma plataforma, a conta do Departamento de Estado em espanhol reproduziu o texto traduzido.

    “O respeito à soberania é uma via de mão dupla com os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos norte-americanos é incompatível com os valores democráticos”, disse a diplomacia americana, também nesta quarta.

    Reservadamente, embaixadores brasileiros a par da reação veem o parlamentar “clamando por interferência de Trump” no Brasil.

    Eles defendem que a presença dele nos EUA deveria ser apurada e objeto de escrutínio, para se descobrir se ele usa verba pública e se viajou autorizado pela Câmara dos Deputados.

    Leia a íntegra da nota:

    O governo brasileiro recebe, com surpresa, a manifestação veiculada hoje pelo Departamento de Estado norte-americano a respeito de ação judicial movida por empresas privadas daquele país para eximirem-se do cumprimento de decisões da Suprema Corte brasileira.

    O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988.

    A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente, inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil. A liberdade de expressão, direito fundamental consagrado no sistema jurídico brasileiro, deve ser exercida, no Brasil, em consonância com os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal.

    O Estado brasileiro e suas instituições republicanas foram alvo de uma orquestração antidemocrática baseada na desinformação em massa, divulgada em mídias sociais. Os fatos envolvendo a tentativa de golpe contra a soberania popular, após as eleições presidenciais de 2022, são objeto de ação em curso no Poder Judiciário brasileiro.

    Estadão
  • Caiado confirma ex-prefeito Adib Elias no governo

    Caiado confirma ex-prefeito Adib Elias no governo

    Em discurso feito nesta terça-feira (25), durante visita ao município de Catalão, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) confirmou a informação de que o ex-prefeito Adib Elias (MDB) assumirá um cargo no governo do Estado depois do carnaval.

    Embora Caiado não tenha dito qual será a função a ser ocupada, especula-se há semanas que será a Secretaria de Infraestrutura. O titular da pasta hoje é Pedro Sales, que a acumula com a presidência da Agência Goiana de Infraestrutura (Goinfra). Sales deve continuar na Goinfra.

    “Vou dar uma folga para ele agora no Carnaval, mas daí pra frente vai ficar sob tutela do governador Ronaldo Caiado. Estará lá batendo ponto me ajudando a governar o Estado”, disse o governador.

    Ambos participaram juntos da assinatura de um acordo de cooperação técnica entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a prefeitura de Catalão e a Universidade Federal de Catalão (UFCat) com propósito de transformar o Hospital Regional de Catalão em Hospital Universitário.

    Mais Goiás

  • 5,3 mil placas solares com registro suspenso são apreendidas em Aparecida

    5,3 mil placas solares com registro suspenso são apreendidas em Aparecida

    Operação conjunta do Procon Goiás, Inmetro e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) resultou na apreensão de mais de 5350 placas fotovoltaicas (placas solares) em uma empresa distribuidora de Aparecida de Goiânia, nesta segunda-feira (24/02). A ação foi motivada após recebimento de denúncia.

    Os painéis apreendidos são do modelo TSUN 570W, que teve o registro suspenso pelo Inmetro, no início deste ano, por apresentar falhas em alguns testes. De acordo com o órgão, durante as avaliações, o produto apresentou potência significativamente inferior à declarada pelo fabricante.

    Durante a ação, os responsáveis pela empresa informaram que sabiam da suspensão e que não estavam comercializando o produto, mas os agentes de fiscalização constataram que os itens estavam no pátio e no estoque do estabelecimento junto com outras unidades que eram fornecidas aos clientes.

    Nesse caso, o correto seria as placas solares estarem devidamente separadas e com um informativo de que não poderiam ser vendidas.

    Por comercializar produtos impróprios para o consumo e em desacordo com as normas dos órgãos regulamentadores, além da apreensão, a empresa foi autuada e tem 20 dias para apresentar defesa.

    Quaisquer produtos de mesmo modelo e registro no Inmetro que cheguem até a empresa após essa fiscalização devem ser mantidos em local separado e também não deverão ser comercializados.

    Procon Goiás – Governo de Goiás

  • Irmãos Batista são investigados por suspeita de corrupção em sentenças judiciais

    Irmãos Batista são investigados por suspeita de corrupção em sentenças judiciais

    A JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, voltou ao centro de uma investigação da Polícia Federal (PF), agora relacionada a um suposto esquema de venda de decisões judiciais no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A companhia é suspeita de envolvimento em irregularidades em repasses de R$ 15 milhões para a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues, esposa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, preso em novembro de 2023.

    Segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os repasses milionários da JBS para Mirian foram considerados suspeitos. Entre os valores investigados, há pagamentos de R$ 11,5 milhões e R$ 4,6 milhões ao escritório da advogada em junho de 2023. Parte desse montante foi transferida para Aline Gonçalves de Sousa, esposa do desembargador do TRF1, César Jatahy. Aline recebeu R$ 938 mil de Mirian no mesmo período.

    Aline afirmou ao UOL que foi contratada por Mirian para atuar em um processo judicial e que os honorários recebidos correspondem a serviços prestados. Ela não esclareceu se a contratação envolveu casos no TRF1, onde seu marido é desembargador.

    Mirian representa clientes em pelo menos 15 processos no TRF1, mas nenhum sob a relatoria de Jatahy. A JBS e a advogada alegam que os repasses se referem a honorários advocatícios. No entanto, o relatório do Coaf apontou inconsistências, indicando que os valores movimentados superam sete vezes a capacidade financeira declarada da beneficiária.

    Mensagens de celular citadas na investigação revelam que Andreson Gonçalves mencionou o faturamento de R$ 19 milhões por atuação junto à holding controladora da JBS, a J&F. Mirian também advogou em processos da J&F no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 2020. A PF apontou 14 processos suspeitos de corrupção e vazamento de informações no STJ na operação que levou à prisão do lobista.

    A JBS afirmou, em nota, que todos os pagamentos realizados foram referentes a honorários advocatícios, com comprovação documental nos autos dos processos. O escritório de Mirian Ribeiro Rodrigues não presta mais serviços para a empresa.

    Jornal Opção

  • Após missão à Índia, empresas de tecnologia vão visitar Goiânia

    Após missão à Índia, empresas de tecnologia vão visitar Goiânia

    Após chegar da missão à Índia, em comitiva do governador Ronaldo Caiado (UB), o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), anunciou que grupos e empresas de tecnologia indianas devem visitar a capital no próximo mês. Principalmente empresas que realizam trabalhos na parte de tratamento de lixo.

    “Algumas empresas no ramo de tecnologia já devem chegar em Goiânia, e as agendas estão pré-agendadas com o prefeito Sandro Mabel (UB). Em especial, algumas empresas que atuam na área de tratamento de lixo. Esse talvez seja o grande norte que pode chegar a Goiânia já no próximo mês, para que eles entendam qual é a realidade da cidade e onde podemos alinhar nossa realidade com a tecnologia que vem da Índia”, disse o presidente.

    Durante a viagem para a Índia, Policarpo também participou de uma visita às instalações de uma empresa especializada em biometano e biogás, além de um polo de reaproveitamento de lixo e vinhaça, localizado nas proximidades de Mumbai. Paralelamente, ele se reuniu com empresários ligados ao India Energy Week, um dos maiores fóruns de energia do mundo.

    De acordo com presidente, uma das empresas que visitará Goiânia, através da Embaixada do Brasil, é a Raj Process Equipments and Systems. A empresa assinou um acordo com o Governo de Goiás para uma fábrica de biometano em Rio Verde. O local produzirá biometano através da vinhaça da cana-de-açúcar.

    Além das reuniões com as empresas, o líder do Legislativo também estuda iniciativas após conhecer as políticas públicas do país e defende a criação de um polo industrial em Goiânia. O local seria modelado nos moldes do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) e implantado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (CODEGO).

    Jornal Oção

  • Rombo na Previ pode levar a processos na Justiça

    Rombo na Previ pode levar a processos na Justiça

    O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou neste mês uma auditoria nas contas da Previ, após rombo de R$ 14 bilhões no chamado Plano 1, entre janeiro e novembro de 2024. Não há data para a conclusão do procedimento, mas, caso sejam constatadas irregularidades na administração do fundo, pode haver a abertura de um processo judicial e a responsabilização dos gestores.

    Entre eles estão o presidente da Previ, o sindicalista João Fukunaga, e de outros administradores do fundo. Caberá à auditoria do TCU levantar se houve “dolo” ou “culpa” — ou nenhum dos dois casos — na administração que levou ao fluxo negativo registrado. No caso de possível culpa, a conclusão teria como base a chamada “imperícia”, que significa que não havia competência técnica para determinada gestão. “Quando há um profissional imperito, ele é obrigado a responder. Esse é o principal debate hoje na Previ. Mas quem chancelou essa competência no passado foi o próprio TCU”, explica à CNN Emanuel Pessoa, advogado especializado em direito empresarial. “Portanto, seria muito difícil considerá-lo [Fukunaga] imperito sem uma prova cabal, porque a qualificação técnica dele foi chancelada. Tem que comprovar que, embora ele tenha a qualificação formal, não tinha a efetiva”, complementou.

    O advogado explicou, ainda, que, por conta de a Previ se enquadrar em uma entidade de previdência complementar, as responsabilizações são diferentes em relação a das empresas em geral. Para Cássio Landes, head de Previdência e Seguridade da Valor Investimentos, o principal questionamento recai justamente sobre a idoneidade e a qualidade técnica das pessoas responsáveis hoje pela administração do fundo e, portanto, faz-se necessário averiguar se são profissionais de mercado ou estão somente lá por questões políticas. “A auditoria do TCU que vai referendar, do ponto de vista técnico e financeiro, essa possibilidade de irregularidades e de outros fundos que também estão ligados à administração possam ter esses mesmos problemas”, disse.

    Caso comprovada alguma irregularidade ou imperícia, os outros administradores responsáveis pelo fundo podem ser chamados a responder. Nesse caso, eles teriam que comprovar que demonstraram oposição às decisões que causaram prejuízo — ou que não tiveram participação nas mesmas. “Mas isso só vai acontecer se o Fukunaga for responsabilizado com dolo ou culpa”, lembra Emanuel Pessoa, dizendo que o presidente da Previ poderá, em sua defesa, “argumentar que todas as decisões do fundo foram tomadas por meio de profissionais qualificados”.

    CNN

  • CNT: Lula empata tecnicamente com Bolsonaro e Tarcísio em eventual 2º turno

    CNT: Lula empata tecnicamente com Bolsonaro e Tarcísio em eventual 2º turno

    O atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparece empatado tecnicamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em eventuais cenários de segundo turno de uma disputa presidencial, de acordo com uma pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (25). O levantamento ouviu 2.002 entrevistados entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

    No primeiro cenário proposto, Bolsonaro aparece à frente numericamente, com 43,4% das intenções de voto, enquanto Lula tem 41,6%. Apesar de ter sido considerado na pesquisa, o ex-presidente está inelegível por oito anos, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No segundo cenário, Lula aparece com 41,2%, enquanto Tarcísio de Freitas tem 40,7%. Veja os cenários: Em uma hipótese de 2º turno para presidente do Brasil, em quem o(a) Sr.(a) votaria? Bolsonaro x Lula Lula x Tarcísio

    A pesquisa propôs ainda outros dois cenários. Veja: Bolsonaro x Haddad Tarcísio x Haddad

    CNN

  • Defesa de Braga Netto pede impedimento de Moraes em denúncia sobre golpe

    Defesa de Braga Netto pede impedimento de Moraes em denúncia sobre golpe

    A defesa do ex-ministro Walter Braga Netto pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Alexandre de Moraes deixe a relatoria da denúncia sobre a trama golpista por suspeição, ou seja, uma suspeita de parcialidade da parte do magistrado. Os advogados reforçam que, por mais que o ministro não seja uma vítima no caso, as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF) correlacionam a tentativa de insurreição com um plano para matar Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Dessa forma, a defesa do ex-ministro deseja um novo relator no caso.

    A princípio, cabe a Moraes analisar a validade da denúncia oferecida pela PGR e ouvir os advogados de todos os denunciados. Depois, ele decidirá se o caso está pronto para julgamento e agendará a análise na Primeira Turma do STF, composta também pelos ministros Cristiano Zanin, que preside a turma; Cármen Lúcia; Luiz Fux e Flávio Dino. Pedidos de Bolsonaro A defesa de Jair Bolsonaro (PL) antecipou que pedirá a suspeição dos ministros Zanin e Dino na denúncia do golpe.

    Isso porque Zanin era advogado pessoal de Lula e Dino participou do novo governo petista como ministro da Justiça e Segurança Pública. Os dois foram recomendados ao STF pelo atual chefe do Executivo. Conforme a CNN apurou, a intenção do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, é manter Zanin e Dino aptos para julgar o caso. Braga Netto, Bolsonaro e outras 32 pessoas foram alvo de denúncia da PGR por participação em uma tentativa de golpe, após a eleição de Lula, em 2022. Eles são suspeitos dos seguintes crimes: Organização criminosa armada; Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Golpe de Estado; Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima; Deterioração de patrimônio tombado.

  • Acordo de Hugo MottaHugo Motta pretende aumentar número de deputados de 513 para 527

    Acordo de Hugo MottaHugo Motta pretende aumentar número de deputados de 513 para 527

    O presidente da Câmara dos DeputadosHugo Motta (Republicanos-PB), quer construir um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) para alterar o número de deputados federais de 513 para 527. A ideia é que as bancadas que representam os Estados se adequem às estimativas populacionais do Censo de 2022, mas sem que alguns percam vagas.

    Uma proposta para essa finalidade pode ser colocada em tramitação depois do Carnaval. Se ocorrer, a mudança no número de deputados será a primeira desde 1993.

    Corte determinou em agosto de 2023 que a Casa defina a proporcionalidade de representação estadual, ou seja, o número de deputados para cada Estado, de acordo com a população apontada pelo Censo de 2022. A decisão analisava uma ação movida pelo Estado do Pará.

    As mudanças populacionais apontadas pelo Censo de 2022 indicam alguns Estados estão sub-representados, enquanto outros têm deputados a mais. Bancadas como as de Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e Piauí seriam as que mais perderiam vagas com o ajuste. Já a bancada do Pará ganharia quatro novas cadeiras.

    Em entrevista à Rádio Arapuan, em João Pessoa (PB), no início do mês, Hugo Motta declarou que quer encontrar uma alternativa em que ninguém saia perdendo.

    “Perder essa representatividade é perder orçamento, tira vozes importantes e o critério também não é justo. Quem cresceu tem o direito. Penso que a solução seria um acordo, combinado com o Supremo, para que se aumente a quantidade de deputados federais e ninguém perca”, disse Motta.

    Ele também demonstrou preocupação com os impactos da mudança aos olhos da opinião pública, já que o aumento de deputados significaria o aumento dos custos da Câmara para o contribuinte. “Temos que fazer o dever de casa para que isso não represente aumento do custo da Casa”, disse Motta na ocasião.

    O prazo dado pelo STF para que a mudança ocorra é até o dia 30 de junho. Se a partir dessa data o Legislativo não tiver aprovado uma lei complementar sobre o tema, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é quem vai determinar, até outubro (um ano antes do pleito), o número de cadeiras que cada unidade da Federação terá nas eleições de 2026.

    De acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), 14 Estados teriam mudança nas bancadas para que elas refletissem as estimativas populacionais do Censo de 2022. O Rio de Janeiro perderia quatro vagas, enquanto Rio Grande do Sul, Piauí, Paraíba e Bahia perderiam duas. Pernambuco e Alagoas teriam uma vaga a menos.

    Já outros sete Estados ganhariam com a mudança. Santa Catarina e Pará teriam quatro novas vagas e o Amazonas, duas. Ceará, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso ganhariam um parlamentar.

    Já há um projeto de lei em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que visa fazer a adequação de acordo com a decisão do STF. O projeto estava para ser votado no final do ano passado, mas a pressão de deputados da bancada do Rio, em especial, adiou a análise.

    Estadão

  • Barroso se encontra com advogado de Bolsonaro no STF

    Barroso se encontra com advogado de Bolsonaro no STF

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, tem um encontro previsto com o advogado Celso Vilardi na tarde desta segunda-feira (24), na sede da Corte em Brasília. Vilardi faz parte da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na terça-feira (18), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ofereceu, ao STF, uma denúncia que envolve Bolsonaro, integrantes do alto escalão militar e ex-ministros do político do PL. A denúncia de 34 pessoas é no âmbito da investigação de uma trama golpista, que culminou na depredação da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

    Bolsonaro é acusado dos seguintes crimes:

    Organização criminosa armada Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito Golpe de Estado Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima Deterioração de patrimônio tombado Agora, cabe ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, avaliar a validade da denúncia, ouvir a defesa dos nomeados no caso e, se considerar o processo pronto para julgamento, pautá-lo na Primeira Turma do Supremo. Na semana passada, a defesa do ex-presidente pediu 83 dias para apresentar os argumentos contra a denúncia, com a alegação de que esse foi o tempo utilizado pelo PGR para montar a acusação. O pedido teve rejeição de Moraes, que manteve o prazo de 15 dias que havia estabelecido anteriormente.

    “Não deu aval”

    O advogado de Bolsonaro, em entrevista ao programa WW, da CNN, negou que o ex-presidente tenha envolvimento com golpe de Estado. “Não participou e não deu aval [a um plano de golpe]. Isso está evidenciado. Se pegar a delação do [Mauro] Cid, que é suspeita, para dizer o mínimo e usar uma expressão elegante, nem ele diz isso. O problema é que há uma tendência em separar alguns trechos retirando-os do contexto”, afirmou. “Espero que o Supremo faça um julgamento técnico, um julgamento justo, um julgamento que contemple o direito de defesa”, disse. Barroso já havia assegurado que a Corte fará uma análise com “seriedade” e sem “visão politizada” nesse âmbito.