Categoria: Mundo

  • Defensoria pede à Justiça Federal que condene X a pagar R$ 1 bilhão ao Brasil

    Defensoria pede à Justiça Federal que condene X a pagar R$ 1 bilhão ao Brasil

    A Defensoria Pública da União (DPU) pediu nesta sexta-feira (19) à Justiça Federal que condene a plataforma X (antigo Twitter) a pagar R$1 bilhão em indenização por dano moral coletivo e danos sociais ao Brasil.

    Assim, para a DPU, as condutas do empresário Elon Musk, proprietário da rede social, e do X “representam instrumentalização de plataformas digitais para fins ilícitos”.

    ” para a grave responsabilidade das empresas e de seus gestores, indicando uma indução e participação em atividades criminosas que atentam contra o tecido democrático da nação”, diz a ação da Defensoria.

    É bom lembrar que no início do mês, Musk passou a fazer ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em razão de decisões que determinaram a remoção de conteúdo e o bloqueio de contas de investigados pela Corte.

    Com isso, as postagens que foram alvo de decisões do STF envolvem crimes como discurso de ódio, defesa de golpe de estado e ataques sem provas ao sistema eleitoral.

    Musk ameaçou não cumprir decisões da Justiça brasileira e passou a ser investigado no Supremo.

    A ação da DPU pede que a Justiça determine ao X a adoção de uma série de medidas como:

    1- práticas de moderação de conteúdo em conformidade com os direitos à liberdade de expressão e informação, removendo conteúdos ilegais ou que promovam desobediência a decisões judiciais.

    2- sistema eficaz de cooperação com autoridades judiciais para garantir respostas rápidas a ordens judiciais e requisições legais.

    3- publicação de relatórios periódicos detalhando as ações tomadas para cumprir ordens judiciais e a moderação de conteúdo.

    4- contratação de entidades independentes para realizar auditorias regulares nas práticas da empresa.

    Paipee

  • Irã sinaliza que não planeja retaliar Israel após ataque com drones

    Irã sinaliza que não planeja retaliar Israel após ataque com drones

    Explosões ecoaram nesta sexta-feira perto de uma cidade iraniana no que fontes relataram como um ataque israelense, mas Teerã minimizou o incidente e indicou que não planeja uma retaliação, resposta com o aparente objetivo de impedir uma ampliação da guerra na região.

    O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que drones — segundo as fontes, lançados por Israel contra a cidade de Isfahan — eram “mini-drones” que não causaram danos ou mortes.

    A escala limitada do ataque e a resposta branda do Irã constituem, aparentemente, um sinal de sucesso dos esforços diplomáticos para evitar uma guerra aberta.

    Imprensa e autoridades iranianas descreveram uma pequena quantidade de explosões, resultado, segundo elas, de seus sistemas de defesa aérea que derrubaram três drones sobre Isfahan, no centro do país. Elas se referiram ao incidente como um ataque de “infiltrados”, em vez de citar Israel, evitando assim a necessidade de uma resposta.

    Uma autoridade iraniana disse à Reuters que não havia planos de responder a Israel.

    “A fonte externa do incidente não foi confirmada. Não recebemos qualquer ataque externo, e a discussão está mais para infiltrados do que um ataque”, disse a fonte.

    O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, também foi cauteloso ao comentar o caso a enviados de países muçulmanos em Nova York.

    “Os apoiadores do regime sionista de Israel na imprensa, em esforço desesperado, tentaram transformar em vitória a derrota deles, enquanto os mini-drones interceptados não causaram qualquer dano ou morte”, teria dito o ministro, segundo a mídia iraniana.

    Israel não comentou o incidente.

    Questionado repetidamente sobre o assunto durante coletiva de imprensa na Itália, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que não comentaria. Ele se limitou a dizer que os EUA estão comprometidos com a segurança israelense, mas não participaram de quaisquer ofensivas.

    A Casa Branca também disse que não tinha comentários a tecer, mudança de atuação para uma administração que vinha rotineiramente avaliando os últimos acontecimentos no conflito israelense.

    A violência entre Israel e aliados do Irã no Oriente Médio se intensificou durante os seis meses de confronto na Faixa de Gaza, alimentando temores de que a “guerra das sombras” entre os rivais possa se transformar em um conflito direto.

    Israel havia dito que responderia à operação de sábado, o primeiro ataque direto de Irã contra Israel. O ato não causou mortes em solo israelense, já que o país e aliados derrubaram centenas de mísseis e drones.

    Teerã lançou a operação em retaliação a um suposto ataque aéreo de Israel, no dia 1º de abril, que destruiu um edifício do complexo da embaixada do Irã em Damasco, resultando na morte de oficiais iranianos, incluindo um general de alto escalão.

    “Israel tentou calibrar entre a necessidade de reagir e o desejo de não entrar em um ciclo de ação e reação contrária que se tornaria uma escalada interminável”, avaliou Itamar Rabinovich, ex-embaixador israelense em Washington.

    Aliados de Israel, incluindo os EUA, pressionaram durante toda a semana para garantir que qualquer retaliação adicional fosse ponderada para não provocar uma escalada maior. Países ocidentais reforçaram as sanções contra o Irã para acalmar Israel.

    Não houve nenhuma palavra de Israel nesta sexta-feira sobre o planejamento de novas ações. Além de ataques diretos ao território iraniano, o país tem outras formas de promover ofensivas, incluindo pelo meio cibernético e ataques a representantes iranianos em outros locais.

    Em um sinal de pressão dentro do governo de extrema-direita de Israel por uma resposta mais forte, Itamar Ben Gvir, o ministro da Segurança Nacional, postou uma única palavra no X após os ataques desta sexta-feira: “Fraco”.

    No mercado financeiro, o preço do petróleo inicialmente subiu, mas depois caiu, com analistas apontando para a crença de que uma escalada das hostilidades na região pode ser evitada.

    Pela manhã, o Irã reabriu os aeroportos e o espaço aéreo, fechados durante o ataque. A interrupção das viagens deve continuar na região, no entanto, com alguns voos redirecionados por companhias aéreas internacionais e outros sendo suspensos.

    No Irã, noticiários sobre o incidente desta sexta-feira não mencionaram Israel. A televisão estatal transmitiu analistas e especialistas que pareciam não se importar com a escala.

    Também não há indicações de algum dano extenso na base aérea que teria sido alvo do ataque, informou a CNN, citando imagens de satélite que obteve.

    Pouco depois da meia-noite, “três drones foram observados no céu sobre Isfahan. O sistema de defesa aérea entrou em ação e destruiu esses drones no céu”, disse a TV estatal iraniana.

    A mídia israelense evitou citar diretamente as autoridades do país e, em vez disso, referiu-se a reportagens da mídia estrangeira que usaram fontes israelenses para confirmar que Israel estava por trás dos ataques.

    (Reportagem de Humeyra Pamuk, Phil Stewart e Idrees Ali em Washington e Parisa Hafezi em Dubai; reportagem adicional de Kanishka Singh, Jasper Ward, Jamie Freed e Dan Williams)

    Reuters

  • Waack: STF vira alvo fácil em campanha internacional

    Waack: STF vira alvo fácil em campanha internacional

    O STF foi envolvido no turbilhão eleitoral americano, e foi exatamente essa a saída encontrada pelo presidente da corte para comentar o caso, dizendo que a divulgação do relatório é um problema interno político de lá

    O Supremo Tribunal Federal se tornou o centro de um espetáculo político coordenado a partir do Congresso Americano, mais especificamente por uma comissão que pode ser comparada à poderosa CCJ aqui da Câmara dos Deputados no Brasil.

    Essa comissão divulgou em Washington um relatório com decisões sigilosas do STF de suspensão ou remoção de perfis em redes sociais, todas do ministro Alexandre de Moraes, que há cinco anos preside um inquérito sobre milícias digitais.

    O alvo desse relatório, na verdade, é o presidente americano Joe Biden, acusado por deputados trumpistas de lá de não se importar com a censura, no caso, no Brasil.

    Nesse sentido, o STF foi envolvido no turbilhão eleitoral americano, e foi exatamente essa a saída encontrada pelo presidente do STF para comentar o caso, dizendo que a divulgação do relatório é um problema interno político de lá.

    O problema para o STF, porém, é a questão política doméstica, aqui do Brasil, onde a Suprema Corte está no centro de um debate sobre medidas excepcionais que vem adotando para enfrentar ataques à instituição e à democracia.

    Isso inclui, sim, censura ao que foi considerado incitação, em redes sociais, a práticas antirrepublicanas.

    O Supremo está na linha de frente desse choque, e seu protagonismo é o ponto principal pelo qual é atacado pelo Legislativo na luta entre os poderes.

    São os ataques que vêm de fora contra o STF parte de uma coordenada ação política de grupos e correntes de direita em vários países? Claro que são.

    Mas o problema não é esse. É o STF ser um alvo tão fácil.

  • Homem é preso por suspeita de entrar com bomba na embaixada do Irã em Paris

    Homem é preso por suspeita de entrar com bomba na embaixada do Irã em Paris

    Um homem foi preso na manhã desta sexta-feira (19) por suspeita de entrar com uma bomba na embaixada do Irã em Paris, na França. Segundo a polícia, ele ameaçava se explodir.

    Testemunhas disseram que o homem foi visto por volta das 11h (6h de Brasília) entrando no consulado carregando o que parecia ser uma granada e um colete explosivo. Entretanto, após uma revista, ficou constatado que ele não carregava explosivos, disse uma fonte policial.

    De acordo com o Ministério Público em Paris, o homem que invadiu a embaixada é um iraniano de 61 anos que já teria participado de outras ações criminosas. Ele já havia sido preso por incendiar o consulado do Irã no ano passado.

    A polícia está fazendo buscas no carro que o indivíduo teria usado para chegar à embaixada.

    A circulação foi interrompida em três linhas do metrô da capital francesa por causa da ocorrência. A embaixada dos Estados Unidos na França emitiu um alerta para que os cidadãos evitem a área e sigam as orientações das autoridades de segurança.

     

    Segundo a imprensa francesa, testemunhas disseram que o indivíduo carregava bandeiras e teria dito que seu objetivo era vingar a morte do irmão dele. Ainda não foram divulgadas informações sobre o contexto da morte desse irmão do suspeito.

    O caso acontece no mesmo dia em que Israel fez ataques contra o Irã, mas ainda não há confirmação se as ocorrências têm relação.

    Nesta sexta-feira, explosões ecoaram na cidade iraniana de Isfahan, no que fontes descreveram como um ataque israelense. Porém, Teerã minimizou o incidente e indicou que não tinha planos de retaliação –uma resposta que parecia avaliada no sentido de evitar uma guerra em toda a região.

    No sábado anterior (13), o Irã havia feito um ataque com drones a Israel.

    Preocupação com as Olimpíadas

    A ocorrência desta sexta-feira preocupa as autoridades locais por causa dos Jogos Olímpicos de Paris, cuja previsão de início é no dia 26 de julho.

    (Com informações da Reuters e de Priscila Yasbek, da CNN)

  • Há nova incerteza externa e não temos visibilidade à frente, diz Campos Neto ao lado de Haddad

    Há nova incerteza externa e não temos visibilidade à frente, diz Campos Neto ao lado de Haddad

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (18) que há nova incerteza no cenário externo e que a autoridade monetária ainda não tem visibilidade do que vai acontecer à frente.

    Falando a jornalistas ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fechamento do encontro do G20 em Washington (EUA), Campos Neto disse que vê três caminhos possíveis hoje: uma volta à normalidade, um prolongamento da incerteza, e a continuidade desse cenário que acabe gerando uma reprecificação mais forte. “E aí termos uma ação e reação”, disse.

    O presidente do BC afirmou ainda que o mercado está muito sensível a qualquer declaração sobre os rumos da política monetária dos EUA —o adiamento das apostas de corte de juro pelo Fed, o BC americano, provocou um reposicionamento dos mercados, fortalecendo o dólar.

    “Vimos que o processo de desinflação [global] foi reprecificado, e agora passamos a uma fase que vemos uma probabilidade maior de ter taxas de juros mais altas [no mundo] por mais tempo. Também vínhamos alertando que dívida do mundo desenvolvido vinha subindo muito”, afirmou, sobre a leitura que já vinha sendo expressa pelo BC em seus comunicados.

    “Vínhamos alertando que isso poderia implicar em algum momento num custo de rolagem muito alto [da [dívida], ainda que mundo tenha muita liquidez, podemos ter em algum momento reversão dessa liquidez, e efeito oriundo dessa rolagem muito alta, que acabe gerando menor liquidez no mundo emergente”, afirmou.

    Questionado sobre o impacto desse cenário na trajetória dos juros no Brasil, Campos Neto disse, em resumo, que é preciso esperar para ver. Ele ressaltou que ainda há pouca visibilidade e que o foco do BC vem sendo “dar a maior transparência possível”.

    A próxima reunião do Copom acontece em 7 e 8 de maio. Com a turbulência na última semana, o mercado reajustou as expectativas para um corte menor, de 0,25 ponto percentual da Selic, em vez de 0,5 p.p.

    Contribuíram para a revisão de expectativas a mudança na meta fiscal brasileira de um superávit de 0,5% do PIB em 2025 para zero. Tensões no Oriente Médio, com o ataque a Israel pelo Irã, e a postergação das apostas de corte de juros pelo Fed, também mudaram a leitura do mercado financeiro.

    O presidente do BC, porém, não fez alusão à política fiscal em sua fala nesta quinta, embora tenha feito comentários sobre o tema em outros eventos dessa semana.

    Haddad, por sua vez, destacou que a mudança na rota do Fed pegou o mundo de surpresa, uma vez que o BC americano vinha sinalizando desde o ano passado um corte mais cedo dos juros do que o esperado agora.

    “Quando saiu a inflação brasileira de março, saiu meia hora depois a americana. Se você pegar o que aconteceu com mercado nessa meia hora, dá para entender bem a mudança de humor”, disse o ministro.

    “Quando o mercado aposta forte, qualquer reversão de expectativa machuca muito o investidor, e o mercado estava muito comprado na tesde de que em algum momento no primeiro semestre o Fed ia começar o ciclo de cortes”, disse.

    “Como disse o Roberto [Campos Neto], é momento que essas placas tectônicas estãon se acomodando, e temos que ter cautela para saber onde isso vai parar”, disse. “Não é pouca coisa o que aconteceu. Precisamos acompanhar as próximas semanas, porque vai haver um reposicionamento global em torno desse episódio”, completou.

    Haddad e Campos Neto participaram de uma coletiva de imprensa na sede do FMI nesta quinta-feira (18) acompanhados da secretária de assuntos internacionais da Fazenda, Tatiana Rosito, e pelo diretor de assuntos internacionais do BC, Paulo Picchetti.

    Durante a manhã, o ministro presidiu, ao lado de Campos Neto, a segunda reunião da trilha de finanças do G20. O tema do encontro foi a reforma dos bancos multilaterais. No discurso de abertura, Haddad defendeu a capitalização dos organismos e maior representatividade de países emergentes.

    O ministro também afirmou que o Brasil está trabalhando na formulação de um roteiro para tornar os bancos “melhores, maiores e mais eficazes”. O documento será submetido para aprovação do G20 na quarta reunião do grupo, em outubro.

    Antes da reunião, ele se encontrou com a ex-presidente Dilma Rousseff em seu hotel. A petista hoje preside o New Development Bank (NDB), conhecido como banco dos Brics.

    Nesta quinta, o ministro ainda tem duas reuniões bilaterais, uma com o senador americano Bernie Sanders sobre taxação dos ricos, e outra com o ministro das Finanças chinês, Lan Fo’an.

    Haddad antecipou seu retorno ao Brasil para a noite desta quinta. A viagem estava inicialmente prevista para o final da tarde de sexta, mas, segundo a Fazenda, o ministro voltará antes “tendo como foco a agenda econômica em Brasília e negociações com o Congresso envolvendo os projetos de interesse do governo”.

    Folha de São Paulo

  • Ministro alemão rejeita proposta do Brasil de tributar super-ricos

    Ministro alemão rejeita proposta do Brasil de tributar super-ricos

    O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, rejeitou nesta quinta-feira (18) a proposta do Brasil de tributar os super-ricos.

    “Não achamos que seja adequado”, disse ele, em Washington, em um painel de discussão ao lado do presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, “Temos uma tributação adequada da renda,”, afirmou.

    O Brasil, que está à frente da presidência do G20, tem como objetivo construir este ano um consenso internacional em torno da tributação da riqueza e está pressionando por uma declaração conjunta em uma reunião de ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G20 em julho. O G20 (Grupo dos 20) é um fórum de cooperação econômica internacional que surgiu em 1999 e reúne as principais economias desenvolvidas e subdesenvolvidas do mundo.

    Haddad

    Questionado, nesta quinta-feira, sobre a oposição de Lindner à proposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), disse que “ele vai mudar de ideia”.

    Embora Lindner esteja cético em relação à proposta brasileira, seu homólogo francês, Bruno Le Maire, mostrou apoio. Na quarta-feira, Le Maire disse que passar a tributar os ricos é o próximo passo lógico para uma série de reformas fiscais globais lançadas em 2017, incluindo um acordo sobre um imposto mínimo global para as empresas.

    Ele disse que o G20 deveria ter como objetivo chegar a um acordo sobre a tributação dos ricos até 2027.

    Newsrondonia

  • Deputados dos EUA divulgam decisões sigilosas de Moraes e citam 150 perfis removidos no X

    Deputados dos EUA divulgam decisões sigilosas de Moraes e citam 150 perfis removidos no X

    Uma comissão do Congresso dos EUA publicou na noite desta quarta-feira (17) uma série de decisões sigilosas do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes sobre a suspensão ou remoção de perfis nas redes sociais.

    Deputados dos EUA divulgam decisões sigilosas de Moraes e citam 150 perfis  removidos no X
    FOTO: DOUGLAS MAGNO / AFP

    As decisões foram obtidas a partir de intimação parlamentar feita à rede social X (antigo Twitter), de propriedade do bilionário Elon Musk. Quando defendeu o impeachment de Moraes, o empresário prometeu que publicaria em breve ordens de Moraes que, segundo ele, “violam as leis brasileiras”.

    A maioria das decisões de Moraes reproduzidas no documento manda a plataforma derrubar contas nas redes sociais sem estar acompanhada de uma fundamentação, apenas com a indicação dos perfis que precisam ser retirados do ar.

    Em poucos casos aparece no relatório uma ordem do ministro do STF com explicações jurídicas para o bloqueio de perfis, como no caso da página intitulada Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil.

    “As condutas noticiadas da entidade ocorreram no contexto dos atos antidemocráticos, nos quais grupos -financiado por empresários- insatisfeitos com o legítimo resultado do pleito”.

    O relatório produzido pelo comitê parlamentar foi intitulado “O ataque contra liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”. O colegiado é presidido peplo deputado Jim Jordan, polêmico republicano fortemente ligado ao ex-presidente Donald Trump -ídolo do bolsonarismo.

    Sob o argumento da defesa da liberdade de expressão, o parecer do subcomitê diz que “alguns governos estrangeiros estão erodindo valores democráticos básicos e sufocando o debate em seus países”.

    O documento cita ainda o recente conflito entre Elon Musk e o STF e afirma que o bilionário se tornou investigado no Brasil por não concordar com a “censura” de Moraes. Nesse sentido, segue o relatório do órgão controlado por Jordan, o comitê legislativo intimou o X sobre atos do STF e do TSE que configurariam censura.

    “Os documentos e registros intimados revelam que, desde ao menos 2022, a Suprema Corte no Brasil, na qual Moraes serve como juiz, e o Tribunal Superior Eleitoral, liderado por Moraes, ordenaram a X Corp. a suspender ou remover quase 150 contas na popular plataforma de rede social”, diz o relatório.

    O documento também alega que atualmente há cerca de 300 contas no X e em outras redes sociais sob o risco de censura no Brasil.

    O comitê diz que continua investigando o caso e avalia discutir medidas legislativas para proteger a liberdade de expressão.

    FolhaPress

  • FMI piora projeção para contas públicas do Brasil e não acredita em superávit com Lula

    FMI piora projeção para contas públicas do Brasil e não acredita em superávit com Lula

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou as projeções fiscais para o Brasil em 2024 e nos próximos anos na esteira da mudança das metas anunciada pela equipe econômica no início da semana. Com base no novo cenário, o País deve seguir no vermelho até o fim do governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a dívida pública deve aumentar para patamares que só perdem para nações como o Egito e a Ucrânia.

    O FMI estima que o Brasil tenha déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 0,3% em 2025. Pelos cálculos da instituição, o País atingiria o zero a zero apenas em 2026, último ano da gestão de Lula. A partir de 2027, o Brasil voltaria para o azul, com superávit de 0,4% do PIB, seguido por melhorias ano a ano até 2029, última projeção divulgada pelo organismo.

    As novas projeções constam do relatório Monitor Fiscal, publicado nesta quarta-feira, 17, em paralelo às reuniões de Primavera do FMI, que acontecem nesta semana em Washington, nos Estados Unidos. As estimativas representam ainda uma piora frente ao cenário traçado pelo Fundo na última versão do documento, em outubro, que apontava déficit primário de 0,2% do PIB em 2024 e superávit de 0,2% no ano seguinte.

    As projeções mais céticas do FMI ocorrem dias após o anúncio de metas fiscais menos ambiciosas por parte do governo Lula. O alvo de 2025 foi reduzido de superávit de 0,5% do PIB para zero. Para 2024, o governo manteve a meta zero, enquanto a de 2026 caiu de 1% para 0,25%.

    “O ajuste foi feito para, à luz do aprendizado de mais de um ano, nós estabelecermos uma trajetória que está completamente em linha com o que se espera no médio prazo de estabilidade da dívida”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a jornalistas, em Washington, na terça-feira, 16.

    Dívida segue em alta

    Na prática, o FMI não vê o novo arcabouço fiscal estabilizando a dívida do País, que deve seguir em alta nos próximos anos. O Fundo espera que a dívida pública bruta do País alcance 86,7% do PIB neste ano, ante 84,7% em 2023. O indicador deve continuar em expansão e atingir o patamar de 90,9% do PIB em 2026, último ano do governo Lula.

    Contudo, as novas projeções do FMI são melhores do que as do Monitor Fiscal de outubro. Na ocasião, o Fundo previu que a proporção da dívida versus o PIB do Brasil chegaria a 90,3% já neste ano, ante 88,1% em 2023.

    Ao seguir elevando o endividamento, o País seguirá em uma situação pior do que os pares emergentes, cuja média estimada é de 70,3% neste ano. Considerando os cálculos do FMI para 2024, a dívida do Brasil como proporção do PIB só perde para países como Egito e Ucrânia. Até mesmo a Argentina estaria em uma posição um pouco melhor, com uma dívida de 86,2% do PIB neste ano, projeta o Fundo.

    A dívida bruta como proporção do PIB é um dos principais indicadores de solvência de um país e avaliado de perto pelas agências de classificação de risco. O FMI, porém, calcula o indicador de forma diferente, considerando os títulos do Tesouro detidos pelo Banco Central, que não são levados em conta pelo governo brasileiro.

    IstoÉ Dinheiro

  • Milhares deixam área remota da Indonésia após erupção de vulcão que provocou alerta de tsunami

    Milhares deixam área remota da Indonésia após erupção de vulcão que provocou alerta de tsunami

    As equipes de emergência trabalhavam nesta quinta-feira para retirar milhares de pessoas de uma área remota da Indonésia após a erupção de um vulcão, que obrigou as autoridades a emitir um alerta de tsunami devido ao risco de queda de rochas no mar.

    A cratera do monte Ruang, no norte da Indonésia, começou a expelir lava e cinzas na noite de terça-feira e a atividade vulcânica registrada na quarta-feira obrigou as autoridades a elevar o nível de alerta ao máximo.

    O vulcão prosseguia em atividade nesta quinta-feira e o aeroporto internacional Sam Ratulangi, na cidade de Manado, a 100 km de distância, foi fechado porque a “a propagação de cinza vulcânica poderia colocar em perigo a segurança dos voos”, informou em um comunicado Ambar Suryoko, diretor da agência aeroportuária regional.

    As autoridades se esforçavam para retirar 11.000 habitantes da área próxima ao vulcão, incluindo alguns da ilha remota de Tagulandang, que tem quase 20.000 moradores.

    “A estrada está coberta de matéria vulcânica”, disse à AFP por telefone Ikram Al Ulah, integrante das equipes de emergência, que está no porto de Tagulandang.

    Alguns moradores começaram a abandonar região por conta própria durante a noite, com medo da erupção.

    “Durante a noite (de quarta-feira), algumas pessoas saíram por conta própria, mas sem uma ordem devido à erupção do vulcão e à queda das pedras”, disse Jandry Paendong, da agência local de busca e resgate.

    Os socorristas tentam retirar os moradores em barcos e também foram obrigados a transferir 17 detentos da penitenciária da ilha de Tagulandang.

    – Alerta de tsunami –

    As autoridades determinaram uma zona de exclusão ao redor da cratera de seis quilômetros e alertaram para o risco de tsunami devido à queda de material vulcânico no mar.

    “A comunidade da ilha de Tagulandang, em particular as pessoas que residem perto da praia, devem permanecer alerta à possível queda de rochas incandescentes (…) e tsunamis provocados pela queda de material do vulcão no mar”, declarou Hendra Gunawan, diretor da Agência de Vulcanologia da Indonésia.

    Em 2018, a cratera do vulcão indonésio Anak Krakatoa sofreu um colapso e caiu no mar durante uma erupção, o que provocou um tsunami que matou mais de 400 pessoas e deixou milhares de feridos.

    O monte Ruang, um vulcão localizado na província de Sulawesi do Norte, entrou em erupção às 21h45 (10h45 de Brasília) de terça-feira e teve outras duas erupções na madrugada de quarta-feira, informaram as agências de vulcanologia e geologia.

    A primeira erupção gerou uma coluna de cinzas de dois quilômetros e depois o vulcão expeliu materiais que alcançaram uma altura de 2,5 quilômetros, informou Muhamad Wafid, diretor da agência de geologia, em um comunicado.

    A agência de vulcanologia alertou na quarta-feira que a atividade do monte Ruang aumentou após dois terremotos registrados nas últimas semanas.

    A Indonésia, que tem quase 130 vulcões ativos, registra atividade sísmica e vulcânica com frequência por sua localização na região conhecida como “Círculo de Fogo do Pacífico”.

    IstoÉ

  • Endogamia humana: Os perigos inerentes da prática

    Endogamia humana: Os perigos inerentes da prática

    A endogamia é o acasalamento de indivíduos ou organismos que estão intimamente relacionados através da ancestralidade comum. Nos seres humanos, está associada à consanguinidade, definida como uma união entre dois indivíduos que estão relacionados como primos de segundo grau ou mais próximos. Trata-se da Endogamia humana. A história registra que a endogamia era comum na Antiguidade e, provavelmente, até antes. Hoje, os tabus culturais, a educação dos pais e uma maior consciência das consequências da endogamia têm desempenhado grandes papéis na minimização desse tipo de relacionamento em todo o mundo ocidental. No entanto, o costume ainda é praticado em outras regiões do globo e os riscos para a saúde são sérios.

    Mas quais são exatamente os perigos inerentes à endogamia humana? Clique e descubra o que acontece quando você vai contra o objetivo biológico de procriar.O papel do DNA

    A endogamia é definida como o acasalamento de organismos intimamente relacionados por ancestralidade. Neste caso, vamos analisar a endogamia humana.A endogamia vai contra o objetivo biológico da procriação, que é a mistura do DNA.O DNA humano é organizado em 23 pares de cromossomos. Dentro de cada cromossomo existem centenas de milhares de genes.

    O gene humano

    Cada gene tem duas cópias conhecidas como alelos, ou genes correspondentes: um de nossa mãe biológica, um de nosso pai biológico.

    O que os genes determinam?

    Os genes determinam todos os aspectos da nossa aparência. Eles contêm as informações que decidem os traços físicos e biológicos específicos de uma pessoa, como cor do cabelo, cor dos olhos e tipo sanguíneo. Em outras palavras, um gene é a unidade física e funcional básica da hereditariedade.

    Categorias genéticas

    Esses genes se enquadram em duas categorias: dominantes e recessivos.

    Dominante vs. recessivo

    Qual é a diferença entre genes dominantes e recessivos? Se um dos genes do par é dominante, então o resultado é que você ganha a característica do gene dominante. No entanto, para características que se originam do gene recessivo, você precisa que ambos os genes sejam recessivos. Ficou complicado? Veja alguns exemplos a seguir.Cor dos olhos

    Cor dos olhos

    Lembre-se, os genes contêm a informação que determina os traços físicos e biológicos específicos de uma pessoa. Tomemos como exemplo a cor dos olhos. O gene para olhos castanhos é dominante e, portanto, basta ter apenas um dele (em um par) que o resultado serão olhos castanhos. No entanto, o gene para olhos azuis é recessivo, então você precisará de ambos os genes para obter olhos azuis.

    DNA similar

    Parentes de sangue têm DNA semelhante. Portanto, a probabilidade deles carregarem o mesmo gene recessivo é grandemente aumentada. E isso é um problema se eles tiverem um filho.

    Efeitos da endogamia

    Sendo esse o caso, a endogamia aumenta as chances da criança nascer com algumas doenças.

    De acordo com um estudo publicado pela Biblioteca Nacional de Medicina, a taxa de morte ao nascer e na infância aumenta se a criança vier de uma união de primos de primeiro grau, o chamado casamento consanguíneo.

    Os custos da endogamia humana

    Como descrito anteriormente, as chances de herdar doenças genéticas raras aumentam exponencialmente entre as crianças que são o resultado da endogamia humana.

    Crianças endogâmicas geralmente exibem diminuição das habilidades cognitivas e da função muscular, redução de altura e da função pulmonar e correm maior risco de doenças em geral.

    Problemas mentais e físicos

    A pesquisa indicou que os efeitos da endogamia em humanos continua mesmo depois que o filho atinge a idade adulta, promovendo ainda mais distúrbios físicos e mentais.

    Efeito na fertilidade

    Verificou-se que a endogamia diminui a fertilidade. Os fetos produzidos pela endogamia também enfrentam um maior risco de perdas gestacionais espontâneas devido a complicações inerentes ao desenvolvimento.

    Os pais consanguíneos também possuem um alto risco de parto prematuro e de produzir bebês abaixo do peso e menores.

    Distúrbios genéticos devido à endogamia incluem cegueira, perda auditiva, diabetes neonatal e malformações dos membros.

    Esquizofrenia

    A consanguinidade também tem sido sugerida como um fator de risco para o desenvolvimento de esquizofrenia nos filhos.

    Prática milenar

    Os geneticistas acreditam que endogamia provavelmente tem sido praticada há milênios. Por milhares de anos, nossos ancestrais, incluindo os neandertais, viveram em populações pequenas e isoladas, deixando-os severamente endogâmicos, de acordo com a análise genética publicada pela New Scientist.

    A endogamia era certamente comum na Antiguidade. No caso dos faraós do Antigo Egito, por exemplo, o costume não apenas mantinha traços dentro de uma linhagem, como também impedia que outra família se casasse e se alinhasse para assumir o trono. De fato, a endogamia propagava o poder.

    O casamento consanguíneo da Realeza era frequentemente praticado entre as famílias Reais europeias, geralmente por interesses de Estado. Da mesma forma, a união dentro da nobreza era usada como um método de formação de alianças políticas entre as elites. Na imagem está Filipe II da Espanha e sua esposa, Maria I da Inglaterra, que eram primos de primeiro grau uma vez removidos (separados por uma geração).

    StarsInsider