Categoria: Destaque

  • Após tarifaço de Trump, Gonet finaliza parecer por condenação de Bolsonaro

    Após tarifaço de Trump, Gonet finaliza parecer por condenação de Bolsonaro

    finalização do parecer por condenação de Bolsonaro ocorre poucos dias após o tarifaço de Trump, que anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros em resposta ao avanço das investigações do STF contra o ex-presidente. Mesmo diante da pressão internacional, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai entregar nos próximos dias o parecer no qual pede a responsabilização de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula e Geraldo Alckmin.

    Segundo apuração da imprensa, o documento será enviado até segunda-feira (14) ao gabinete do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, data-limite para as alegações finais da PGR. A equipe de Gonet garantiu a interlocutores que o imbróglio diplomático com os Estados Unidos não muda o rumo do processo. “Essa verborragia do Trump precisa ser solenemente desprezada”, afirmou uma fonte da cúpula da Procuradoria-Geral da República.

    Nos bastidores do Supremo, cresce a expectativa de que o parecer seja duro e que a condenação de Bolsonaro inclua uma pena entre 20 e 30 anos de prisão. Para os advogados envolvidos, se réus com participação menor no 8 de janeiro já pegaram penas de até 17 anos, o ex-presidente, apontado como líder da tentativa golpista, deve enfrentar uma pena significativamente maior.

    A denúncia afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com o objetivo de subverter a ordem democrática. A apuração revela que houve reuniões no Palácio da Alvorada para discutir uma minuta golpista.

    Um dos depoimentos mais impactantes, segundo a PGR, foi o do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, que confirmou as articulações e até a discussão sobre prender o ministro Moraes após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.

    O caso, considerado histórico pelo Supremo, será julgado pela Primeira Turma da Corte até setembro. A prisão do general Walter Braga Netto, outro réu do núcleo central do plano, acelerou os trâmites da ação penal. Moraes determinou que, mesmo durante o recesso do STF, os prazos continuem correndo, “em virtude de tratar-se de ação penal com a existência de réu preso”.

    Com o tarifaço de Trump ampliando as tensões entre Brasil e Estados Unidos, e a pressão da comunidade jurídica por uma resposta firme, o julgamento da trama golpista ganha ainda mais peso político e institucional. A expectativa é que a peça assinada por Paulo Gonet reforce de forma contundente o pedido pela condenação de Bolsonaro.

    *Com informações do O Globo

  • Trump anuncia tarifa de 35% sobre importações do Canadá

    Trump anuncia tarifa de 35% sobre importações do Canadá

    O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, voltou nesta quinta-feira (10) a atacar o Canadá, com uma tarifa aduaneira adicional de 35%, e criticou o país vizinho por ter retaliado com impostos. O anúncio foi feito em carta dirigida ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney, semelhante às que Trump enviou desde a última segunda-feira a cerca de 20 países. Assim como nos demais casos, a tarifa se soma aos impostos aplicados a setores específicos, como os de aço, alumínio e automóveis. “Em vez de colaborar com os Estados Unidos, o Canadá tomou represálias com suas próprias tarifas. A partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Canadá uma taxa de 35% sobre os produtos canadenses enviados aos Estados Unidos, à parte de todas as tarifas setoriais”, diz Trump na carta, publicada na plataforma Truth Social.

    Negociação tensa

    Os produtos canadenses e mexicanos foram inicialmente afetados por sobretaxas americanas de 25%, com uma tarifa mais baixa para a energia produzida no Canadá. Mas, por fim, Trump anunciou isenções para os produtos que entram nos Estados Unidos em virtude do T-MEC, que abrange uma ampla gama de bens. Desde então, Canadá e México negociam um acordo comercial com os Estados Unidos. No mês passado, Ottawa anunciou que estava abandonando seu imposto sobre os serviços digitais, que entraria em vigor em 1º de julho, após Trump suspender as conversas, por considerar a taxa “um golpe direto” nos Estados Unidos. A tensão afeta o comércio entre os dois países. A proporção de exportações canadenses para os Estados Unidos caiu para 68,3% em maio, uma das cifras mais baixas, segundo autoridades do Canadá.

    Jovem Pan

  • Tarcísio se reúne com encarregado dos EUA e pede revisão de tarifaço

    Tarcísio se reúne com encarregado dos EUA e pede revisão de tarifaço

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se reuniu nesta sexta-feira (11) em Brasília com o encarregado de negócios dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, e pediu revisão da sobretaxa de 50% anunciada pelo presidente Donald Trump., o “Tarifaço“.

    Tarcísio de Freitas (Republicanos), Governador de São Paulo, e o ex-Presidente, Jair Bolsonaro (PL), durante a Conferência de Política Ação e Conservadora - CPAC Brasil 2024, realizada no Expocentro, em Balneário Camboriú

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, esteve em Brasília na tarde de quinta-feira (10) para um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL. A reunião ocorreu em um restaurante no Distrito Federal e foi registrada em um vídeo que ambos publicaram nas redes sociais. O encontro acontece em um momento delicado, marcado pelas tarifas que Donald Trump impôs ao Brasil.

     

    CNN/Jovem Pan

  • Reino Unido e França anunciam cooperação nuclear em visita de Macron a Londres

    Reino Unido e França anunciam cooperação nuclear em visita de Macron a Londres

    Reino Unido e a França fecharam um acordo nesta quarta-feira (9) que visa aprofundar a cooperação nuclear e fortalecer a dissuasão em relação ao uso de armamentos desse tipo por outros países. Em um importante passo à frente para a parceria nuclear entre o Reino Unido e a França, um documento recém-assinado declarará pela primeira vez que os respectivos meios de dissuasão de ambos os países são independentes, mas podem ser coordenados, e que não há ameaça extrema à Europa que não provoque uma resposta de ambas as nações, afirmou o Ministério de Defesa britânico em comunicado nesta quarta-feira.

    O presidente da França, Emmanuel Macron, cumpriu uma extensa agenda em Londres, na primeira visita oficial de um líder francês ao Reino Unido após o Brexit. Macron e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também concordaram em encomendar mais mísseis de cruzeiro Storm Shadow, mais letais, ao mesmo tempo em que intensificam o trabalho de substituição, como parte de um novo acordo renovado assinado nesta quarta.

    *Com informações do Estadão Conteúdo 

  • Sandro Mabel se reúne com ministro Alexandre Padilha em busca de recursos para a saúde de Goiânia

    Sandro Mabel se reúne com ministro Alexandre Padilha em busca de recursos para a saúde de Goiânia

    O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, se reuniu nesta quarta-feira (9/7), em Brasília, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para apresentar demandas e buscar recursos destinados à melhoria da saúde pública da capital. Ao lado do secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, Mabel detalhou projetos da atual gestão e reforçou o compromisso com a ampliação da oferta de serviços à população.

    Durante o encontro, o prefeito destacou a adesão de Goiânia ao programa Mais Especialistas, lançado recentemente pelo governo federal. O objetivo é ampliar o número de profissionais atuando em áreas essenciais da rede pública de saúde. “Estamos entusiasmados com a possibilidade de integrar esse programa, que certamente vai melhorar o atendimento à população goianiense”, afirmou Mabel.

    O prefeito também expôs ao ministro as dificuldades herdadas da gestão anterior em Goiânia, e os esforços empenhados por ele antes mesmo de tomar posse, para reorganizar a saúde do município. Entre as ações implementadas, citou a retomada do atendimento pediátrico 24 horas em unidades de saúde, a renovação de mobílias, a parceria com hospitais particulares e os ajustes nos pagamentos de fornecedores.

    “Nós estivemos com todos os hospitais particulares e garantimos para eles a regularização dos pagamentos e uma tabela que os atenda. Com isso, vamos conseguir realizar muitas cirurgias e dar vazão à fila de espera. Goiânia vai se tornar referência”, garantiu o prefeito.

    Mabel também solicitou apoio do Ministério da Saúde para a ampliação do Teto MAC (Média e Alta Complexidade), que define o limite de repasses federais à capital para procedimentos de maior complexidade, além da construção de novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

    O ministro Alexandre Padilha elogiou o empenho da gestão e disse que a pasta está à disposição para apoiar a capital. “O prefeito Sandro Mabel tem nos animado com sua determinação. Desde os primeiros dias à frente da prefeitura demonstrou compromisso em transformar Goiânia em exemplo na atenção especializada. Pode contar com o Ministério da Saúde e com toda a bancada federal. Estamos juntos para enfrentar os desafios da saúde pública”, afirmou Padilha.

    O secretário Luiz Pellizzer também considerou o encontro positivo. “O ministro demonstrou comprometimento e entendeu o momento que a capital vive atualmente. Tenho certeza de que a parceria será importante para alcançarmos mais recursos e oferecer um atendimento digno à população.”

  • Câmara aprova projeto que cria 40 cargos da polícia judicial e 160 funções comissionadas no STF

    Câmara aprova projeto que cria 40 cargos da polícia judicial e 160 funções comissionadas no STF

    A Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto de lei que cria 160 funções comissionadas de nível FC-6 para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de 40 cargos de técnico judiciário de agente da polícia judicial. O texto será enviado ao Senado.

    O Projeto de Lei 769/24, do Supremo, foi aprovado nesta quarta-feira (9) com substitutivo do relator, deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR).

    Segundo o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, as funções comissionadas serão para os gabinetes de dez ministros da corte (dez por excluir o do ministro presidente). Essas funções, de maior valor (R$ 3.256,70), substituirão as FC-4 (R$ 2.056,28) e FC-3 (R$ 1.461,81) para ajudar a reter profissionais mais qualificados nos gabinetes.

    De acordo com a justificativa do órgão, cada ministro tem 31 servidores em seu gabinete, dos quais 20 são servidores do quadro efetivo, sendo 17 deles com funções comissionadas, mas apenas uma delas é FC-6.

    Com a criação de 16 FC-6 para cada gabinete, as funções de menor valor (3 FC-4 e 13 FC-3) serão destinadas às demais unidades do Supremo, principalmente as destinadas à atividade finalística (prestação jurisdicional).

    Impacto orçamentário
    Conforme a proposta, para 2025 e 2026, a criação das funções comissionadas custará R$ 7,8 milhões a cada ano. No entanto, com a criação de mais 40 cargos técnicos de agente da polícia judicial, o impacto não foi recalculado.

    Segundo o projeto, as despesas de criação dos cargos serão bancadas pelas dotações orçamentárias do STF no Orçamento-geral da União. A criação das funções comissionadas ocorrerá em 2025 e anos seguintes com observância do quadro específico do anexo da Lei Orçamentária Anual (LOA), além de depender de autorização expressa na respectiva Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

    Debate em Plenário
    O deputado Helder Salomão (PT-ES) afirmou que a proposta vai qualificar a ação do STF. “Queremos uma corte suprema independente para ter garantida a nossa soberania. A votação desta matéria deve ser compreendida como iniciativa para fortalecer o STF”, disse.

    Sobre a criação de cargos de agente da polícia judicial, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), ressaltou que a segurança dos ministros do STF precisa ser aumentada porque eles têm sido constantemente ameaçados desde os ataques aos três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

    Já o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) avaliou que o STF não contribui com os cortes de despesas. “Estamos aqui com o projeto aumentando 160 funções gratificadas para gente que já ganha salários altíssimos, até como deputados”, afirmou.

    Ele também criticou a criação dos cargos de policiais judiciários, afirmando que haverá cerca de dez agentes para cada ministro do STF.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Deputados criticam anúncio dos EUA de tarifa de 50% para as exportações brasileiras

    Deputados criticam anúncio dos EUA de tarifa de 50% para as exportações brasileiras

    Deputados criticaram o anúncio dos Estados Unidos de tarifa de 50% para as exportações brasileiras. Para parlamentares da oposição, a ação seria consequência da atuação do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF). Já representantes da base governista disseram que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro poderia estar auxiliando nas ações do governo norte-americano.

    Nesta quarta-feira (9), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto, em carta pública ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trump justificou a medida com críticas ao STF, mencionando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como “vergonha internacional” e acusando o Brasil de atacar eleições livres e censurar redes sociais americanas.

    O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o Executivo tomará todas as medidas para enfrentar a crise diplomática derivada da decisão do governo dos EUA. “O governo brasileiro não vai aceitar essa decisão do governo americano porque ela fere a soberania do Brasil, os acordos internacionais e, sobretudo, a democracia brasileira”, declarou.

    Guimarães citou a Lei 15.122/25, que permite ao Poder Executivo adotar contramedidas em relação a países ou blocos econômicos que criarem medidas de restrição às exportações brasileiras, sejam de natureza comercial (sobretaxas) ou de origem do produto (de área desmatada, por exemplo).

    O texto foi aprovado com urgência pelos senadores e pelos deputados no início de abril, como reação ao primeiro “tarifaço” anunciado por Trump. Segundo a lei, o Brasil poderá adotar taxas maiores de importações vindas dos Estados Unidos ou de blocos comerciais ou suspender concessões comerciais e de investimento.

    Discussão e Votação de Propostas Legislativas. Dep. José Guimarães (PT - CE)
    José Guimarães: a decisão do governo norte-americano fere a soberania do Brasil

    Em discurso no Plenário, o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) classificou como absurda a taxação anunciada pelo governo dos Estados Unidos. “É uma coisa absurda, está nos tratando como sabujo dos americanos. O Brasil tem de reagir, não pode ficar de joelhos”, afirmou. Mattos apresentou uma moção contra a taxação imposta.

    Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a ação de Donald Trump ataca instituições, como o Supremo Tribunal Federal, e a democracia brasileira. “Quem fica do lado da Nação vai defender a democracia, as urnas, as conquistas do nosso povo que elegeu Lula, a economia brasileira e quem produz”, disse.

    O deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) afirmou que essa taxa vai tirar empregos dos trabalhadores brasileiros para levar para os Estados Unidos.

    O deputado Ivan Valente (Psol-SP) também criticou a medida. “Cadê os capachos do imperador Trump depois da decretação de taxação de 50% sobre todos os produtos brasileiros? E a explicação não é econômica, é política.”

    O deputado Joseildo Ramos (PT-BA) afirmou que o bloco dos BRICS está incomodando o “delegado do mundo”, em referência ao presidente Trump. O presidente dos EUA disse que o bloco estaria tentando enfraquecer os EUA e substituir o dólar como moeda padrão global. Em resposta, Lula declarou que os países do BRICS são soberanos.

    O BRICS é um bloco de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Egito, Arábia Saudita, Etiópia, Indonésia e Irã.

    Responsabilidade democrática
    Segundo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a culpa da taxação seria do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. “Quer que tire a taxa do Brasil, está na mão de vocês. Comece a ter boa relação”, disse.

    A taxação seria, para Nikolas Ferreira, culpa de um presidente “sem diplomacia ou tato” com um país importante para a economia brasileira.

    Discussão e Votação de Propostas Legislativas. Dep. Nikolas Ferreira (PL - MG)
    Nikolas Ferreira responsabilizou Lula e o ministro Alexandre de Moraes pela taxação

    Já o deputado Zé Trovão (PL-SC) afirmou que as taxas de Trump teriam a ver com “a falta de responsabilidade diplomática” do presidente Lula.

    Os culpados da tarifa seriam o presidente Lula e os ministros do STF, na opinião do deputado Gilson Marques (Novo-SC). “O Trump, na carta onde ele estabelece o tarifaço de 50%, diz, literalmente, quem é o culpado dessa tarifa”, afirmou.

    “Esse anúncio de taxação de 50% ao Brasil é devido a essa postura antidemocrática e perseguidora [do Supremo Tribunal Federal], comparando o Brasil com países como Venezuela”, afirmou o deputado Junio Amaral (PL-MG).

    Auxílio nos EUA
    Deputados da base do governo afirmaram que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro poderia estar auxiliando nas ações do governo norte-americano contra a economia brasileira. Ele decidiu se licenciar do mandato e morar nos Estados Unidos, onde se encontra desde 27 de fevereiro.

    “O bolsonarismo vai ser responsabilizado pela sociedade, por usar um correspondente lá fora, que é deputado, se diz patriota e faz contra o Brasil”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “O senhor Eduardo Bolsonaro, que fugiu da responsabilização no Brasil e articulou esse tarifaço por lá, parece estar morando em uma mansão”, disse o deputado Glauber Braga (Psol-RJ).

    O deputado Helio Lopes (PL-RJ) disse que a taxação não está relacionada a Eduardo Bolsonaro, mas sim à atuação do Judiciário. “Ele [Trump] foi bem específico: é o STF”, declarou.

    O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), lembrou que já tinha entrado com pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro por “traição nacional”.

    Segundo o líder, o dia de hoje é histórico pelo tamanho da agressão de uma potência estrangeira. “Na carta, as motivações econômicas entram no fim. Nunca tivemos uma corrente política como a extrema-direita bolsonarista que articula contra interesses nacionais”, disse Lindbergh Farias.

    Moção de louvor
    Mais cedo nesta quarta-feira (9), a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara aprovou uma moção de louvor a Donald Trump (REQ 121/25), a pedido dos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).

    O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que foi uma “burrice” a reação do presidente Lula ao “receber um alerta” da maior potencial mundial. “Vocês não tem habilidade política internacional nenhuma. O governo está colhendo o que semeou, semeou no mundo alianças com terroristas”, disse.

    O presidente Lula, em rede social, disse que a elevação unilateral de tarifas pelos EUA será respondida à luz da lei brasileira de reciprocidade econômica. “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, declarou.

    Segundo Lula, é falso o alegado déficit norte-americano. “As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos”, afirmou.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Lula avalia recorrer à OMC contra tarifa de Trump

    Lula avalia recorrer à OMC contra tarifa de Trump

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% ao Brasil.

    O argumento do governo brasileiro é de que não há motivação técnica para o tributo, já que a balança comercial é deficitária para o Brasil, e desrespeita o princípio da concorrência igualitária.

    A carta publicada pelo presidente norte-americano, com viés político em defesa de Jair Bolsonaro (PL), será uma das provas utilizadas pelo governo brasileiro.

    Em março, o Brasil já havia apresentado documento à OMC contra o anúncio de tarifas sobre o aço e o alumínio.

    Nos últimos anos, porém, a OMC vem enfrentando críticas por estar paralisada diante das tarifas anunciadas por Donald Trump.

    Um recurso à entidade mundial, contudo, apesar de ter pouca chance de êxito, costuma ser um primeiro passo para anúncio, posterior, de retaliações.

    O governo brasileiro alega que todas as tarifas aplicadas na importação de produtos pelo Brasil seguem os parâmetros da entidade, incluindo a do etanol, uma queixa do governo estadunidense.

    Em março, Lula já havia afirmado que, se não houver outra maneira, o governo brasileiro deve retaliar os Estados Unidos.

    CNN

  • Trump envia carta a Lula e impõe tarifa de 50% a produtos brasileiros

    Trump envia carta a Lula e impõe tarifa de 50% a produtos brasileiros

    O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados ao país norte-americano, com início marcado para 1º de agosto de 2025. A medida foi comunicada oficialmente em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada nesta quarta-feira (9), e representa uma retaliação direta aos supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão e ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Na carta endereçada ao Palácio do Planalto, Trump não poupou críticas à condução dos processos judiciais no Brasil. Ele classificou as ações contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas” que, segundo ele, “deve ser encerrada imediatamente”. “A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro — um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos — é uma desgraça internacional”, escreveu Trump.

    Críticas ao STF e à censura digital

    O republicano também disparou contra o Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a Corte brasileira de emitir “ordens de censura secretas e ilegais” contra plataformas norte-americanas de redes sociais. Segundo Trump, essas decisões violam os princípios da liberdade de expressão e justificam medidas de proteção comercial.

    “Devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e os direitos fundamentais à liberdade de expressão dos americanos (…), cobraremos uma tarifa de 50% sobre qualquer produto brasileiro enviado aos Estados Unidos”, diz o texto. Trump também alertou que produtos redirecionados por outros países para driblar a tarifa também estarão sujeitos à sobretaxa.

    Relações comerciais sob pressão

    O presidente dos Estados Unidos afirmou que as relações comerciais com o Brasil são “muito injustas” e culpou políticas tarifárias e barreiras comerciais brasileiras pelos desequilíbrios na balança comercial. Ele argumenta que a tarifa imposta é “muito inferior ao que seria necessário” para restaurar a paridade entre os países.

    “Nossa relação tem sido, infelizmente, muito distante da reciprocidade (…). A tarifa de 50% é bem inferior ao necessário para que haja igualdade de condições comerciais”, afirma Trump.

    Investigação e ameaças de sanções

    Trump também ordenou ao Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, que inicie uma investigação sob a Seção 301 da legislação comercial americana, com o objetivo de apurar práticas desleais atribuídas ao Brasil, sobretudo no que tange ao comércio digital. Além disso, ele deixou claro que qualquer aumento de tarifas por parte do Brasil resultará em retaliação adicional por parte dos EUA.

    “Se por qualquer razão o Brasil decidir aumentar suas tarifas, então qualquer valor que o Brasil aplicar será adicionado aos 50% que cobraremos”, advertiu.

    Possibilidade de negociação

    Apesar do tom duro, Trump deixou uma abertura para o diálogo e possível redução da tarifa, desde que o Brasil promova uma abertura comercial e eliminação de barreiras. “Essas tarifas poderão ser modificadas — para cima ou para baixo — dependendo do nosso relacionamento com seu país. Você nunca ficará decepcionado com os Estados Unidos da América”, concluiu o republicano.

    A carta intensifica a tensão diplomática entre os dois países em um momento de crescente instabilidade geopolítica e de polarização eleitoral nos Estados Unidos. Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo da mensagem nem sobre as possíveis consequências da nova medida tarifária.

    Leia a carta na íntegra:

    “Conheci e lidei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros Líderes de Países. A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!

    Além disso, tivemos anos para discutir nossa relação comercial com o Brasil e concluímos que devemos nos afastar da relação comercial de longa data e muito injusta gerada pelas políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil. Nosso relacionamento tem estado, infelizmente, longe de ser recíproco.

    Por favor, entenda que o número de 50% é muito menor do que o necessário para termos condições de concorrência equitativas que devemos ter com o seu país. E isso é necessário para retificar as graves injustiças do atual regime.

    Como você sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas de seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos todo o possível para obter aprovações de forma rápida, profissional e rotineira, em outras palavras, em questão de semanas.

    Se por algum motivo você decidir aumentar suas tarifas, então, qualquer que seja o número que você escolher para aumentá-las, será adicionado aos 50% que cobramos. Por favor, entenda que essas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos de políticas tarifárias e não-tarifárias e barreiras comerciais do Brasil, causando esses déficits comerciais insustentáveis ​​contra os Estados Unidos.

    Devido em parte aos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos (conforme recentemente ilustrado pela Suprema Corte brasileira, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS às plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e despejo do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todo e qualquer Produtos brasileiros enviados para os Estados Unidos, desvinculados de todas as Tarifas Setoriais. As mercadorias transbordadas para fugir desta Tarifa de 50% estarão sujeitas a essa Tarifa mais elevada.

    Este défice é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional! Além disso, devido aos contínuos ataques do Brasil às atividades de comércio digital de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais injustas, estou instruindo o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301.

    Se você deseja abrir seus mercados comerciais até então fechados para os Estados Unidos e eliminar suas políticas e barreiras comerciais tarifárias e não-tarifárias, talvez consideraremos um ajuste nesta carta.

    Estas Tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo da nossa relação com o seu País. Você nunca ficará desapontado com os Estados Unidos da América.

    Obrigado pela sua atenção a este assunto!

    https://truthsocial.com/@realDonaldTrump/114825119138468153

  • Desvio de emendas: PF encontra citação a líder do governo na Câmara

    Desvio de emendas: PF encontra citação a líder do governo na Câmara

    Mensagens interceptadas pela PF (Polícia Federal) em investigação sobre desvio de emendas parlamentares continham menções ao líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE).

    Ele, no entanto, não é alvo de investigação neste momento. A PF afirma que são necessárias “diligências específicas” para esclarecer se de fato houve alguma irregularidade.

    As conversas constam nos autos da operação deflagrada nesta terça-feira (8) contra um esquema de desvios que tinha como líder o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE).

    A investigação aponta que o operador da fraude, Carlos Alberto Queiroz, conhecido como Bebeto, oferecia emendas a prefeituras cearenses em troca de uma “comissão” que chegava a 12%.

    Em uma das conversas analisadas pela PF, Bebeto cita Guimarães como um dos deputados que teria destinado emendas a municípios do estado, recursos voltados à saúde e a obras de pavimentação.

    Em outra mensagem, Bebeto diz ter tomado conhecimento da indicação, também por parte de Guimarães, de R$ 2 milhões em emendas para a prefeitura de Choró.