Categoria: Destaque

  • Carro de luxo avaliado em R$ 1 milhão é usado pela Polícia Federal de Palmas como viatura

    Carro de luxo avaliado em R$ 1 milhão é usado pela Polícia Federal de Palmas como viatura

    Veículo utilizado nas operações pode fazer de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos e conta com um motor elétrico e a combustão

    Um carro de luxo da BMW, avaliado em R$ 1 milhão, está sendo utilizado como viatura pela Polícia Federal em Palmas, no Tocantins.

    A Polícia Federal ainda não confirmou o modelo do veículo, mas pelas características do vídeo e das fotos que circulam pela internet, tudo indica que ele pertence ao modelo i8 da marca alemã, que é potente e também pesa no bolso.

    Carro de luxo no combate ao crime
    Podendo chegar de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos, o carro é uma ótima opção para perseguições e abordagens policiais devido ao seu excelente desempenho na pista.

    @sanreiscreator

    Carrão de luxo está sendo usado como viatura pela PF. O ‘carrão’ é da marca alemã BMW e pode ultrapassar o custo de R$ 1 milhão em algumas versões mais recentes. #policiafederal #palmas #tocantins #noticias #brasil #lamborghini

    ♬ Sport Rock – Kidmada

    O modelo também conta com uma combinação de motor elétrico e a combustão e tem velocidade máxima de 250 km/h. O tanque do veículo também surpreende. Com capacidade total de 30 litros, ele seria capaz de fazer 11,3 km por litro na cidade e 13,6 km na estrada.

    Em contato com a Polícia Federal, a equipe de reportagem do Terra tentou obter informações sobre a situação jurídica do carro, detalhes sobre o ano e modelo, e se ele foi integrado ao patrimônio público ou está apenas cedido para uso da polícia. Em resposta, a corporação, no entanto, afirmou que não prestará informações sobre o veículo no momento. O espaço segue aberto.

    Terra

  • Haddad deve adiar envio da reforma do IR e descumprir prazo constitucional

    Haddad deve adiar envio da reforma do IR e descumprir prazo constitucional

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve adiar o envio da proposta de reforma do Imposto de Renda. A decisão descumpre o comando constitucional previsto na emenda da reforma tributária, promulgada pelo Congresso em dezembro e que deu prazo de 90 dias para o encaminhamento do texto.

    O prazo termina na próxima terça-feira (19). Como a emenda não fixou uma punição para o descumprimento, a equipe econômica optou em assumir o ônus de não enviar o projeto para privilegiar a regulamentação da reforma sobre o consumo, também exigida pela emenda -mas com um prazo mais folgado, de 180 dias (até meados de junho).

    O assunto já vinha sendo discutido na cúpula da Fazenda, mas, com a proximidade do prazo final, a opção foi adiar, segundo dois integrantes da equipe econômica.

    Um secretário da equipe de Haddad disse à reportagem, na condição de anonimato, que não há como terminar a reforma do consumo e fazer a da renda ao mesmo tempo, porque não há espaço na agenda política deste ano diante do calendário eleitoral.

    No primeiro semestre, o governo quer aproveitar a janela de votações para aprovar a regulamentação da reforma tributária, o que deve exigir o envio de três a quatro projetos. Pessoas a par das negociações informaram que o governo vai aproveitar a janela pós-eleição para tentar aprovar um projeto de modernização do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido).

    Mesmo a emenda dando 180 dias para enviar os projetos, a Fazenda, em negociação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu antecipar esse prazo para que o calendário das eleições municipais não prejudicasse a tramitação dos textos na Câmara e no Senado.

    Além do calendário eleitoral, que dificulta a votação, parlamentares envolvidos na discussão informaram que as negociações no Congresso podem demorar mais tempo devido à discussão paralela da regulamentação que já acontece na Câmara.

    Outro ponto é que investidores cobram a aprovação rápida da regulamentação por não saberem o tamanho das modificações que os congressistas vão aprovar. O temor é de aumento da carga tributária, mesma preocupação com a reforma da renda. Depois de várias medidas do governo para aumentar a arrecadação, o setor produtivo é contra a volta da tributação de lucros e dividendos -ponto central da reforma da renda.

    A preocupação dos empresários é de que o governo use a reforma da renda para aumentar ainda mais a arrecadação de olho em aumentar as despesas. É que o novo arcabouço fiscal atrela a possibilidade de aumento real de despesas ao comportamento das receitas.

    Um programa de assessoramento técnico à implementação da reforma foi criado no início de janeiro, com 19 grupos temáticos e outro de análise jurídica.

    Uma comissão de sistematização, coordenada pelo secretário Extraordinário de Reforma Tributária, Bernard Appy, ficará responsável em sintetizar e definir o escopo geral das propostas a serem apresentadas ao ministro Haddad, antes de serem enviadas ao Congresso.

    O governo deve ter um primeiro esqueleto dos projetos no fim de março, mas nem todos os grupos estão caminhando no mesmo ritmo, admitem interlocutores da Fazenda. Apesar do prazo apertado e divergências em alguns dos grupos, Appy quer manter o calendário.

    Folha de São Paulo

     

  • Rússia diz que França “já está envolvida” na guerra da Ucrânia após fala de Macron

    Rússia diz que França “já está envolvida” na guerra da Ucrânia após fala de Macron

    Na quinta-feira (14), Macron disse que a Rússia que não pararia na Ucrânia se derrotasse as tropas de Kiev, instando os europeus a não serem “fracos” e se prepararem para responder

    O Kremlin afirmou, nesta sexta-feira (15), que a França já está envolvida e agora sinaliza estar pronta para um envolvimento mais profundo na guerra na Ucrânia.

    A declaração foi uma reação à última declaração do presidente francês Emmanuel Macron sobre a possibilidade de enviar tropas para o conflito.

    Na quinta-feira (14), Macron disse que a Rússia que não pararia na Ucrânia se derrotasse as tropas de Kiev, instando os europeus a não serem “fracos” e se prepararem para responder.

    O presidente francês causou polêmica no mês passado ao dizer que não poderia descartar o destacamento de tropas para a Ucrânia no futuro.

    Muitos líderes europeus se distanciaram dessa possibilidade, enquanto outros, especialmente do Leste Europeu, apoiaram as palavras do francês.

    “Se a Rússia vencer essa guerra, a credibilidade da Europa será reduzida a zero”, afirmou Macron em entrevista na televisão, direcionada principalmente ao público francês, depois de líderes da oposição terem classificado seus comentários como belicosos.

    Macron afirmou que discorda “profundamente” dos líderes da oposição. “Hoje, decidir se abster ou votar contra o apoio à Ucrânia não é votar pela paz, é escolher a derrota. É diferente”, afirmou.

    O principal partido de oposição a Macron, representado pela extrema direita de Marine Le Pen, absteve-se no Parlamento de votar nesta semana sobre um acordo de segurança que Paris assinou com a Ucrânia, enquanto os esquerdistas do França Insubmissa votaram contra.

    “Se a guerra se espalhar pela Europa, a Rússia é a culpada”, acrescentou. “Mas se decidirmos ser fracos, se decidirmos hoje que não precisamos responder, será escolher a derrota. E eu não faço isso.”

    Ele afirmou ser importante que a Europa não sinalize fraqueza para o Kremlin, encorajando assim o avanço da invasão da Ucrânia, mas se recusou a dar detalhes de como seria o uso de tropas no país.

    “Não quero fazê-lo. Quero que a Rússia pare essa guerra, recue de suas posições e permita assim a paz”, acrescentou.

    “Não darei visibilidade a alguém que não está me dando nenhuma. Essa é uma pergunta para o presidente Putin. Não tenho razões para ser preciso.”

    Ele afirmou que a França jamais iniciaria uma ofensiva contra a Rússia e que não está em guerra contra Moscou, apesar do fato de os russos terem lançado grandes ataques contra interesses franceses em território nacional e no exterior.

    “O regime do Kremlin é um adversário”, disse, negando-se a chamá-lo de inimigo.

    CNN

  • Ex-comandante do Exército deixou claro a Bolsonaro que não participaria de golpe

    Ex-comandante do Exército deixou claro a Bolsonaro que não participaria de golpe

    Em depoimento à Polícia Federal (PF), o general Freire Gomes disse que ex-presidente estudava minuta que embasaria ruptura democrática

    O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, afirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou hipóteses de utilização de instrumentos jurídicos como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa e Estado de Sítio. Freire Gomes teria ainda alertado Bolsonaro que o Exército não participaria de um eventual golpe de Estado.

    Freire Gomes informou à PF que, pelo que se recorda, o almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, teria se colocado à disposição de Bolsonaro.

    O relato de Freire Gomes corrobora o que o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior declarou aos investigadores. Em sua oitiva, Baptista Junior narrou que em uma reunião com Bolsonaro, Garnier colocou suas tropas à disposição do então chefe do Executivo para um possível golpe de Estado.

    Freire Gomes relata ainda uma reunião no Palácio da Alvorada com Bolsonaro, os comandantes da Aeronáutica e da Marinha e o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. No encontro, o assessor da Presidência da República Filipe Martins teria lido os fundamentos jurídicos de uma minuta que embasaria a ruptura democrática.

    Após a leitura, Martins deixou o local e, logo em seguida, Bolsonaro disse aos comandantes das Forças que o documento estava em estudo.

    Em nova reunião, também no Alvorada, Freire Gomes alega que ele e Baptista Junior, da Aeronáutica, manifestaram suas posições contrárias à minuta e afirmaram que o texto não teria suporte jurídico.

    CNN

  • Netanyahu aprova planos para operação em Rafah

    Netanyahu aprova planos para operação em Rafah

    Anúncio acontece após reunião de alto nível do gabinete de segurança do governo de Israel

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “aprovou os planos de ação em Rafah”, disse seu escritório em um comunicado nesta sexta-feira (15).

    “A IDF está se preparando para o lado operacional e para a retirada da população”, disse o gabinete do primeiro-ministro.

    O anúncio acontece após uma reunião em Tel Aviv do gabinete de segurança israelense. Não havia mais detalhes imediatamente disponíveis.

    Há uma estimativa de 1,4 milhão de pessoas em Rafah, no sul de Gaza, muitas das quais foram deslocadas várias vezes de outras partes de Gaza.

    O gabinete do primeiro-ministro também disse que “em relação aos reféns – as exigências do Hamas ainda são ridículas. Uma delegação israelense partirá para Doha depois que o Gabinete de Política de Segurança discutir a posição de Israel.”

    Israel pretende transferir os palestinos deslocados de Rafah para “enclaves humanitários” em Gaza antes que qualquer ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF) à última área restante em Gaza onde os militares ainda não chegaram, disse o porta-voz da IDF, Daniel Hagari, a repórteres na quarta-feira (13).

    A IDF pretende invadir Rafah, disse ele, chamando-o de “algo que precisamos fazer.”

    Mas o momento do ataque depende das “condições para permitir isso”, disse Hagari.

    CNN

     

  • Gerente de empresa é demitido após oferecer ração de cachorro a funcionárias pelo Dia da Mulher

    Gerente de empresa é demitido após oferecer ração de cachorro a funcionárias pelo Dia da Mulher

    O gerente de uma distribuidora de cosméticos de Curitiba foi demitido por justa causa após oferecer ração de cachorro às funcionárias, como presente pelo Dia Internacional das Mulheres. O fato ocorreu em 2021.

    A demissão ocorreu logo depois, e o demitido recorreu à Justiça do Trabalho para tentar revertê-la. Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 9º Região (TRT-PR) confirmou a demissão por justa causa, em decisão executada no ano passado. O caso foi divulgado na segunda-feira, 11.

    A demissão por justa causa é a maior punição que um empregador pode aplicar ao empregado. Ele é desligado sem receber alguns direitos trabalhistas que, na demissão comum, o patrão é obrigado a pagar. A Consolidação das Leis do Trabalho elenca 14 situações em que o empregado pode ser demitido por justa causa.

    Durante o processo, cabia à empresa comprovar a conduta inadequada do funcionário. Para isso, segundo o TRT, a distribuidora de cosméticos apresentou vídeo em que o ex-gerente aparece entrando na empresa com um pacote de ração para cachorro.

    Também arrolou uma testemunha que confirmou que o funcionário ofereceu aquele pacote de ração como presente pelo Dia Internacional das Mulheres a um grupo de pelo menos quatro funcionárias. O demitido não apresentou prova em sentido contrário.

    Em 1ª instância, o processo tramitou na 17ª Vara do Trabalho de Curitiba e a sentença confirmou a justa causa. “As vítimas compreenderam o ato como insinuação que fossem ‘cadelas’”, registrou o Juízo, em decisão na qual reconheceu a presença dos três fatores para aplicação da punição: gravidade do fato, atualidade e imediação.

    Tanto a empresa como o demitido recorreram. Os recursos foram julgados pela 2ª Turma de Desembargadores do TRT e tiveram como relator o desembargador Célio Horst Waldraff, atual presidente do órgão. A 2ª Turma confirmou a sentença de 1º Grau e acolheu o recurso da empresa, que não teve de pagar férias proporcionais nem 13ª salário proporcional.

    “Há necessidade urgente de se enfrentar hierarquias estruturais que costumeiramente destinam à figura feminina um papel marginalizado na sociedade em geral e no próprio ambiente laboral. Tudo isso é reflexo do machismo estrutural. O preconceito contra as mulheres é a causa de atos e condutas discriminatórias de gênero, como a praticada pelo reclamante”, registrou o relator na decisão. O julgamento em 2ª instância ocorreu em agosto de 2022 e a decisão foi executada em setembro do ano passado.

    Na mesma ação, a Justiça do Trabalho confirmou o vínculo empregatício que o funcionário tinha com a empresa. Embora registrado como representante comercial, de 2020 a 2021 ele exerceu a função de gerente.

    Estadão

  • Argentina é processada nos EUA por não pagar combustível usado em avião presidencial

    Argentina é processada nos EUA por não pagar combustível usado em avião presidencial

    Uma empresa americana processou a Argentina por não realizar o pagamento do combustível utilizado no avião presidencial, gastos que correspondem majoritariamente ao período de governo de Alberto Fernández em 2023, mas também ao início da gestão de seu sucessor, Javier Milei.

    A Associated Energy Group (AEG Fuels), com escritórios centrais em Miami (sudeste) e filiais em cidades como Houston, Texas (sul), revelou que a Argentina “não cumpriu substancial e repetidamente com suas obrigações de pagamento pelo combustível e serviços prestados e faturados entre 18 de setembro de 2023 e 4 de janeiro de 2024”, segundo um processo apresentado na última quarta-feira em um tribunal federal do distrito sul do estado da Flórida.

    De acordo com o documento, a empresa processou a Presidência da Argentina para poder cobrar débitos que não foram pagos que superam os 351.000 dólares (1,7 milhão de reais), além das custas processuais, juros e taxas.

    A AEG Fuels explica que essa quantia corresponde a serviços prestados ao avião presidencial argentino ARG01 e ao jato ARG03 tanto dentro dos Estados Unidos (nos estados de Nova York, Texas, Massachusetts, Colorado e Kansas) como na Índia, África do Sul, Panamá e Peru.

    “A AEG exigiu diversas vezes o pagamento da dívida à Argentina, mas não recebeu o pagamento total da quantia devida. Apesar dos repetidos pedidos da AEG à Argentina, incluindo uma carta de solicitação datada de 12 de fevereiro de 2024, o demandado se negou a cumprir com todas as suas obrigações de pagamento”, explicou a empresa.

    A quantia de maior vulto corresponde a obrigações adquiridas durante o último ano da gestão do centro-esquerdista Alberto Fernández (2019-2023).

    Mas também há três recibos emitidos durante as primeiras semanas do governo de Javier Milei, que assumiu a Presidência em 10 de dezembro de 2023.

    Trata-se de um recibo de 26 de dezembro de 2023 por serviços ao ARG01 que chegam a 68.820 dólares (342 mil reais), outro de 4 de janeiro correspondente ao ARG03 de 1.245 dólares (7.091 reais) e uma taxa de 60 dólares (299 reais) por cancelamento ou adiamento do serviço ao avião presidencial, também de 4 de janeiro.

    Milei, que está determinado a controlar a inflação que registrou 276% interanual em fevereiro, implementou ajustes draconianos de gastos na Argentina para enfrentar uma severa crise econômica.

    Um deles é a decisão de deixar de usar o avião presidencial e viajar ao exterior em linhas comerciais com comitivas mais enxutas. Em seus primeiros três meses no cargo, ele viajou dessa forma para o Fórum de Davos (Suíça), Israel, Itália e EUA.

    IstoÉ

  • Em carta, Netanyahu convida Caiado para reunião em Israel

    Em carta, Netanyahu convida Caiado para reunião em Israel

    Viagem do governador deverá ter fechamento de parcerias e visitas a locais atacados pelo Hamas no dia 7 de outubro

    O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, endereçou nesta quarta-feira (13) uma carta ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em que o convida para uma reunião com o líder israelense durante sua viagem ao país, marcada para a próxima semana.

    O jornal O HOJE teve acesso à missiva que é assinada por Yossi Shelley, atual diretor-geral do gabinete de Netanyahu e ex-embaixador de Israel no Brasil durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Além da reunião com o primeiro-ministro, Caiado também deverá visitar empresas a fim de estabelecer parcerias nas áreas de tecnologia, segurança pública e recursos hídricos, segundo o convite.

    A previsão é que o governador embarque para Israel no dia 16 (próximo sábado) e retorne a Goiânia cinco dias depois, em 22 de março. Conforme antecipou O HOJE, além da reunião com Netanyahu, Caiado deverá ter encontros com o presidente do Parlamento israelense, Amir Ohana, com o presidente do país, Isaac Herzog, além de ida a locais atacados pelo Hamas no dia 7 de outubro.

    Sobre os atentados, que desencadearam o conflito que se arrasta desde o ano passado entre Israel e o grupo Hamas, o documento enviado pelo gabinete de Netanyahu ao Palácio das Esmeraldas ressalta que “o Estado de Israel atribui grande importância a esta visita [de Caiado], que terá lugar no contexto do maior ataque terrorista desde a criação do Estado de Israel, que conduziu a uma guerra pelo retorno dos sequestrados e pela eliminação da organização terrorista Hamas”.

    Além do gabinete do primeiro-ministro israelense, o convite para reunião de Caiado com Netanyahu foi confirmado pela Embaixada de Israel no Brasil na terça-feira (12) em carta enviada ao governador goiano e assinada por Daniel Zonshine, embaixador israelense no Brasil.

    Os custos da viagem do governador, como passagem aérea, traslado, alimentação e hospedagem, deverão ser bancados pelas entidades que o convidaram — a comunidade brasileira em Israel, representada pela organização Kehilat Or Israel, e também pela Gmach Brasil, além da embaixada israelense.

    O convite conjunto desses dois grupos representantes da comunidade brasileira enviado ao goiano, ao qual O HOJE teve acesso, prevê que durante o périplo ocorra encontros de conteúdo em colaboração com as Forças de Defesa de Israel, “bem como encontro com representantes oficiais e eventos com especialistas e portadores de informações relevantes das questões institucionais do conflito, e da geopolítica do Oriente Médio”.

    O HOJE apurou que Caiado deverá viajar a Israel acompanhado do tenente-coronel da Polícia Militar Rodrigo Hebert Corrêa, ajudante de ordens do governador.

    A viagem do governador goiano ocorre na esteira da crise diplomática entre Brasil e Israel, iniciada no mês passado após fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que associou os ataques israelenses à Faixa de Gaza ao Holocausto perpetrado por Hitler e chamou de “genocídio”. Após isso, o governo israelense reagiu às declarações de Lula e o chamou de “persona non grata”.

    A agenda em Israel será o primeiro ato depois da assinatura do termo de cooperação entre o governo goiano e o país israelense, firmado em fevereiro, durante a inauguração do parque “Am Israel Chai” (O povo de Israel vive) na sede do Detran Goiás. A ação prestou homenagem às vítimas do atentado terrorista do dia 7 de outubro do ano passado, quando cerca de 1,2 mil israelenses foram mortos.

    Auxiliares do Palácio das Esmeraldas afirmam que, para além das questões diplomáticas e de estabelecimento de parcerias, a viagem de Caiado a Israel não fugirá do tom político de contraponto ao presidente Lula, uma vez que o petista está com as relações desgastadas com Israel após a repercussão negativa de suas declarações no mês passado.

    O governador goiano tem intensificado ações em torno do seu projeto presidencial para 2026 e feito gestos ao espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro, a exemplo da participação no ato convocado pelo ex-chefe do Planalto na avenida Paulista, em São Paulo (SP), no dia 25 de fevereiro. À época, sob o agito internacional a respeito das falas polêmicas de Lula, Bolsonaro exibiu a bandeira de Israel no trio elétrico em que estavam Caiado e a primeira-dama Gracinha Caiado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e outros políticos.

    Caiado, que estará em Israel com o governador paulista, tem adotado postura de diálogo e equilíbrio sobre o conflito no Oriente Médio. Entre o fim de fevereiro e o início deste mês, ele recebeu os embaixadores de Israel e também da Palestina — este último em jantar realizado no Palácio das Esmeraldas no dia 6.(OHOJE)

  • Bancos farão mutirão nacional de renegociação de dívidas a partir desta sexta

    Bancos farão mutirão nacional de renegociação de dívidas a partir desta sexta

     Os bancos e as instituições financeiras do país farão uma ação nacional de renegociação de dívidas a partir desta sexta-feira (15), informou a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

    O Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, promovido em parceria com o Banco Central, Procons e a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), visa fornecer condições melhores de negociação para clientes inadimplentes. A campanha vai até 15 de abril, e a lista de instituições participantes pode ser conferida neste link (https://meubolsoemdia.com.br/Materias/mutirao-da-negociacao).

    De acordo com a Febraban, poderão ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e demais modalidades de crédito contratadas junto a instituições financeiras desde que não estejam prescritas ou com bens dados em garantia, como motos, veículos, imóveis, entre outros.

    Não há limite de valor das contas em atraso ou delimitação de faixas de renda. A Febraban, porém, afirma não indicar o mutirão para consumidores assegurados pela Lei do Superendividamento, uma espécie de proteção legal à pessoa física excessivamente endividada que pode pedir, na Justiça, a repactuação dos débitos.

    A recomendação do órgão é que os ditos “superendividados” entrem em contato com o Procon para pedir orientação.

    A negociação poderá ser feita diretamente com o banco ou instituição credora por meio de canais oficiais de atendimento e pelo portal consumidor.gov.br. É preciso ter conta Gov.br nível prata ou ouro para acessar a plataforma.

    O mutirão se soma a outras iniciativas do tipo, como o programa Desenrola Brasil do governo federal, que renegociou mais de R$ 24,2 bilhões em volume financeiro e beneficiou 2,7 milhões de consumidores no ano passado.

    “O mutirão nacional é mais uma iniciativa dos bancos para reduzir o endividamento e trazer alívio financeiro às famílias endividadas”, afirmou Amaury Oliva, diretor executivo de Cidadania Financeira da Febraban, em nota.

    “A renegociação de dívidas inclui redução de taxas, extensão dos prazos para pagamento, alteração nas condições de pagamento, migração para outras modalidades de crédito mais baratas, de acordo com a política de cada instituição participante.”

    A ação ainda fornecerá conteúdos sobre educação financeira e acesso a canais como o Registrato, um sistema do Banco Central que permite acessar a lista de dívidas no nome do consumidor.

    O percentual de famílias com dívidas, em atraso ou não, chegou a 78,1% em janeiro deste ano, segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O número ficou acima dos 77,6% de dezembro e dos 78% de janeiro do ano passado, mas a parcela de inadimplentes recuou a 28,3% –o menor valor desde março de 2022.

    O percentual daqueles que não terão condições de pagar as contas ficou em 12% no primeiro mês de 2024, abaixo dos 12,2% de dezembro, mas ainda acima dos 11,6% do mesmo período do ano passado.

    FolhaPress

  • Governo Lula vê queda no preço dos alimentos até abril

    Governo Lula vê queda no preço dos alimentos até abril

    O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência, Paulo Pimenta (PT-RS), afirma que cortou verba publicitária da Jovem Pan em razão de fake news disseminadas pela emissora.

    Ele diz que seguiu entendimentos do TCU (Tribunal de Contas da União), ainda que não haja decisão que cite especificamente a emissora.

    A Jovem Pan foi excluída das primeiras ações publicitárias da gestão Lula (PT). Em dezembro, porém, a emissora recebeu cerca de R$ 90 mil da Secom para veicular jingles da campanha de fim de ano do governo federal.

    O veículo se tornou alvo do Ministério Público Federal por abrigar comentaristas bolsonaristas que defenderam teses golpistas sobre as urnas eletrônicas. Em novembro de 2022, a Jovem Pan ainda perdeu a monetização de seus vídeos no Youtube por “repetidas violações das políticas contra a desinformação em eleições”, o que só foi revertido recentemente.

    “Não foi por uma decisão política, existe uma recomendação do TCU, a partir de um encaminhamento sobre veículos que propagavam fake news. Portanto nós simplesmente seguimos a orientação e a regra dessa recomendação de evitar a vinculação de conteúdo”, disse Pimenta à Folha de S.Paulo.

    “Como foi aberta investigação específica sobre a questão da Jovem Pan, inclusive depois do 8 de janeiro, por conta dessa vedação, nós nos sentimos sem possibilidade de manter a empresa no plano de mídia”, acrescentou.

    Questionado sobre a reaparição da emissora em campanha publicitária da Secom de dezembro, Pimenta mudou o discurso e disse que não há veto para anunciar na empresa. “Não há uma vedação, há uma recomendação, uma orientação.”

    “Se uma agência, se um ministério, entende que para uma determinada a campanha a Jovem Pan… Não tem nenhuma vedação nesse sentido”, disse ainda.

    Procurada, a Jovem Pan não quis se manifestar.

    Nos quatro anos de Bolsonaro (2019-2022), a rede de rádio e TV firmou contratos com o governo que somaram R$ 18,8 milhões, de acordo com informações públicas da Secom sobre as campanhas da própria pasta e de ministérios.

    A soma ainda desconsidera os valores de anúncios de bancos e estatais, como a Petrobras, mantidos sob sigilo sob argumento de que podem colocar em risco estratégias empresariais.

    Em janeiro, o Ministério Público Federal de São Paulo instaurou inquérito civil público para apurar eventuais violações de direitos e abusos da Jovem Pan “decorrentes da veiculação de conteúdos desinformativos sobre o funcionamento das instituições brasileiras” e com “potencial de incitação à violência e a atos antidemocráticos”.

    Pressionada, a emissora fez tentativas de modular o discurso e se afastar do bolsonarismo. O grupo demitiu parte dos comentaristas mais alinhados ao ex-presidente, como Augusto Nunes, Caio Coppolla, Guilherme Fiúza, Rodrigo Constantino e Zoe Martínez.

    Após os ataques de 8 de janeiro, a emissora anunciou ainda o afastamento de Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, herdeiro da empresa fundada pelo avô, da presidência da empresa. Tutinha continua no Conselho de Administração.

    A troca se deu no mesmo dia em que o Ministério Público Federal de São Paulo instaurou o inquérito civil contra a Jovem Pan.

    O MPF afirmou recentemente à Justiça que não conseguiu chegar a um acordo com a Jovem Pan e pediu a retomada da ação que pede a cassação de concessões públicas do grupo de mídia.

    A Procuradoria também orientou a União a instaurar processo administrativo que pode tornar a emissora “inidônea” e impedir contratos da Jovem Pan com o governo federal. O documento do MPF, porém, não tem poder de cortar a publicidade da empresa antes do fim das ações judiciais ou administrativas.

    No processo movido pelo MPF, a AGU (Advocacia-Geral da União) chegou afirmar que “seria extremamente perigoso ao próprio regime democrático atribuir a qualquer órgão estatal o papel de avaliar a ‘qualidade dos conteúdos’ veiculados pelas emissoras de rádio ou TV”.

    Após repercussão negativa sobre a posição da advocacia, o ministro Jorge Messias disse que a União vai passar a atuar no polo ativo da ação. Em nota, a AGU afirmou que concorda com o pedido de condenação da empresa ao pagamento de R$ 13,4 milhões em indenização por dano moral coletivo, mas que não apoia a retirada da outorga de radiodifusão da emissora.

    Em julho de 2023, após a Folha de S.Paulo mostrar que a Jovem Pan havia desaparecido das campanhas publicitárias do governo, a emissora publicou um texto reclamando da partilha da verba dos anúncios federais.

    Pimenta afirma que já conversou com a Jovem Pan sobre as razões para cortar a verba da empresa. Ele nega que tenha reinserido a emissora em planos de mídia após a empresa tentar amenizar o discurso bolsonarista.

    O acórdão do TCU citado por Pimenta é de novembro de 2022. O ministro afirmou à reportagem que a decisão era contra a Jovem Pan e mencionava a empresa, mas o texto do tribunal não é direcionado a nenhum veículo específico.

    Após a entrevista com Pimenta, a reportagem voltou a questionar a Secom sobre quais trechos da decisão levaram o governo a cortar a verba da emissora.

    Em nota, a secretaria citou o ponto que determina que o governo “faça cessar, nos contratos sob sua responsabilidade, o direcionamento de recursos de campanhas publicitárias do Governo Federal para plataformas/canais/mídias que se relacionem a atividades ilegais”.

    A decisão do TCU também estabelece que contratos com agências de publicidade devem inserir “cláusulas que incentivem a identificação e o combate a veiculação de campanhas publicitárias em mídias digitais associadas a fake news”.

    A Secom informou ainda que publicou em 26 de fevereiro uma instrução normativa com regras para evitar a veiculação de propagandas do governo em sites com fake news.

    Folha de S.Paulo