Na noite desta terça-feira (27), um caso alarmante ocorreu em Jundiaí, São Paulo, após o empate sem gols entre Palmeiras e Bragantino. Um torcedor palmeirense, ao assistir à entrevista do técnico Abel Ferreira, começou a proferir palavrões, o que levou a uma repreensão de sua mãe. O filho, então, armou-se com um revólver, ameaçou a própria mãe e declarou que qualquer um que entrasse na casa “iria levar pipoco”.
A mãe, temendo pela própria segurança, conseguiu escapar e buscar ajuda com um vigilante de rua, que acionou a Polícia Militar. Os policiais, ao chegarem ao local, detiveram o acusado e, durante a busca na residência, descobriram um arsenal composto por dois revólveres calibre.38, uma espingarda calibre.44, duas pistolas calibre.22, três espingardas de pressão de chumbo, munições calibre.38 e dois coldres.
O delegado Francisco Felipe Preuss, encarregado do caso, informou que o indivíduo foi preso e levado ao Centro de Triagem da Polícia Civil, em Campo Limpo Paulista.
Uma casa avaliada em R$ 100 milhões foi sequestrada durante a realização da Operação Fortuito 2, da Polícia Federal. Os agentes capturaram bens de uma quadrilha que pratica crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
PF bloqueou mais de R$ 300 milhões em bens de membros de grupo criminoso. Entre esses bens, está a casa avaliada em R$ 100 milhões e outros imóveis.
Investigados respondem por lavagem de dinheiro, organização criminosa e mais. A PF informou que ainda investiga os crimes de evasão de divisas; emitir valores imobiliários sem registro, laudo ou autorização; gestão fraudulenta, e de operar instituição financeira sem autorização. Se condenados, os investigados podem pegar até 50 anos de prisão.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A PF esteve na cidade do Rio de Janeiro, em Armação dos Búzios (RJ), em Uberaba (MG) e em São José dos Campos (SP) para cumpri-los.
Operação é consequência de prisão de mulher por posse de arma de fogo em 2024. Na época, a polícia investigava uma possível rede de comércio de armas quando encontrou a mulher, que possuía um revólver e uma pistola ilegalmente. A corporação apreendeu também carros de luxo, sendo uma BMW e um Porsche; joias, e 80 mil dólares em espécie.
A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de dezembro.Em comunicado, o Copom afirmou que as incertezas externas, principalmente nos Estados Unidos, suscitam dúvidas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Em relação ao Brasil, o texto informa que a economia brasileira está aquecida, com a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia) acima da meta de inflação, e que as incertezas sobre os gastos públicos provocaram perturbações nos preços dos ativos.
“O comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”, destacou o comunicado.
Em relação às próximas reuniões, o Copom confirmou que elevará a Selic em 1 ponto percentual na reunião de março, mas não informou se as altas continuarão na reunião de maio, apenas que observará a inflação. “Para além da próxima reunião, o comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”, ressaltou.
Essa foi a quarta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.
Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.
Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 0,52%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da bandeira verde nas contas de luz, o preço dos alimentos, principalmente da carne e de algumas frutas, continuou a subir.
Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,83% em 2024, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.
No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em janeiro de 2025, a inflação desde fevereiro de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em fevereiro, o procedimento se repete, com apuração a partir de março de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.
No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.
As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,5%, 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,96%.
O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA chegará a 5,2% em 2025 (acima do teto da meta) e 4% no acumulado em 12 meses no fim do terceiro trimestre em 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.
O Banco Central aumentou as estimativas de inflação. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,5% em 2025 e de 4% em 12 meses no fim do segundo trimestre de 2026.
Crédito mais caro
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 2,1% a projeção de crescimento para a economia em 2025.
O mercado projeta crescimento um pouco menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,06% do PIB em 2025.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
Com 116 anos, a Freira Inah Canabarro Lucas é a mulher mais idosa do mundo, segundo o Gerontology Research Group. A religiosa brasileira, que atualmente mora em Porto Alegre (RS), adora chocolates, detesta banana, dirigiu uma banda de música e viajou por todos os países da América Latina. Em 2022, contraiu Covid-19 e, surpreendentemente, recuperou-se sem grandes complicações, segundo pesquisadores.
Laura, de 105 anos, começou a nadar aos 70. Atualmente, exibe a agilidade de uma jovem e excelente capacidade cognitiva. Em vez de perder força muscular com o tempo, como era o esperado, a nadadora mineira preservou musculatura e passou a ganhar medalhas aos 100 anos.
Já Milton, de Brasília, um veterinário que aos 108 anos acompanhava e comentava todos os avanços científicos noticiados, foi capaz de nomear e relembrar a importância de todos os presentes em sua festa de aniversário de 107 anos – algo pouco trivial até para quem comemora um par de décadas.
Todos eles integram um projeto conduzido no Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Universidade de São Paulo (USP). O estudo está mapeando o código genético de centenários saudáveis em busca de genes determinantes para essa longevidade excepcional. Até agora, já foram coletadas amostras de 75 centenários e a busca por novos voluntários continua.
“Queremos identificar os genes protetores de doenças comuns ao envelhecimento, como as demências e aquelas relacionadas à perda muscular. Sabemos que manter um estilo de vida saudável é muito importante para se obter uma velhice com qualidade de vida. No entanto, sabemos também que, depois dos 90 anos, a genética é muito mais determinante que o ambiente”, diz Mayana Zatz, coordenadora do CEGH-CEL.
Além de coletar o sangue dos centenários e sequenciar seus genomas, os pesquisadores estão reprogramando as células sanguíneas (eritroblastos) coletadas e as transformando em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), processo que permite diferenciá-las em qualquer outro tipo de células, como as musculares, ósseas ou nervosas. Isso possibilita também a criação de organoides – miniórgãos desenvolvidos em laboratório que podem ser usados para estudar o funcionamento dos sistemas corporais.
Com os minicérebros obtidos a partir de células doadas pelos centenários brasileiros os pesquisadores pretendem investigar os genes relacionados com a proteção de processos neurodegenerativos associados a demências senis, Alzheimer, Parkinson e outras doenças comuns do envelhecimento.
Mas para isso, além de avançar no monitoramento e na busca ativa de centenários saudáveis, também estão investindo no desenvolvimento de minicérebros mais complexos. Os protocolos até agora desenvolvidos foram descritos em um dos capítulos da série de livros Methods in Molecular Biology, publicada pela editora Springer.
“Estamos trabalhando em duas frentes. Primeiro, temos a coorte [grupo de voluntários do estudo] dos centenários brasileiros. É algo que não existe no mundo, visto que eles têm uma variabilidade genética muito grande em decorrência de nossa miscigenação. Isso pode nos permitir identificar um maior número de genes protetores. Paralelamente, estamos desenvolvendo organoides mais complexos, capazes de mimetizar de um modo mais amplo o que acontece no cérebro dos centenários”, conta Zatz.
Isso significa desenvolver organoides que, além de neurônios, também contam com outros tipos de células do sistema nervoso central, como as micróglias, que reconhecem e sinalizam a presença de patógenos, além de desempenhar papel importante no desenvolvimento cerebral.
“Com esse modelo experimental complexo e mais sofisticado é possível replicar vários aspectos das funções, interações e organização do cérebro. É um modelo ideal para estudar tanto questões referentes ao desenvolvimento cerebral quanto anomalias e distúrbios neurológicos, pois mimetiza a arquitetura celular e os processos fisiológicos do cérebro humano”, explica Raiane Ferreira, pesquisadora do CEGH-CEL e bolsista de doutorado da FAPESP.
“Não estamos desenvolvendo nada novo, apenas avançando na técnica de criar minicérebros mais complexos que nos permitam, por exemplo, incluir a micróglia”, pontua Ferreira.
Inah Canabarro Lucas, com 116 anos, é a mulher mais idosa do mundo (foto: CEGH-CEL)
Do começo ao fim
Segundo a pesquisadora, existe um complicador nesse processo: as células iPS – a base para a produção dos organoides em laboratório – têm características mais embrionárias e os minicérebros são comumente utilizados para o estudo do neurodesenvolvimento.
“Nosso desafio é conseguir adaptar o modelo para que expresse fatores de estresse presentes no envelhecimento. Assim, poderemos investigar como se dá o neuroenvelhecimento”, diz.
“Os participantes do projeto estão todos muito lúcidos. Sabemos que a micróglia tem uma função muito importante em relação ao Alzheimer e outras demências por causa de seu papel na homeostase [equilíbrio] do cérebro no envelhecimento. Por isso, buscamos entender nesta etapa da pesquisa se a micróglia desses idosos também estaria diferente, sofrendo menos efeitos de envelhecimento. Isso só será possível descobrir a partir do organoides que estamos desenvolvendo “, afirma Ferreira.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse nesta quarta-feira (29) que vê o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com dificuldades de se “impor no governo”. Segundo ele, ter um ministro “fraco” no comando da equipe econômica é um indicativo negativo para o governo.
“Hoje, o que a gente vê é uma dificuldade do ministro Haddad de comandar. Ele prioriza convicções, projetos, que não acabam se tornando realidade porque ele não consegue se impor no governo. Um ministro da Fazenda fraco sempre é um péssimo indicativo”, disse em evento com investidores em São Paulo.
Na conversa, Kassab mencionou ministros anteriores, como Antonio Palocci, Henrique Meirelles e Paulo Guedes. “Eu acredito no sucesso da economia quando você tem ministros da economia fortes”, declarou.
A CNN procurou a assessoria de Haddad sobre as declarações de Kassab e aguarda resposta.
Eleições em 2026
No evento, Kassab foi questionado sobre as perspectivas para as eleições presidenciais de 2026. Segundo ele, a possibilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “hoje não é fácil”. Apesar disso, não descartou uma “reviravolta” que fortaleça o chefe do Executivo até a campanha eleitoral.
“O Lula, como eu disse, acho que se fosse hoje perderia a eleição, mas sempre é um candidato forte. Tem muita experiência, pode haver uma reviravolta no seu governo”, afirmou.
Kassab mencionou a última pesquisa Genial/Quaest, que mostrou queda na popularidade do governo petista. De acordo com ele, o fato de o apoio ao PT ter caído no Nordeste – tradicionalmente um reduto petista – é um “indicativo muito grande de que o PT, se fosse hoje, entraria na campanha, não na condição de favorito, [mas] na condição de derrotado”.
Segundo Kassab, para vencer as eleições, um candidato à Presidência precisará necessariamente do apoio de partidos de centro. “Eu acho muito difícil ganhar a eleição de presidente quem não tiver com o centro. Seja um candidato de esquerda, seja de direita ou do próprio centro”, disse.
Atual secretário de Governo e Relações Institucionais do estado de São Paulo, Kassab afirmou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) seria o nome mais forte da oposição para a disputa à Presidência. Ele indicou, no entanto, que Tarcísio não deve se candidatar para presidente e deve buscar a reeleição no governo do estado.
Reforçando o compromisso do Governo de Goiás em oferecer melhores condições de trabalho aos agentes da segurança pública estadual, o governador Ronaldo Caiado realizou, na tarde desta segunda-feira (27/01), a entrega de novas viaturas e equipamentos à Polícia Penal, durante cerimônia realizada no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia.
Com investimentos de R$ 41,9 milhões oriundos do Tesouro Estadual, as novas aquisições irão garantir a ampliação do rigor nos procedimentos penitenciários.
“Estamos trabalhando fortemente para recompensar tudo aquilo que os policiais penais têm feito. Estamos oferecendo todo o aparato necessário para se fazer a segurança plena tanto do cidadão que está ali cuidando da segurança do presídio, como para aqueles que estão nas ruas. Isso é dar condições para que todos possam trabalhar com dignidade”, enfatizou Caiado.
O governador destacou que, desde 2019, o Governo de Goiás já investiu mais de R$ 17 bilhões na área da segurança pública e, aproximadamente, R$ 350 milhões no sistema penitenciário goiano, com a reforma de unidades, construção de novas celas e compra de equipamentos e armamentos.
Caiado ressaltou ainda que os novos equipamentos são de extrema qualidade e os mais sofisticados no mundo hoje, o que garante condições aos agentes de poderem combater a criminalidade dentro e fora do sistema penal goiano.
“Graças à atuação da Polícia Penal, atingimos um grau de excelência no Brasil”, afirmou Caiado.
Governador Ronaldo Caiado durante entrega de novas viaturas e armamentos à Polícia Penal (Foto: Walter Follador)
Entregas para segurança penitenciária de Goiás
Foram entregues à força de segurança 86 novas viaturas modelo picape, equipadas com celas, 187 carabinas semiautomáticas, munições diversas e materiais químicos de segurança, como sprays de pimenta, agentes lacrimogêneos e granadas de luz e som.
Foram entregues à força de segurança 86 novas viaturas modelo picape, equipadas com celas (Foto: Walter Follador)
O vice-governador Daniel Vilela destacou o sucesso que o estado de Goiás observa na área da segurança pública.
“Hoje, temos a tranquilidade de saber que nossa polícia recebe constantes investimentos e faz parte das prioridades do orçamento público”, disse.
O secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, explicou que o controle do sistema penitenciário é fundamental e que “de nada adiantaria a persecução e execução penais se a gente não tiver a parte final, que é a segurança e o cumprimento da pena”.
Já o titular da Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), Josimar Pires, ressaltou que é a primeira vez que todas as viaturas do sistema penitenciário são zero quilômetro e locadas, e que todas as unidades do estado passam a ter, no mínimo, uma arma de alto calibre.
“São muitos investimentos voltados para a melhoria das condições das unidades, para a melhoria do processo de trabalho e, consequentemente, para o processo de ressocialização”, pontuou, ao lembrar que Goiás é um dos estados com menores índices de reincidência penitenciária do país em virtude do controle carcerário e dos processos de ressocialização que estão sendo empregados pelo governo estadual.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a instituição não identificou “mega-financiadores” dos atos de 8 de janeiro de 2023, que contaram com ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília.
“Muitas vezes, na expectativa de algumas pessoas, haveria um ou dois, ou um grupo de mega-financiadores com vários milhões para essa atuação orquestrada para o golpe de Estado”, disse Rodrigues, que complementou: “a investigação provou que não, pelo menos nós não conseguimos identificar que isso tenha acontecido”. A declaração foi feita na segunda-feira (27) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Apesar de negar a existência de grandes patrocinadores, Andrei Rodrigues afirmou que havia um “financiamento disperso” por trás dos atos, e que os financiadores foram responsabilizados. “O que havia, sim, era esse financiamento disperso onde uma pessoa fornecia determinado insumo, outra uma questão logística, outra recursos e isso está lá apontado no inquérito policial”, continuou o diretor. “Portanto, sim, nós responsabilizamos os financiadores”, completou.
Ainda na última quinta-feira (23), o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que, se a produção de provas do inquérito do golpe for finalizada ainda no mandato dele de presidente, ele irá pautar “imediatamente” a Suprema Corte. Operação Lesa-Pátria Em 2024, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Lesa-Pátria, que investigou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
A CNN apurou que parte dos alvos eram empresários que financiaram os atos, quando as sedes dos Três Poderes foram vandalizadas em Brasília. Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PF. A Suprema Corte também autorizou 12 mandados de busca pessoal.
A previsão da inflação feita por economistas ouvidos pelo Banco Central deu um grande salto no boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (27).
Os analistas esperam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) termine o ano em 5,50%, uma elevação de 0,42 ponto percentual em relação ao levantamento divulgado na semana passada.
Com isso, os economistas acreditam que o limite da meta será ultrapassado com folga. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A perspectiva do mercado também piorou para 2026 (subiu de 4,1% para 4,22%) e para 2028 (de 3,58% para 3,73%).
A elevação ocorreu mesmo com o IPCA-15 tendo desacelerado para 0,11% em janeiro, segundo dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (24). A taxa foi a menor para meses de janeiro na série histórica desde o início do Plano Real – a moeda passou a circular em julho de 1994.
Os analistas do mercado financeiro também aumentaram a previsão da taxa básica de juros no próximo ano para 12,5%, contra 12,25% da semana passada. A Selic ainda subiu para 2027 (de 10,25% para 10,38%), mas ficou estável em 2025 (15%) e 2028 (10%).
Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa de juros. Os economistas mantiveram a expectativa de um aumento de um ponto percentual nesta quarta-feira (29), indo de 12,25% para 13,25%. O próprio Copom já indicou na ata da reunião de dezembro que esperava subir a Selic em um ponto no encontro deste mês.
O boletim Focus também indicou que o mercado espera um crescimento do PIB deste ano de 2,04% para 2,06%, mas prevê desaceleração em 2026 (de 1,77% para 1,72%) e 2027 (de 2% para 1,96%).
Já o dólar deve fechar o ano em R$ 6, de acordo com os economistas ouvidos pelo Banco Central, mesmo patamar do último levantamento.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou durante reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma lista de 25 prioridades da agenda econômica do governo para 2025 e 2026. Entre as medidas apresentadas, estão a regulamentação da reforma tributária e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Confira a lista:
Fortalecer o arcabouço fiscal, para assegurar a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), diminuir o desemprego e manter a inflação baixa e estabilizar a dívida pública;
Iniciar a implantação da reforma tributária sobre o consumo; Regulamentar a reforma tributária: lei de gestão e administração do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), fundos e imposto seletivo;
Reforma sobre a renda com isenção para quem ganha até R$ 5 mil e tributação sobre milionários;
Limitação dos supersalários; Reforma da previdência dos militares;
Projeto de lei da conformidade tributária e aduaneira, com valorização do bom contribuinte e responsabilização do devedor contumaz;
Nova Lei de Falências; Fortalecimento da proteção a investidores no mercado de capitais; Consolidação legal das infraestruturas do mercado financeiro;
Resolução bancária; Mercado de crédito: execução extrajudicial, consignado do E-social, uso de pagamentos eletrônicos como garantia para empresas e ampliação de garantias em operações de crédito (open asset) Regulamentação econômica das big techs;
Modernização do marco legal de preços de medicamentos; Pé-de-Meia: permissão ao aluno investir em poupança ou títulos do Tesouro; Modernização do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos e das parcerias público-privadas;
Nova emissão de títulos sustentáveis para trazer recursos do fundo clima; Avanço na implementação do mercado de carbono, com governança e decreto regulamentador; Novos leilões do Ecoinvest;
Compra pública com conteúdo nacional programa de desafios tecnológicos para a transformação ecológica;
Estruturação do Fundo Internacional de Florestas; Conclusão da taxonomia sustentável brasileira;
Política de atração de datacenter e marco legal da inteligência artificial;
Plano Safra e Renovagro: aprimoramento dos critérios de sustentabilidade;
Concluir o mapa e investimentos sustentáveis na BIP (Plataforma de Investimentos para a transformação Ecológica no Brasil).
O programa Meu INSS Vale+, que oferece antecipação salarial de até R$ 150, passou por uma atualização significativa. A partir de agora, os beneficiários poderão solicitar o adiantamento sem a necessidade de desbloqueio prévio do benefício. A nova instrução normativa foi publicada nesta segunda-feira (20/1) no Diário Oficial da União (DOU).
Entenda o Programa Meu INSS Vale+
Quem tem direito: Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios permanentes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Valor disponível: Até R$ 150 por mês, sem cobrança de juros ou taxas.
Desconto automático: O valor será descontado diretamente na folha de pagamento do mês seguinte.
Finalidade: O objetivo é permitir que os segurados possam cobrir despesas emergenciais, como medicamentos, gás, alimentação e transporte.
Como Funciona?
A solicitação do adiantamento pode ser feita utilizando cartões físicos ou virtuais emitidos pelas instituições financeiras credenciadas.
Cartão físico: Deve conter chip e senha pessoal para confirmação da transação.
Cartão virtual: Necessário o uso de biometria para autenticação.
Mudanças Recentes
De acordo com Vanderlei Barbosa, diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (Dirben), a mudança foi necessária para agilizar o atendimento, especialmente em regiões onde beneficiários enfrentavam atrasos significativos. Em algumas localidades, o tempo de espera para o recebimento do cartão chegava a 45 dias. Com a nova medida, a biometria substitui o desbloqueio prévio, acelerando o processo.
Restrições
O valor antecipado não pode ser sacado, transferido ou enviado por Pix.
Não é permitido o uso para apostas físicas ou eletrônicas.
Como Aderir ao Programa?
As instituições financeiras interessadas em oferecer o cartão Meu INSS Vale+ devem enviar um ofício por e-mail para a Diretoria de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (dirben@inss.gov.br), informando a intenção de disponibilizar o serviço aos beneficiários.
Após a aprovação do convênio, o valor será liberado no cartão em até cinco dias úteis para o usuário.
Regras de Funcionamento
As instituições financeiras devem ter, no mínimo, 12 meses de experiência no serviço de antecipação salarial e celebrar um convênio ou Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS.
O adiantamento salarial é realizado por meio de cartões físicos ou virtuais, com autenticação obrigatória por biometria.
O INSS não se responsabiliza por dívidas ou compromissos financeiros assumidos pelo beneficiário junto às instituições financeiras.
Como Solicitar?
Os segurados podem aderir ao programa por meio do site ou aplicativo Meu INSS. Confira o passo a passo:
Faça login na conta gov.br.
Clique em “Novo Pedido” ou utilize o campo de busca e digite “Vale+”.
Siga as instruções para concluir a solicitação.
Atendimento
Em caso de dúvidas, os beneficiários podem entrar em contato com a Central de Atendimento do INSS pelo telefone 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h (horário de Brasília).