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  • Ancelotti na Seleção: veja os detalhes do contrato milionário

    Ancelotti na Seleção: veja os detalhes do contrato milionário

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira (12/5), Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira. Ele vai comandar o Brasil até a Copa do Mundo de 2026 e já treinará o Brasil nos dois próximos jogos pelas Eliminatórias diante do Equador e Paraguai, no próximo mês.

    Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o treinador receberá cerca de R$ 4 milhões por mês. Sendo assim, com salário anual de aproximadamente R$ 50 milhões, Ancelotti se tornará o técnico de seleção mais bem pago do mundo.

    O contrato milionário também inclui benefícios. Há a previsão de um bônus de 5 milhões de euros (cerca de R$ 31,6 milhões na cotação atual) caso o Brasil vença a Copa de 2026.

    Além disso, Ancelotti deixará Madri e passará a viver no Rio de Janeiro. O aluguel da nova moradia do treinador será totalmente custeado pela CBF. Os deslocamentos para fora do país serão feitos por um jatinho fretado pela entidade esportiva.

    “Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro,” destacou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

    Carlo Ancelotti é o maior vencedor da Champions League, com cinco títulos, e único treinador a conquistar as cinco principais ligas europeias.  O italiano passou pelo Milan, Real Madrid, Chelsea, PSG e Bayern de Munique.

    Correio Braziliense

  • INSS vai devolver valores. Confira como será o processo

    INSS vai devolver valores. Confira como será o processo

    Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que sofreram descontos de associações ou sindicatos sem autorização começam a ser notificados nesta terça-feira (13) por meio do site ou aplicativo Meu INSS. Ao todo, cerca de 9 milhões de beneficiários estão nessa situação e poderão solicitar o reembolso a partir desta quarta-feira (14).

    Como vai funcionar

    Assim que acessarem o Meu INSS, os segurados verão uma notificação automática, com instruções para confirmar se o desconto foi mesmo indevido. Caso não reconheçam a cobrança, poderão solicitar a devolução do valor diretamente pela plataforma, sem necessidade de apresentar documentos ou preencher formulários. O ressarcimento será depositado na mesma conta bancária em que o benefício é pago.

    As entidades responsáveis pelos descontos terão 15 dias úteis para comprovar a regularidade ou efetuar a devolução ao INSS, que então repassará os valores aos beneficiários. Os ressarcimentos serão feitos entre os dias 26 de maio e 6 de junho, referentes a descontos feitos nas folhas de pagamento de abril.

    Fraude bilionária

    A operação que revelou as fraudes foi deflagrada em 23 de abril, após o fechamento da folha de pagamento. Segundo as investigações, um esquema nacional aplicou descontos indevidos que somam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, principalmente em aposentadorias e pensões. O montante já identificado como passível de devolução nesta primeira fase é de R$ 292,7 milhões.

    Como identificar descontos irregulares

    Acesse o site ou app Meu INSS com login e senha.

    Vá até a opção “Consultar Benefício” e clique em “Extrato de Pagamento”.

    Escolha o mês desejado (por padrão, aparecem os dois últimos).

    Verifique se há algum valor descontado de forma suspeita.

    Alerta contra golpes

    O INSS reforça que o contato com os beneficiários será feito apenas pelo aplicativo ou site Meu INSS. Não haverá ligações, mensagens de SMS ou WhatsApp. Em caso de dúvida, o segurado pode entrar em contato com a central telefônica 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.

    Cronograma

    08 de maio: INSS notificou 27 milhões de segurados que não tiveram desconto indevido.

    13 de maio: Começam as notificações para os 9 milhões que tiveram descontos suspeitos.

    14 de maio: Liberação do pedido de reembolso pelo Meu INSS ou telefone 135.

    Esse é mais um passo do governo para garantir a proteção dos beneficiários do INSS e combater fraudes sistêmicas que vinham afetando milhões de brasileiros.

    Notícias ao Minuto

  • Empresas deverão avaliar a saúde mental de seus trabalhadores a partir de maio de 2025

    Empresas deverão avaliar a saúde mental de seus trabalhadores a partir de maio de 2025

    A saúde mental dos trabalhadores deverá se tornar uma prioridade para as empresas brasileiras a partir de 26 de maio de 2025. Inicialmente, as empresas terão um ano para que possam se adaptar às novas exigências e fortalecer as ações de prevenção e segurança no ambiente de trabalho. Durante esse período, a mudança terá caráter apenas educativo e orientativo, sem aplicação de multas.
    Novas resoluções da norma regulamentadora (NR) de nº 1, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, determina a inclusão das avaliações no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) das empresas
    O aumento de afastamentos registrados por estresse, ansiedade e burnout chamou a atenção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que, em agosto de 2024, determinou que as empresas brasileiras passarão a incluir a avaliação de riscos psicossociais no processo de gestão do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), obedecendo a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR1).
    Segundo dados do Ministério da Previdência Social, a doença mental é atualmente a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, atrás apenas dos problemas de coluna, com cerca de 400 mil casos registrados em 2024. A mudança destaca que riscos psicossociais como estresse, assédio e carga mental excessiva, dentre outros, devem ser identificados e gerenciados pelos empregadores como parte das medidas de proteção à saúde dos trabalhadores.
    Em Goiás, o cenário também é preocupante ao registrar também 11.119 afastamentos apenas no último ano. Entre os principais diagnósticos estão transtornos de ansiedade, com 2.953 registros, e episódios depressivos, que levaram 2.750 trabalhadores a se afastarem. Esses números posicionam Goiás como o segundo estado com maior número de licenças por transtornos psicológicos na região Centro-Oeste, ficando atrás apenas do Distrito Federal. ​
    O que muda na prática
    Segundo a médica do trabalho Cristiane Fortino, que atua no Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) Compartilhado, do Instituto de Assistência Familiar e Amparo Social dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Iafas), a atualização da NR-1 representa um avanço na promoção da saúde mental no ambiente de trabalho. “As empresas precisam, agora, integrar aspectos psicossociais em suas políticas e práticas de gestão de saúde e segurança do trabalho, por meio de avaliações periódicas do ambiente de trabalho, revisões dos programas existentes, desenvolvimento de novas estratégias de apoio psicológico e prevenção, reconhecendo ainda a saúde mental como um fator determinante para o bem-estar dos trabalhadores, integrando medidas preventivas e de apoio dentro do ambiente de trabalho”, destaca a médica.
    A principal alteração é a incorporação dos riscos psicossociais no Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SGSSO), com um olhar mais atento à saúde mental dos trabalhadores. A identificação e gestão dos riscos psicossociais, o desenvolvimento de programas de saúde mental, a prevenção do assédio e discriminação, a promoção de um ambiente de trabalho saudável, a capacitação dos líderes e gestores e a prevenção do burnout e sobrecarga de trabalho entram na lista de mudanças e adequações que as empresas precisam seguir, seguindo a NR1. Ao fazer isso, elas não apenas cumprem as exigências da norma, mas também contribuem para um ambiente mais saudável, produtivo e sustentável para todos os colaboradores.
     
    Quais serão as mudanças para as empresas?
    Além das adaptações, as empresas deverão também implementar práticas que garantam o cumprimento das normas mais eficazes de gestão da saúde mental, prevenção de riscos psicossociais e combate ao assédio. Embora isso envolva investimentos em capacitação, programas de apoio psicológico e revisão de políticas internas, as empresas poderão colher benefícios significativos a longo prazo, como um ambiente de trabalho mais saudável, colaboradores mais engajados, redução do absenteísmo e da rotatividade de funcionários, aumento na produtividade e qualidade do trabalho, além da redução nos custos com saúde ocupacional e afastamentos.
    Com uma atuação parceira, o instituto, que atua como intermediário entre trabalhadores e empresas que buscam uma mão de obra qualificada nos segmentos de limpeza, conservação e de segurança privada de Goiás, oferece também assistências em vários níveis, inclusive terapêuticas, para os colaboradores das empresas parceiras do instituto. Além de programações especiais ao longo de cada mês, com cursos e palestras, o Iafas possui ainda acompanhamento especializado para crianças e jovens com Transtorno no Espectro Autista (TEA), Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). “As mudanças trazem mais segurança e um ambiente mais saudável para os trabalhadores, focando no bem-estar mental e no combate aos riscos psicossociais no trabalho. Buscando esse equilíbrio, o Iafas também cuida de quem precisa ser cuidado, dando esse apoio a mais ao trabalhador”, frisa a médica Cristiane.
     
    Sobre o Iafas
    O Iafas é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2017, com o propósito de conectar trabalhadores e empresas em busca de mão de obra qualificada. O instituto, que atua como intermediário entre trabalhadores e empregadores, cadastrando currículos para vagas de emprego nos segmentos de limpeza, conservação e de segurança privada em Goiás que estão com déficit de profissionais, oferece também benefícios como cestas básicas para alunos que concluírem os treinamentos, além de contar com uma farmácia própria com preços acessíveis para trabalhadores e seus familiares, distribuição de material escolar, dentre outros benefícios.
  • Doença de Crohn: entenda os sintomas e tratamento

    Doença de Crohn: entenda os sintomas e tratamento

    A doença de Crohn é conhecida principalmente pelos seus sintomas gastrointestinais. Isso se dá principalmente pelo fato dessa doença inflamatória atingir diferentes pontos do trato intestinal. Com isso, é comum que os pacientes experimentem desconfortos associados à diarreia, dores abdominais ou obstruções intestinais.

    No entanto, a doença de Crohn pode apresentar também sintomas extraintestinais. Ou seja, oriundos de outras partes do corpo, que também merecem atenção adequada. Com isso, é fundamental entender como se dão as manifestações dessa doença, de que forma é feito o diagnóstico e quais são as alternativas de tratamento disponíveis.

    Afinal, o que é a doença de Crohn?

    Como já mencionado na introdução, a doença de Crohn é uma doença inflamatória que atinge diferentes trechos do intestino (em especial o íleo, que representa a parte final do intestino delgado, e o cólon, que corresponde à parte central do intestino grosso). Em todo caso, a progressão da inflamação atinge todas as camadas do tecido intestinal na maioria dos casos. Além disso, a doença tem caráter crônico, acompanhando o paciente por muito tempo.

    Ainda não se tem plena certeza do que provoca a doença de Crohn. Contudo, uma das explicações mais aceitas é de que ela tenha natureza autoimune. Em outras palavras, isso significa que ela é resultado de uma resposta desordenada do sistema imunológico, que faz com que ele ataque os tecidos da própria pessoa.

    Não se sabe o que dispara tal resposta, mas não estão descartadas infecções por determinadas bactérias ou vírus. Em todo caso, não existem evidências que apontem para a influência de fatores emocionais no surgimento da doença, embora possam agravar o quadro em quem já sofre com ela.

    No mais, hábitos como fumar, a manutenção de uma dieta rica em gorduras, o uso de determinados medicamentos e o histórico familiar podem contribuir para incrementar o risco de ter o problema. O risco de desenvolver a doença de Crohn é igual em homens e mulheres. Ela se manifesta com mais força antes dos 30 anos, embora não seja raro que pacientes com mais de 60 anos sejam diagnosticados com a condição.

    Como curiosidade, vale citar que a doença foi batizada em homenagem ao gastroenterologista Burrill Crohn. Em 1932, ao lado de dois colegas de profissão, ele foi o autor principal do artigo que primeiro descreveu a doença.

    Quais os principais sintomas da doença de Crohn?

    De forma geral, em um primeiro momento, os principais sintomas da doença de Cronh são aqueles associados a desconfortos intestinais, como:

    • diarreia persistente, que leva até mesmo a perda de peso;
    • dores e cólicas abdominais;
    • presença de sangue nas fezes, embora isso não seja comum.

    Com a evolução e cronificação do quadro, outros sintomas podem se manifestar. Entre alguns deles estão:

    • anemia e desnutrição, em especial por problemas de absorção de determinados nutrientes.
    • cansaço generalizado;
    • nausea e perda de apetite;
    • lesões oculares, de pele e musculoesqueléticas;
    • dor e formação de abcessos no intestino;
    • obstrução do cólon;
    • cálculo renal;
    • artrite;
    • febra de origem inexplicada.

    Como o problema é diagnosticado?

    O ideal é procurar ajuda especializada principalmente diante de quadros de diarreia persistente (sobretudo se o problema se mantém por 7 dias ou mais), caso haja a presença de sangue nas fezes ou em caso de dores abdominais recorrentes.

    A partir disso, o médico pode estabelecer o diagnóstico, diferenciando o problema de outras causas que podem explicar os sintomas. Em geral, isso costuma ser feito com o suporte de exames de imagem (como radiografias, endoscopias e colonoscopias), além de alguns exames laboratoriais, que também podem ajudar a identificar eventuais deficiências nutricionais decorrentes da doença. Além disso, esses exames são valiosos para detectar a presença de determinados anticorpos relacionados ao quadro inflamatório.

    Doença de Crohn é grave? Quais as condutas adotadas para o tratamento?

    A partir das primeiras manifestações e do diagnóstico, a doença de Crohn raramente é curada efetivamente. Em geral, o paciente passa a conviver com diversos estágios de evolução do problema, nos quais a doença tende a ter ciclos de piora e melhora.

    Por isso, o tratamento é fundamental para controlar a evolução e garantir uma qualidade de vida satisfatória. Geralmente, o tratamento envolve a prescrição de medicamentos para reduzir os sintomas, controlar a evolução do quadro inflamatório e evitar complicações. Os mais adotados são imunossupressores e terapias biológicas.

    O grau das intervenções varia de acordo com o grau da doença (leve, moderada ou grave). Na presença de casos graves com abcessos, é necessário drená-los. De acordo com a evolução do paciente, ele pode ser submetido a uma cirurgia, em especial quando há formação das chamadas fístulas ou obstruções intestinais.

    Infelizmente, com o avanço da doença, ao menos parte dos pacientes costuma ser submetida a algum tipo de procedimento devido a complicações. Além disso, pacientes com a doença de Crohn são orientados a evitar alimentos ricos em fibras, gorduras, cafeína e excessivamente condimentados.

    Por outro lado, salvo eventuais restrições e alimentos que o próprio paciente perceba que pioram os sintomas, dietas restritivas não são indicadas pelos médicos responsáveis pelo acompanhamento. Vale reforçar que pacientes com essa condição tendem a ter uma chance maior de ter intolerância à lactose. Ademais, o médico pode prescrever suplementos alimentares para combater eventuais deficiências de vitaminas e minerais (como vitaminas B12, D e cálcio)

    No mais, o paciente é orientado a evitar situações de estresse e a cessar o hábito de fumar, caso ele ainda seja fumante. Com a estabilização, é possível ter uma vida normal desde que os devidos acompanhamentos sejam feitos de forma regular. Por fim, também merece destaque o fato de que pacientes com Crohn têm um risco maior de desenvolver câncer colorretal ou nos trechos do intestino atingidos pela inflamação.

    Ou seja, todo o tratamento da doença de Crohn é direcionado para controlar o processo inflamatório e minimizar os sintomas, devolvendo ao paciente uma qualidade de vida satisfatória, em especial nos momentos em que a doença regride. Por fim, acompanhar as orientações médicas e garantir os cuidados necessários para não agravar a condição são pontos essenciais para lidar com o problema.

    Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).

  • Taxa de homicídio cai, mas violência matou 45,7 mil no Brasil em 2023

    Taxa de homicídio cai, mas violência matou 45,7 mil no Brasil em 2023

    No ano de 2023, a violência matou 45.747 pessoas no Brasil, uma média de 125 mortes por dia. O número, entretanto, registra uma pequena redução em relação ao ano anterior quando foram contabilizadas 46.409 mortes violentas. O dado faz parte do Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao governo federal, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), uma organização sem fins lucrativos.

    O estudo faz comparativos desde 2013, quando o número de mortes chegou a 57.396. Ou seja, de lá para cá, houve redução de 20,3% na quantidade de homicídios.

    O ano com mais casos foi 2017, com 65.602 homicídios. O menor, 2019, registrou 45.503 mortes. Na comparação com o ano que registrou mais casos, a queda em 2023 é de aproximadamente 30%.

    Os dados do Atlas da Violência são coletados de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela contagem da população, e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

    Taxa de homicídio

    Como a população brasileira aumentou ao longo dos últimos anos, uma forma de saber como se comporta a proporção de homicídios no país é por meio da taxa de homicídios registrados por 100 mil habitantes.

    Esse indicador revela que em 2023 foram 21,2 homicídios por 100 mil habitantes, a menor taxa já registrada no estudo, coordenado pelo pesquisador Daniel Cerqueira, do Ipea, e pela diretora executiva do FBSP, Samira Bueno.

    Em 2022, a taxa era 21,7 homicídios por 100 mil habitantes – redução de 2,3% na taxa de um ano para o outro. O pico foi em 2017, quando alcançou 31,8 registros.

    NÚMERO DE HOMICÍDIOS NO BRASIL
    2013: 57.396 2019: 45.503
    2014: 60.474 2020: 49.868
    2015: 59.080 2021: 47.847
    2016: 62.517 2022: 46.409
    2017: 65.602 2023: 45.742
    2018: 57.956

     

    TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES
    2013: 28,8 2019: 21,7
    2014: 30,1 2020: 23,6
    2015: 29,1 2021: 22,5
    2016: 30,6 2022: 21,7
    2017: 31,8 2023: 21,2
    2018: 27,9

     

    Motivos para a queda

    Apesar de o estudo trazer comparações a partir de 2013, o pesquisador Daniel Cerqueira afirmou à Agência Brasil que a redução na taxa de homicídios vai além desse período.

    “Apesar do número exorbitante de mortes, trata-se da menor taxa de homicídios que o Brasil atingiu nos últimos 31 anos”, pontua.

    Segundo ele, dois fatores principais explicam essa tendência decrescente. Um deles é o envelhecimento da população, uma vez que jovens são mais associados à violência.

    “O que nós sabemos das evidências científicas é que um ator importante, seja como vítima, seja como o perpetrador nesse drama da violência é o jovem. Quando a população envelhece, isso provoca uma maré a favor de redução de homicídios”.

    Revolução invisível

    O outro fator, destaca Cerqueira, é uma “revolução invisível”, que pode ser explicada por uma mudança nas políticas públicas de segurança, em que a atuação das polícias conta com mais qualificação e inteligência.

    Ele aponta que tem havido uma troca da “segurança pública baseada simplesmente no policiamento ostensivo para uma política baseada em planejamento, em dados, em ciência”.

    “Uma polícia inteligente em vez da polícia da brutalidade”, completa. Cerqueira avalia que a qualificação do trabalho policial permite identificar e prender os criminosos.

    O coordenador do estudo percebe ainda que há “políticas multissetoriais de prevenção social para disputar cada jovem naquelas favelas, disputar com o crime organizado e desorganizado”.

    Estados

    O Atlas da Violência também apresenta os dados por unidades da federação (UF). Em 2023, 20 estados apresentaram taxa de homicídio por 100 mil habitantes superior à média nacional, com destaque negativo para Amapá (57,4), Bahia (43,9) e Pernambuco (38).

    Das sete UFs abaixo da média nacional, as menores taxas foram registradas em São Paulo (6,4), Santa Catarina (8,8) e Distrito Federal (11).

    Ao fazer uma análise mais expandida, o documento ressalta que “há pelo menos oito anos, nada menos que 11 UFs têm conseguido reduzir sistematicamente a taxa de homicídios”.

    São eles Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba e São Paulo.

    Na ponta contrária, nos últimos 11 anos o aumento das mortes no Amapá foi de 88,2%, mostra o levantamento.

    Armas de fogo

    Atlas da Violência revela que 32.749 homicídios foram cometidos por arma de fogo no país. Em 2017, ano mais violento, esse número chegou a 49 mil.

    O dado de 2023 equivale a 15,2 mortes por arma de fogo a cada 100 mil habitantes. Representa também que 71,6% das mortes violentas no país foram praticados com esse tipo de armamento.

    Amapá (48,3), Bahia (36,6) e Pernambuco (30,8) são os estados com as maiores taxas. Por outro lado, se destacam positivamente São Paulo (3,4), Santa Catarina (4,4), Distrito Federal (5,3) e Minas Gerais (8,3).

    O relatório aponta fragilidades na fiscalização de armas no país e afirma que “quanto maior a circulação e a prevalência de armas de fogo, maior tende a ser a taxa de homicídios”.

    Homicídios ocultos

    Os pesquisadores do Ipea e do FBSP chamam de “homicídios ocultos” os casos de violência que não foram adequadamente identificados pelos sistemas oficiais. Por meio de modelos matemáticos, eles chegam a uma taxa estimada de homicídios.

    “No período compreendido entre 2013 e 2023, identificamos a ocorrência de 51.608 homicídios ocultos no Brasil, que passaram ao largo das estatísticas oficiais de violência no país, uma média anual de 4.692 homicídios que deixaram de ser contabilizados”, diz o texto.

    Com o acréscimo desses dados, a taxa estimada de homicídios no país chega a 23 casos por 100 mil habitantes. Assim como a taxa de casos efetivamente registrados, trata-se também da menor desde 2013.

    O ponto mais alto ocorreu em 2017, com 33,6 casos por 100 mil habitantes. Em 2022, o indicador marcou 24,5.

    Atlas da Violência nota que a inclusão dos homicídios ocultos faz mudar significativamente os indicadores dos estados.

    São Paulo é o caso mais extremo: em 2023, o estado deixou de registrar 2.277 homicídios. Dessa forma, enquanto a taxa de homicídios registrados era de 6,4 para cada 100 mil habitantes, a estimada naquele ano era de 11,2.

    “Com isso, o estado de São Paulo deixa de ser a UF menos violenta da nação, passando para a segunda posição, atrás de Santa Catarina [9 estimados por 100 mil habitantes]”, frisa o documento.

    Fonte EBC

  • Aprendiz do Futuro terá 10 mil vagas

    Aprendiz do Futuro terá 10 mil vagas

    O governador Ronaldo Caiado anunciou, nesta quinta-feira (08/05), a ampliação do programa Aprendiz do Futuro, de 6.250 para 10 mil vagas, durante a apresentação dos 561 novos contratados pela iniciativa.

    Eles foram recepcionados também pela coordenadora do Goiás Social, a primeira-dama Gracinha Caiado, em cerimônia no Teatro Rio Vermelho. Outra novidade apresentada foi a parceria com a Prefeitura de Goiânia para incluir os aprendizes na administração municipal.

    Governo amplia vagas do Aprendiz do Futuro
    Governador Ronaldo Caiado anunciou, nesta quinta-feira (08/05), ampliação do programa Aprendiz do Futuro, de 6.250 para 10 mil vagas

    Gracinha Caiado destacou a importância do programa para romper a desigualdade social.

    “O Aprendiz do Futuro nasceu com um propósito de abrir portas para a juventude do nosso Estado. Ele foi criado para ser grande e, acima de tudo, para ser transformador. Por isso, vamos ampliar o Aprendiz do Futuro”.

    “São oportunidades reais, novas histórias e jovens do futuro. Essa expansão só é possível porque temos grandes parceiros ao nosso lado”, salientou Gracinha Caiado.

    O vice-governador Daniel Vilela enfatizou que o programa é uma oportunidade para que os jovens se relacionem profissionalmente com pessoas mais experientes.

    “Vocês precisam aproveitar essa chance e serem proativos para poder desempenhar e adquirir novos conhecimentos. O Aprendiz do Futuro abre caminhos para desenvolverem a habilidade da comunicação”, salientou.

    Durante o evento, o governador Ronaldo Caiado assinou o termo de cooperação entre o Governo de Goiás e a Renapsi, parceira na iniciativa, para ampliação do número de jovens atendidos pelo programa de 6.250 para 10 mil.

    Caiado amplia programa Aprendiz do Futuro para 10 mil jovens
    Além da ampliação do número de vagas, outra novidade é a parceria com a Prefeitura de Goiânia para incluir aprendizes na administração municipal (Fotos: Walter Folador e Lucas Diener)

    As vagas do Programa Aprendiz do Futuro são direcionadas para atuação em órgãos públicos com jornada de meio período. Os beneficiados recebem o pagamento de meio salário mínimo, além do vale-alimentação, vale-transporte, seguro de vida, férias e décimo terceiro salário.

    Os jovens foram selecionados por meio de edital e atendem a alguns requisitos, como: ter de 14 a 15 anos; ser estudante da rede pública ou 100% bolsista na rede particular; e renda familiar de até dois salários mínimos ou meio salário por pessoa.

    Aprendiz do Futuro

    Lançado em 2021, o programa está presente nos 246 municípios goianos. Desde que iniciou as atividades, o Aprendiz do Futuro já contabiliza mais de 13 mil beneficiados. 

    “O programa prioriza aqueles que até um tempo atrás estavam invisíveis pelos governos: jovens indígenas, jovens quilombolas, ciganos, afrodescendentes, adolescentes que estão em acolhimento institucional ou em cumprimento de medidas socioeducativas”.

    “Também dedicamos atenção especial aos jovens que perderam os pais durante a pandemia do Covid. Reservamos cotas para pessoas com deficiência, pois inclusão não é uma concessão, mas sim, um direito fundamental”, ressaltou o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Goiás (Seds), Wellington Matos.

    A respeito da ampliação do programa, a presidente da Renapsi, Maria Raquel Barbosa, afirmou que o Aprendiz do Futuro é a maior vitrine nacional de atendimento aos jovens.

    “A socioaprendizagem é aquilo que garante o jovem na escola para a sua formação no ensino formal, no trabalho, na formação de renda, que é o interesse e a necessidade de todos nós”, reforçou.

    Lançado em 2021, o Aprendiz do Futuro está presente nos 246 municípios goianos e desde que iniciou atividades, já contabiliza mais de 13 mil beneficiados (Fotos: Walter Folador e Lucas Diener)

    O secretário de Desenvolvimento, Wellington Matos, comentou durante a cerimônia a parceria com Prefeitura de Goiânia, que passa a incluir aprendizes do futuro na estrutura.

    “O Aprendiz do Futuro, nesses anos de funcionamento, nunca conseguiu lotar nenhum jovem na administração municipal da capital. Era a única prefeitura que faltava ter o programa, mas agora nós teremos cerca de 500 jovens”, celebrou.

    O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, definiu a oportunidade de participar do programa como “única”.

    “Aprendizes vocês são o futuro. Vocês já são sucesso porque vão estar ralando, aprendendo, tendo oportunidade de crescer, vão crescer muito”, afirmou.

    Sara Vitorya, de 15 anos, contou que entrou no programa aos 14 anos com o sonho de ter o próprio dinheiro e conseguir ajudar a família.

    “O Aprendiz do Futuro tem me ensinado a ter responsabilidade como horário, respeitar os colegas de trabalho e, principalmente, a cuidar do meu dinheiro, porque ganhar o salário e não saber administrar é como não ter nada”, explicou.

     

    Secretaria de Comunicação (Secom) – Governo de Goiás

  • TCU arquiva processo sobre gestão do pai de Hugo Motta em Patos (PB)

    TCU arquiva processo sobre gestão do pai de Hugo Motta em Patos (PB)

    Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu arquivar na quarta-feira (7/5) um caso que mirava um convênio da cidade de Patos (PB), comandada atualmente pelo pai do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A justificativa é que o caso prescreveu.

    A Corte analisava uma Tomada de Contas Especial aberta pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome em razão da não comprovação da regular aplicação dos recursos repassados pela União em convênio para compra de alimentos.

    O convênio tinha vigência de julho de 2010 a agosto de 2013, com o objetivo de dar apoio financeiro para implantar um programa de aquisição de alimentos e compra para doação por meio da aquisição de produtos agropecuários produzidos por agricultores familiares que se enquadravam no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

    “Os Ministros do Tribunal de Contas da União, quanto ao processo a seguir relacionado, acordam, por unanimidade, em determinar o arquivamento dos autos, em face da prescrição das pretensões punitiva e de ressarcimento, e dar ciência desta deliberação aos responsáveis, de acordo com os pareceres uniformes emitidos”, afirma o acórdão.

    Na época do convênio, o prefeito da cidade era Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, pai de Hugo Motta. Ele voltou ao executivo municipal em 2021 e foi reeleito em 2024.

    A partir de 2013, quem substituiu Nabor na prefeitura de Patos foi Francisca Motta, avó de Hugo. Ela ficou na prefeitura até o final de 2016. Atualmente, ela é deputada estadual pela Paraíba.

    Segundo o Portal da Transparência, o valor do convênio era de R$ 1,5 milhão, com uma contrapartida de R$ 64 mil. Na página do site do governo federal que detalha o convênio, a situação consta como “prestação de contas rejeitada”.

    Metrópoles

  • Moraes vota por condenação de Zambelli a 10 anos de prisão

    Moraes vota por condenação de Zambelli a 10 anos de prisão

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (9/4) pela condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão. Para o magistrado, a parlamentar foi a responsável por um ataque aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em janeiro de 2023.

    Além da pena de prisão, Moares, que é relator do caso, defendeu a cassação do mandato da parlamentar. A medida, no entanto, só poderá ser executada após deliberação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Caso a condenação seja confirmada, o presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), deverá ser formalmente notificado.

    Zambelli é julgada em conjunto com o hacker Walter Delgatti, que também foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ambos respondem por crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Moraes propôs uma pena de oito anos e três meses de prisão para o hacker.

    De acordo com a denúncia, Zambelli teria procurado Delgatti com o intuito de fraudar o sistema do CNJ, inserindo um falso mandado de prisão contra o próprio Moraes, além de outras alterações ilícitas. O procurador Paulo Gonet sustentou que a ação visava gerar desinformação e prejudicar a imagem do Judiciário, buscando ganhos políticos e exposição midiática. Para Gonet, o objetivo era abalar a credibilidade da Justiça e fomentar atos de caráter antidemocrático.

    A conduta dos acusados foi classificada por Moraes como “vil” e lesiva à confiança pública: “Uma deputada federal, que exerce mandato em nome do povo brasileiro, e um indivíduo com conhecimentos técnicos específicos, que causaram relevantes e duradouros danos à credibilidade das instituições”. O ministro disse ainda que a atitude de Zambelli deturpa a expectativa dos cidadãos ao violar princípios constitucionais.

    O julgamento teve início às 11h desta sexta-feira no plenário virtual da Primeira Turma do STF. Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux poderão apresentar seus votos até o próximo dia 16.

    Correio Braziliense

  • STF forma maioria para manter ação penal contra Ramagem por golpe de Estado

    STF forma maioria para manter ação penal contra Ramagem por golpe de Estado

    A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na tarde desta quinta-feira (9/5), para manter a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por participação na trama golpista. Até o momento, votaram para manter o parlamentar como réu os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Luiz Fux.

    Os ministros entenderam que o deputado deve continuar respondendo por abolição violenta do Estado democrático de direito golpe de Estado e organização criminosa. Por outro lado, foram suspensos até o fim do mandato os crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, pois, segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), esses delitos foram cometidos após a diplomação de Ramagem.

    A sessão virtual estará disponível para análise dos magistrados até as 11h de terça-feira (13) e foi marcada pelo presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, após um pedido do relator do processo na Corte, Alexandre de Moraes.

    Em despacho assinado na noite de ontem, Zanin apontou a urgência do caso. Mais cedo, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, havia enviado a ele o ofício do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informando sobre a suspensão da ação penal contra Ramagem. A proposta para barrar o processo foi aprovada nesta semana por 315 votos a 143.

    O texto foi promulgado e começou está em vigor. Como se trata de uma resolução sobre um parlamentar da Câmara, não é necessário que ela passe pelo Senado nem que seja sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O requerimento aprovado pela Câmara foi apresentado pelo PL, partido de Ramagem e do ex-presidente Jair Bolsonaro. A matéria se baseou no artigo 53 da Constituição. Segundo ela, caso uma denúncia contra um parlamentar “por crime ocorrido após a diplomação” seja recebida pela Suprema Corte, a respectiva Casa pode optar por “sustar o andamento da ação”.

    O regimento interno do STF estabelece que, em caso de a sustação ser aprovada, “o plenário decidirá sobre a suspensão”. No entanto, como o tribunal alterou, em 2023, a competência para julgar ações penais do plenário para as turmas, há um entendimento de que essa mudança também se aplica neste caso.

    Segundo a denúncia apresentada pela PGR, Ramagem atuou para descredibilizar o sistema eleitoral. Ele teria “instrumentalizado” a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para uso político na época em que era o chefe do órgão, com o objetivo de manter o então governo no poder. Em 26 de março, o deputado e outras sete aliados, inclusive, o ex-presidente Jair Bolsonaro, se tornaram réus no STF.

    Segundo os ministros, o Legislativo não teria atribuição para decidir sobre ações penais em curso no STF. Além disso, é citado o fato de que os supostos crimes cometidos por Ramagem teriam ocorrido antes de sua diplomação como deputado federal.

    Correio Braziliense

     

  • Riscos da ressonância magnética (RM)

    Riscos da ressonância magnética (RM)

    Cientistas descobrem que exames de ressonância magnética causam formação de material desagradável dentro do corpo. Estudo revela que metais tóxicos usados podem se infiltrar na pele humana — “Pessoas já morreram após apenas uma dose”
    É possível ter uma reação tóxica a uma ressonância magnética. Converse com seu médico antes do próximo exame. Pesquisadores da Universidade do Novo México descobriram uma ligação surpreendente entre certos alimentos e possíveis reações perigosas aos contrastes utilizados em exames de ressonância magnética (RM).
    O estudo identificou que o ácido oxálico — presente em alimentos como espinafre, batata-doce, amêndoas, chocolate e alguns suplementos de vitamina C — pode interagir com o gadolínio, um metal pesado utilizado nos contrastes aplicados durante as RMs.
    Embora a maioria das pessoas tolere bem esses contrastes, os cientistas sugerem que, em casos raros, o ácido oxálico pode fazer com que o gadolínio se desprenda da substância química original e se ligue ao ácido, o que permite que o metal se infiltre em órgãos e tecidos do corpo, gerando possíveis complicações graves à saúde.
    Mesmo que efeitos adversos relacionados ao gadolínio sejam raros — variando de irritações leves na pele a condições severas como fibrose sistêmica —, essa descoberta pode explicar por que algumas pessoas apresentam reações muito mais graves do que outras. O acúmulo de partículas de gadolínio nos órgãos já foi associado a danos permanentes e, em casos extremos, à morte após uma única exposição.
    Os pesquisadores alertam que são necessários mais estudos, mas sugerem que, no futuro, pacientes talvez sejam orientados a evitar certos alimentos ou suplementos antes de fazer exames de RM com contraste. Até lá, essa descoberta pode representar um avanço importante na prevenção de complicações sérias associadas ao uso do gadolínio.

    Embora os pesquisadores saibam há muito tempo que os pacientes às vezes têm reações ao corante de gadolínio, a ligação com alimentos ricos em ácido oxálico é nova — e poderia, se mais comprovada, ajudar médicos e técnicos de ressonância magnética a evitar eventos adversos grandes e pequenos.Ressonância magnética: Como instalar o equipamento no hospital

    Embora a grande maioria dos pacientes que recebem injeções do líquido incolor e inodoro para ressonâncias magnéticas seja afetada, um estudo de 2016 constatou que reações leves — incluindo inchaço, coceira e dor de cabeça — afetam apenas 2,4% da população. Reações graves, que variam de hipoglicemia a convulsões, são ainda mais raras.

    Ainda assim, as reações adversas que  ocorrem  parecem bastante assustadoras. Além de efeitos colaterais imediatos e de curta duração , como dor ou coceira no local da injeção, náusea e tontura, estudos mais recentes demonstraram que nanopartículas do corante gadolínio podem se acumular no corpo e no cérebro de pacientes que recebem a injeção.

    Ainda mais preocupante é que pesquisas das últimas décadas — inclusive realizadas por pesquisadores da UNM — relacionaram esse acúmulo a danos em órgãos internos e à fibrose sistêmica, uma condição dolorosa que faz com que a pele fique mais firme e espessa nas articulações.

    De acordo com Brent Wagner, especialista em rins do Departamento de Medicina Interna da Faculdade de Medicina da UNM, que estuda os efeitos colaterais do gadolínio há anos , um caso raro e grave — ou ” nefrogênico ” — de fibrose sistêmica pode causar rápida deterioração e morte, e não é preciso muito para que isso aconteça com as almas mais infelizes que têm reações ruins.

    fonte: futurism