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  • Efeito Ozempic: como medicamento transformou vida da pequena cidade dinamarquesa onde é produzido

    Efeito Ozempic: como medicamento transformou vida da pequena cidade dinamarquesa onde é produzido

    A pequena cidade dinamarquesa, Kalundborg, passou por uma transformação radical em sua economia e estilo de vida, impulsionada por um fator inesperado: a crescente demanda global por seus medicamentos para obesidade e diabetes, o Ozempic.

    Nas modernas instalações da empresa farmacêutica Novo Nordisk, atualmente em expansão, é produzida a molécula semaglutida, o ingrediente ativo de dois medicamentos que estão revolucionando o mercado: Ozempic e Wegovy.

    Esses fármacos mudaram o tratamento da obesidade e da diabetes tipo 2 e, simultaneamente, transformaram a Novo Nordisk na empresa mais valiosa da Europa.

    Esse crescimento não só beneficiou a Novo Nordisk, mas também teve um impacto significativo na economia dinamarquesa.

    Kalundborg, em especial, tornou-se um polo de emprego e desenvolvimento, atraindo milhares de trabalhadores e promovendo a prosperidade na região.

    Entretanto, esse crescimento também traz desafios. A dependência econômica de uma única empresa levanta preocupações sobre a sustentabilidade a longo prazo e a necessidade de diversificar a economia nacional.

    Como uma pequena cidade dinamarquesa conseguiu se tornar o centro de uma revolução médica e econômica? Quais são as implicações disso para a Dinamarca e para o resto do mundo?

    A tranquila cidade de Kalundborg agora precisa construir novas moradias, pois sua infraestrutura atual é insuficiente
    A tranquila cidade de Kalundborg agora precisa construir novas moradias, pois sua infraestrutura atual é insuficiente © Getty Images

    De insulina a Ozempic

    O constante ruído da linha de produção permeia o ar em Hillerød, uma cidade nos arredores da capital dinamarquesa Copenhague, que também se beneficia da fabricação de medicamentos para diabetes e obesidade.

    Dentro dessa instalação de alta tecnologia, são montadas canetas de injeção e preenchidas com pequenas cápsulas de vidro que contêm semaglutida.

    Por quase um século, a Novo Nordisk foi a principal produtora de insulina do mundo.

    Seu foco em pesquisa e desenvolvimento de tratamentos para diabetes a colocou como líder no setor.

    Emily Field, chefe de Pesquisa de Equidade Farmacêutica Europeia no banco britânico Barclays, explica à BBC: “O Ozempic está disponível para diabéticos desde 2017. No entanto, a corrida sem precedentes que observamos hoje começou apenas em 2021, com a aprovação de Wegovy, uma dose maior de semaglutida para o tratamento da obesidade”.

    Os medicamentos tornaram-se um sucesso instantâneo, amplamente promovidos nas redes sociais e por celebridades que começaram a utilizá-los.

    Ozempic estabeleceu-se como o tratamento para diabetes mais vendido do mundo. A Novo Nordisk destaca que deve ser usado e vendido somente com prescrição médica.

    “A maioria dos analistas prevê um crescimento de receitas superior a 20% para a Novo Nordisk”, acrescenta Field.

    “Esse crescimento sustentável é impressionante e reflete o impacto global de seus produtos”.

    Na verdade, a Novo Nordisk cresceu quatro vezes mais rápido do que a média das empresas da União Europeia, o que demonstra seu sucesso inegável em comparação com outras companhias do continente.

    As fábricas da Novo Nordisk em Kalundborg empregam milhares de moradores locais e atraem pessoas de outras regiões© Getty Images

    Contudo, esse sucesso não foi imediato.

    “A alta cúpula da empresa não acreditava na semaglutida a princípio. Foi apenas graças à perseverança do diretor de pesquisa que se decidiu avançar com seu desenvolvimento entre 2005 e 2006”, diz à BBC Kurt Jacobsen, professor da Escola de Negócios de Copenhague e autor de um livro sobre a Novo Nordisk.

    Jacobsen ressalta a magnitude do impacto: “É muito difícil subestimar a importância disso e o efeito que teve na Novo Nordisk como empresa. Não só está crescendo, mas se está transformando em uma nova companhia em novas áreas de negócios”.

    O coração da nova economia dinamarquesa

    O crescimento econômico e de infraestrutura de Kalundborg é o maior da Dinamarca© Getty Images Kalundborg, localizada a uma hora a noroeste de Copenhague, é o centro dessa transformação.

    Com apenas 17.000 habitantes, a cidade testemunhou a Novo Nordisk investir US$ 8,6 bilhões na expansão de sua planta local, transformando esta pequena vila em um centro crucial para a produção global de semaglutida.

    Ao desembarcar do trem em Kalundborg, é possível ouvir tanto o canto dos pássaros quanto o barulho constante da construção. Enormes guindastes dominam o horizonte.

    O prefeito de Kalundborg, Martin Damm, conversou com o programa Business Daily da BBC enquanto visitava o local e revelou o impacto que Ozempic teve sobre a população local.

    “Temos uma taxa de crescimento de 26,88% em um ano. Há dez anos, tínhamos uma taxa de desemprego bastante alta. Agora, temos uma das mais baixas da ilha da Zelândia”, afirmou.

    A expansão da planta atraiu milhares de trabalhadores da construção, gerando uma demanda sem precedentes por serviços locais.

    “O proprietário do posto de gasolina próximo precisa preparar mais de 30 quilos de carne de porco todos os dias para fazer sanduíches para os trabalhadores”, comentou Damm.

    Negócios como supermercados viram suas vendas aumentarem até cinco vezes em comparação ao que vendiam antes do “boom” da semaglutida.

    O crescimento da Novo Nordisk também teve um impacto significativo na arrecadação de impostos em Kalundborg.

    Em pouco mais de uma década, a receita fiscal aumentou dez vezes.

    Isso permitiu reduzir os impostos locais seis vezes em dez anos e realizar investimentos em infraestrutura e serviços públicos.

    Segundo Martin Damm, prefeito de Kalundborg, as receitas fiscais aumentaram dez vezes.© Getty Images

    Impulsionando a economia

    A Novo Nordisk não está apenas transformando Kalundborg, mas também está impulsionando a economia dinamarquesa como um todo.

    Em 2023, seus lucros dispararam para mais de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões), e seu valor de mercado ultrapassou US$ 600 bilhões (US$ 3,3 trilhões), tornando-a a maior empresa da Europa.

    Las Olsen, economista-chefe do banco dinamarquês Danske Bank, diz à BBC: “No ano passado, a Dinamarca teve um crescimento do PIB de 1,9%. Sem a indústria farmacêutica, o crescimento teria sido exatamente 0%. O crescimento é realmente em grande parte graças à Novo Nordisk”.

    A semaglutida está mudando a vida das pessoas na Dinamarca devido à sua enorme popularidade© Getty Images

    Esse sucesso teve impactos diretos sobre a população dinamarquesa. Muitos cidadãos possuem ações da empresa, e a entrada de receitas em dólares resultou em taxas de juros mais baixas e hipotecas mais acessíveis.

    “Atualmente, temos taxas de juros ligeiramente inferiores às da zona do euro, o que é um resultado muito direto de tudo isso”, ressalta Olsen.

    A influência da Novo Nordisk é tão significativa que o governo dinamarquês começou a publicar estatísticas econômicas separadas que excluem o setor farmacêutico, buscando uma imagem mais precisa da economia nacional.

    O caso Nokia

    Em seu auge, uma das principais fabricantes de telefones celulares e tecnologia sem fio do mundo impulsionou a pequena economia da Finlândia.© Getty Images

    O crescimento meteórico da Novo Nordisk gerou comparações com o caso da Nokia na Finlândia, lembra Las Olsen, do Danske Bank.

    “O tamanho da Novo Nordisk é comparável ao que a Nokia tinha na Finlândia em 2007-2008. Naquele período, houve um declínio acentuado nas fortunas da Nokia, e a Finlândia enfrentou uma fase muito difícil”, explica.

    Quando a Nokia entrou em colapso, a Finlândia passou por uma crise econômica significativa, evidenciando os riscos de depender excessivamente de uma única empresa ou setor.

    “Isso serve como um lembrete de que precisamos garantir que o restante da economia continue investindo em educação e infraestrutura para evitar riscos futuros”, destaca Olsen.

    A preocupação reside no fato de que, embora a Novo Nordisk esteja impulsionando o crescimento atual, uma possível desaceleração ou problemas na empresa poderiam ter consequências graves na economia dinamarquesa.

    Por isso, especialistas e autoridades ressaltam a importância de diversificar e fortalecer outros setores econômicos.

    Segundo Mads Lundby Hansen, economista-chefe do think tank dinamarquês CEPOS, “embora o desempenho da Novo Nordisk seja impressionante, é fundamental não esquecer o outro 99% da economia. Devemos continuar investindo em educação e infraestrutura para manter uma economia resiliente”.

    Um futuro promissor, mas incerto

    Os comércios de Kalundborg estão mais movimentados hoje devido ao boom econômico que beneficia a população.© Getty Images

    As ruas de Kalundborg hoje apresentam mais vida graças ao boom econômico que a população desfruta.

    Apesar das preocupações, o otimismo é palpável em Kalundborg e em toda a Dinamarca.

    A expansão da Novo Nordisk gerou empregos e estimulou investimentos em infraestrutura e educação.

    Um novo centro educacional com laboratórios e cursos especializados em biotecnologia está em desenvolvimento, sendo financiado em grande parte pela fundação sem fins lucrativos da Novo Nordisk.

    Andreas Verdoes, que abriu uma loja de roupas masculinas em Kalundborg há dois anos, diz à BBC que a cidade mudou graças à empresa.

    “Todos aqui têm uma conexão com a Novo Nordisk. Há anos, todos saíam da cidade para obter educação. Agora, há mais jovens na cidade. Acredito que o futuro é brilhante”.

    A Novo Nordisk se associou a um novo centro educacional equipado com toda a tecnologia necessária para impulsionar a biotecnologia© Getty Images

    No entanto, há necessidades urgentes que precisam ser atendidas.

    “Atualmente, precisamos de casas e apartamentos”, destaca Verdoes.

    A construção de uma nova rodovia que conectará Kalundborg à capital e a construção de mais de 1.200 novas moradias visam atender a essa demanda crescente.

    Enquanto isso, a comunidade de Kalundborg continua avançando, ciente de que o verdadeiro desafio será transformar esse impulso em um progresso duradouro que beneficie a todos.

    BBC

  • Mesmo com suspensão do X, regulamentação de redes sociais deve ficar a cargo do próximo presidente da Câmara

    Mesmo com suspensão do X, regulamentação de redes sociais deve ficar a cargo do próximo presidente da Câmara

    Em meio ao aumento de pressão para que o Congresso Nacional por regras mais rígidas envolvendo a regulamentação das redes sociais, o assunto deve ficar apenas para o ano que vem.

    Na esteira da suspensão do X decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e ratificada pela Primeira Turma da Corte, deputados ouvidos pela CNN têm dito nos bastidores que o assunto deve ficar apenas para depois das eleições que definirão a sucessão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

    A avaliação de deputados envolvidos no assunto é de que não haveria tempo hábil para as discussões enquanto parlamentares se articulam pela sucessão de Lira no comando da Casa e que o assunto deve ser retomado apenas pelo próximo presidente da Câmara.

    A leitura é de que não há “ninguém” na Câmara, já que os deputados estão debruçados sobre suas campanhas eleitorais, e que até o fim da campanha, “é capaz de o X estar de volta”, o que seria responsável por esfriar o assunto.

    Em junho, Lira criou um grupo de trabalho para discutir a regulamentação das redes sociais com 20 parlamentares das mais diversas matizes ideológicas.

    O grupo substituiu a tramitação do chamado Projeto de Lei das Fake News, que estava sob a relatoria de Orlando Silva (PCdoB-SP), porque, de acordo com o presidente da Câmara, o projeto estava “contaminado” pela discussão ideológica.

    O projeto enfrentava muita resistência por parte de parlamentares da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    CNN

  • Orçamento: Governo detalha bloqueio de R$ 13,3 bi; Saúde e Cidades são os mais afetados

    Orçamento: Governo detalha bloqueio de R$ 13,3 bi; Saúde e Cidades são os mais afetados

    Os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais afetados pelo bloqueio de R$ 13,3 bilhões no Orçamento, seguidos dos Ministérios da Educação e dos Transportes. O detalhamento do congelamento por órgão foi publicado pelo governo em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) da segunda-feira (30).

    De acordo com o documento, o Ministério da Saúde foi o mais atingido, com um bloqueio de R$ 4,500 bilhões de gastos, enquanto a pasta das Cidades teve um bloqueio de R$ 1,764 bilhão.

    O Ministério da Educação foi o terceiro mais afetado, com um bloqueio de R$ 1,374 bilhão. Já o Ministério dos Transportes sofreu um bloqueio de R$ 985,6 milhões – no decreto publicado em julho, a pasta era a terceira mais afetada pelo congelamento, quando sofreu uma contenção de R$ 1,5 bilhão.

    Os órgãos terão até dia 7 de outubro para indicar as programações e ações a serem bloqueadas.

    O congelamento detalhado no período da noite da segunda-feira (30), feito em razão da elevação das despesas obrigatórias no Orçamento, foi menor do que julho, quando houve uma contenção de R$ 15 bilhões. Isso porque a parcela de R$ 3,8 bilhões que estava contingenciada desde o último relatório bimestral, pela frustração de receitas, foi revertida. O bloqueio, no entanto, que era R$ 11,2 bilhões em julho, subiu R$ 2,1 bilhões para que seja cumprido o limite de gastos de 2024.

    O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) reforçou que o faseamento no empenho de gastos está mantido. Pela regra, os limites de empenho estão sendo divididos em dois períodos: até novembro e até dezembro. Dessa forma, os ministérios e órgãos poderão empenhar, até novembro, 50% do saldo a empenhar remanescente, sendo os outros 50% liberados para empenho apenas em dezembro.

    “Tal medida objetiva adequar o ritmo de execução de despesas ao avanço do exercício e à realização das receitas, de maneira que a condução da programação orçamentária e financeira ajude a prevenir riscos no ciclo de gestão fiscal do orçamento”, diz o MPO em nota.

    O faseamento é visto como uma forma de garantir que o governo tenha espaço para realizar novas contenções de gastos até o fim do ano caso haja aumentos de despesas obrigatórias ou frustração de receitas.

    CNN

  • Fidelidade a Bolsonaro pode ser vista nas intenções de voto em grandes cidades, diz especialista à CNN

    Fidelidade a Bolsonaro pode ser vista nas intenções de voto em grandes cidades, diz especialista à CNN

    O cientista de dados Sergio Denicoli, CEO da AP Exata, afirma que a fidelidade dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) permanece evidente nas pesquisas de intenção de voto em grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

    Esta observação surge em meio a um cenário de crescentes críticas ao ex-presidente e divisões dentro do espectro político da direita.

    Segundo Denicoli, aproximadamente 20% do eleitorado demonstra “confiança plena” em Bolsonaro, um percentual que se alinha com o desempenho de candidatos mais alinhados ao bolsonarismo nas capitais.

    “Esse cenário tem se alterado um pouco com o passar do tempo”, pondera o especialista.

    Sentimentos negativos e divisões na direita

    A análise da AP Exata revela que 41,2% dos sentimentos negativos relacionados a Bolsonaro expressam frustração e indignação devido a alianças políticas e a uma suposta insubordinação aos objetivos de Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

    A tristeza manifestada por apoiadores reflete o desapontamento com a divisão da direita, contrastando com a percepção de uma esquerda mais unida após disputas internas.

    Denicoli destaca que há uma aversão significativa às alianças do PL, incluindo o apoio de deputados do partido ao governo do PT e coalizões com setores da esquerda.

    Além disso, existe um temor quanto a possíveis derrotas eleitorais de candidatos apoiados por Bolsonaro.

    Impacto nas eleições municipais

    Apesar das críticas e divisões, os candidatos apoiados por Bolsonaro têm se mostrado bem posicionados em comparação com aqueles apoiados pelo presidente Lula nas disputas eleitorais das capitais.

    Este fenômeno sugere que, mesmo com os desafios enfrentados, o bolsonarismo mantém uma base sólida de apoio em centros urbanos importantes.

    O cenário político atual, portanto, apresenta uma complexidade que desafia análises simplistas.

    Enquanto a direita enfrenta rachaduras internas e críticas ao seu líder mais proeminente, a influência de Bolsonaro nas urnas permanece significativa, especialmente nas grandes cidades brasileiras.

    CNN

  • Empresária de 24 anos morre após fazer seis cirurgias plásticas simultâneas

    Empresária de 24 anos morre após fazer seis cirurgias plásticas simultâneas

    Viviane Lira Monte, uma empresária de 24 anos, morreu após fazer seis cirurgias plásticas ao mesmo tempo em Sobral, no interior do Ceará. Ela passou por procedimentos na barriga, nos seios, nas costas, nos braços e nos glúteos.

    A jovem morreu na última quinta-feira (26/9), após ter complicações e ficar internada. Ao portal g1, a família alega negligência médica, pois Viviane havia procurado outros médicos, que se recusaram a fazer as cirurgias de uma só vez. No entanto, um profissional acabou aceitando.

    Um amigo da vítima disse que ela ficou internada por 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes de morrer. “Ela tinha esse interesse de fazer cirurgia plástica e andou procurando alguns médicos. Esse médico que ela encontrou fazia coisas que os outros médicos disseram que não seria possível fazer tudo junto. Ela fez muitos procedimentos ao mesmo tempo. Ela pesquisou alguns outros médicos, mas eles se recusaram a fazer tantos procedimentos”, disse Ayrton Alcântara.

    Segundo ele, Viviane teria passado pelas seguintes cirurgias: mamoplastia redutora (redução de mama), lipoaspiração no abdômen, lipoaspiração nos braços, lipoaspiração nas costas, lipoaspiração no pescoço e lipoenxertia glútea. A cirurgia da jovem foi feita em 31 de agosto e ela foi liberada no dia seguinte, em 1º de setembro. No dia 2, Viviane começou a passar mal e o médico sugeriu que ela fosse levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Conforme relatado pela família ao G1, ele não estava mais na cidade.

    CORREIO BRAZILIENSE

  • Marburg: vírus com 88% de letalidade mata 6 em novo surto

    Marburg: vírus com 88% de letalidade mata 6 em novo surto

    O escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África informou que o novo surto do vírus Marburg em Ruanda, confirmado recentemente, já contabiliza 26 casos, com seis mortes. A maioria das vítimas fatais eram profissionais de saúde que atuavam em unidades de terapia intensiva, de acordo com o ministro da Saúde de Ruanda, Sabin Nsanzimana. Vinte pacientes estão em isolamento, e 161 pessoas que tiveram contato com os infectados estão sendo monitoradas.

    O vírus Marburg, pertencente à mesma família do ebola, é conhecido por sua alta letalidade, com uma taxa de mortalidade que pode atingir até 88%. A infecção provoca febre hemorrágica com início abrupto, caracterizada por alta temperatura, dor de cabeça e mal-estar intenso. A maioria dos infectados desenvolve sintomas graves em até sete dias. Atualmente, não há vacinas ou tratamentos antivirais específicos, embora algumas drogas estejam em fase de testes.

    A transmissão ocorre por meio de morcegos frugívoros, mas também pode se espalhar entre humanos pelo contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas ou superfícies contaminadas. O vírus já causou surtos graves no passado, como na República Democrática do Congo e em Angola, que resultaram em centenas de mortes.

    Nos últimos anos, surtos esporádicos foram registrados em países como Guiné Equatorial, Tanzânia, Quênia e Uganda, porém, de forma controlada. A OMS está implementando uma resposta rápida e coordenada para conter a propagação do vírus e ajudar Ruanda a controlar o surto de maneira eficaz.

    Embora o vírus seja originário da África, ele foi descoberto pela primeira vez em laboratórios da Alemanha, nas cidades de Marburg e Frankfurt, em 1967, após funcionários entrarem em contato com tecidos de macacos infectados da Uganda. O Marburg é uma zoonose, doença transmitida de animais para humanos, semelhante ao HIV, Covid-19 e a mpox.

    Notícias Ao Minuto

  • Papa diz que aborto é homicídio e médicos que fazem procedimento são sicários

    Papa diz que aborto é homicídio e médicos que fazem procedimento são sicários

    O Papa Francisco afirmou, nesta segunda-feira (29/9), que o aborto é um “homicídio”. “As mulheres têm o direito à vida: à sua própria vida e à vida de seus filhos. Não podemos esquecer de dizer isso: o aborto é um homicídio. A ciência diz que, no primeiro mês de concepção, todos os órgãos já estão formados… Assassina-se um ser humano”, disse. A fala do pontífice ocorreu em voo de retorno da Bélgica.

    “E os médicos que fazem isso são — permita-me a palavra — sicários. São sicários. E sobre isso não se pode discutir. Assassina-se uma vida humana. E as mulheres têm o direito de proteger a vida. Outra coisa são os métodos anticoncepcionais, isso é outra questão. Não confundam. Estou falando agora apenas sobre o aborto. E sobre isso não há discussão. Desculpe-me, mas é a verdade”, acrescentou Francisco.

    Além disso, o Papa comentou sobre outros temas, como por exemplo sobre casos de violência sexual na Igreja Católica. “Não há lugar para o abuso. Não há lugar para acobertar o abuso. Peço a todos: não acobertar os abusos. Peço aos bispos: não acobertar os abusos. Condenar os abusadores”, afirmou.

    O pontífice ainda fez um apelo por cessar-fogo imediato no Líbano e em Gaza. “Faço um apelo a todas as partes para que cessem imediatamente o fogo no Líbano, em Gaza, no resto da Palestina, em Israel”, disse, ressaltando que “muitas pessoas continuam morrendo dia após dia no Oriente Médio”.

    Com informações da AFP*

     

  • Lula volta a condenar ataques de Israel no Oriente Médio: ‘chacina’

    Lula volta a condenar ataques de Israel no Oriente Médio: ‘chacina’

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar nesta segunda-feira (30/9) os ataques de Israel no Oriente Médio, à Faixa de Gaza, ao Líbano e ao Iêmen. Segundo o presidente, Israel promove uma “matança desnecessária” de pessoas que não conseguem se defender.

    Ele afirmou ainda que apenas os líderes de grupos extremistas mortos são divulgados, mas não os inocentes atingidos nos ataques israelenses, em referência à morte do líder máximo do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e outras autoridades do grupo extremista.

    “É por isso que eu sou contra e condeno o que Israel está fazendo no Líbano agora, atacando e matando pessoas inocentes, porque só aparecem nos jornais os líderes que eles querem matar, mas as pessoas inocentes que morrem não aparecem”, declarou Lula ao participar do Fórum Empresarial Brasil-México, realizado na Cidade do México.

    “É por isso que eu sou contra a chacina na Faixa de Gaza, porque já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças. E depois você vai ter que reconstruir o que levou séculos para ser construído”, acrescentou ainda o presidente. O número citado por Lula, porém, representa o total de mortos em Gaza. Mulheres e crianças representam mais da metade dos óbitos, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Escalada das tensões

    O presidente voltou a disparar críticas contra o governo de Benjamin Netanyahu após a escalada no conflito. Israel já bombardeou alvos no Líbano, sede do Hezbollah, e país que reúne a maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio, e no Iêmen, onde está baseado o grupo rebelde dos Houthis.

    Há temor sobre um conflito generalizado na região após a ofensiva de Israel, e o Brasil já estuda como evacuar brasileiros que estão no Líbano. Sem citar o primeiro-ministro israelense por nome, Lula questionou a escala das ações militares desde os atentados de 7 de outubro, promovido pelo grupo extremista Hamas, baseado na Faixa de Gaza. Cerca de 1.200 israelenses foram mortos na ofensiva.

    “A guerra é a prova da insanidade do ser humano. A guerra é a prova da incapacidade civilizatória de um cidadão que acha que ele pode, na explicação de que tem que se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que não têm como se defender”, disse ainda Lula. Em sua fala, o petista também disse ser contra a guerra entre Ucrânia e Rússia, e argumentou que o conflito só trará destruição.

    Lula está no México para participar, amanhã (1º/10), da posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum. Hoje, além do fórum empresarial, o chefe do Executivo tem reuniões com Sheinbaum e com o atual presidente, Manuel López Obrador, que está em seu último dia no cargo.

    CORREIO BRAZILIENSE

  • Conta de energia fica mais cara a partir de amanhã

    Conta de energia fica mais cara a partir de amanhã

    A partir desta terça-feira (1º/10), o brasileiro terá um valor a mais para pagar nas contas de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que a bandeira tarifária para o mês de outubro será a vermelha, patamar 2.

    Com isso, o consumidor pagará R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos — um aumento na prática de R$ 3,41, tendo em vista que a bandeira patamar 1 em setembro estava em R$ 4,46. Isso ocorre em função dos baixos níveis dos rios e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro. Com a grande estiagem, o Sistema Interligado Nacional poderá utilizar energia gerada por usinas térmicas, que queimam combustíveis.

    O acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 2 não ocorria há 13 anos. A última vez foi em agosto de 2011. Em abril de 2022, uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto e a vermelha, patamar 1, em setembro.

    O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. O mecanismo da bandeira vermelha funciona como uma forma de alertar o consumidor sobre a situação enérgetica do país. A Aneel afirma que com as bandeiras tarifárias, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. “Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto”, conclui.

    Correio Braziliense

  • Mais de 500 bets vão sair do ar nos próximos dias, diz Haddad

    Mais de 500 bets vão sair do ar nos próximos dias, diz Haddad

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (30), que nos próximos dias mais de 500 sites de bets, portais na internet para jogos eletrônicos, serão banidos do país. Segundo ele, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai trabalhar para bloquear os acessos das plataformas no Brasil. A medida faz parte do esforço do governo para reduzir a dependência dos jogos.

    De acordo com Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que, após o prazo de seis meses depois que a legislação foi aprovada no Congresso Nacional no ano passado, o governo começasse a tomar as providências.

    “A primeira providência é banir do espaço brasileiro as bets que não foram regulamentadas. Tem cerca de 500/600 sites de apostas que vão sair do ar nos próximos dias, porque a Anatel vai vedar, bloquear no espaço brasileiro o acesso a esses sites”, disse em entrevista à CBN.

    O ministro também reforçou que quem tem dinheiro nesses sites, “peça já” a restituição. Segundo ele, às vezes o valor fica bloqueado no site, para apostas futuras e que as pessoas têm direito a essa restituição.

    No dia 17 de setembro, o Ministério da Fazenda emitiu um comunicado de que as bets, empresas de apostas de quota fixa, que ainda não solicitaram autorização de funcionamento terão suas operações suspensas a partir de 1º de outubro.

    Segundo a pasta, até o fim de dezembro, apenas empresas que já atuam no setor e solicitaram autorização no prazo poderão continuar operando. Todas as empresas que não estão em conformidade têm um período adicional de 10 dias para que os clientes retirem os saldos dos sites.

    Após esse período, as novas solicitações terão um prazo de 180 dias para serem analisadas. Até agosto, cerca de 113 bets haviam feito o pedido de funcionamento no Brasil.

    A lei das bets foi aprovada no fim do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), e dava prazo de no máximo dois anos prorrogáveis para regulamentar. O bloqueio faz parte de um conjunto de quatro ações do governo para conter a dependência do jogo, bem como coibir a lavagem de dinheiro.

    De acordo com Haddad, ainda nesta semana serão divulgadas as outras ações que foram pensadas:

    • Banir determinadas formas de pagamento, como Bolsa Família e cartões de crédito;
    • Acompanhar CPF por CPF para evitar dependência e lavagem de dinheiro;
    • Regulação da publicidade; segundo Haddad, o tema “está completamente fora de controle” e deve ser tratada como as propagandas de cigarro e álcool, para desestimular o consumo.

    “São quatro frentes de trabalho para o que deveria ser apenas um mero entretenimento eventual e que agora é dependência”, disse o ministro.

    Um outro ponto que vem sendo pensado pelo governo é a possibilidade de criar um canal para que as pessoas tenham controle sobre quanto apostam e quanto perdem. Nesse sentido, segundo Haddad, o usuário cadastra o número de celular e recebe as notificações.

    A proposta também pode abranger os familiares para que saibam do vício ou dependência dos jogos e consigam agir para proteger o apostador.

    “Podemos discutir esse assunto, do mesmo jeito que posso cadastrar para ser informado quanto apostei e perdi, posso colocar o do cônjuge ou de uma pessoa da família. Ou em casos graves, eventualmente com autorização legal, para poder alertar alguém. Estamos falando de casos graves em que o problema está identificável. Como deixar aquela família sem o alerta devido?”, questionou.

    Haddad ainda pontuou que o ministério da Fazenda vai oficiar a Anatel para bloquear os sites. “Do mesmo jeito que o X saiu do ar, por descumprir decisão judicial, essas empresas também têm que sair do ar do Brasil, por falta de adequação à legislação aprovada pelo Congresso Nacional”, frisou.

    CNN