Categoria: Destaque

  • “Extra omnes”: e agora, televisões e celulares de olho para um sinal de fumo medieval

    “Extra omnes”: e agora, televisões e celulares de olho para um sinal de fumo medieval

    Extra omnes. Todos fora. A última exclamação do mestre das celebrações do Vaticano, arcebispo Diego Ravelli, pedindo que saiam da Capela Sistina todas as pessoas que não têm de votar, foi o início simbólico do conclave que elegerá o sucessor do Papa Francisco, às 17h43 (menos uma hora em Lisboa) e com um protocolo que está pleno de gestos, ritos, sinais e linguagem que vêm de séculos. Incluindo o sinal dado pelo fumo, que estará a ser aguardado pela civilização digital: milhares de telemóveis e centenas de câmara de televisão de todo o mundo estarão focados na pequena chaminé, colocada no tecto da Capela Sistina, onde decorre a votação.

    Na Praça de São Pedro, desde manhã que se vivia um ambiente de grande expectativa. Roma está pejada de turistas e peregrinos, obviamente não só por causa do conclave. Também há o jubileu durante todo este ano e que o Papa Francisco ainda iniciou no último Natal. No próximo fim-de-semana, por exemplo, está previsto o jubileu das bandas e dos espectáculos populares, que trará seguramente a Roma milhares de grupos desse âmbito.

    Depois da missa Pro eligendo romano pontifice

    (pela eleição do Papa), o ritual que dá o início do conclave teve início pontualmente às 15h30, hora portuguesa: os cardeais juntaram-se na Capela Paulina, seguindo em cortejo processional para a Sistina. Enquanto avançaram, entoaram primeiro a ladainha dos santos e, a seguir, o Veni Creator, “uma súplica particular pela assistência do Espírito Santo”, como explica o guião da cerimónia.

    O cântico vem do século IX e é atribuído a Rabano Mauro, arcebispo da diocese germânica de Mogúncia (Mainz), na Alemanha. Entre versões musicadas por muitos autores, Gustav Mahler usou-o no início da sua Sinfonia nº 8. Cantado normalmente na festa de Pentecostes (sete semanas depois da Páscoa, este ano a 8 de Junho), este cântico é também usado em outras ocasiões solenes da Igreja Católica: além do início do conclave, também o início de sínodos e concílios e missas de canonização, ordenação de bispos e do dia de Ano Novo.

    A partir de agora, os cardeais passarão boa parte do dia na Capela Sistina (só saem para comer e dormir na Casa de Santa Marta). Diante deles, terão o grande fresco do Juízo Final, de Miguel Ângelo, como sinal da “gravíssima tarefa que sobre eles incumbe e, ainda, sobre a necessidade de agir com a devida atenção pelo bem da Igreja universal, solum Deum prae oculis habentes”, ou seja, tendo apenas Deus em mente.

    Enquanto não houver um eleito com maioria de dois terços (neste caso, 89 votos), realizam-se quatro votações por dia – duas de manhã e duas à tarde. Mas o formo e a chaminé funcionarão apenas duas vezes por dia – uma ao final da manhã, outra ao final da tarde – a não ser que o primeiro escrutínio de cada turno tenha resultado positivo.

    Já com todos presentes na Capela Sistina, cada cardeal fez o seu juramento, secundando as fórmulas lidas pelo cardeal Pietro Parolin, que eram neste caso, quem presidia à cerimónia, tendo em conta a ordem das precedências – tudo no Vaticano continua a obedecer, além do ritual e do simbólico, a uma bem definida hieraquia.

    A fórmula lida por Parolin garante que cada um deles se compromete a “desempenhar fielmente” o múnus de pastor da Igreja universal, sem cessar de “afirmar e defender” os direitos “espirituais e temporais, assim como a liberdade da Santa Sé”; que guardará o segredo relativo à eleição e ao escrutínio; e que não apoiará “qualquer interferência, oposição ou outra forma qualquer de intervenção, pelas quais autoridades seculares de qualquer ordem e grau, ou qualquer género de pessoas, em grupo ou individualmente, quisessem imiscuir-se na eleição” do novo Papa.

    Aproximando-se um a um do livro dos Evangelhos, colocado no centro da Capela Sistina, os cardeais confirmaram o juramento pessoal. Na longa procissão de 45 minutos, os portugueses fizeram-no às 17h12 (Manuel Clemente), 17h19 (António Marto), 17h31 (Américo Aguiar) e 17h38 (Tolentino Mendonça), usando sempre a mesma fórmula, dita em latim: “E eu, (nome de baptismo em latim), cardeal (apelido), prometo, obrigo-me e juro. Assim Deus me ajude e estes santos Evangelhos que toco com a minha mão.”

    Num primeiro momento, ficaram ainda na Sistina o mestre de cerimónias e o cardeal Raniero Cantalamessa, ex-pregador da Casa Pontifícia, encarregado de fazer a meditação prévia ao primeiro escrutínio. Este último, um frade franciscano capuchinho já com 90 anos, também não vota no conclave e por isso, quer ele quer Diego Ravelli abandonaram também a Sistina após o final da reflexão, ficando apenas no interior os cardeais eleitores.

    Agora, até haver alguém com dois terços de votos, só os cardeais saberão o que ali se passa.

    Fonte: setemargens

  • Fraude no INSS: CGU assume investigação contra entidades acusadas

    Fraude no INSS: CGU assume investigação contra entidades acusadas

    A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu retirar do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a condução das investigações contra as 12 entidades suspeitas de desviar recursos de aposentados e pensionistas. O comunicado foi enviado por ofício ao INSS. Com isso, a CGU determinou que a apuração sobre os descontos indevidos nas folhas de pagamento de aposentados fique sob sua responsabilidade, uma vez que há indícios de envolvimento de servidores da autarquia no esquema.

    “A avocação dos referidos procedimentos afigura-se como a medida mais apropriada, de modo a garantir a uniformidade, harmonia e coesão do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal”, afirmou o ofício. No documento, a CGU também determinou que o INSS compartilhe imediatamente todos os documentos e provas já coletados e que ainda não tenham sido enviados à Controladoria.

    Além disso, quaisquer outros procedimentos relacionados ao caso deverão ser encaminhados para o conhecimento da CGU. Na segunda-feira (5), o corregedor-geral substituto do INSS, José Alberto de Medeiros Landim, assinou as portarias que foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e autorizaram as apurações por parte da autarquia. No dia 23 de abril, a Polícia Federal e a CGU deflagraram a Operação Sem Desconto, que revelou um esquema que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024.

    De acordo com as investigações, foram identificados descontos associativos em aposentadorias e pensões que não foram autorizados. Os valores são pagos mensalmente a entidades e sindicatos que representam os aposentados e pensionistas.

    Por conta da operação, foram afastados cinco servidores do INSS e um policial federal por determinação judicial. Entidades investigadas Entre as entidades alvo da investigação estão: Associação no Brasil de Aposentados e Pensionistas da Previdência Social (APBRASIL); Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas e Idosos (ASBRAPI); Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA); Associação de Suporte Assistencial e Beneficente para Aposentados Servidores e Pensionistas do Brasil (ASABASP); Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (CEBAP); Caixa de Assistência aos Aposentados e Pensionistas (CAAP); Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral da Previdência Social (AAPS); Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB); AAPN Benefícios – AAPEN (ABSP); União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos (UNASPUB); Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (AMBEC); Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas

  • Após saída de Lupi, bancada do PDT na Câmara decide deixar base aliada ao Planalto e diz que será ‘independente’

    Após saída de Lupi, bancada do PDT na Câmara decide deixar base aliada ao Planalto e diz que será ‘independente’

    A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (6) abandonar o alinhamento automático com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A decisão foi tomada quatro dias após o presidente licenciado da sigla, Carlos Lupi, pedir demissão do Ministério da Previdência, em meio a um escândalo de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    Membros da sigla afirmaram ao g1 que o partido não passará a integrar a oposição, nem fará parte automaticamente da base aliada ao Planalto. Os deputados afirmam que terão uma posição “independente”.

    A bancada do PDT na Câmara não recebeu bem o processo de saída de Carlos Lupi da Esplanada dos Ministérios. Dentro da sigla, a demissão de Lupi foi recebida como o ápice de um processo de fritura público e um “desrespeito” ao partido.

    Segundo o líder da legenda na Casa, deputado Mário Heringer (MG), a decisão foi “unânime pela independência”.

    Um deputado pedetista afirmou ao g1 que a avaliação interna é de que o Palácio do Planalto desrespeitou Lupi e que a escolha de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência não representa a bancada do partido na Câmara.

    “Não temos condições de ser oposição, não vamos nos agrupar ao PL. Mas temos pautas identitárias que casam com o governo. Deixamos a base e ficamos independente”, explicou.

    Atualmente, o PDT tem 17 deputados. O partido faz parte da base aliada do Planalto desde a posse de Lula, em 2023.

    Em 2022, o partido lançou candidatura própria à presidência. O mau desempenho levou à decisão de apoiar Lula no segundo turno.

    Para pedetistas, a fritura de Lupi abriu um flanco dentro partido que poderá levar à reabertura das discussões sobre a possibilidade de o PDT ter, mais uma vez, um candidato próprio em 2026.

    Questionada sobre o assunto, a ministra Gleisi Hoffmann afirmou que “respeita decisão do PDT”.

    “Respeitamos o posicionamento da bancada e seguimos dialogando com o PDT, contando com o apoio do partido nas matérias de interesse do país”, informou.

    Lupi fala aos deputados

    A reunião desta terça contou com a presença do ex-ministro da Previdência.

    Segundo relatos, Carlos Lupi falou sobre os esforços de sua gestão para combater fraudes no INSS. Ele também se defendeu de acusações sobre possíveis omissões e disse que as investigações não vão revelar qualquer conduta ilegal praticada por ele.

    Carlos Lupi pediu demissão do cargo de ministro na última sexta (2). A gestão do comandante do PDT era alvo de críticas desde que uma investigação revelou um esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    G1
  • Nasa afirma ter descoberto o dia exato da crucificação de Jesus

    Nasa afirma ter descoberto o dia exato da crucificação de Jesus

    Cientistas vêm analisando dados históricos e registros astronômicos antigos para investigar se um eclipse lunar teria ocorrido no dia da morte de Jesus Cristo. Essa possibilidade, por muito tempo debatida entre teólogos e estudiosos, acaba de ganhar um novo respaldo técnico.

    De acordo com simulações recentes da NASA, a lua teria adquirido uma coloração avermelhada — típica de um eclipse lunar — visível em Jerusalém na noite de 3 de abril do ano 33 d.C. Coincidentemente (ou não), essa é uma das datas mais frequentemente apontadas como o possível dia da crucificação de Cristo.

    Além disso, esse detalhe fortalece a hipótese de que o fenômeno celeste mencionado nos relatos bíblicos pode ter sido um evento real, registrado nos céus durante aquele momento histórico.

    Essa revelação, embora não conclusiva, oferece um respaldo astronômico intrigante a um dos episódios mais marcantes da narrativa cristã. Afinal, a possibilidade de um eclipse reforça a ideia de que sinais celestes de fato acompanharam a crucificação — como relatado em textos antigos. Assim, o encontro entre ciência e tradição religiosa continua a lançar novas luzes sobre eventos milenares, unindo observação empírica e memória espiritual em torno de um dos capítulos mais simbólicos da história ocidental.

  • Governo Trump anuncia que pagará US$ 1.000 a imigrantes que deixarem o país por iniciativa própria

    Governo Trump anuncia que pagará US$ 1.000 a imigrantes que deixarem o país por iniciativa própria

    O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (5) um programa que vai pagar US$ 1.000 (cerca de R$ 5.658) a imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos que deixarem voluntariamente o país.

    Quem optar pela “autodeportação” também receberá assistência para a viagem e será retirado da lista de detenção da agência de imigração do país — o governo norte-americano vem prendendo qualquer imigrante sem permissão de residência nos EUA, cumprindo uma promessa de campanha de Trump.

    “Se você está aqui (nos EUA) ilegalmente, a autodeportação é a melhor, mais segura e mais econômica maneira de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão. O DHS (Departamento de Segurança Interna) agora oferece assistência financeira para viagens a imigrantes ilegais e um auxílio para retornar ao seu país de origem por meio do aplicativo CBP Home”, disse a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem.

    As passagens para os países de origem dos “autodeportados” serão custeadas pelo governo norte-americano, afirmou a secretária-assistente do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughin, em entrevista à TV norte-americana Fox News.

    Os US$ 1.000 serão pagos por cidadão “autodeportado”, e não por família. Mas quem for aprovado no programa só receberá o valor após ser confirmado que chegaram de volta a seu país de origem, disse Kristi Noem.

    O governo dos EUA estima também um prazo de até 21 dias para a viagem de volta de estrangeiros, a partir da data da aprovação no programa. Só são elegíveis estrangeiros que residam de forma irregular nos Estados Unidos.

    A secretária de Segurança Interna chamou o programa de “oportunidade histórica para estrangeiros em situação irregular”. Mas o programa também pode significar uma economia para o próprio governo norte-americano, já que o custo médio por cidadão estrangeiro deportado no país é de US$ 17.121 (cerca de R$ 96,9 mil), segundo o próprio Departamento de Segurança Interna.

    O departamento afirmou prever uma economia de 70% nos custos de deportação com o programa que já entrou em vigor.

    Segundo o governo dos EUA, um cidadão de Honduras foi o primeiro a utilizá-lo para retornar a seu país desde Chicago, e “bilhetes já foram reservados para esta e a próxima semana”.

    Quem quiser ter acesso ao programa deverá fazer uma solicitação de “intenção de partir” através do CBP Home, o aplicativo do governo dos Estados Unidos para imigrantes que solicitam asilo e visto de residência no país.

    Embora novo nos EUA, o programa de “autodeportação” já existe em diversos países da Europa, onde é chamado de “programa de retorno voluntário”.

    No Reino Unido, por exemplo, os cidadãos aprovados recebem um auxílio de 3 mil libras (cerca de R$ 22,5 mil), mas não podem regressar ao país durante os próximos cinco anos.

    G1
  • Juíza que anulou ordem de prisão contra Evo Morales é presa na Bolívia

    Juíza que anulou ordem de prisão contra Evo Morales é presa na Bolívia

    A polícia boliviana prendeu, nesta segunda-feira (5), a juíza que no últjo dia 30 anulou uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de tráfico de menor. A decisão da juíza foi posteriormente suspensa por outro tribunal, informou o Ministério Público.

    A prisão ocorreu em Santa Cruz de la Sierra, no leste do país, onde fica o escritório da juíza Lilian Moreno. Ela também rejeitou as acusações contra o líder indígena, o congelamento de seus bens e a proibição de deixar o país.

    “Com uma resolução fundamentada, os policiais cumpriram” uma ordem de prisão contra a juíza Lilian Moreno, disse Roger Mariaca, procurador-geral da Bolívia, em entrevista coletiva.

    No domingo (4), o Ministério da Justiça anunciou que havia denunciado a magistrada pelos supostos crimes de desobediência a resoluções constitucionais e prevaricação, que consiste em ditar disposições fora da lei.

    A juíza foi transferida após sua prisão em um voo comercial para La Paz

    Abuso de menor

    A decisão de Lilian Moreno tinha como objeto um caso relacionado ao abuso de uma menor quando Morales ainda ocupava a Presidência.

    O Ministério Público havia ordenado a prisão do líder indígena de 65 anos em outubro. Desde então, ele se refugiou na região cocaleira do Chapare, onde seus apoiadores montaram um esquema de vigilância para impedir sua detenção.

    Segundo o Ministério Público, Morales manteve em 2015 uma relação com uma adolescente de 15 anos, com quem teve uma filha um ano depois.

    O político foi investigado por esse mesmo caso em 2019, sob a acusação de estupro — crime que implica relação sexual com menor entre 14 e 18 anos, mas o processo foi arquivado em 2020.

    Em 2024, uma nova investigação foi aberta pela promotoria de Tarija, no sul da Bolívia, na qual foi denunciado que o caso envolveria suposto tráfico de pessoas.

    A acusação sustenta que Morales teria concedido benefícios aos pais em troca da filha, que integrava a “guarda juvenil” do partido político que então estava no poder sob sua liderança.

    A juíza aceitou o argumento da defesa, segundo o qual o Ministério Público não poderia investigar um processo já encerrado sob uma nova tipificação penal.

    A decisão representa um alívio para Evo Morales em sua tentativa de se candidatar às eleições presidenciais de 17 de agosto, embora o Tribunal Constitucional já tenha vetado sua candidatura por considerar que ele não pode mais concorrer a uma nova reeleição.

    Outras decisões

    Não é a primeira vez que a juíza Moreno intervém no caminho judicial de Evo Morales.

    Em outubro de 2024, ela também anulou uma primeira ordem de prisão emitida pelo Ministério Público contra o líder cocalero pelo mesmo caso.

    Sua decisão, porém, foi posteriormente revertida por uma instância superior.

    Manuel Baptista, presidente do Conselho Nacional da Magistratura, advertiu que o ato será “revisado” e que sua instituição conduzirá as investigações pertinentes.

    “Se essa decisão judicial for contrária à lei, tenham certeza de que essa autoridade judicial será sancionada conforme estabelece nossa normativa”, declarou Baptista à imprensa.

    A defesa de Morales comemorou a decisão da juíza Moreno.

    “O senhor ex-presidente pode sair e circular livremente por todo o território nacional, pois seus direitos constitucionais acabam de ser restituídos”, afirmou em coletiva de imprensa Jorge Pérez, advogado do líder cocaleiro.

  • PAC e emendas podem bancar ressarcimento de aposentados, diz Fazenda

    PAC e emendas podem bancar ressarcimento de aposentados, diz Fazenda

    O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, defendeu à CNN na manhã desta segunda-feira (5) que os recursos para ressarcimento dos aposentados que foram alvo de fraudes do INSS devam sair dentro dos limites do arcabouço fiscal.

    “Primeiro lugar: a Fazenda quer pagar. A Fazenda nunca se colocou contra. A forma, se pelo Orçamento, por crédito suplementar ou por revisão de gastos, é o que menos importa, desde que seja respeitado o limite de gastos do arcabouço fiscal”, disse Durigan.

    Com o titular Fernando Haddad em compromissos oficiais fora do país nesta semana, é Durigan quem vai participar das conversas sobre o plano de ressarcimento com outros ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    De acordo com o secretário-executivo, as rubricas do Orçamento com potencial de serem remanejadas para pagar os aposentados são as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as das emendas parlamentares, que hoje têm a maior destinação de recursos previstos no Orçamento.

    “Vamos ter que acomodar esse pagamento dentro do limite dos limites previstos no arcabouço fiscal. Não dá para abrir exceção por conta disso. E o pagamento vai ter que ser gerido dentro do espaço que existe. Muito provavelmente bloqueando recursos do PAC ou de emendas parlamentares”, disse Durigan.

    A manifestação ocorre em um momento em que o governo inicia o debate sobre a forma e a origem dos recursos para o ressarcimento das vítimas.

    A tese predominante hoje, inclusive pelo Ministério da Previdência, é de que os recursos venham a partir de ações regressivas promovidas pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra as entidades fraudadores.

    Na sexta-feira, o INSS abriu Procedimentos Administrativos de Responsabilização de Pessoas Jurídicas (PAR) e a AGU determinou à Procuradoria-Geral Federal (PGF) a instauração de procedimentos preparatórios para ajuizamento de ações de improbidade administrativa.

    No entanto, por serem procedimentos judiciais, inevitavelmente eles demorariam a ter uma conclusão. E uma das determinações de Lula aos auxiliares é que as vítimas das fraudes sejam ressarcidas o quanto antes.

    Isso fez com que outros caminhos fossem aventados, como o uso de recursos do próprio Orçamento do Ministério da Previdência. A pasta, porém, contesta a ideia, uma vez que praticamente toda sua previsão orçamentária é para pagamentos de benefícios previdenciários.

    Outro problema é calcular com precisão o valor do ressarcimento. A auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou impacto estimado de R$ 6,3 bilhões, mas levantamento feito pelo INSS aponta um custo de dezenas de milhões. As duas trabalharam ainda com amostragem, dificultando ainda mais uma identificação rápida de quanto dos 6 milhões de aposentados com descontos na folha foram lesionados pelo esquema de fraude.

    CNN

  • Petrobras reduz preço do diesel em R$ 0,16 para distribuidoras

    Petrobras reduz preço do diesel em R$ 0,16 para distribuidoras

    A Petrobras reduzirá seu preço médio de venda de diesel para as distribuidoras em 4,7%, ou R$ 0,16, para R$ 3,27 por litro, a partir de terça-feira (6), informou a companhia em nota nesta segunda-feira.

    O repasse da redução do preço do diesel da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões como margem de distribuição e revenda, impostos e mistura de biodiesel.

    CNN

  • Portugal vai notificar milhares de imigrantes, incluindo brasileiros, para que deixem o país

    Portugal vai notificar milhares de imigrantes, incluindo brasileiros, para que deixem o país

    O governo de Portugal vai notificar 18 mil imigrantes em situação ilegal para que deixem o país. A Embaixada do Brasil em Portugal acompanha o tema de perto e está em contato com as autoridades portuguesas para obter informações sobre o número exato de brasileiros afetados.

    O ministro da Presidência do governo português, António Leitão Amaro, afirmou no último sábado (3/5) que os imigrantes que deverão deixar o país tiveram os seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima), depois de um período de análise, por não cumprirem as regras locais.

    Eles terão 20 dias para se retirarem do território de Portugal. “Quem não cumprir a ordem, terá de ser afastado coercivamente”, disse Amaro.

    Ainda segundo o ministro, 4.574 imigrantes serão notificados já na próxima semana. “As regras têm de ser cumpridas, e o incumprimento tem de ter as consequências da lei”, afirmou.

    Amaro afirmou também que boa parte das 18 mil pessoas afetadas já tinham ordens de saída da Europa emitidas por outros países ou tiveram sua autorização de residência negada por “situações criminais” que tornaram a concessão inviável.

    A expectativa do ministro da Presidência de Portugal é que o número de notificações aumente ainda mais. Isso porque o país acumula uma fila de cerca de 110 mil pedidos de residência que aguardam análise.

    A Embaixada do Brasil em Portugal acompanha o tema de perto, em contato direto com as autoridades locais, segundo o Ministério de Relações Exteriores.

    O cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Alessandro Candeas, afirmou em entrevista ao jornal local Público que está em contato com as autoridades portuguesas para obter mais informações sobre o número exato de brasileiros que podem ser afetados pela medida.

    O embaixador brasileiro, Raimundo Carreiro, também afirmou estar acompanhando o caso.

    Os primeiros dados colhidos por diplomatas até agora indicam que os brasileiros são uma parcela pequena entre aqueles que estão na mira do governo português, mesmo formando a maior comunidade de imigrantes em Portugal, segundo o Público.

    Em entrevista à rádio portuguesa Observador, o ministro António Leitão Amaro disse que cerca de dois terços dos 18 mil pedidos indeferidos são de cidadãos oriundos de Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

    Imigrantes sem documentos participaram do protesto para celebrar o Dia do Trabalhador em Lisboa
    Imigrantes sem documentos participaram do protesto para celebrar o Dia do Trabalhador em Lisboa

    A determinação do governo português foi anunciada na véspera do início oficial da campanha para as eleições gerais, marcadas para 18 de maio.

    A votação vai renovar o Parlamento, após a queda do primeiro-ministro Luís Montenegro.

    A crise que derrubou o premiê foi desencadeada por um escândalo envolvendo uma empresa de consultoria de propriedade de sua família, o que provocou acusações de conflito de interesse.

    O governo de Montenegro perdeu a votação de uma moção de desconfiança no Parlamento, levando o presidente Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver a Assembleia da República e convocar novas eleições.

    Esta é a terceira eleição geral em apenas três anos.

    Em uma publicação nas redes sociais, a Casa do Brasil em Lisboa (CBL), a mais antiga associação de defesa de imigrantes no país, associou o anúncio da medida a uma “cortina de fumaça” em meio às acusações de corrupção contra Montenegro.

    “Nos parece minimamente coincidente o atual governo anunciar que vai notificar 18 mil imigrantes a abandonarem o país em plena campanha eleitoral e no seguimento de uma notícia de suposta corrupção do primeiro-ministro, com o caso da sua empresa. Fica a pergunta se, mais uma vez, não estão a utilizar a imigração como um bode expiatório e uma cortina de fumaça para os problemas reais do nosso país”, diz o posicionamento, atribuído a Ana Paula Costa, presidente da CBL.

    BBC

  • Trump envia chefe de departamento de sanções ao Brasil: Moraes pode ser alvo?

    Trump envia chefe de departamento de sanções ao Brasil: Moraes pode ser alvo?

    Mais de três meses depois de o presidente Donald Trump tomar posse novamente, o governo dos Estados Unidos decidiu enviar um representante do Departamento de Estado norte-americano ao Brasil. O chefe interino da coordenação de sanções internacionais, David Gamble, chegará ao Brasil nesta segunda-feira (5/5). É a primeira vez que um representante do Departamento de Estado, equivalente a um ministério das Relações Exteriores, vem ao Brasil desde a posse de Trump, em janeiro de 2025. Alvo, Alexandre de Moraes.

    Sua chegada ao país acontece em um momento de esfriamento das relações entre Estados Unidos e Brasil e em meio à expectativa de que ele se encontre com membros da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

    A chegada de Gamble e de uma comitiva liderada por ele ao Brasil foi divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada pela BBC News Brasil.

    Segundo nota divulgada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, a delegação liderada por Gamble virá ao Brasil para participar de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutir programas de sanções direcionados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas.

    Apesar de, oficialmente, a pauta da reunião ser sobre as ações de combate ao crime organizado e terrorismo, a BBC News Brasil apurou que, até o domingo (04/05), não havia previsão de reuniões entre a comitiva e os órgãos brasileiros responsáveis por essa área.

    Procurada, a Embaixada dos Estados Unidos não divulgou a agenda da comitiva. Diante disso, o que se sabe sobre a vinda do primeiro enviado do governo Trump ao Brasil?

    O que a comitiva fará no Brasil?

    A nota divulgada pela Embaixada dos Estados Unidos afirma que a delegação vai ter reuniões bilaterais sobre combata organizações criminosas transnacionais e terrorismo. A nota não informa quantos integrantes a comitiva tem, com que órgãos irá se reunir e nem quanto tempo passará no país.

    “O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, diz a nota.

    No entanto, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), principal responsável federal pelo combate ao crime organizado e o terrorismo, disse à BBC News Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há reuniões previstas entre representantes da pasta e a comitiva norte-americana.

    Procurado, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) não respondeu aos questionamentos da reportagem.

    A assessoria internacional da Presidência da República, comandada pelo diplomata Celso Amorim, também não tem reuniões agendadas com a comitiva.

    Se do lado do governo brasileiro, não há informações oficiais sobre a agenda da delegação norte-americana, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, em uma postagem no X (antigo Twitter) que Gamble irá se encontrar com seu pai, Jair Bolsonaro, e seu irmão, Flávio Bolsonaro.

    Procurada, a assessoria de Jair Bolsonaro disse que havia a possibilidade de um encontro entre Bolsonaro e Gamble, mas não confirmou a reunião.

    Questionada sobre este suposto encontro, a Embaixada dos Estados Unidos não divulgou a agenda da comitiva.

    O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (SP), disse à BBC News Brasil que parlamentares de oposição estão tentando levar Gamble a participar de um encontro privado com deputados e senadores para tratar da situação política brasileira.

    “O encontro ainda não está confirmado, mas esperamos que ele possa nos atender para que a gente fale sobre o que está acontecendo no Brasil”, diz o parlamentar.

    O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro em carro de som sobre cartaz com a imagem do presidente dos EUA, Donald Trump, durante manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março de 2025
    Jair Bolsonaro pode se encontrar com enviado de Trump, segundo seu filho, Eduardo Bolsonaro

    Sanções a Alexandre de Moraes?

    Desde que a vinda da comitiva norte-americana foi confirmada, surgiram rumores de que um dos assuntos a serem discutidos por Gamble e sua equipe no Brasil seriam sanções a membros do STF como o ministro Alexandre de Moraes, relator de diversos processos que tramitam contra Bolsonaro na Corte e dos casos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023.

    Na postagem em que anunciou a ida da equipe do Departamento de Estado ao Brasil, Eduardo Bolsonaro fez uma menção direta a Alexandre de Moraes.

    “Quando eu disse que a batata do Alexandre de Moraes estava esquentando aqui nos Estados Unidos, pode ter certeza de que está esquentando de verdade. Se Deus quiser, os violadores sistemáticos de direitos humanos […] vão ser punidos”, disse o parlamentar licenciado.

    Ele não afirmou diretamente, porém, que o objetivo oficial da visita seria discutir sanções a Alexandre de Moraes.

    Sanções norte-americanas a Alexandre de Moraes são uma das pautas mais defendidas por Eduardo Bolsonaro e outros militantes de direita radicados nos Estados Unidos. Eles argumentam que Moraes e outros integrantes do STF estariam conduzindo uma perseguição judicial contra Bolsonaro e contra outros políticos e militantes de direita no Brasil.

    “Eu não peço sanção ao povo brasileiro, nada sobre tarifas (comerciais). Mas no caso do Alexandre de Moraes, acho que ele se enquadra para sofrer ‘sanções OFAC (a sigla do escritório de controle de ativos estrangeiros dos EUA)’, como aconteceu com o pessoal do Tribunal Penal Internacional (TPI)”, disse Eduardo Bolsonaro à BBC News Brasil, em fevereiro deste ano, pouco depois de se mudar para os Estados Unidos com sua família.

    Os primeiros sinais de que a ofensiva de Eduardo Bolsonaro teriam dado resultado surgiram ainda em fevereiro, quando Alexandre de Moraes foi processado pessoalmente pela empresa de mídia de Trump, a Trump Media & Technology Group (TMTG), em conjunto com a rede Rumble, que havia sido bloqueada no Brasil por ordem de Moraes.

    A ação, movida na Flórida, questionou o poder do ministro para tomar decisões sobre conteúdos postados na Rumble e sobre a monetização destes conteúdos.

    O processo foi iniciado horas depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Jair Bolsonaro como suposto líder de uma organização criminosa que teria planejado a ruptura democrática do Brasil após as eleições de 2022. Em abril, o STF aceitou a denúncia e transformou Bolsonaro e outras sete pessoas em réus. A defesa de Bolsonaro rebate as acusações e diz que ele é inocente.

    Ainda não há data prevista para o início do julgamento de Bolsonaro.

    Em outra frente, parlamentares republicanos lideram, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (equivalente à Câmara dos Deputados, no Brasil) um projeto batizado de ‘No Censors on our Shores Act”, ou “Lei Sem Censores dentro de nossas Fronteiras”, em tradução livre.

    O projeto prevê a deportação ou a proibição de entrada em território norte-americano de autoridades estrangeiras que tenham infringido a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que trata da liberdade de expressão.

    David Gamble usando terno em frente uma bandeira dos Estados Unidos
    David Gamble comanda, interinamente, estratégia de sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos

    Quem é David Gamble?

    David Gamble é servidor de carreira do serviço diplomático norte-americano e comanda, interinamente, a estratégia do Departamento de Estado sobre sanções internacionais.

    As sanções são medidas adotadas por governos contra países, empresas ou pessoas físicas que, em tese, representam ameaças de segurança nacional ou que violam acordos internacionais.

    Antes de assumir este posto, ele atuou como conselheiro econômico nas Filipinas e como diretor de assuntos sobre Rússia e Ásia Central no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

    Um dos exemplos mais recentes do uso de sanções norte-americanas aconteceu em abril deste ano, quando o governo anunciou medidas contra pessoas e empresas que teria ligações com o programa nuclear iraniano.

    O presidente do Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva, toca a cabeça durante a assinatura de proposta de PEC em Brasília, no dia 23 de abril de 2025
    EPA -Lula ainda não se encontrou nem falou com Trump desde o retorno do republicano à Presidência

    Como estão as relações entre Brasil e EUA?

    As relações entre os dois governos são consideradas frias neste momento, segundo analistas políticos e pelo assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim. Em entrevista à BBC News Brasil em abril, Amorim disse que ainda não havia conseguido contato com seu homólogo no governo norte-americano.

    Em 2022, Trump declarou apoio à reeleição de Jair Bolsonaro e usou suas redes sociais para chamar o então candidato petista de “esquerdista radical lunático”.

    Lula, por sua vez, Lula disse torcer pela vitória da então vice-presidente e candidata Kamala Harris, principal adversária de Trump, mas eleições norte-americanas, em 2024.

    Após a vitória do republicano, Lula fez uma postagem em suas redes sociais parabenizando o norte-americano.

    “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”, escreveu Lula no X.

    “O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”, completou o presidente brasileiro.

    Apesar disso, Lula e Trump não se falaram por telefone, como é comum entre chefes-de-Estado, desde que o norte-americano tomou posse.

    Em público, porém, os dois vêm divergindo em uma série de assuntos como a regulação das redes sociais, em que Lula é a favor e Trump é contrário.

    Em abril, uma nota divulgada pelo MRE indicou que Lula teria manifestado solidariedade ao governo da Dinamarca em meio às declarações de Donald Trump sobre uma possível tomada de controle sobre a Groenlândia, território autônomo no Ártico sob controle do país europeu.

    As relações entre os dois países sofreram um forte abalo em abril deste ano, quando Trump anunciou tarifas sobre produtos importados de diversos países, inclusive do Brasil.

    A tarifa imposta ao Brasil foi de 10% sobre uma série de produtos, encarecendo as exportações brasileiras aos Estados Unidos. Nas semanas que anteciparam o anúncio das tarifas, Lula disse que o Brasil poderia usar de “reciprocidade” contra as taxas impostas pelos EUA a produtos brasileiros.

    Nenhuma retaliação brasileira, no entanto, foi anunciada até o momento.

    Desde então, enviados do governo brasileiro vêm tentando negociar com representantes norte-americanos. Essas negociações são lideradas pela equipe do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

    Os dois presidentes chegaram a estar no mesmo local durante o velório do Papa Francisco, mas não houve encontro entre eles.

    BBC