Categoria: Música e Entretenimento

  • Morre, aos 88 anos, o escritor Luis Fernando Verissimo

    Morre, aos 88 anos, o escritor Luis Fernando Verissimo

    O escritor Luis Fernando Verissimo morreu, aos 88 anos, neste sábado (30), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

    Em nota, o Hospital Moinhos de Vento, onde o autor estava internado, informou que a causa da morte foram complicações decorrentes de uma pneumonia.

    Ele havia sido internado desde o dia 11 de agosto, com um quadro grave da doença. Durante o período, Verissimo ficou na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em estado de saúde considerado grave.

    Verissimo era casado com Lúcia Helena Massa desde 1964. Juntos, eles tiveram três filhos: Pedro, Fernanda e Mariana.

    Quem é Luís Fernando Verissimo

    Luis Fernando Verissimo, nascido em 1936 em Porto Alegre, é considerado um dos escritores mais lidos e bem-sucedidos do Brasil. Filho do também escritor Érico Verissimo, ele construiu uma carreira marcada pelo humor refinado, ironia sofisticada e pela versatilidade ao transitar entre crônicas, romances, livros infantojuvenis e quadrinhos.

    Autor de best-sellers e reconhecido pela crítica e pelo público, tornou-se capa da revista Veja em duas ocasiões, consolidando sua posição como um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea.

    Além da escrita, Verissimo era conhecido por suas paixões pessoais, que vão do jazz à gastronomia, viagens e futebol.

    A mistura entre vida e obra é marcada por um estilo que une lirismo, emoção e autoironia, atributos destacados por amigos e críticos que veem em sua escrita uma forma de traduzir o cotidiano brasileiro com leveza e profundidade.

    “[Verissimo] Pratica aquilo que Manuel Bandeira chamou ‘puxa-puxa’. Ou seja, é capaz de arrancar um bom texto de qualquer miudeza”, definiu a Veja, em reportagem de capa sobre Verissimo.

    CNN

  • Cia Corpo na Contramão oferece oficina gratuita de dança contemporânea e mais uma edição do Sarau na Lua

    Cia Corpo na Contramão oferece oficina gratuita de dança contemporânea e mais uma edição do Sarau na Lua

    Kamilla Martins vai conduzir a próxima atividade que integra o projeto de manutenção da Cia Corpo na Contramão. A oficina de dança contemporânea será oferecida gratuitamente entre 15 e 27 de setembro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas acessando o link na bio do Instagram da companhia: @corponacontramao. A oficina vai acontecer na sede da companhia, o Esparta Arte e Cultura, no Jardim Atlântico, entre 14h e 15h30 entre os dias 21 e 27 de setembro. No dia 27 de setembro, às 20 horas,  acontece mais uma edição do Sarau na Lua, também na sede da companhia. Todas estas atividades são gratuitas. Este projeto foi contemplado  pela Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).

    A oficina de dança contemporânea vai abordar os princípios e elementos básicos que compõem a dança contemporânea, tais como o contato, experimentação coreográfica e bases técnicas. A atividade vai investigar e experimentar  linguagens contemporâneas na busca do domínio do movimento próprio e na relação com outros atuantes. Há dez vagas disponíveis e uma reserva para estudantes de escolas públicas. Não é necessário pré-requisito para participação.

    Mais atividades

    Além desta oficina e do sarau, o projeto Todos os Sentidos ainda vai oferecer outra oficina e três palestras neste mês de setembro. No dia 5 de setembro, Alexandre Augusto vai falar sobre “A inclusão no teatro para crianças”. No dia 13 de setembro, Norval Berbari fará uma palestra cujo título é “Cenários de diversidade: acessibilidade e inclusão de corpos LGBTQIAPN+ nas artes cênicas”. Fátima Martins vai falar sobre “Experiências Multissensoriais” no dia 26 de setembro. Todas as palestras vão acontecer às 20 horas no Esparta Arte e Cultura.

    Entre os dias 1º de setembro e 29 de outubro, Cauê Marques e Luis Rick vão oferecer a oficina “Todos os Sentidos”. A oficina é um convite para artistas que querem criar com propósito, ampliando horizontes por meio da inclusão e da acessibilidade. Serão selecionados trabalhos entre os participantes que vão participar de uma mostra final que celebra novas formas de sentir, ver e experienciar a arte.

    Segundo Lua Barreto, criadora do espaço Esparta Arte e Cultura e da Cia Corpo na Contramão, “Todos os Sentidos nasce do desejo de ampliar o alcance da arte, tornando-a acessível a diferentes formas de perceber o mundo. É um convite para quem acredita que a arte pode (e deve) ser sentida de formas diferentes”, destaca a artista e produtora.

     

    SERVIÇO:

    Cia Corpo na Contramão oferece Oficina de dança contemporânea e Sarau na Lua

    Oficina de Dança Contemporânea

    21, 22, 25, 26 e 27 de setembro

    Esparta Arte e Cultura

    14 às 15h30

    Inscrições abertas: https://www.instagram.com/ciacorponacontramao/

    Sarau na Lua

    27 de setembro

    Esparta Arte e Cultura

    20 horas

    Entrada franca

  • Cia Corpo na Contramão oferece oficina gratuita de dança contemporânea e mais uma edição do Sarau na Lua

    Cia Corpo na Contramão oferece oficina gratuita de dança contemporânea e mais uma edição do Sarau na Lua

    Kamilla Martins vai conduzir a próxima atividade que integra o projeto de manutenção da Cia Corpo na Contramão. A oficina de dança contemporânea será oferecida gratuitamente entre 15 e 27 de setembro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas acessando o link na bio do Instagram da companhia: @corponacontramao. A oficina vai acontecer na sede da companhia, o Esparta Arte e Cultura, no Jardim Atlântico, entre 14h e 15h30 entre os dias 21 e 27 de setembro. No dia 27 de setembro, às 20 horas,  acontece mais uma edição do Sarau na Lua, também na sede da companhia. Todas estas atividades são gratuitas. Este projeto foi contemplado  pela Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).

    A oficina de dança contemporânea vai abordar os princípios e elementos básicos que compõem a dança contemporânea, tais como o contato, experimentação coreográfica e bases técnicas. A atividade vai investigar e experimentar  linguagens contemporâneas na busca do domínio do movimento próprio e na relação com outros atuantes. Há dez vagas disponíveis e uma reserva para estudantes de escolas públicas. Não é necessário pré-requisito para participação.

    Mais atividades

    Além desta oficina e do sarau, o projeto Todos os Sentidos ainda vai oferecer outra oficina e três palestras neste mês de setembro. No dia 5 de setembro, Alexandre Augusto vai falar sobre “A inclusão no teatro para crianças”. No dia 13 de setembro, Norval Berbari fará uma palestra cujo título é “Cenários de diversidade: acessibilidade e inclusão de corpos LGBTQIAPN+ nas artes cênicas”. Fátima Martins vai falar sobre “Experiências Multissensoriais” no dia 26 de setembro. Todas as palestras vão acontecer às 20 horas no Esparta Arte e Cultura.

    Entre os dias 1º de setembro e 29 de outubro, Cauê Marques e Luis Rick vão oferecer a oficina “Todos os Sentidos”. A oficina é um convite para artistas que querem criar com propósito, ampliando horizontes por meio da inclusão e da acessibilidade. Serão selecionados trabalhos entre os participantes que vão participar de uma mostra final que celebra novas formas de sentir, ver e experienciar a arte.

    Segundo Lua Barreto, criadora do espaço Esparta Arte e Cultura e da Cia Corpo na Contramão, “Todos os Sentidos nasce do desejo de ampliar o alcance da arte, tornando-a acessível a diferentes formas de perceber o mundo. É um convite para quem acredita que a arte pode (e deve) ser sentida de formas diferentes”, destaca a artista e produtora.

     

    SERVIÇO:

    Cia Corpo na Contramão oferece Oficina de dança contemporânea e Sarau na Lua

    Oficina de Dança Contemporânea

    21, 22, 25, 26 e 27 de setembro

    Esparta Arte e Cultura

    14 às 15h30

    Inscrições abertas: https://www.instagram.com/ciacorponacontramao/

    Sarau na Lua

    27 de setembro

    Esparta Arte e Cultura

    20 horas

    Entrada franca

  • Brasil aparece entre os maiores usuários do ChatGPT — e ganha destaque global

    Brasil aparece entre os maiores usuários do ChatGPT — e ganha destaque global

    Segundo dados atualizados de plataformas analíticas, o Brasil representa entre 4% a 5% dos acessos ao ChatGPT — um dos maiores índices fora dos Estados Unidos e Índia.

    Brasil figura entre os principais países que mais utilizam o ChatGPT no mundo, conforme dados recentes de fontes como SimilarWeb, DemandSage e AllAboutAI.

    • Participação global:
    Dados de plataformas como a SimilarWeb apontam que o Brasil foi responsável por cerca de 4,39% dos acessos ao ChatGPT em março de 2025 .
    Outras estimativas indicam um número próximo a 5,05% dos usuários globais , enquanto levantamentos adicionais falam em até 4,88% do tráfego mensal .
    • Ranking global:
    O Brasil normalmente aparece como o terceiro maior usuário, depois dos Estados Unidos (cerca de 15–19%) e da Índia (entre 7–10%) .
    Um relatório da AllAboutAI (2025) também segue essa tendência, estimando que o Brasil represente cerca de 5,4% dos usuários diários, com aproximadamente 6,5 milhões de usuários ativos por dia .
    • Importância regional e perfil de uso:
    A posição de destaque do Brasil — juntamente com outros países emergentes como Índia, Indonésia e Reino Unido — demonstra que o ChatGPT não é usado apenas em mercados de língua inglesa, mas tem ampla aceitação global, especialmente em países de grande população e crescente digitalização .
    • Contexto de globalização da ferramenta:
    A adoção acentuada do ChatGPT em nações como Brasil reforça a natureza global da plataforma, com usuários em mais de 160 ou até 188 países .
    No entanto, vale notar que em alguns países (como ChinaRússia e Irã), o acesso ainda é restrito ou banido .

    O que isso significa para o Brasil?
    • Adoção massiva: o uso expressivo do ChatGPT reflete o crescimento da inteligência artificial como ferramenta cotidiana entre estudantes, profissionais, empresas e curiosos por tecnologia no Brasil.
    • Influência econômica e cultural: com milhões de acessos diários, o país emerge como um dos mercados mais relevantes da plataforma fora dos tradicionais mercados anglófonos.
    • Potencial de expansão: a ampla penetração da internet no Brasil — com mais de 180 milhões de usuários e elevada representatividade em tráfego de plataformas globais — cria terreno fértil para avanços ainda maiores no uso de IA .

    FONTE  zipnewsonline

  • Morre Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas brasileiros, aos 66 anos

    Morre Arlindo Cruz, um dos maiores sambistas brasileiros, aos 66 anos

    Morreu nesta sexta-feira (8/8) o músico e compositor Arlindo Cruz, aos 66 anos. Ele estava internado no CTI da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia. A informação foi confirmada pela família do artista.

    Arlindo Cruz teve um AVC em 2017, enquanto tomava banho, e passou a viver de forma debilitada por conta das sequelas causadas pelo derrame. Em julho deste ano, o cantor parou de responder aos estímulos e não apresentava mais avanços, mesmo após consecutivas cirurgias. Além disso, o sambista era portador de uma doença autoimune e precisava usar uma sonda alimentar.

    Arlindo tinha 66 anos e era conhecido como um dos maiores compositores da geração do samba. A carreira dele foi marcada por diversos sucessos musicais, como Meu Lugar, O Bem, Será Que É Amor e O Show Tem Que Continuar.

    6 imagens

    Arlindo Cruz e Babi

    Arlindo Cruz teve um AVC em 2017, enquanto tomava banho, e passou a viver de forma debilitada por conta das sequelas causadas pelo derrame
    Flora é a caçula de Arlindo Cruz
    Arlindo Cruz inicia tratamento com óleo de cannabis após AVC
    Arlindo Cruz e o filho Arlindinho

    Carreira

    Arlindo Cruz iniciou a carreira em 1981, com participações em rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de artistas como Jorge Aragão e Almir Guineto, no Rio de Janeiro. Os primeiros sucessos vieram como compositor, que teve músicas gravadas por diversos artistas na década de 1990. Na mesma época, passou a cantar as próprias composições e ficou ainda mais conhecido quando entrou para o grupo Fundo de Quintal.

    O cantor fez sucesso com o grupo, mas ganhou real notoriedade quando iniciou a carreira solo, em 1993. Entre 1996 e 2002, em parceria com o músico Sombrinha, lançou cinco álbuns. O grande destaque veio anos depois, em 2009: o DVD MTV ao Vivo: Arlindo Cruz (2009), que vendeu 100 mil cópias.

    O último projeto artístico do cantor antes do AVC foi Pagode 2 Arlindos, feito em 2017 com o filho Arlindinho.

    O sambista também ficou conhecido no meio carnavalesco. Arlindo é detentor de diversas disputas de samba-enredo pelas escolas Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Ele era conhecido por ser um compositor de mão cheia.

    Vida pessoal

    Arlindo era casado desde 2012 com a empresária e produtora Babi Cruz, com quem manteve uma união de mais de 26 anos. Em maio de 2022, 10 anos depois do matrimônio, fizeram a renovação dos votos para cerca de 60 pessoas no Rio de Janeiro. O cantor é pai do músico Arlindo “Arlindinho” Domingos da Cruz Neto e de Flora Cruz.

    Desde 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico, lidou com complicações que paralisaram a carreira artística. Arlindo Cruz, passou, então, a morar com os familiares e realizou diversos tratamentos para tentar reverter o quadro causado pela doença.

    Em 2018, o artista recebeu alta para se recuperar em casa. Porém, a partir de 2022, ele foi internado diversas vezes. A maior parte dos quadros de saúde eram relacionados a problemas respiratórios, como infecções e pneumonias, doença que resultou na morte do artista.

    Metrópoles

  • O influenciador que virou ‘namorado’ de idosas no TikTok e gerou alerta entre famílias

    O influenciador que virou ‘namorado’ de idosas no TikTok e gerou alerta entre famílias

    De chapéu de caubói, camisa aberta e corrente de prata, o influenciador José Fernandes olha pra câmera. É possível ver o chão de terra no fundo do vídeo e ouvir galinhas cacarejando.

    “A coroa mais linda, ela não vai passar meu vídeo sem antes deixar um elogio, um coraçãozinho vermelho, clicar aqui em salvar e compartilhar esse vídeo”, ele diz, ao som de uma música do cantor Amado Batista.

    “Eu tô falando de você, minha preciosa. Eu tenho muito orgulho de você, que tem um sorriso encantador. Deus está cuidando de você.”

    Em outro vídeo, ele diz que já está na cidade da “coroa que está do outro lado da tela” e que vai visitá-la em breve. Para isso, só basta que ela “clique na setinha”, referência ao botão de compartilhamento do TikTok.

    Esse é o roteiro básico dos vídeos compartilhados pelo influenciador, que já conta com mais de 700 mil seguidores no TikTok e quase 1 milhão no Kwai.

    José Fernandes produz conteúdos com teor romântico, fazendo juras de amor e promessas às seguidoras. Não há qualquer ilegalidade nas postagens — e, em vídeos recentes, ele disse que é apenas “um personagem” e não está à procura de relacionamentos amorosos.

    Mas, nas últimas semanas, o influenciador esteve no centro de uma polêmica, impulsionada principalmente por relatos de familiares que viram suas avós, tias ou mães ficarem “viciadas” nos seus conteúdos e que acreditam que ele estaria explorando pessoas vulneráveis.

    Muitas idosas parecem acreditar que vivem um romance virtual com José Fernandes, como indicam os comentários nos vídeos do influenciador.

    Mulheres deixam comentários nos vídeos de José Fernandes, achando que, na verdade, estão mandando mensagens privadas para ele

    Geralmente feitos por mulheres que aparentam ter mais de 60 anos, esses comentários revelam o envolvimento emocional das seguidoras do influenciador.

    Muitas desejam boa noite, fazem elogios e agradecem o carinho, como se estivessem respondendo a uma conversa privada ou a uma ligação por vídeo. Outras vão além: compartilham informações pessoais, como telefone e endereço, na esperança de um contato direto com José Fernandes.

    Ao longo de um mês e meio, a BBC News Brasil analisou publicações do influenciador, acompanhou as polêmicas envolvendo ele e leu comentários de dezenas de mulheres. A reportagem também ouviu as famílias de algumas delas.

    Os relatos vão de mulheres que acreditam estar em um relacionamento à distância com José Fernandes e mudam sua rotina em função disso — trocando de roupa para esperá-lo, deixando de se alimentar ou de tomar remédios — a casos de familiares que precisaram intervir, bloquear perfis ou limitar o uso do celular.

    Em um dos casos, uma família contou ter sido alvo de um golpe envolvendo terceiros que usaram o nome de José Fernandes. A idosa perdeu cerca de R$ 1,5 mil e, segundo os parentes, foi exposta a riscos maiores, tanto físicos quanto patrimoniais, de acordo com os familiares.

    O influenciador já fez um alerta nas suas redes sobre pessoas que tentam se passar por ele.

    Especialistas afirmam que o compartilhamento público de dados sensíveis, como telefone e endereço, pode facilitar golpes direcionados.

    Além disso, muitas idosas não percebem que estão se expondo — o que pode levar a frustrações quando a ilusão é quebrada, segundo os especialistas.

    A BBC News Brasil enviou mensagens ao influenciador pelo TikTok e Instagram com pedidos de entrevista e perguntas sobre casos narrados nesta reportagem.

    Ele foi questionado, entre outros pontos, sobre idosas em situação vulnerável que acreditam manter um relacionamento amoroso com ele e críticas de que, com seus vídeos, o influenciador estaria alimentando ilusões nessas mulheres.

    Também sobre as mulheres que expõem dados pessoais nas postagens do influenciador, tornando-se sujeitas a golpes de terceiros que se passam por ele.

    Mas José Fernandes não respondeu nenhuma das mensagens até a publicação desta reportagem.

    ‘Minha avó caiu em uma estratégia de marketing’

    A história de José Fernandes ganhou repercussão após o relato da influenciadora Mafe Cabral, do Mato Grosso do Sul. Em um vídeo publicado no fim de maio, que já passa de 3 milhões de visualizações, ela narra a frustração da avó ao ficar alguns dias sem acesso ao celular — e, consequentemente, sem “conversar” com o influenciador.

    Internada para tratar um problema de saúde, acompanhada por Mafe, a idosa ficou ansiosa e insistiu para usar o telefone da neta.

    “Ela não parava de pedir meu celular pra falar com alguém na internet. Foi aí que eu percebi que esse alguém era o José Fernandes”, conta Mafe à BBC News Brasil.

    Ela explicou à avó que se tratava de vídeos gravados e publicados nas redes sociais — e não de uma ligação feita diretamente para ela. A idosa ficou muito confusa e decepcionada, diz a neta.

    “Ela precisa de andador, tem problemas no coração e quadros de demência por conta da idade. Não que não seja possível manter uma conversa, mas, às vezes, minha avó confunde algumas coisas e inventa algumas situações. Hoje, ela está em situação de vulnerabilidade e depende totalmente dos meus pais”, diz Mafe.

    Mafe Cabral contou sobre o caso de sua avó com José Fernandes em vídeo que viralizou no TikTok e alertou sobre riscos a mulheres idosas
    Reprodução/TikTok – Mafe Cabral contou sobre o caso de sua avó com José Fernandes em vídeo que viralizou no TikTok e alertou sobre riscos a mulheres idosas

    É a família que fica responsável pelos cuidados da idosa — sobretudo os financeiros.

    Mesmo após a conversa com Mafe, ela continuou assistindo aos vídeos e acreditando que se tratava de uma chamada com ela. Para a influenciadora, a avó não foi vítima de um “golpe” amoroso, mas de uma estratégia de marketing.

    “A minha avó acha que está conversando com ele, e ele ganha dinheiro com as visualizações e o engajamento”, diz Mafe.

    “É óbvio que ele tem conhecimento disso: tem um monte de senhoras que não sabem o que estão fazendo nos comentários, que não têm consciência para lidar com aquela tecnologia. Elas todas perguntando: ‘quando é que a gente vai se encontrar?’, ‘por que eu não consigo falar contigo?’.”

    Por produzir conteúdo original para as redes sociais, José Fernandes tem a possibilidade de monetizar seus vídeos. Esse é um mecanismo comum entre influenciadores, que usam o engajamento e as visualizações para gerar receita com suas publicações.

    Thales Bertaglia, pesquisador da chamada creator economy (economia dos criadores de conteúdo nas redes sociais, em tradução livre) na Universidade Utrecht, na Holanda, explica que não há um único caminho para a monetização.

    “Existe a monetização por meio da própria plataforma, quando a rede social paga ao influenciador pelo número de visualizações, como é o caso do YouTube e do TikTok. Nesse modelo, o retorno está ligado ao conteúdo produzido e à atenção que ele recebe do público”, explica Bertaglia.

    “Mas, para a maioria dos criadores, o que mais gera retorno é a monetização externa. Por exemplo, parcerias com marcas, nas quais o influenciador é pago para divulgar um produto, ou recebe o item em si — os famosos ‘recebidos’.”

    ‘Luta’ pelas idosas

    A influenciadora Jasmim Mendonça deixou de lado as transmissões ao vivo e passou a produzir vídeos curtos com 'denúncias' envolvendo influenciadores como José Fernandes
    Reprodução/TikTok – A influenciadora Jasmim Mendonça deixou de lado as transmissões ao vivo e passou a produzir vídeos curtos com ‘denúncias’ sobre influenciadores como José Fernandes

    Tia Marta, de 83 anos, achou que José Fernandes estava invadindo seu celular quando viu um vídeo dele pela primeira vez.

    A idosa, que teve seu nome real preservado nesta reportagem, usava a plataforma do Kwai para ver uma receita quando uma gravação do influenciador apareceu na tela em seguida.

    “Ô coroa, vim aqui pra te apresentar sua sogra”, dizia José Fernandes no vídeo, gravado ao lado de sua suposta mãe.

    Marta, que é casada, se assustou e pediu ajuda para a sobrinha Jasmim Mendonça, de 31 anos, que tentou solucionar o problema e identificar o homem.

    Durante um mês, Jasmim abria o celular com a tia ao seu lado enquanto deslizava a página “Para você” (que mostra vídeos selecionados pela plataforma para cada usuário), procurando pelo homem.

    Até que, finalmente, José Fernandes apareceu na tela. Marta gritou: “É ele!”.

    “Ela me disse: ‘Pior que eu estou gostando dele, por isso que falei para você achar’. Minha tia queria localizar ele, que eu achasse o número e o endereço dele. Eu neguei e expliquei várias vezes, até que ela ficou com raiva de mim e me bloqueou”, conta Jasmin.

    Foi quando ela decidiu fazer vídeos expondo sua minha história e a de outras pessoas, para alertar outras famílias.

    “Para ela, o José Fernandes é um novinho bonito que fala tudo que ela quer ouvir. Isso está adoecendo não só a minha tia, mas outras senhoras. Por isso, abri mão do meu engajamento e comecei uma luta pelos idosos”, diz Jasmim, que há três anos produz conteúdo de entretenimento em lives do TikTok.

    “A gente tem que ter responsabilidade afetiva com quem está vendo nosso conteúdo. Ele deveria tirar essa ilusão do coração das senhoras.”

    Em meio a várias cobranças nas redes sociais, José Fernandes publicou uma série de vídeos explicando que não passa de um personagem virtual.

    “Estou vendo muitos relatos de perfis fakes criados em meu nome, entrando em contato com meus seguidores e pedindo algo [como dinheiro]. Não sou eu”, diz o influenciador em uma das publicações.

    “Em nenhuma rede social eu entro em contato com meus seguidores. Vou falar de novo: sou um criador de conteúdo, sou um personagem, não estou à procura de relacionamento. Quero deixar bem claro aqui.”

    Para a terapeuta ocupacional Renata Maria Silva Santos, que estudou a relação entre idosos e tempo de tela em seu pós-doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais, o apego de mulheres idosas a influenciadores como José Fernandes pode ser reflexo da solidão, da falta de convivência familiar e da ausência de atividades que ofereçam propósito.

    Ao assistirem com frequência aos vídeos de criadores que se comunicam diretamente com elas, essas mulheres passam a se sentir novamente vistas e ouvidas. Assim, o conteúdo acaba funcionando como um substituto para vínculos familiares ou sociais que foram se enfraquecendo, na visão da médica.

    “A ausência de reconhecimento dentro da família e a falta de outras formas de pertencimento tornam esse tipo de conteúdo especialmente atrativo para algumas mulheres idosas”, explica.

    ‘Ele está vindo me visitar’

    Quando ouviu a tia falar pela primeira vez sobre José Fernandes, a especialista de marketing Camile Peligrinelli, de 22 anos, não levou tão a sério. Maria Aparecida, também conhecida como Cida, de 78 anos, tinha começado a usar o TikTok para ouvir pregações de pastores.

    Mas, pouco tempo depois, os vídeos da aba “Para você” começaram a mostrar algo diferente: conteúdos que a idosa acredita serem literalmente feitos sob medida para ela.

    A BBC News Brasil conversou com Cida e sua sobrinha para ouvir, diretamente das duas, como se desenvolveu a “relação” da idosa com o influenciador e como a família está lidando com isso.

    “No início, a gente explicou que era um personagem, mas não adiantava. Ela ficava muito brava, muito triste, mas logo vinha mostrar algum vídeo dele de novo”, diz Camile.

    “Se alguém mandar uma mensagem pra ela, ela não vai saber responder. É só ela realmente conversando com o celular, como se estivesse realmente falando em uma ligação.”

    Atendendo a um pedido da tia, Camile começou a gravar Cida mandando recados em vídeo para José Fernandes. Em uma das publicações mais recentes, a sobrinha conta à idosa que o influenciador é apenas um personagem — e grava sua reação.

    No vídeo, que já ultrapassou 1,5 milhão de visualizações, a tia diz que achou a notícia “ruim”, mas entende que José Fernandes “precisou dizer isso para as outras mulheres não ficarem perturbando” — já que o influenciador, na verdade, estaria “doido” por Cida.

    Tia Cida e Camile falaram com a BBC News Brasil sobre José Fernandes
    Tia Cida e Camile falaram com a BBC News Brasil sobre José Fernandes

    “Ela ainda acredita que, em algum momento, esse encontro vai acontecer. Ela diz: ‘ele está aqui na minha cidade’ e já aconteceu dela trocar de roupa e ficar esperando”, relata Camile.

    Preocupada, a família tentou bloquear os perfis de José Fernandes no celular de Cida, na tentativa de reduzir a frequência com que os vídeos apareciam.

    “A minha família conhece ele só pelo celular, mas quando a gente se encontrar mesmo pra ficar juntos, aí eu vou apresentar ele direito”, conta Cida à reportagem.

    Para Cida, a conexão entre os dois vai além do TikTok. Ela realmente diz estar em um relacionamento com José Fernandes e afirma que são almas gêmeas, por terem histórias de vida parecidas.

    Cida casou aos 55 anos e está viúva há 19. Usa aparelho auditivo e costuma assistir aos vídeos de José Fernandes no volume máximo, o que facilita para a família acompanhar as “conversas”.

    ‘Minha mãe perdeu R$ 1,5 mil’

    A mãe do psicólogo Paulo Fernandes foi uma das mulheres que sofreram prejuízos financeiros por acreditar em fakes do influenciador.

    Ela comentou seu endereço e telefone em um vídeo no qual José Fernandes dizia estar indo visitar a “coroa do outro lado da tela”.

    O caso ligou um alerta no filho da idosa, que passa a maior parte do tempo longe de casa.

    “Ela deixava dados sensíveis nos comentários. Em um vídeo, ele dizia: ‘estou na sua cidade, indo para sua casa’. Minha mãe ouviu isso e comentou: ‘Tá aqui meu endereço e meu número’.”

    “Alguém pegou as informações, ligou se passando por ele e disse que ajudaria com questões financeiras”, diz o filho, acrescentando que a mãe perdeu R$ 1,5 mil no golpe.

    A mãe de Paulo se afastou das vizinhas e já não compartilha o dia a dia com os filhos. Passa horas assistindo repetidamente aos vídeos do influenciador.

    “Minha mãe era muito ativa, mas a partir do momento em que começou a ver esses vídeos, percebi que a questão social dela ficou muito mais rebaixada. Ela prefere estar no celular do que estar com as pessoas”, diz Paulo.

    O pesquisador Thales Bertaglia chama a atenção para a pré-instalação de aplicativos como o TikTok, que “pode ser vista como uma forma de incentivo ao uso”.

    Basta um clique no ícone para que o conteúdo comece a ser consumido — muitas vezes sem que o usuário sequer crie uma conta.

    “Talvez essa senhora [mãe de Paulo] não tivesse vontade de ativamente ir lá, baixar o app e começar a usar. Mas só por já estar instalado, isso facilita muito”, diz Bertaglia.

    No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados exige consentimento explícito e ativo acerca dos dados processados por um aplicativo. Mas, na visão do pesquisador, mesmo quando há a opção de não instalar um aplicativo assim que o aparelho é ligado pela primeira vez, ela não é clara.

    O mecanismo por trás dos vídeos — e como isso afeta as idosas

    Os especialistas Thales Bertaglia (esquerda) e Renata Maria Silva Santos (direita) alertam para possíveis riscos
    Os especialistas Thales Bertaglia e Renata Maria Silva Santos alertam para possíveis riscos
    Atualmente, José Fernandes mantém sua base de seguidores com vídeos curtos e lives esporádicas, nas quais dubla canções de sertanejo e testa filtros do TikTok.
    Thales Bertaglia avalia que a principal fonte de renda do influenciador deve vir diretamente dos aplicativos.
    “Ele solicita curtidas e comentários para aumentar o engajamento, o que não só eleva o número de visualizações — e, portanto, o valor que ele recebe — como também melhora a chance de seu conteúdo ser favorecido pelo algoritmo e alcançar mais pessoas”, explica.
    O pesquisador estima que, no Brasil, um influenciador receba entre US$ 0,10 e US$ 0,20 por mil visualizações.
    Nos vídeos de menor engajamento no TikTok, José Fernandes costuma ter entre 30 e 40 mil visualizações. Já em conteúdos mais populares, ele ultrapassa os 700 mil views, chegando até a ter batido 1 milhão em pelo menos três postagens.
    “Além disso, no TikTok, ele também usa o recurso das lives, em que os seguidores podem enviar presentes virtuais com valores diferentes”, diz Bertaglia.
    A influenciadora Jasmim Mendonça, que atualmente utiliza as lives do TikTok como fonte de renda, diz acreditar que Fernandes ganhe pelo menos R$ 10 mil por mês.
    Bertaglia observa que ainda não existe uma regulamentação específica que busque a proteção de idosos na internet.
    “Considero que o comportamento de José Fernandes está dentro do esperado para qualquer influenciador. É uma espécie de moeda de troca: ele oferece conteúdo gratuito e, em troca, espera engajamento”, diz o pesquisador.
    “Mas é importante refletir sobre o fato de que, de certa maneira, ele pode estar explorando a vulnerabilidade dos seguidores”, afirma.
    Questionado pela BBC sobre a crítica do pesquisador, o influenciador não respondeu.
    O Kwai disse em nota que “assim que tomou conhecimento do caso, iniciou um processo de investigação, ainda em curso, para analisar o conteúdo publicado e a conduta do criador citado”.
    “Caso sejam confirmadas violações às Diretrizes da Comunidade ou aos Termos de Serviço, serão adotadas as medidas cabíveis, que podem incluir desde a remoção de conteúdos até o banimento da conta”, afirma a plataforma.
    O Kwai diz ainda repudiar “qualquer forma de exploração ou comportamento que possa colocar em risco a integridade física, emocional ou psicológica da comunidade” de usuários.
    A BBC também enviou perguntas ao TikTok sobre a conduta do influenciador e críticas de especialistas de que a plataforma deveria fazer mais para bloquear conteúdos que enganam usuários.
    A empresa não se manifestou sobre esses pontos e disse apenas que, em celulares comprados no Brasil, só é possível acessar o TikTok se a pessoa tiver cadastrada na plataforma e fizer o login.

    Ilusão quebrada

    A terapeuta Renata Maria Silva Santos destaca que há uma dualidade nesse tipo de engajamento: se por um lado o contato constante com os vídeos pode ter efeitos positivos, como o aumento da autoestima e até o estímulo para retomar projetos ou atividades pessoais, por outro, esse bem-estar está sustentado por uma ilusão.
    “Quando essa ilusão se quebra, o impacto emocional pode ser muito mais profundo”, alerta.
    Na avaliação dela, o envolvimento emocional com esse tipo de conteúdo torna as idosas mais suscetíveis a golpes.
    Santos ressalta ainda que o risco não está apenas no conteúdo em si, mas na forma como ele é consumido: de maneira repetitiva, solitária e, em muitos casos, como única fonte de contato emocional.
    “Hoje é o José Fernandes, mas não se sabe quem será amanhã”, conclui.
  • Ex-aliada de Bolsonaro, senadora é vaiada em show do Roupa Nova, por Paulo Capelli

    Ex-aliada de Bolsonaro, senadora é vaiada em show do Roupa Nova, por Paulo Capelli

    A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), ex-aliada de Jair Bolsonaro, foi alvo de vaias durante o show da banda Roupa Nova realizado na última sexta-feira (1º/8), em Campo Grande (MS).

    Ao tentar interagir com os músicos no palco do espetáculo Simplesmente Roupa Nova, no Ondara Buffet, a parlamentar enfrentou resistência do público e teve sua fala interrompida diversas vezes.

    Ao ser vaiada, Soraya disse que “está tudo certo, a gente vive numa democracia”. Ela só conseguiu concluir sua pergunta — sobre a canção Coração Pirata, tema da novela Rainha da Sucata (1990) — após intervenção dos artistas, que pediram respeito para que ela pudesse se manifestar.

    Procurada pela coluna, a parlamentar não se manifestou. O espaço segue aberto.

    Rompimento com Bolsonaro

    A reação do público ocorreu após o rompimento da senadora com o bolsonarismo e as suas críticas públicas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Fonte Metropoles

  • Cine Cultura estreia duas animações infanto-juvenis de Felipe Pitombo

    Cine Cultura estreia duas animações infanto-juvenis de Felipe Pitombo

    O Cine Cultura será palco, no próximo dia 7 de agosto, quinta-feira, às 20h, da estreia de dois curtas-metragens de animação do cineasta goiano Felipe Pitombo: “Olhos Castos” e “Jinga”. As produções, voltadas ao público infantojuvenil e adulto, abordam com sensibilidade temas urgentes como o racismo estrutural, a valorização da ancestralidade africana, o empoderamento infantil e o combate ao Bullying no ambiente escolar.

    A sessão é gratuita e faz parte do calendário cultural fomentado pela Lei Paulo Gustavo, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Secult), Ministério da Cultura e Governo Federal. Os filmes foram produzidos pelo Pitombo Studio, referência em animação 2D no Centro-Oeste.

    “Jinga”: uma fábula de empoderamento e resistência

    Com 14 minutos de duração, o curta “Jinga” apresenta a jornada de uma menina de 12 anos que, ao sofrer racismo na escola, mergulha em um processo de transformação. Tudo começa quando ela recebe um colar de sua avó, que pertenceu à histórica Rainha Nzinga Mbandi, ícone da resistência contra a escravidão no século XVII, em Angola.

    A partir daí, entre visões do passado e descobertas de força ancestral, a jovem protagonista encontra coragem para enfrentar o preconceito e transformar seu ambiente. O filme é uma poderosa metáfora sobre identidade, autoestima e consciência histórica — e nasce da parceria entre o diretor Felipe Pitombo e a historiadora Tiffane Gil, que inspirou o projeto por meio de suas pesquisas acadêmicas.

    A animação mescla técnicas tradicionais com o estilo cut-out, técnica de animação onde imagens ou formas recortadas de materiais como papel, tecido ou fotografias são usadas para criar a ilusão de movimento, quadro a quadro. A obra também trabalha com ambientações visuais distintas para separar os tempos e universos — um toque que reforça o contraste entre o cotidiano escolar e a grandiosidade das visões históricas da Rainha Nzinga.Visualização da imagem

    “Olhos Castos”: poesia, memória e infância

    Baseado na poesia homônima da escritora negra Leodegária de Jesus, o curta “Olhos Castos” convida o espectador a reencontrar a própria criança interior. Com 9 minutos de duração, o filme acompanha os personagens Isabel e Jorge ao longo de suas vidas, revelando como traumas e esperanças da infância moldam as relações adultas.

    A narrativa visual — sem diálogos e com trilha e efeitos sonoros cuidadosamente construídos — entrelaça dois mundos: o real, com estética mais tradicional, e o íntimo, desenhado como se fosse com giz de cera, remetendo às memórias da infância.

    Além de uma ode à sensibilidade psicológica, o curta é também um ato de valorização da literatura negra e feminina de Goiás. Leodegária de Jesus, nascida em 1889, em Caldas Novas, foi uma das primeiras poetisas do estado e deixou um legado literário que hoje começa a ser redescoberto.

    Um cinema de Goiás para o Brasil

    As duas obras são mais do que animações: são reflexos de um cinema de resistência, que busca contar histórias invisibilizadas e fomentar a cultura antirracista, dialogando diretamente com os desafios do presente. “Tanto Jinga quanto Olhos Castos são convites ao encantamento e à reflexão — feitos com delicadeza, mas também com urgência”, afirma Felipe Pitombo.

    Com mais de 12 anos de atuação como animador, rigger, storyboarder e diretor de animação, Felipe Pitombo é um nome em ascensão na cena da animação brasileira. Formado pela Escola Goiana de Desenho Animado, já trabalhou em produções nacionais e internacionais, como as séries Irmão do Jorel e Acorda Carlo (Netflix), além de longas e séries da Mandra Filmes. À frente do Pitombo Studio, também assina curtas premiados como Fraterninho e Sontoku, combinando domínio técnico e sensibilidade artística em narrativas voltadas especialmente ao público infantojuvenil e à valorização da cultura afro-brasileira.

    Os filmes reafirmam o protagonismo da produção goiana no cenário da animação brasileira, destacando o potencial criativo e técnico de profissionais do estado.

    A exibição no Cine Cultura, símbolo da cultura cinematográfica local, promete emocionar o público e marcar mais um capítulo na trajetória de Pitombo, que vem consolidando seu estúdio como referência em narrativas visuais sensíveis e engajadas.

    Visualização da imagem

    Serviço: Sessão de exibição dos curtas “Jinga” e “Olhos Castos”

    Datas: 07 de agosto (5ª feira)

    Local: Cine Cultura (Praça Cívica – Goiânia)

    Horário: 20 horas

    Classificação Indicativa: livre

    Ingressos: Gratuitos

    Realização: Pitombo Studio, Lei Paulo Gustavo, Governo de Goiás, Ministério da Cultura e Governo Federal

    Assessoria de imprensa – Lumieira Comunicação

    Ana Paula Mota | 62 9 9941 5464

    Nádia Junqueira Ribeiro | 61 9 8281 0759

    www.lumieira.com.br / www.instagram.com/agencialumieira

     

  • Ozzy Osbourne, cantor do Black Sabbath e pioneiro do heavy metal, morre aos 76 anos

    Ozzy Osbourne, cantor do Black Sabbath e pioneiro do heavy metal, morre aos 76 anos

    Ozzy Osbourne, cantor britânico e um pioneiros do heavy metal, morreu aos 76 anos nesta terça-feira (22). A causa da morte do líder do Black Sabbath não foi revelada.

    Conhecido como “Príncipe das Trevas”, John Michael “Ozzy” Osbourne nasceu em Birmingham, na Inglaterra, e se tornou um dos mais importantes personagens da história do rock. Além do vocal melodioso e potente, ficou conhecido pelas performances intensas no palco.

    A morte foi anunciada em um comunicado divulgado pela família. “É com uma tristeza que palavras não conseguem expressar que informamos que nosso querido Ozzy Osbourne faleceu nesta manhã. Ele estava com a família, cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento.”

    Nos últimos anos, Ozzy enfrentava sérios problemas de saúde. Ele foi diagnosticado com Parkinson em 2019, já passou por diversas cirurgias e chegou a declarar que não conseguia mais andar.

    Pai do heavy metal

    Osbourne conquistou milhares de fãs ao criar, com o Black Sabbath, um dos pilares do heavy metal. Ele iniciou sua trajetória artística em uma cidade industrial e cinzenta, mas alcançou palcos globais com suas performances que geraram controvérsia, como na vez em que abocanhou um morcego, achando que ele era de borracha.

    Ozzy foi o primeiro vocalista do Black Sabbath, com quem gravou álbuns fundamentais do gênero, como “Paranoid” e “Master of Reality”. Após deixar a banda em 1979, construiu uma carreira solo marcada por hits como “Crazy Train” e “No More Tears”. Ele retornou ao grupo em 1997 e a volta rendeu o último álbum de estúdio, “13”, lançado em 2013 com direito a shows no Brasil.

    Ozzy Osbourne posa para foto em Los Angeles, em 1981 — Foto: AP Photo/Douglas Pizac, arquivo
    Ozzy Osbourne posa para foto em Los Angeles, em 1981 — Foto: AP Photo/Douglas Pizac, arquivo

    Mesmo com os problemas de saúde, a disposição e resiliência do cantor impressionavam. “Apesar de todas as minhas reclamações, ainda estou vivo… vejo pessoas que não fizeram nem metade do que eu e não chegaram até aqui”, ele disse em seu programa de rádio, neste ano.

    O roqueiro se apresentou a uma nova geração nos anos 2000 graças a “The Osbournes”, o primeiro reality show da MTV. Recordista de audiência, o programa foi ao ar entre 2002 e 2005, mostrando um lado mais engraçado de Ozzy, convivendo com sua família.

    Em entrevista ao g1 em 2018, Ozzy expressou o cansaço de quase 50 anos na estrada, com o Black Sabbath e em carreira solo. “Me sinto como rato em uma roda”, ele comentou, dizendo que queria desacelarar para acompanhar o crescimento dos netos. “Perdi meus filhos crescendo enquanto viajava. Só quero ficar mais em casa agora.”

    Ozzy deixa sua esposa, a empresária Sharon Osbourne, e seis filhos: Aimee, Kelly, Jack, Jessica, Louis e Elliot.

    Fonte G1

  • Abertas inscrições para seleção de artistas goianos no 24º Canto da Primavera

    Abertas inscrições para seleção de artistas goianos no 24º Canto da Primavera

    A 24ª edição da Mostra de Música de Pirenópolis – Canto da Primavera abre, nesta segunda-feira (21/07), as inscrições para a seleção de atrações musicais que se apresentarão no festival, que será realizado dos dias 09 a 14 de setembro de 2025.

    Ao todo, serão selecionadas 56 apresentações, distribuídas em palcos emblemáticos da cidade, como o Coreto, a Praça da Matriz, o Teatro e o Cavalhódromo.

    As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o 05 de agosto, exclusivamente pela plataforma Plateia Editais, no link: https://web.ufg.br/plateia-editais . A edição deste ano traz como tema Ecoando as Vozes do Cerrado.

    O processo de seleção será realizado em duas etapas: habilitação documental e avaliação artística, conduzida por uma comissão curatorial composta por representantes da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), da sociedade civil e da área técnica musical. As propostas serão analisadas com base em critérios como qualidade técnica, originalidade, relevância cultural e viabilidade de execução.

    O edital contempla três categorias: atrações locais (residentes em Pirenópolis), atrações do interior do estado (exceto Goiânia) e atrações musicais regionais (de quaisquer municípios goianos).

    Os valores por apresentação variam de R$ 7 mil a R$ 20 mil, conforme a modalidade e local de exibição. O edital completo, com orientações, critérios de seleção e documentação obrigatória, está disponível no site oficial do festival: cantodaprimavera.cultura.go.gov.br.

    Canto da Primavera

    A Mostra Nacional de Música de Pirenópolis tem como objetivo valorizar e difundir a produção musical brasileira. O evento reúne artistas de diversos estilos e regiões do país, promovendo apresentações gratuitas e abertas ao público em diferentes pontos da cidade, como praças, coretos e teatros.

    Além dos shows, o festival oferece oficinas e atividades formativas voltadas para músicos, estudantes e apreciadores da música. O Canto da Primavera é uma importante iniciativa de fomento à cultura, contribuindo para o fortalecimento da cena artística local e para o acesso democrático à arte.

    O Canto da Primavera 2025 é promovido pelo Governo de Goiás, por meio da Secult, com a correalização da Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação RTVE.

    O evento ainda tem o apoio das Secretarias de Estado da Infraestrutura (Seinfra), de Esporte e Lazer (Seel) e da Retomada, além da Goiás Turismo, Goiás Social, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Saneago, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Prefeitura de Pirenópolis e Sesc Goiás.

    Serviço

    Assunto: Inscrições para Atrações Locais no 24º Canto da Primavera de Pirenópolis
    Período de inscrição: 21/07 a 05/08/2025
    Como se inscrever: https://web.ufg.br/plateia-editais
    Mais informações: https://cantodaprimavera.cultura.go.gov.br

    Secretaria de Estado da Cultura (Secult) – Governo de Goiás