No encerramento da Cúpula de Líderes do G20 Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou as principais entregas da presidência brasileira do fórum, nesta terça-feira, 19/11, no Rio de Janeiro. Entre as agendas, Lula destacou a realização da Cúpula do G20 Social, o roteiro para ao aprimoramento dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs, na sigla em inglês) e os debates sobre África e a dívida externa; a instalação do Grupo de Trabalho Empoderamento das Mulheres e a inclusão do ODS 18 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), sobre igualdade étnico-racial.
O presidente brasileiro também destacou a definição dos princípios sobre comércio e desenvolvimento sustentável e o compromisso pelo aumento da produção de energias renováveis até 2023. A Coalização para a Produção Local e Regional de Vacinas e Medicamentos e o estímulo ao investimento em políticas públicas para melhorar o acesso à água e ao saneamento também foram negritadas por Lula.
“Neste ano, realizamos mais de 140 reuniões em 15 cidades brasileiras. Voltamos a adotar declarações consensuais em quase todos os grupos de trabalho. Deixamos a lição de que, quanto maior for a interação entre as Trilhas de Sherpas e de Finanças, maiores e mais significativos serão os resultados dos nossos trabalhos. Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo tem a enfrentar”, pontuou Lula sobre a presidência brasileira do G20.
Esperança no Sul Global
Na passagem da presidência do G20 para Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, Lula reconheceu os valores históricos, culturais, políticos e econômicos que unem o continente e a América Latina. Como a partir de 2026 todos os países do grupo já teriam exercido a presciência pelo menos uma vez, o brasileiro disse que este é o momento “momento propício para avaliar o papel que desempenhamos até agora e como devemos atuar daqui em diante. Temos a responsabilidade de fazer melhor”, concluiu.
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