Categoria: Cidades

  • O influenciador que virou ‘namorado’ de idosas no TikTok e gerou alerta entre famílias

    O influenciador que virou ‘namorado’ de idosas no TikTok e gerou alerta entre famílias

    De chapéu de caubói, camisa aberta e corrente de prata, o influenciador José Fernandes olha pra câmera. É possível ver o chão de terra no fundo do vídeo e ouvir galinhas cacarejando.

    “A coroa mais linda, ela não vai passar meu vídeo sem antes deixar um elogio, um coraçãozinho vermelho, clicar aqui em salvar e compartilhar esse vídeo”, ele diz, ao som de uma música do cantor Amado Batista.

    “Eu tô falando de você, minha preciosa. Eu tenho muito orgulho de você, que tem um sorriso encantador. Deus está cuidando de você.”

    Em outro vídeo, ele diz que já está na cidade da “coroa que está do outro lado da tela” e que vai visitá-la em breve. Para isso, só basta que ela “clique na setinha”, referência ao botão de compartilhamento do TikTok.

    Esse é o roteiro básico dos vídeos compartilhados pelo influenciador, que já conta com mais de 700 mil seguidores no TikTok e quase 1 milhão no Kwai.

    José Fernandes produz conteúdos com teor romântico, fazendo juras de amor e promessas às seguidoras. Não há qualquer ilegalidade nas postagens — e, em vídeos recentes, ele disse que é apenas “um personagem” e não está à procura de relacionamentos amorosos.

    Mas, nas últimas semanas, o influenciador esteve no centro de uma polêmica, impulsionada principalmente por relatos de familiares que viram suas avós, tias ou mães ficarem “viciadas” nos seus conteúdos e que acreditam que ele estaria explorando pessoas vulneráveis.

    Muitas idosas parecem acreditar que vivem um romance virtual com José Fernandes, como indicam os comentários nos vídeos do influenciador.

    Mulheres deixam comentários nos vídeos de José Fernandes, achando que, na verdade, estão mandando mensagens privadas para ele

    Geralmente feitos por mulheres que aparentam ter mais de 60 anos, esses comentários revelam o envolvimento emocional das seguidoras do influenciador.

    Muitas desejam boa noite, fazem elogios e agradecem o carinho, como se estivessem respondendo a uma conversa privada ou a uma ligação por vídeo. Outras vão além: compartilham informações pessoais, como telefone e endereço, na esperança de um contato direto com José Fernandes.

    Ao longo de um mês e meio, a BBC News Brasil analisou publicações do influenciador, acompanhou as polêmicas envolvendo ele e leu comentários de dezenas de mulheres. A reportagem também ouviu as famílias de algumas delas.

    Os relatos vão de mulheres que acreditam estar em um relacionamento à distância com José Fernandes e mudam sua rotina em função disso — trocando de roupa para esperá-lo, deixando de se alimentar ou de tomar remédios — a casos de familiares que precisaram intervir, bloquear perfis ou limitar o uso do celular.

    Em um dos casos, uma família contou ter sido alvo de um golpe envolvendo terceiros que usaram o nome de José Fernandes. A idosa perdeu cerca de R$ 1,5 mil e, segundo os parentes, foi exposta a riscos maiores, tanto físicos quanto patrimoniais, de acordo com os familiares.

    O influenciador já fez um alerta nas suas redes sobre pessoas que tentam se passar por ele.

    Especialistas afirmam que o compartilhamento público de dados sensíveis, como telefone e endereço, pode facilitar golpes direcionados.

    Além disso, muitas idosas não percebem que estão se expondo — o que pode levar a frustrações quando a ilusão é quebrada, segundo os especialistas.

    A BBC News Brasil enviou mensagens ao influenciador pelo TikTok e Instagram com pedidos de entrevista e perguntas sobre casos narrados nesta reportagem.

    Ele foi questionado, entre outros pontos, sobre idosas em situação vulnerável que acreditam manter um relacionamento amoroso com ele e críticas de que, com seus vídeos, o influenciador estaria alimentando ilusões nessas mulheres.

    Também sobre as mulheres que expõem dados pessoais nas postagens do influenciador, tornando-se sujeitas a golpes de terceiros que se passam por ele.

    Mas José Fernandes não respondeu nenhuma das mensagens até a publicação desta reportagem.

    ‘Minha avó caiu em uma estratégia de marketing’

    A história de José Fernandes ganhou repercussão após o relato da influenciadora Mafe Cabral, do Mato Grosso do Sul. Em um vídeo publicado no fim de maio, que já passa de 3 milhões de visualizações, ela narra a frustração da avó ao ficar alguns dias sem acesso ao celular — e, consequentemente, sem “conversar” com o influenciador.

    Internada para tratar um problema de saúde, acompanhada por Mafe, a idosa ficou ansiosa e insistiu para usar o telefone da neta.

    “Ela não parava de pedir meu celular pra falar com alguém na internet. Foi aí que eu percebi que esse alguém era o José Fernandes”, conta Mafe à BBC News Brasil.

    Ela explicou à avó que se tratava de vídeos gravados e publicados nas redes sociais — e não de uma ligação feita diretamente para ela. A idosa ficou muito confusa e decepcionada, diz a neta.

    “Ela precisa de andador, tem problemas no coração e quadros de demência por conta da idade. Não que não seja possível manter uma conversa, mas, às vezes, minha avó confunde algumas coisas e inventa algumas situações. Hoje, ela está em situação de vulnerabilidade e depende totalmente dos meus pais”, diz Mafe.

    Mafe Cabral contou sobre o caso de sua avó com José Fernandes em vídeo que viralizou no TikTok e alertou sobre riscos a mulheres idosas
    Reprodução/TikTok – Mafe Cabral contou sobre o caso de sua avó com José Fernandes em vídeo que viralizou no TikTok e alertou sobre riscos a mulheres idosas

    É a família que fica responsável pelos cuidados da idosa — sobretudo os financeiros.

    Mesmo após a conversa com Mafe, ela continuou assistindo aos vídeos e acreditando que se tratava de uma chamada com ela. Para a influenciadora, a avó não foi vítima de um “golpe” amoroso, mas de uma estratégia de marketing.

    “A minha avó acha que está conversando com ele, e ele ganha dinheiro com as visualizações e o engajamento”, diz Mafe.

    “É óbvio que ele tem conhecimento disso: tem um monte de senhoras que não sabem o que estão fazendo nos comentários, que não têm consciência para lidar com aquela tecnologia. Elas todas perguntando: ‘quando é que a gente vai se encontrar?’, ‘por que eu não consigo falar contigo?’.”

    Por produzir conteúdo original para as redes sociais, José Fernandes tem a possibilidade de monetizar seus vídeos. Esse é um mecanismo comum entre influenciadores, que usam o engajamento e as visualizações para gerar receita com suas publicações.

    Thales Bertaglia, pesquisador da chamada creator economy (economia dos criadores de conteúdo nas redes sociais, em tradução livre) na Universidade Utrecht, na Holanda, explica que não há um único caminho para a monetização.

    “Existe a monetização por meio da própria plataforma, quando a rede social paga ao influenciador pelo número de visualizações, como é o caso do YouTube e do TikTok. Nesse modelo, o retorno está ligado ao conteúdo produzido e à atenção que ele recebe do público”, explica Bertaglia.

    “Mas, para a maioria dos criadores, o que mais gera retorno é a monetização externa. Por exemplo, parcerias com marcas, nas quais o influenciador é pago para divulgar um produto, ou recebe o item em si — os famosos ‘recebidos’.”

    ‘Luta’ pelas idosas

    A influenciadora Jasmim Mendonça deixou de lado as transmissões ao vivo e passou a produzir vídeos curtos com 'denúncias' envolvendo influenciadores como José Fernandes
    Reprodução/TikTok – A influenciadora Jasmim Mendonça deixou de lado as transmissões ao vivo e passou a produzir vídeos curtos com ‘denúncias’ sobre influenciadores como José Fernandes

    Tia Marta, de 83 anos, achou que José Fernandes estava invadindo seu celular quando viu um vídeo dele pela primeira vez.

    A idosa, que teve seu nome real preservado nesta reportagem, usava a plataforma do Kwai para ver uma receita quando uma gravação do influenciador apareceu na tela em seguida.

    “Ô coroa, vim aqui pra te apresentar sua sogra”, dizia José Fernandes no vídeo, gravado ao lado de sua suposta mãe.

    Marta, que é casada, se assustou e pediu ajuda para a sobrinha Jasmim Mendonça, de 31 anos, que tentou solucionar o problema e identificar o homem.

    Durante um mês, Jasmim abria o celular com a tia ao seu lado enquanto deslizava a página “Para você” (que mostra vídeos selecionados pela plataforma para cada usuário), procurando pelo homem.

    Até que, finalmente, José Fernandes apareceu na tela. Marta gritou: “É ele!”.

    “Ela me disse: ‘Pior que eu estou gostando dele, por isso que falei para você achar’. Minha tia queria localizar ele, que eu achasse o número e o endereço dele. Eu neguei e expliquei várias vezes, até que ela ficou com raiva de mim e me bloqueou”, conta Jasmin.

    Foi quando ela decidiu fazer vídeos expondo sua minha história e a de outras pessoas, para alertar outras famílias.

    “Para ela, o José Fernandes é um novinho bonito que fala tudo que ela quer ouvir. Isso está adoecendo não só a minha tia, mas outras senhoras. Por isso, abri mão do meu engajamento e comecei uma luta pelos idosos”, diz Jasmim, que há três anos produz conteúdo de entretenimento em lives do TikTok.

    “A gente tem que ter responsabilidade afetiva com quem está vendo nosso conteúdo. Ele deveria tirar essa ilusão do coração das senhoras.”

    Em meio a várias cobranças nas redes sociais, José Fernandes publicou uma série de vídeos explicando que não passa de um personagem virtual.

    “Estou vendo muitos relatos de perfis fakes criados em meu nome, entrando em contato com meus seguidores e pedindo algo [como dinheiro]. Não sou eu”, diz o influenciador em uma das publicações.

    “Em nenhuma rede social eu entro em contato com meus seguidores. Vou falar de novo: sou um criador de conteúdo, sou um personagem, não estou à procura de relacionamento. Quero deixar bem claro aqui.”

    Para a terapeuta ocupacional Renata Maria Silva Santos, que estudou a relação entre idosos e tempo de tela em seu pós-doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais, o apego de mulheres idosas a influenciadores como José Fernandes pode ser reflexo da solidão, da falta de convivência familiar e da ausência de atividades que ofereçam propósito.

    Ao assistirem com frequência aos vídeos de criadores que se comunicam diretamente com elas, essas mulheres passam a se sentir novamente vistas e ouvidas. Assim, o conteúdo acaba funcionando como um substituto para vínculos familiares ou sociais que foram se enfraquecendo, na visão da médica.

    “A ausência de reconhecimento dentro da família e a falta de outras formas de pertencimento tornam esse tipo de conteúdo especialmente atrativo para algumas mulheres idosas”, explica.

    ‘Ele está vindo me visitar’

    Quando ouviu a tia falar pela primeira vez sobre José Fernandes, a especialista de marketing Camile Peligrinelli, de 22 anos, não levou tão a sério. Maria Aparecida, também conhecida como Cida, de 78 anos, tinha começado a usar o TikTok para ouvir pregações de pastores.

    Mas, pouco tempo depois, os vídeos da aba “Para você” começaram a mostrar algo diferente: conteúdos que a idosa acredita serem literalmente feitos sob medida para ela.

    A BBC News Brasil conversou com Cida e sua sobrinha para ouvir, diretamente das duas, como se desenvolveu a “relação” da idosa com o influenciador e como a família está lidando com isso.

    “No início, a gente explicou que era um personagem, mas não adiantava. Ela ficava muito brava, muito triste, mas logo vinha mostrar algum vídeo dele de novo”, diz Camile.

    “Se alguém mandar uma mensagem pra ela, ela não vai saber responder. É só ela realmente conversando com o celular, como se estivesse realmente falando em uma ligação.”

    Atendendo a um pedido da tia, Camile começou a gravar Cida mandando recados em vídeo para José Fernandes. Em uma das publicações mais recentes, a sobrinha conta à idosa que o influenciador é apenas um personagem — e grava sua reação.

    No vídeo, que já ultrapassou 1,5 milhão de visualizações, a tia diz que achou a notícia “ruim”, mas entende que José Fernandes “precisou dizer isso para as outras mulheres não ficarem perturbando” — já que o influenciador, na verdade, estaria “doido” por Cida.

    Tia Cida e Camile falaram com a BBC News Brasil sobre José Fernandes
    Tia Cida e Camile falaram com a BBC News Brasil sobre José Fernandes

    “Ela ainda acredita que, em algum momento, esse encontro vai acontecer. Ela diz: ‘ele está aqui na minha cidade’ e já aconteceu dela trocar de roupa e ficar esperando”, relata Camile.

    Preocupada, a família tentou bloquear os perfis de José Fernandes no celular de Cida, na tentativa de reduzir a frequência com que os vídeos apareciam.

    “A minha família conhece ele só pelo celular, mas quando a gente se encontrar mesmo pra ficar juntos, aí eu vou apresentar ele direito”, conta Cida à reportagem.

    Para Cida, a conexão entre os dois vai além do TikTok. Ela realmente diz estar em um relacionamento com José Fernandes e afirma que são almas gêmeas, por terem histórias de vida parecidas.

    Cida casou aos 55 anos e está viúva há 19. Usa aparelho auditivo e costuma assistir aos vídeos de José Fernandes no volume máximo, o que facilita para a família acompanhar as “conversas”.

    ‘Minha mãe perdeu R$ 1,5 mil’

    A mãe do psicólogo Paulo Fernandes foi uma das mulheres que sofreram prejuízos financeiros por acreditar em fakes do influenciador.

    Ela comentou seu endereço e telefone em um vídeo no qual José Fernandes dizia estar indo visitar a “coroa do outro lado da tela”.

    O caso ligou um alerta no filho da idosa, que passa a maior parte do tempo longe de casa.

    “Ela deixava dados sensíveis nos comentários. Em um vídeo, ele dizia: ‘estou na sua cidade, indo para sua casa’. Minha mãe ouviu isso e comentou: ‘Tá aqui meu endereço e meu número’.”

    “Alguém pegou as informações, ligou se passando por ele e disse que ajudaria com questões financeiras”, diz o filho, acrescentando que a mãe perdeu R$ 1,5 mil no golpe.

    A mãe de Paulo se afastou das vizinhas e já não compartilha o dia a dia com os filhos. Passa horas assistindo repetidamente aos vídeos do influenciador.

    “Minha mãe era muito ativa, mas a partir do momento em que começou a ver esses vídeos, percebi que a questão social dela ficou muito mais rebaixada. Ela prefere estar no celular do que estar com as pessoas”, diz Paulo.

    O pesquisador Thales Bertaglia chama a atenção para a pré-instalação de aplicativos como o TikTok, que “pode ser vista como uma forma de incentivo ao uso”.

    Basta um clique no ícone para que o conteúdo comece a ser consumido — muitas vezes sem que o usuário sequer crie uma conta.

    “Talvez essa senhora [mãe de Paulo] não tivesse vontade de ativamente ir lá, baixar o app e começar a usar. Mas só por já estar instalado, isso facilita muito”, diz Bertaglia.

    No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados exige consentimento explícito e ativo acerca dos dados processados por um aplicativo. Mas, na visão do pesquisador, mesmo quando há a opção de não instalar um aplicativo assim que o aparelho é ligado pela primeira vez, ela não é clara.

    O mecanismo por trás dos vídeos — e como isso afeta as idosas

    Os especialistas Thales Bertaglia (esquerda) e Renata Maria Silva Santos (direita) alertam para possíveis riscos
    Os especialistas Thales Bertaglia e Renata Maria Silva Santos alertam para possíveis riscos
    Atualmente, José Fernandes mantém sua base de seguidores com vídeos curtos e lives esporádicas, nas quais dubla canções de sertanejo e testa filtros do TikTok.
    Thales Bertaglia avalia que a principal fonte de renda do influenciador deve vir diretamente dos aplicativos.
    “Ele solicita curtidas e comentários para aumentar o engajamento, o que não só eleva o número de visualizações — e, portanto, o valor que ele recebe — como também melhora a chance de seu conteúdo ser favorecido pelo algoritmo e alcançar mais pessoas”, explica.
    O pesquisador estima que, no Brasil, um influenciador receba entre US$ 0,10 e US$ 0,20 por mil visualizações.
    Nos vídeos de menor engajamento no TikTok, José Fernandes costuma ter entre 30 e 40 mil visualizações. Já em conteúdos mais populares, ele ultrapassa os 700 mil views, chegando até a ter batido 1 milhão em pelo menos três postagens.
    “Além disso, no TikTok, ele também usa o recurso das lives, em que os seguidores podem enviar presentes virtuais com valores diferentes”, diz Bertaglia.
    A influenciadora Jasmim Mendonça, que atualmente utiliza as lives do TikTok como fonte de renda, diz acreditar que Fernandes ganhe pelo menos R$ 10 mil por mês.
    Bertaglia observa que ainda não existe uma regulamentação específica que busque a proteção de idosos na internet.
    “Considero que o comportamento de José Fernandes está dentro do esperado para qualquer influenciador. É uma espécie de moeda de troca: ele oferece conteúdo gratuito e, em troca, espera engajamento”, diz o pesquisador.
    “Mas é importante refletir sobre o fato de que, de certa maneira, ele pode estar explorando a vulnerabilidade dos seguidores”, afirma.
    Questionado pela BBC sobre a crítica do pesquisador, o influenciador não respondeu.
    O Kwai disse em nota que “assim que tomou conhecimento do caso, iniciou um processo de investigação, ainda em curso, para analisar o conteúdo publicado e a conduta do criador citado”.
    “Caso sejam confirmadas violações às Diretrizes da Comunidade ou aos Termos de Serviço, serão adotadas as medidas cabíveis, que podem incluir desde a remoção de conteúdos até o banimento da conta”, afirma a plataforma.
    O Kwai diz ainda repudiar “qualquer forma de exploração ou comportamento que possa colocar em risco a integridade física, emocional ou psicológica da comunidade” de usuários.
    A BBC também enviou perguntas ao TikTok sobre a conduta do influenciador e críticas de especialistas de que a plataforma deveria fazer mais para bloquear conteúdos que enganam usuários.
    A empresa não se manifestou sobre esses pontos e disse apenas que, em celulares comprados no Brasil, só é possível acessar o TikTok se a pessoa tiver cadastrada na plataforma e fizer o login.

    Ilusão quebrada

    A terapeuta Renata Maria Silva Santos destaca que há uma dualidade nesse tipo de engajamento: se por um lado o contato constante com os vídeos pode ter efeitos positivos, como o aumento da autoestima e até o estímulo para retomar projetos ou atividades pessoais, por outro, esse bem-estar está sustentado por uma ilusão.
    “Quando essa ilusão se quebra, o impacto emocional pode ser muito mais profundo”, alerta.
    Na avaliação dela, o envolvimento emocional com esse tipo de conteúdo torna as idosas mais suscetíveis a golpes.
    Santos ressalta ainda que o risco não está apenas no conteúdo em si, mas na forma como ele é consumido: de maneira repetitiva, solitária e, em muitos casos, como única fonte de contato emocional.
    “Hoje é o José Fernandes, mas não se sabe quem será amanhã”, conclui.
  • O que disse a imprensa internacional sobre atos pró-Bolsonaro

    O que disse a imprensa internacional sobre atos pró-Bolsonaro

    Os atos de apoio ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) realizados em diversas cidades brasileiras no domingo (3/8) foram destaque em alguns veículos e agências internacionais.

    O site da rede Al-Jazeera, do Catar, disse que manifestantes em São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades carregaram “bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, em uma aparente referência ao apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, a seu fiel aliado”.

    “Eles também seguravam faixas com fotos de Bolsonaro e Trump enquanto gritavam palavras de ordem.”

    A correspondente da Al-Jazeera no Brasil, Monica Yanakiew, disse que muitos no ato em São Paulo estavam agradecendo a Trump pelo apoio dado a Bolsonaro.

    “Eles estão agradecendo ao presidente Trump por sancionar o Brasil”, disse a correspondente.

    A Al-Jazeera também registrou que houve protestos contra Trump na sexta-feira — após os EUA decretarem aumento de tarifas contra produtos brasileiros.

    “Manifestantes se reuniram nas ruas do Brasil na sexta-feira para denunciar Trump pelas altas tarifas impostas às exportações do país. As manifestações eclodiram em cidades como São Paulo e Brasília, com moradores expressando sua indignação no primeiro dia da mais recente campanha tarifária de Trump”, disse a rede.

    A agência de notícias Reuters destacou que os protestos de domingo tinham como alvo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    “Nos protestos de domingo, apoiadores de Bolsonaro, vestindo camisas da seleção brasileira, gritaram ‘Magnitsky’ e insultaram Moraes e Lula”, disse a agência, em relação à lei usada pelos EUA para sancionar Alexandre de Moraes. Muitos manifestantes também exibiam cartões de banco em provocação a Alexandre de Moraes — já que a lei Magnitsky prevê sanções de instituições financeiras.

    “Bandeiras e cartazes americanos em apoio a Trump também foram vistos.”

    A Reuters afirmou que “Bolsonaro não compareceu pessoalmente às manifestações, mas participou por telefone através de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, durante o protesto no Rio de Janeiro”.

    “O ex-presidente, que está em prisão domiciliar, usa tornozeleira eletrônica e não pode sair de casa nos fins de semana e feriados, conforme determinação do ministro Moraes”, disse a Reuters.

    A agência de notícias France Press também destacou que “Bolsonaro, de 70 anos, não pôde participar porque recebeu uma ordem judicial para ficar em casa à noite e nos fins de semana e não usar as redes sociais enquanto seu julgamento ocorre”.

    Manifestante com bandeiras do Brasil e EUA
    Reuters -Manifestantes exibiram bandeiras do Brasil e dos EUA no ato pró-Bolsonaro

    Participaram do ato em São Paulo, realizado na avenida Paulista, diversos aliados de Bolsonaro, como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o pastor Silas Malafaia e deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), frequentemente apontado como possível candidato dos bolsonaristas na eleição presidencial de 2026, não participou. Sua assessoria disse que ele foi submetido a um procedimento médico no domingo.

    A mulher de Bolsonaro, Michelle, que também é citada como possível candidata em 2026, discursou em um ato em Belém. No Rio de Janeiro, o governador do Estado, Claudio Castro (PL), também discursou.

    Bolsonaro está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado contra Lula. Bolsonaro poderá ser preso se for considerado culpado no julgamento previsto para terminar ainda este ano.

    No mês passado, Moraes impôs medidas cautelares contra Bolsonaro por acreditar que ele e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está morando nos EUA, haviam colaborado com autoridades americanas para tentar interferir em assuntos brasileiros. Bolsonaro recebeu tornozeleira eletrônica e está impedido de se encontrar com autoridades diplomáticas de outros países.

    Na semana passada, Trump impôs tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros e sanções financeiras contra Moraes sob a Lei Magnitsky, geralmente usada contra estrangeiros com histórico de corrupção ou violações de direitos humanos. O presidente americano justificou as medidas alegando uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

    BBC

  • Ex-aliada de Bolsonaro, senadora é vaiada em show do Roupa Nova, por Paulo Capelli

    Ex-aliada de Bolsonaro, senadora é vaiada em show do Roupa Nova, por Paulo Capelli

    A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), ex-aliada de Jair Bolsonaro, foi alvo de vaias durante o show da banda Roupa Nova realizado na última sexta-feira (1º/8), em Campo Grande (MS).

    Ao tentar interagir com os músicos no palco do espetáculo Simplesmente Roupa Nova, no Ondara Buffet, a parlamentar enfrentou resistência do público e teve sua fala interrompida diversas vezes.

    Ao ser vaiada, Soraya disse que “está tudo certo, a gente vive numa democracia”. Ela só conseguiu concluir sua pergunta — sobre a canção Coração Pirata, tema da novela Rainha da Sucata (1990) — após intervenção dos artistas, que pediram respeito para que ela pudesse se manifestar.

    Procurada pela coluna, a parlamentar não se manifestou. O espaço segue aberto.

    Rompimento com Bolsonaro

    A reação do público ocorreu após o rompimento da senadora com o bolsonarismo e as suas críticas públicas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Fonte Metropoles

  • Justiça homologa acordos e encerra mais de 200 ações na falência do Hospital Lúcio Rebêlo

    Justiça homologa acordos e encerra mais de 200 ações na falência do Hospital Lúcio Rebêlo

    Mais de 220 processos judiciais relacionados à falência do Hospital Lúcio Rebêlo foram encerrados em apenas cinco dias pela 30ª Vara Cível de Goiânia. A medida foi resultado de uma força-tarefa conduzida pelo juiz Rodrigo Brustolin, que promoveu a conciliação entre credores e a massa falida, resultando na homologação de acordos e arquivamento definitivo de 224 incidentes processuais.

    A iniciativa representa um marco na agilidade da prestação jurisdicional na Comarca de Goiânia e atende à prioridade de tramitação prevista no artigo 189-A da Lei nº 11.101/2005. Segundo o magistrado, o feito contribui para a redução da taxa de congestionamento do Judiciário goiano e garante maior efetividade aos credores.

    A coordenação dos atos de conciliação foi realizada pela administradora judicial Cincos – Consultoria Organizacional de Resultado Ltda., sob responsabilidade de Stenius Lacerda Bastos. As tratativas possibilitaram a resolução de disputas envolvendo créditos da massa falida, promovendo economia processual e maior celeridade ao processo falimentar.

    O processo teve início com o pedido de recuperação judicial protocolado em 4 de novembro de 2019. A solicitação foi indeferida, inicialmente, pela 28ª Vara Cível de Goiânia, sob o fundamento de inexistência de atividade empresarial desde meados de 2018, conforme apontado em laudo de constatação prévia. No entanto, o Tribunal de Justiça de Goiás reformou a decisão e deferiu o processamento da recuperação judicial em 6 de abril de 2020.

    Posteriormente, em 14 de agosto de 2023, o juízo convolou a recuperação judicial em falência do hospital. Essa decisão foi mantida pelo TJGO em 13 de maio de 2025. A partir desse marco, iniciou-se formalmente o processo falimentar.

    Confira os principais eventos do processo:

    • 04/11/2019 – Protocolo do pedido de recuperação judicial;

    • 24/01/2020 – Realização da constatação prévia;

    • 12/02/2020 – Sentença de extinção do processo com indeferimento da recuperação;

    • 10/03/2020 – Interposição de apelação;

    • 06/04/2020 – TJGO defere o processamento da recuperação judicial;

    • 14/08/2023 – Sentença que convola a recuperação judicial em falência;

    • 23/08/2023 – Interposição de agravo de instrumento contra a decretação da falência;

    • 13/05/2025 – TJGO mantém a decretação da falência e nega provimento ao recurso.

    Com os acordos homologados e os incidentes arquivados, o processo segue agora para as fases de arrecadação de bens, consolidação do quadro geral de credores e realização do ativo, conforme estabelece a Lei de Falências.

    Rota Jurídica

  • Agehab entrega 53 cartões do Aluguel Social em Nova Glória e Nova Iguaçu

    Agehab entrega 53 cartões do Aluguel Social em Nova Glória e Nova Iguaçu

    Programa garante auxílio de R$ 350 reais por 18 meses a famílias em situação de vulnerabilidade social

    O Governo de Goiás, por meio do Goiás Social, da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), entrega, nesta segunda-feira (04/08), 53 cartões do Aluguel Social: 24 em Nova Glória e 29 em Nova Iguaçu.

    De acordo com a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, o papel do Estado é apoiar as pessoas que mais precisam com políticas públicas eficientes. “As despesas com o aluguel consomem grande parte da renda das famílias. Com essa ajuda, elas podem abrir espaço para realizar outros sonhos”, declara Gracinha.

    O presidente da Agehab, Alexandre Baldy, frisa que o benefício de R$ 350, pago por 18 meses, é destinado às famílias em vulnerabilidade social, unicamente para a despesa com o aluguel. “O Aluguel Social é uma política habitacional de grande importância porque reduz o impacto desse gasto no orçamento doméstico. Sendo um recurso destinado exclusivamente para esse fim, o valor é repassado diretamente do locatário para o locador, via aplicativo bancário”, observa Baldy.

    Desde 2021, quando teve início o Programa, já foram entregues mais de 75 mil cartões, distribuídos em 126 municípios em atendimento até agora. Segundo o secretário da Infraestrutura, Adib Elias, o objetivo é dar às famílias que se enquadram no perfil exigido o tempo necessário para reestruturação financeira. “São milhares de famílias que ainda estão na fila de espera por um programa de casa própria que atenda suas necessidades, e seguem sufocadas pelo peso do aluguel enquanto isso”, declara Adib.

    Fotos: Edgard Soares e Octacílio Queiroz

    Legenda: Agehab entrega 53 cartões do Aluguel Social em Nova Glória e Nova Iguaçu

     Serviço

    *Assunto 1:* Entrega de 24 cartões do Aluguel Social em Nova Glória

    *Data:* segunda-feira (04/08),

    *Horário:* 9h

    *Local:* Câmara Municipal de Nova Glória

    Assunto 2: Entrega de 29 cartões do Aluguel Social em Nova Iguaçu

    *Data:* segunda-feira (04/08),

    *Horário:* 14h

    *Local:* Secretaria de assistência Social

     

    *Agência Goiana de Habitação | Secretaria de Estado da Infraestrutura – Governo de Goiás*

  • Presidente da COP30 nega mudar evento de Belém

    Presidente da COP30 nega mudar evento de Belém

    Após admitir que países têm pressionado o governo brasileiro para transferir a sede da COP30 de Belém por questões de acomodação, o presidente do evento, André Corrêa do Lago, negou nesta sexta-feira (1°) que essa seja uma possibilidade. “Não vamos nos mudar”, disse Lago.

    Lago ainda reforçou que o país tem infraestrutura e acomodação suficiente em Belém para atender ao público e que o que está em pauta é uma questão de preço.

    A fala do presidente da COP30 vem porque, além dos preços das acomodações, a carta entregue à ONU também questionava a qualidade dos hotéis e acomodações disponíveis.

    “Não é uma questão de número de acomodações. Não é uma questão de infraestrutura. E acredito que respostas satisfatórias serão dadas pelo grupo que está lidando com a questão da acomodação. Mas o fato é que essa discussão se tornou pública e, portanto, acho que teremos uma comunicação mais intensa sobre as soluções possíveis para essa questão”, disse.

    Uma das soluções anunciadas era uma plataforma que ofereceria hospedagens. Em nota, a organização da COP confirmou que conseguiu reunir hospedagens em uma plataforma — promessa que era feita desde maio deste ano.

    A infraestrutura é um ponto citado porque se tornou público, inclusive na imprensa internacional, que motéis da cidade estariam sendo alugados para a COP30.

    A falta de acomodações é um ponto citado pelos representantes da rede hoteleira. Segundo a ABIH-PA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará), há 4.122 quartos na capital, Belém, e que a maioria já estaria completa. A soma já inclui hospedarias, hotéis e motéis.

    A proposta complementar do governo para apoiar na demanda por quartos para atender as mais de 50 mil unidades, que é o que se espera ter como demanda são:

    • Adaptação de escolas públicas em hostels: 5 mil acomodações
    • Alojamentos militares e religiosos: 3.500 leitos
    • Navios de cruzeiro: 6 mil leitos
    • Prédios do minha casa minha vida, mas que ainda estão em obras

    Para além disso, outra opção são as 18 mil acomodações que ficam na região metropolitana da capital.

    Entenda a crise da hospedagem

    • O escritório climático da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma reunião urgente na terça-feira (29) para debater os preços altos nas acomodações para a COP30;
    • O Brasil concordou em abordar as preocupações dos países sobre acomodações e apresentar um relatório em 11 de agosto;
    • Richard Muyungi, presidente do Grupo Africano de Negociadores, afirmou à Reuters que os países que representa não querem diminuir suas delegações.
    • Em abril, governo federal sugeriu um acordo com hotéis de Belém para evitar preços ‘abusivos’; proposta segue sem assinatura;

    Plataforma e vagas

    Ainda no fim da manhã desta sexta-feira, a organização em nível federal da COP 30 divulgou nota na qual afirma que uma plataforma para gerenciar as hospedagens foi lançada este mês e as opções de estadia serão disponibilizadas por etapas, conforme acordo entre o Brasil e a UNFCCC.

    Segundo os organizadores, dentre as opções, estarão disponíveis todas as modalidades: setor hoteleiro, aluguel por temporada e navios.

    “Nesta primeira etapa, a oferta será realizada, por meio da plataforma, aos 98 países em desenvolvimento e países insulares, com diárias de até U$ 220. Na etapa seguinte, os demais países e grupos como mídia e observadores poderão adquirir acomodações por até US$ 600. Ainda não há uma previsão exata para iniciar as próximas etapas. É a própria ONU que está coordenando a oferta com os países-partes da Convenção-Quadro e, por isso, é ela quem está enviando os links de acesso à Plataforma a todos os credenciados”, afirmou a organzação.

    O g1 acessou a página. A maioria das hospedagens é oferecida por pouco mais de US$ 300, mas ofertam também mais de um quarto. O governo não informou se as unidades acessadas na página excluem as já anunciadas para os países pobres, que seriam geridas junto à UNFCCC.

    Preocupação dos países em desenvolvimento

    Um dos pontos em debate atualmente é que os países pobres não poderiam arcar com os custos e, com isso, ficariam de fora das negociações da COP30. Lago chegou a admitir isso em um vídeo em que diz que as acomodações estão até 10 vezes mais caras.

    Na conversa com a imprensa estrangeira na manhã desta sexta-feira (1°), Lago admitiu que há um problema com as acomodações e preços, mas que isso estava em negociação.

    “Vamos garantir que essa única dimensão que está sendo levantada, que é o preço dos hotéis, possa ser superada para que todos possam vir a Belém”, disse Lago.

    Vanessa Robinson, que é consultora e atua ajudando ONGs a conseguirem acomodação, diz que a dificuldade é real, principalmente para aquelas que vêm de países pobres.

    Robinson conta que, diante da baixa oferta de hotéis, passou a procurar casas e chegou a receber orçamentos exorbitantes, chegando a R$ 77 mil, fora a comissão de agentes imobiliários, que pode chegar a 20% do valor da locação.

    “É difícil porque as organizações são importantes no debate. A gente quer uma COP com participação popular, mas os preços estavam inviabilizando isso”, explica.

    Ela relata que atendeu ONGs da Indonésia e do México, que tinham um limite de US$ 150 por diária, e que está difícil encontrar acomodações dentro desse orçamento.

    “A gente tenta encontrar e não consegue, porque está muito caro. É preciso fazer um trabalho de conscientização com as pessoas que estão alugando, explicar a importância da COP. É possível, mas exige envolvimento e diálogo”, afirma.

    No caso dela, por exemplo, as organizações mexicanas conseguiram encontrar estadias próximas ao local da conferência por US$ 1.400 a diária, para um grupo de seis pessoas, incluindo transfer e alimentação.

    Fonte: G1

  • “Justiça não fez nada”: Prefeito de Palmelo ameaça renunciar após desvio de R$ 5 mi

    “Justiça não fez nada”: Prefeito de Palmelo ameaça renunciar após desvio de R$ 5 mi

    O prefeito do município de Palmelo, Renato Damásio (Podemos), ameaça renunciar ao cargo pela falta de apoio de autoridades da Justiça no desvio de R$ 5 milhões dos cofres públicos a contas do ex-secretário de Finanças da cidade. Segundo o gestor, o tesouro municipal fica comprometido pela falta da verba sem um sequestro de bens pela Justiça, além disso, afirma que se decepcionou e pode “sair da política”.

    Em entrevista ao Jornal Opção, Damásio afirma que o rombo representa cinco meses da folha de pagamento do município, avaliada em R$ 1 milhão. “A nossa cidade tem uma arrecadação mensal abaixo de R$ 2 milhões e uma folha de pagamento quase R$ 1 milhão. … Talvez 5 milhões para as grandes prefeituras seja um valor muito insignificante, mas para Palmelo esse valor é muito significante.”

    Por causa disso, reafirma que pode sair da política devido à decepção com a lentidão e inação do Judiciário e do Ministério Público de Goiás (MPGO) em recuperar os fundos e prestar assistência. “A justiça poderia ter pegado tudo, mas infelizmente ficamos pedindo socorro. Viramos a noite levantando os desvios que foi para conta [do secretário], da mulher dele, antes mesmo dele saber. Provamos para a Justiça, protocolamos os pedidos, pedimos socorro, clemência, mas a Justiça, infelizmente, não fez nada.”

    Para a equipe de redação, o prefeito afirma que solicitou apoio de parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e da bancada goiana no Congresso Nacional. Segundo Renato, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) enviou emendas para a cidade em demonstração de apoio.

    Relembre o caso

    O caso remete a um desvio revelado pelo prefeito após descobrir que Gilmar Martins Júnior, titular das Finanças, movimentou verba pública para a própria conta bancária pessoal e da esposa. O caso foi primeiramente revelado pelo próprio prefeito nas redes sociais nesta última terça-feira, 29.

    O titular teria usado a verba para comprar veículos de luxo com os recursos financeiros desviados. Além dos veículos, Gilmar teria um galpão identificado pela gestão com bens comprados com o dinheiro público. “Infelizmente, foi desviado por um servidor da prefeitura quase R$ 5 milhões de reais”, afirmou no vídeo divulgado nas redes sociais.

    A movimentação suspeita só teria sido identificada pela equipe da prefeitura nesta última semana. Desde então, o prefeito entrou com pedidos no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e no Ministério Público (MPGO) para que houvesse o sequestro de bens do autor e o repasse para os cofres da prefeitura.

    Com a constatação, foi aberto um inquérito na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), que deve ser remetido ao MPGO para acusar ou não o ex-secretário. A promotoria que deve se debruçar sobre o assunto é a comarca de Santa Cruz.

    Jornal Opção

  • Rede Municipal de ensino recebem mais de 700 aparelhos de ar-condicionado

    Rede Municipal de ensino recebem mais de 700 aparelhos de ar-condicionado

    A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), recebeu 783 aparelhos de ar-condicionado para serem distribuídos em escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). Ao todo, 101 instituições educacionais serão beneficiadas com os equipamentos de 12000 BTUs, para amenizar o calor e dar mais conforto aos estudantes, de diferentes regiões de Goiânia.

    O objetivo é proporcionar também um ambiente mais acolhedor aos professores, favorecendo assim um ensino e uma aprendizagem de qualidade. Segundo Nilza Keller Morloc, gerente de Patrimônio e Almoxarifado da SME, os aparelhos vão passar por conferência e, após essa etapa, serão distribuídos.

    “Eles serão muito úteis às instituições que ainda não contam com esses equipamentos. Com planejamento e compromisso, vamos repassar esses aparelhos de ar-condicionado às unidades educacionais, contribuindo para a melhoria da infraestrutura e para a construção de ambientes mais agradáveis e adequados ao ensino”, afirma a gerente.

    Fotos: Divulgação/SME

    Secretaria Municipal de Educação (SME) – Prefeitura de Goiânia

  • Sandro Mabel sanciona lei sobre horário de funcionamento para distribuidoras de bebidas em Goiânia

    Sandro Mabel sanciona lei sobre horário de funcionamento para distribuidoras de bebidas em Goiânia

    O prefeito Sandro Mabel sancionou, nesta quarta-feira (30/7), a Lei nº 92/2025, que estabelece o horário de funcionamento das distribuidoras de bebidas em Goiânia. Agora, esses estabelecimentos poderão funcionar com portas abertas das 5h às 23h59. Após esse horário, o atendimento aos clientes será permitido apenas por delivery. A lei será publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial do Município e entra em vigor imediatamente após a publicação.

    A medida, segundo Mabel, será mais uma aliada no combate à criminalidade. “Goiânia será a capital mais segura do país”, destacou o prefeito, ao defender que as ações de ordenamento urbano são importantes para contribuir com a segurança pública. “Precisamos tomar decisões e fazer o que é bom para a cidade”, assegurou.

    O comandante de Policiamento da Capital, coronel Batista, falou sobre a preocupação das forças de segurança com os índices de criminalidade próximos às distribuidoras. Dados da Polícia Militar mostram que 43,8% das tentativas e/ou homicídios consumados registrados no ano passado ocorreram em bares ou nas portas de distribuidoras. “Tenho a certeza de que, em breve, estaremos aqui apresentando aos senhores a redução dos índices de homicídio na capital”, frisou.

    O prefeito também destacou que a medida proporcionará mais qualidade de vida para os moradores que vivem próximos a estabelecimentos desse segmento. Pesquisa mostra que 61,5% dos goianienses já presenciaram comportamentos perigosos ou inadequados nas proximidades de distribuidoras à noite. O levantamento aponta ainda que 73,6% são favoráveis ao novo horário, enquanto 45,8% acreditam que a medida contribuirá para a melhoria da segurança pública, com redução no uso de drogas e da violência.

    Autor da lei, o vereador Sargento Novandir agradeceu ao prefeito e ressaltou que a medida visa resguardar vidas. “O prefeito teve coragem. Em gestões passadas, nós tentamos apresentar esse projeto de lei, não tivemos apoio. Hoje, o Mabel nos apoiou de forma excelente e, por isso, deu certo”, disse.

    Aprovação

    Para a promotora de Justiça Alice Freire, titular da 7ª Promotoria de Justiça de Goiânia, com atuação na área do meio ambiente e urbanismo, a nova lei atende a uma demanda da própria sociedade, no sentido de que os espaços urbanos sejam ordenados, de que haja preservação do sossego público e também redução de crimes como homicídios e tráfico de drogas.

    “O Ministério Público já acompanhava a temática juntamente com a Polícia Militar, expedindo recomendações ao Executivo Municipal e acompanhando as operações da PM, no sentido de que fosse feito cumprir o Código de Posturas”, explicou a promotora. “Distribuidora não é bar. Ela exerce uma atividade comercial que é a venda e distribuição de bebidas, mas não para consumo no local”, acrescentou a representante do MP-GO, ao frisar que a medida impacta diretamente na redução da criminalidade.

    Para Maria Divina da Silva, moradora do Jardins do Cerrado, o novo horário de funcionamento das distribuidoras vai refletir diretamente na segurança pública do bairro. “Eu sou a favor desse projeto porque, depois da meia-noite, só vira bagunça. Só vira briga, discussão na rua.”

    Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia

  • Caiado celebra centenário da Casa Militar

    Caiado celebra centenário da Casa Militar

    O governador Ronaldo Caiado, conduziu, nesta quinta-feira (31/07), a cerimônia de comemoração aos 100 anos da Secretaria da Casa Militar. Durante o evento realizado no auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o chefe do Executivo goiano homenageou os servidores que contribuíram de forma destacada com a segurança do Estado com a entrega da Medalha do Mérito Guardião.

    A solenidade reuniu autoridades civis e militares e destacou o papel da Casa Militar na proteção institucional do Estado.

    Acompanhado da primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, o governador reforçou o papel fundamental do órgão na garantia da governabilidade e na construção de uma nova realidade de segurança em Goiás.

    “Goiás passou a ser referência no Brasil. O cidadão hoje não vive mais com medo, ele transita livremente pelo nosso Estado”, afirmou. “Vocês me deram total condição de governar todos os dias nesses seis anos e sete meses. Tenho orgulho da segurança que me acompanha, que cuida da minha família, da Gracinha, dos meus filhos”, completou, emocionado.

    centenário da Casa Militar
    Governador homenageou servidores que contribuíram de forma destacada com a segurança do Estado com a entrega da Medalha do Mérito Guardião (Fotos: Júnior Guimarães e Wesley Costa)

    Gracinha Caiado também ressaltou a dedicação silenciosa dos integrantes da Casa Militar. “Essa solenidade simboliza a lealdade, a coragem constante e a dedicação de profissionais que não aparecem nos noticiários, mas transformam o cotidiano. Vocês cuidam da nossa segurança desde o primeiro dia de governo, na chuva ou no sol, de dia ou de noite, sempre com profissionalismo e zelo”, declarou.

    Ela ainda destacou que a Medalha do Mérito Guardião é um símbolo da gratidão do povo goiano: “Saibam que vocês têm em mim uma admiradora, uma amiga e uma aliada”.

    O secretário de Estado-Chefe da Casa Militar, coronel Luiz Carlos de Alencar, lembrou a trajetória centenária da instituição, criada em 1925 pelo então governador Brasil Ramos Caiado, tio-avô do atual chefe do Executivo estadual.

    “Em todos os governos, a Casa Militar teve um papel importante. Mas foi a partir de 2019, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, que ela se transformou na melhor do Brasil, com investimentos em qualificação, estrutura e valorização dos seus profissionais”, afirmou.

    “Hoje somos uma secretaria que cuida da segurança do governador, do vice-governador e de suas famílias, mas também da logística terrestre e aérea, do Palácio Pedro Ludovico, do Palácio das Esmeraldas e do bem-estar da sociedade”, ressaltou.

    Medalha do Guardião

    entrega da Medalha do Mérito Guardião
    Solenidade reuniu autoridades civis e militares e destacou o papel da Casa Militar na proteção institucional do Estado (Fotos: Júnior Guimarães e Wesley Costa)

    Criada em 2004, a Medalha do Mérito Guardião homenageia civis, militares e religiosos que prestaram relevantes serviços à segurança pública e ao fortalecimento da Casa Militar.

    A edição especial deste ano contemplou dezenas de servidores que se destacaram ao longo da trajetória da secretaria, cuja missão vai além da proteção das autoridades: também inclui o gerenciamento do transporte aéreo do Estado, ações emergenciais em operações de crise e apoio logístico em eventos oficiais.

    A Casa Militar também ganhou notoriedade nacional ao atuar na operação que capturou o criminoso Lázaro Barbosa, em junho de 2021. Policiais que participaram diretamente da ação também foram homenageados nesta celebração centenária.

    “Chegamos a este centenário com uma instituição moderna, preparada, integrada às demais forças de segurança e comprometida com a missão de proteger quem cuida do povo. A história da Casa Militar é também a história de Goiás”, concluiu o coronel Alencar.

    Comemoração do centenário foi no auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira (Fotos: Júnior Guimarães e Wesley Costa)