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  • Golpe da maquininha se espalha pelo país e já causou prejuízo de R$ 4,8 bi

    Golpe da maquininha se espalha pelo país e já causou prejuízo de R$ 4,8 bi

    O número de estelionatos explodiu no Brasil. Em seis anos, os registros desse tipo de crime – golpe da maquininha– aumentaram mais de 400%, segundo dados divulgados nesta semana. Só em 2024, foram mais de dois milhões de casos — uma média de quatro vítimas por minuto.

    Entre os golpes mais comuns está o da maquininha, agora com uma nova versão: criminosos que se passam por taxistas para enganar passageiros. O Fantástico mostrou como funciona (assista à reportagem completa no vídeo acima).

    As imagens de câmeras de segurança mostram o padrão: o carro estaciona e o passageiro está distraído ou com pressa para chegar em casa. O veículo parece ser um táxi, mas é conduzido por um criminoso. Ao final da corrida, na hora do pagamento, o suposto taxista diz que a maquininha não aceita PIX e pede o cartão físico, mas sem aproximação.

    A vítima, então, digita a senha, a corrida é paga e ela desce do carro sem desconfiar de nada. Só depois, ao checar o extrato ou receber uma notificação do banco, descobre que teve a conta esvaziada. Isso porque o condutor entregou uma maquininha adulterada, que registra a senha digitada pela vítima.

    Foi o que aconteceu com a aposentada Nunzia Caruso, em São Paulo. “Ele falou: ‘Eu prefiro que a senhora me pague com o cartão’. Ele me deu a máquina, eu digitei. Aí ele pegou a maquininha, o cartão, e ficou pra lá e pra cá com a maquininha. Ele falou: ‘É, não tem sinal’”, contou.

    Minutos depois, Nunzia recebeu uma mensagem de compra no valor de R$ 4.900. Ao tentar bloquear o cartão, percebeu que estava com o nome de outra pessoa. “Ele trocou meu cartão, me deu de outra pessoa, e ele ficou com o meu.”

    Um botão camuflado permite que o golpista simule um erro na transação e visualize a senha digitada. “Ele já tem a senha sua, os dados do banco, tudo, e o cartão trocado. Tá pronto para ele aplicar o golpe”, explicou o delegado André Figueiredo.

    Além disso, enquanto simula problemas de conexão, o golpista memoriza os dados da vítima e, em um momento de distração, troca o cartão por outro. Com a senha e o cartão verdadeiro em mãos, realiza compras de alto valor sem que a vítima perceba imediatamente.

    Com esses dados, os estelionatários fazem compras de até R$ 17 mil. A estimativa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública é de que o golpe da maquininha tenha causado um prejuízo de R$ 4,8 bilhões em apenas 12 meses.

    O médico Thales Bretas, viúvo do humorista Paulo Gustavo, também foi vítima. Ele e uma amiga entraram em um falso táxi no Rio de Janeiro.

    “Quando a gente estava chegando no restaurante, o taxista começou a falar: ‘O carro ferveu, desce do carro porque ele pode explodir.’ Era tudo uma encenação”, relatou.

    O criminoso usou uma maquininha sem visor, com a tela no celular. “Ele ainda falou assim comigo: ‘Não aceita cartão por aproximação, tem que ser o cartão físico.’” Thales só percebeu o golpe ao receber um SMS com a confirmação da compra em um valor muito maior do que o da corrida. O prejuízo foi de R$ 4.215.

    Thales Bretas (à esquerda), viúvo do humorista Paulo Gustavo, também caiu no golpe da maquininha — Foto: Fantástico
    Thales Bretas (à esquerda), viúvo do humorista Paulo Gustavo, também caiu no golpe da maquininha — Foto: Fantástico

     

    Fonte G1/Fantástico

  • Moraes proíbe uso de fardas por réus durante interrogatório da tentativa de golpe de Estado

    Moraes proíbe uso de fardas por réus durante interrogatório da tentativa de golpe de Estado

    As defesas dos réus da trama golpista questionaram nesta segunda-feira (28) a ordem de Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) para que os acusados não sejam interrogados trajando fardas militares.

    A Primeira Turma do STF ouve nesta segunda réus do chamado núcleo 3, composto por nove militares e um agente da PF acusados de atacar o sistema eleitoral e articular ações que criaram as condições para a ruptura institucional — entre elas, um plano para assassinar autoridades que pudessem resistir ao golpe.

    Os tenentes-coronéis Rafael Martins e Hélio Ferreira Lima estavam com farda no início da audiência, mas foi solicitado que trocassem de roupa. As defesas questionaram, alegaram que não havia previsão legal para a restrição.

    O juiz-auxiliar do STF afirmou que a ordem foi do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal.

    “Essa é uma determinação do ministro relator. A acusação é contra militares e não contra o exercito como um todo”, afirmou o juiz.

     

    Diante disso, a defesa de Rafael Martins ainda sugeriu o adiamento do interrogatório, ao passo que o juiz-auxiliar sugeriu que o advogado verificasse a possibilidade de arrumar uma outra roupa ou não.

    Até a última atualização desta reportagem, os réus ainda não tinham sido ouvidos ou trocado de roupa.

    Serão interrogados nesta segunda:

    • Bernardo Romão Correa Netto, coronel
    • Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva
    • Fabrício Moreira de Bastos, coronel
    • Hélio Ferreira Lima,  tenente-coronel
    • Márcio Nunes de Resende Jr. , coronel
    • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel
    • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel
    • Ronald Ferreira de Araújo Jr. tenente-coronel
    • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros tenente-coronel
    • Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal

    Fonte G1

  • Acordo EUA e União Europeia faz Brasil perder parceiro de peso nas negociações sobre tarifaço

    Acordo EUA e União Europeia faz Brasil perder parceiro de peso nas negociações sobre tarifaço

    Na semana derradeira, o Brasil perdeu um aliado de peso a seu lado na batalha com o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. A União Europeia, grupo visto como importante parceiro na geopolítica mundial do Brasil, fechou no domingo (27) um acordo com os Estados Unidos, tirando o caráter de urgência do tratado com o Mercosul.

    Enquanto isso, a equipe de Lula aguarda as justificativas legais para o tarifaço de 50%, já que Trump reforçou ontem que não vai adiar o prazo de entrada em vigor das novas tarifas recíprocas dos EUA com o resto do mundo, no dia 1º de agosto.

    Vale lembrar que o Brasil tem déficit comercial com os EUA. Ou seja, por esse lado não há base legal para a imposição das novas taxas.

    A Casa Branca pode alegar que a Secretaria de Comércio (USTR) norte-americana analisa práticas comerciais desleais da parte do Brasil.

    Mas, nada disso vai afastar a imagem de que o componente político, de apoio a Bolsonaro, é um dos principais motivos para a sanção ao Brasil, além da tentativa de proteger as big techs por aqui.

    Em Nova York para agendas na ONU, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enviou recados que gostaria de se encontrar com o secretário de Estado, Marco Rubio, e poderia ir a Washington numa última tentativa antes da entrada em vigor do tarifaço.

    Enquanto isso, a oposição critica o presidente Lula de não ter feito nenhum esforço pessoal para reabrir as negociações.

    Apesar das críticas, o Brasil de fato buscou negociar, o vice-presidente Geraldo Alckmin conversou com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick mas, realmente, Lula poderia ter pelo menos feito uma ligação para Donald Trump para tentar distensionar a relação. 

    Não o fez e agora é criticado pela oposição. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) faz, em um tom de desafio, claro, um apelo para que Lula deixe de lado a ideologia e telefone para Trump em busca de reabrir as negociações.

    G1

  • Governo Lula diz que soberania é inegociável após Trump confirmar taxas

    Governo Lula diz que soberania é inegociável após Trump confirmar taxas

    O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou neste domingo (27.jul.2025) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “continua e seguirá aberto” para negociar o tarifaço de 50%  de Trump com os Estados Unidos, mas que a soberania do Brasil e o Estado democrático de Direito são “inegociáveis”.

    Em nota (leia a íntegra abaixo), o órgão chefiado pelo vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin (PSB), disse que as conversas com os norte-americanos, por orientação de Lula, são feitas “com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica”.

    “O Brasil e os Estados Unidos mantêm uma relação econômica robusta e de alto nível há mais de 200 anos. O governo brasileiro espera preservar e fortalecer essa parceria histórica, assegurando que ela continue a refletir a profundidade e a importância de nossos laços”, afirmou. O comunicado foi divulgado depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), confirmar que o tarifaço começará em 1º de agosto –sem adiamento.

    “O 1º de agosto é para todos. Todos os acordos começam em 1º de agosto”, disse o republicano ao lado de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, durante entrevista a jornalistas em Turnberry, na Escócia. Quando questionado se há algum outro acordo que os EUA buscam, Trump disse que tenta chegar a uma negociação com “3 ou 4 países”, mas não especificou quais.

    6 MESES DE ISOLAMENTO

    Apesar de dizer que o governo Lula tem buscado negociar “sem qualquer contaminação política ou ideológica” desde 9 de julho, quando Donald Trump anunciou o tarifaço, os atos e declarações do presidente, de integrantes do PT e do governo não têm seguido essa orientação. O clima para uma possível negociação de alto nível piorou. Essa deterioração foi sentida em Washington também por causa de algumas decisões controversas recentes do ministro Alexandre de Moraes.

    O presidente Lula protagonizou na semana passada uma escalada de uma retórica beligerante contra Trump e os EUA. O petista nunca se interessou em ter uma reunião direta com Trump desde a posse do norte-americano (em 20 de janeiro). Disse que não teria assunto para conversar e teria de ficar contando piada. Passaram-se 6 meses de isolamento do Brasil em relação aos EUA. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que nunca conseguiu ser recebido pelo chefe do Departamento de Estado norte-americano, Marco Rubio.

    Lula disse na semana passada que se Trump estava trucando ao impor tarifas, o Brasil iria pedir 6 –numa alusão ao jogo de cartas truco, em que o blefe é uma das estratégias principais. Em suma, o presidente brasileiro sugeriu que o norte-americano está blefando.

    O petista também reclama que ninguém atende aos pedidos de conversa com o Brasil —sem relembrar que em 2024 disse que Trump era uma espécie de fascismo e nazismo com nova cara. No caso de Moraes, quando o ministro determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria usar tornozeleira eletrônica, tratou os Estados Unidos como uma nação inimiga. O ministro também disse que Bolsonaro poderia dar entrevistas, desde que o conteúdo não aparecesse em redes sociais (algo inexequível pela impossibilidade de impedir que uma entrevista seja replicada na internet). Na prática, as entrevistas do ex-presidente ficaram proibidas. Esse tipo de medida é vista como cerceamento à liberdade de expressão nos EUA.

    Na madrugada de sábado (26.jul), por determinação de Moraes, foi retirado da praça dos Três Poderes o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), que estava disposto a ficar ali, em silêncio e numa barraquinha, para protestar contra o que considera ser um processo injusto contra Jair Bolsonaro (acusado de tentativa de dar um golpe de Estado em 2022). O magistrado mandou expulsar o congressista e também proibiu qualquer tipo de manifestação no local, que fica em frente à sede do Supremo Tribunal Federal. Nos EUA, em frente à Casa Branca, em Washington, ou em outros locais da capital norte-americana é comum haver barraquinhas montadas com pessoas praticamente morando nesses locais para protestar contra alguma política do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário.

    Leia abaixo a íntegra da nota do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços:

    “Desde o anúncio das medidas unilaterais feito pelo governo norte-americano, o governo brasileiro, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem buscando negociação com base em diálogo, sem qualquer contaminação política ou ideológica. “Reiteramos que a soberania do Brasil e o Estado democrático de Direito são inegociáveis. No entanto, o governo brasileiro continua e seguirá aberto ao debate das questões comerciais, em uma postura que já é clara também para o governo norte-americano.

    “O Brasil e os Estados Unidos mantêm uma relação econômica robusta e de alto nível há mais de 200 anos. O governo brasileiro espera preservar e fortalecer essa parceria histórica, assegurando que ela continue a refletir a profundidade e a importância de nossos laços.”

    Fonte: Poder 360

  • Nos EUA,  Chanceler Mauro Vieira aguarda sinal para negociar tarifaço

    Nos EUA, Chanceler Mauro Vieira aguarda sinal para negociar tarifaço

    O Brasil informou as autoridades americanas sobre a ida do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, aos Estados Unidos (EUA), e sobre a disposição do chanceler em discutir o tarifaço. Nas conversas, o Itamaraty reforçou uma “reiterada disposição de negociar”.

    A ida, originalmente, é para participar de discussões em uma conferência internacional de alto nível da ONU (Organização das Nações Unidas) a partir desta segunda-feira (28) sobre a criação do Estado palestino.

    Mauro Vieira, a priori, fica em Nova York até terça-feira (29), mas estaria disposto a esticar a viagem até Washington em caso de sinalizações positivas de autoridades do governo Trump.

    Para isso acontecer, fontes do governo brasileiro afirmam que é preciso haver abertura dos americanos e que não basta só um lado querer negociar.

    O tarifaço de 50% em cima do Brasil foi prometido para entrar em vigor a partir da próxima sexta-feira, 1º de agosto.

    Até aqui, o Brasil tentou dialogar por canais institucionais e encontrou portas fechadas em quase todas as tentativas.

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, chegou a conversar com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, dias atrás. O mesmo secretário confirmou no fim de semana que não haverá prorrogação no prazo dado.

    A declaração foi feita durante uma entrevista ao programa Fox News Sunday com Shannon Bream.

    CNN

  • Filho mata mãe após briga motivada por dívidas com bets em MG

    Filho mata mãe após briga motivada por dívidas com bets em MG

    Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu nesta sexta-feira (25) Matteos França Campos, de 32 anos, após ele confessar ter matado a mãe, a professora Soraya Bonfim, 56, durante uma briga motivada por dívidas com bets e crédito consignado.

    Em coletiva de imprensa, a qual o Portal iG teve acesso, a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, do Núcleo de Feminicídio, disse que Matteos alegou que as dívidas de jogos online  causaram uma série de brigas entre os dois.

    À polícia, ele afirmou que estava muito atordoado com a situação financeira e que “surtou” durante uma discussão com a mãe no dia 18 e a enforcou. Ele não chegou a revelar o valor das dívidas.

    O crime

    O corpo de Soraya foi encontrado no último domingo (20), em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, dois dias após desaparecer. Ela era professora de História no Colégio Santa Marcelina, localizado na Pampulha.

    Foi o próprio filho quem registrou boletim de ocorrência por desaparecimento no sábado (19). Ele alegou que a mãe, a quem tinha visto pela última vez na quinta-feira (17), não havia visualizado suas mensagens. Ele pediu a uma tia que fosse até a casa de Soraya, mas ela não foi encontrada.

    Matteos estava na casa do pai quando foi preso. À polícia, ele contou que matou a mãe no dia 18 e colocou o corpo no porta-malas do carro dela, levando-o até Vespasiano para desová-lo. Depois, viajou para a Serra do Cipó com os amigos.

    O corpo foi encontrado coberto por um lençol, seminu e com sinais de violência sexual e queimaduras. No entanto, segundo a Polícia Civil, não há indícios de estupro. A suspeita é de que o próprio filho forjou a cena para não ser incriminado.

    O celular dele foi apreendido pela polícia, que agora investiga dívidas bancárias e registros de apostas. A investigação aponta que mãe e filho tinham rendas separadas e ainda não há confirmação de que ele pedia dinheiro para ela para pagar as dívidas.

    Após a prisão, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, do governo estadual, informou que o suspeito será exonerado do cargo que ocupava na pasta.

    PORTAL IG

  • Após decisão de Moraes, Sóstenes nega ato no STF e diz estar no Rio

    Após decisão de Moraes, Sóstenes nega ato no STF e diz estar no Rio

    O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que está no Rio de Janeiro após ser citado na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a retirada de parlamentares que estavam acampados na Praça dos Três Poderes em protesto contra as restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Avisem o ministro Alexandre de Moraes que ele deve estar confundindo os fatos ou surtando. Estou no Rio de Janeiro, trabalhando na minha base eleitoral. Não estou em frente ao STF, como ele decidiu afirmar em sua decisão de me retirar”, escreveu em publicação no X.

    O deputado também disse que o Brasil já não é mais uma democracia.

    “O STF agora expulsa deputados eleitos por “possível crime”: Sem flagrante. Sem crime. Sem nem estarmos presentes. O Brasil precisa acordar: isso já não é mais uma democracia”, completou.

    Na decisão, Moraes cita nominalmente os deputados federais Hélio Lopes (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-AL), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT). O deputado Cabo Gilberto também negou a participação no acampamento.

    A decisão atende pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).

    O ministro também notificou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para que não permita novos acampamentos na Praça dos Três Poderes. A decisão fala em prisão em flagrante caso haja “resistência ou desobediência” dos envolvidos em “possível ato criminoso”.

    Acampamento

    O deputado Hélio Lopes montou uma barraca em frente ao STF na tarde da última sexta-feira. Com uma fita branca na boca, o parlamentar afirmou que o ato representa um protesto contra decisões recentes do Supremo.

    Na mesma tarde, Coronel Chrisóstomo visitou Lopes e informou que também se juntaria ao protesto. Chrisóstomo disse que o ato era pacífico e tinha objetivo de “mostrar a insatisfação” a respeito das ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Em publicação no X após a decisão de Moraes, Lopes afirmou que a Praça dos Três Poderes foi cercada e que havia uma ação judicial em curso para retirá-lo do local. “Se a liberdade precisa de escolta, então já não estamos em uma democracia plena”, disse o deputado.

    https://x.com/DepSostenes/status/1948991058647400810

    CNN

  • Trump deve usar Lei Magnitsky contra ministros do STF na semana que vem

    Trump deve usar Lei Magnitsky contra ministros do STF na semana que vem

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia impor novas sanções contra autoridades do governo brasileiro, em especial aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), conforme apurou o analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna.

    A expectativa é de que Trump utilize a Lei Magnitsky para impor restrições contra juízes da Suprema Corte que votaram a favor das punições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que apura tentativa de golpe de Estado.

    As punições incluem o congelamento de eventuais bens nos Estados Unidos e sanções secundárias, que afetariam instituições e empresas que mantêm negócios com os magistrados.

    As restrições podem se estender a serviços bancários e outras operações envolvendo empresas que possuem vínculos comerciais com os Estados Unidos, criando um efeito cascata nas relações financeiras dos alvos das sanções.

    Em um cenário de médio prazo, as medidas podem se agravar com o possível descredenciamento da embaixadora Maria Luiza Viotti Ribeiro em Washington, o que representaria na prática sua expulsão dos Estados Unidos.

    A motivação das retaliações é política, não comercial. O plano, que já está nas mãos do secretário de Estado americano, segundo fontes ouvidas pela CNN, prevê uma escalada em fases, considerando as prováveis reações do governo brasileiro.

    As novas sanções devem atingir inicialmente o alto escalão do Palácio do Planalto, com a suspensão de vistos para entrada nos Estados Unidos. A medida, no entanto, não deve afetar diretamente o presidente Lula nem a primeira-dama, Janja.

    O que é a Lei Magnitsky?

    A medida, prevista na legislação americana, permite que os EUA imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

    A lei foi aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, e prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. Para que a medida seja utilizada, o presidente dos EUA deverá apresentar provas de infrações ao Congresso americano, o que pode incluir notificações extrajudiciais e provas de violação dos direitos humanos.

    A lei prevê aplicação para agentes que reprimem denúncias de corrupção, limitam liberdades fundamentais e atuam contra eleições democráticas.

    Além dessa medida, Trump também considera impor restrições a empresas e instituições que fazem negócios com esses ministros.

    Alinhamento das Américas

    Essa ação faz parte de um plano extenso, que está nas mãos do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e servirá de exemplo para a América Latina, conforme analisa Lourival.

    O líder republicano planeja, de acordo com Lourival impor um alinhamento ideológico e geopolítico das Américas. Desta forma, a medida em última instância seria o descredenciamento da embaixadora brasileira em Washington, levando ao rompimento da relação entre Brasil e Estados Unidos.

    CNN

  • Moraes autoriza uso da força para retirar deputados de protesto pacífico em Brasília

    Moraes autoriza uso da força para retirar deputados de protesto pacífico em Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou há pouco, na virada de sexta (25) para sábado (26), o uso da força policial para desmobilizar o acampamento de deputados federais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

    A medida atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou risco à segurança institucional. Na decisão, Moraes determinou a “remoção imediata” dos parlamentares Hélio Lopes (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT), além de qualquer outro indivíduo no local.

    O ministro também autorizou “prisão em flagrante” com base nos crimes de resistência ou desobediência caso os manifestantes se recusassem a cumprir a ordem judicial.

    “Defiro integralmente os pedidos da Procuradoria-Geral da República”, escreveu Moraes no despacho, que também determinou o acionamento da Polícia Federal e da Polícia Militar do Distrito Federal para o cumprimento da decisão. “Compete especialmente à Polícia Militar do Distrito Federal a adoção de todas as providências necessárias à efetiva remoção dos referidos indivíduos do local.”

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi intimado da decisão e se deslocou pessoalmente até o local para tentar uma solução negociada. Em diálogo com o desembargador aposentado Sebastião Coelho, interlocutor dos parlamentares e crítico do STF, Ibaneis demonstrou desconforto: “Eu não concordo com as coisas que estão acontecendo, Sebastião.”

    Em entrevista ao Estadão, o governador confirmou que, caso não houvesse acordo, a polícia local estava autorizada a prender os deputados. “Vamos tentar tirar pacificamente. Se não saírem, serão presos”, afirmou.

    Image

    Após a negociação, os parlamentares concordaram em transferir suas barracas para outro ponto da Esplanada dos Ministérios, fora da área considerada sensível, onde estão localizados o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Para reforçar a segurança, a Polícia Militar interditou o acesso de veículos à Praça dos Três Poderes.

    Fonte : Conexão Política

  • Trump rejeita plano da França de reconhecer Estado Palestino: “Não importa”

    Trump rejeita plano da França de reconhecer Estado Palestino: “Não importa”

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, amenizou o anúncio do presidente da França, Emmanuel Macron, de que o país planeja reconhecer o Estado Palestino na 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que irá acontecer em setembro.

    “Ele é legal. Ele sabe trabalhar em equipe, basicamente. Aqui está a boa notícia: o que ele diz não importa. Isso não vai mudar nada”, comentou o presidente americano.

    O anúncio feito por Macron no X foi uma surpresa para muitos. Esse comunicado fez com que a França se torne o primeiro país ocidental do Conselho de Segurança da ONU a tomar essa decisão.

    A decisão provocou indignação de Israel, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que ela “apenas serve à propaganda do Hamas e prejudica a paz”.

    “É um tapa na cara das vítimas do dia 7 de outubro (de 2023)”, afirmou Rubio, se referindo ao primeiro ataque do Hamas contra Israel, que resultou na morte de 1.200 pessoas e marcou o primeiro dia do conflito.

    Trump pareceu menos preocupado com a decisão da França, classificando-a como inútil.

    “Ele fez uma declaração. Essa declaração não tem peso algum. Ele é um cara muito bom. Eu gosto dele. Mas essa declaração não tem peso”, destacou.

    CNN