Categoria: Política

  • Deputados aprovam mais rigor no combate a incêndios criminosos

    Deputados aprovam mais rigor no combate a incêndios criminosos

    O Plenário do Parlamento estadual realizou sessão ordinária na manhã desta 5ª-feira, com destaque para a aprovação final de 2 projetos da Governadoria e um do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO). As matérias governamentais versam sobre política de combate a incêndios criminosos e a criação do respectivo tipo penal, e o que autoriza doação de imóveis à UFG para a construção de centros educacionais. O texto do TCE muda nomenclatura de cargos no órgão, para padronizar terminologia com outras cortes de contas no País.

    A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realizou, na manhã desta quinta-feira, 5, a quarta sessão deliberativa da semana, sendo a terceira em caráter ordinário. Durante o encontro, o Parlamento goiano aprovou proposições que seguem para a sanção ou veto governamental.

    Para garantir a apreciação das matérias, o Plenário aprovou a quebra de interstício, permitindo que projetos além daqueles já previstos na Ordem do Dia fossem discutidos e votados. Com a medida, foi possível deliberar sobre três proposições em segunda votação, duas oriundas da Governadoria e uma de autoria do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), todas aprovadas em definitivo.

    Entre os processos apreciados, o destaque recai sobre o projeto de lei nº 18643/24, que institui a Política Estadual de Combate aos Incêndios Criminosos em Goiás e a criação do respectivo tipo penal. A proposta, que recebeu 24 votos favoráveis e apenas um contrário, do deputado Delegado Eduardo Prado (PL), visa a coordenar ações entre órgãos estaduais, para prevenir e reprimir incêndios criminosos, especialmente em áreas de vegetação. Prado justificou voto contrário ao argumentar que a criação de tipos penais não deveria ser de responsabilidade do Executivo estadual.

    O segundo projeto aprovado foi o de nº 18632/24, que autoriza o Executivo a doar dois imóveis à Universidade Federal de Goiás (UFG) para a construção de novos centros educacionais nos municípios de Goiás e Anápolis, com investimentos oriundos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). O placar eletrônico registrou 26 votos favoráveis. Os parlamentares ressaltaram a importância de garantir que a UFG utilize os imóveis dentro do prazo de cinco anos, sob pena de reversão automática.

    Outro projeto aprovado em definitivo foi o de nº 18630/24, de autoria do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), que altera a nomenclatura do cargo de “analista de controle externo” para “auditor de controle externo”. A mudança visa a padronizar a terminologia com outros tribunais de contas do Brasil, conforme sugerido pelo TCU. O texto foi aprovado com 22 votos favoráveis, sem impactos financeiros para o Estado.

    Incentivo aos municípios

    Durante o Expediente da sessão, foram lidos novos projetos de lei, como o veto parcial ao autógrafo de lei nº 451, de autoria do deputado André do Premium (Avante), que tratava da Política Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento dos Municípios Goianos. Também foi lido o projeto de nº 18416/24, que propõe a criação e gestão de estradas e parques estaduais. Ambos os textos foram encaminhados para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

    A sessão também contou com a apresentação de novos projetos parlamentares. Dr. Rodrigo Fernandes (Avante) propôs a inclusão da Festa do Caju no calendário oficial do Estado e a criação da Rota do Açafrão. Ricardo Quirino (Republicanos) apresentou moções de aplauso a instituições de ensino, enquanto Talles Barreto (UB) sugeriu mudanças na carga horária de profissionais de saúde.

    No Pequeno Expediente, o deputado Dr. Rodrigo Fernandes comemorou a posse como deputado estadual, representando a região Centro-Norte de Goiás, com destaque para o município de Uruaçu. O parlamentar prometeu trabalhar em prol do desenvolvimento regional e agradeceu o apoio dos eleitores e familiares. Ricardo Quirino, por sua vez, utilizou a tribuna para defender os direitos dos idosos, destacando a necessidade de políticas públicas voltadas a essa população.

    Na fase de discussão de matérias, diversos parlamentares manifestaram apoio ao projeto governamental de combate a incêndios criminosos. A deputada Bia de Lima (PT) destacou a urgência de medidas preventivas, enquanto Clécio Alves (Republicanos) e Mauro Rubem (PT) frisaram a gravidade da situação das queimadas em Goiás. Ambos enfatizaram a necessidade de articulação entre Governo e sociedade para enfrentar o problema.

    Durante a sessão, ainda, o presidente do Legislativo goiano, deputado Bruno Peixoto (UB), falou sobre a denúncia oferecida contra o deputado Antônio Gomide (PT), que é candidato a prefeito em Anápolis, e saiu em defesa do colega. “Acompanhei de perto e, neste caso, após ouvir testemunhas e depoimentos, a delegada optou pelo arquivamento. Assim como ela, o Ministério Público e o Poder Judiciário também optaram pelo arquivamento. Então, não há o que se dizer. Antônio Gomide é um deputado sério, trabalhador e dedicado. Esta é uma denúncia comprovadamente infundada e devidamente arquivada. Antônio Gomide não responde nenhum processo por violência. Estarei sempre em defesa da verdade e da justiça, e essa Presidência jamais se calará diante de uma denúncia injusta contra algum parlamentar”, declarou Peixoto.

    A sessão foi encerrada com a convocação de uma reunião logo em seguida, em caráter solene, para dar continuidade à posse de Dr. Rodrigo Fernandes.

    Agência Assembleia de Notícias
  • Projeto altera Código Civil e atualiza regra para sucessão na união estável

    Projeto altera Código Civil e atualiza regra para sucessão na união estável

    O Projeto de Lei 2199/24 altera o Código Civil para, conforme decisão de 2017 do Supremo Tribunal Federal (STF), atualizar a sucessão de companheira ou companheiro quanto a bens adquiridos onerosamente durante união estável.

    O texto em análise na Câmara dos Deputados revoga o artigo 1.790 do Código Civil, pelo qual a companheira ou o companheiro participa da sucessão do outro, quanto a bens adquiridos onerosamente na união estável, das seguintes formas:

    • se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
    • se concorrer com descendentes só do autor da herança, receberá a metade do que couber a cada um daqueles;
    • se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; e
    • não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.

    “O STF considerou inconstitucional a distinção entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, no casamento e a união estável, o artigo 1.829 do Código Civil”, explicou o autor da proposta, deputado Jonas Donizette (PSB-SP).

    Ainda segundo Jonas Donizette, o STF modulou temporalmente a aplicação desta tese, que passou a valer apenas para processos judiciais em que ainda não havia trânsito em julgado da sentença de partilha, preservando aqueles já finalizados.

    Assim, pela decisão do STF e pelo artigo 1.829 do Código Civil, a sucessão, no casamento e na união estável, hetero ou homoafetivos, ocorrerá nesta ordem:

    • aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal ou no da separação obrigatória de bens; ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
    • aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
    • ao cônjuge sobrevivente;
    • aos colaterais.

    Próximos passos
    O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, também terá de ser aprovado pelo Senado.

     

     

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

  • Suspensão da rede social X no Brasil provoca diferentes reações e mobilizações de deputados

    Suspensão da rede social X no Brasil provoca diferentes reações e mobilizações de deputados

    A suspensão do X, antigo Twitter, provoca diferentes reações e mobilizações dos deputados. Há desde manifestação de apoio à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) até pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes e anúncio de obstrução nas votações na Câmara dos Deputados. A polêmica também reacende o debate em torno da regulação das redes sociais por meio do chamado “PL das Fake News” (PL 2630/20).

    Em abril, o X e seu dono, Elon Musk, foram incluídos no inquérito das milícias digitais, sob suspeitas de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação a crimes. Sem representante legal no Brasil desde 17 de agosto, o X foi multado e teve o funcionamento suspenso por decisão do ministro Moraes, ratificada pela Primeira Turma do STF no dia 2.

    Os partidos de oposição lançaram manifesto nesta quarta (4) em que acusam Alexandre de Moraes de abuso de autoridade por meio do inquérito das fake news, aberto em 2019, que estaria servindo para “investigações sigilosas e ameaças à liberdade expressão”.  “O direito à liberdade de expressão está tolhido”, disse o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Ele já havia anunciado, no Plenário do Senado na segunda-feira, a apresentação de futuro pedido de impeachment do ministro do STF. “Nós precisamos do apoio de todos os senadores. O processo de impeachment é simples. No dia 9 de setembro será protocolado”, assegurou.

    O manifesto da oposição ainda pede a instalação de uma CPI na Câmara sobre suposto abuso de autoridade no Judiciário, o arquivamento dos inquéritos e a anistia para aqueles a quem chama de “perseguidos políticos”.

    Agosto Lilás - Aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha e da Lei da violência política; lançamento do Concurso de obras audiovisuais sobre o enfrentamento da violência contra a mulher. Dep. Jilmar Tatto(PT - SP).
    Jilmar Tatto defendeu instalação de comissão para analisar o PL das Fake News

    A líder da Minoria na Câmara, deputada Bia Kicis (PL-DF), anunciou a disposição da oposição em paralisar as votações na Casa a partir do dia 9, quando haverá esforço concentrado, até o atendimento dessas reivindicações. “Faremos obstrução na Câmara dos Deputados e vamos lutar pela anistia dos perseguidos políticos para que a censura deixe de ser aplicada no Brasil. O que está sendo feito não é só contra o X: é uma censura a 22 milhões de pessoas que utilizavam o X para as mais diversas atividades, inclusive com proveito profissional”.

    Fake News
    Integrante do Grupo de Trabalho da Câmara sobre a Regulamentação das Redes Sociais, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) elogiou a decisão do STF de suspender o X. Segundo Tatto, havia disseminação de fake news e de outros crimes que potencializavam ódios em parte da população.

    “Liberdade de expressão é uma coisa, cometer crime na plataforma é outra. Não é terra de ninguém e não pode ser terra de ninguém: todos têm que cumprir a lei, inclusive, essas plataformas internacionais que vêm aqui no Brasil, atuam aqui no Brasil e precisam ter escritório no Brasil. Isso está na legislação e não é diferente em relação ao X. Por isso que está correta a decisão do STF e o Legislativo não pode se furtar de fazer essa regulamentação”.

    Tatto espera a instalação de comissão especial para analisar o chamado “PL das Fake News” após as eleições, com espaço para amplo debate com todos os interessados, inclusive os representantes das plataformas.

    Pelas redes sociais, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da proposta, afirmou que o fechamento do X é resultado de “irresponsabilidade exclusiva de Elon Musk”. Acrescentou que “é besteira falar em ‘censura’ ou ‘perseguição’” e que a decisão de Alexandre de Moraes é questão de soberania nacional diante do descumprimento da legislação por parte do X.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

     

  • Governo diz que denúncias contra Silvio Almeida são graves e chama ministro para esclarecimentos

    Governo diz que denúncias contra Silvio Almeida são graves e chama ministro para esclarecimentos

    O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, são graves e o chamou para prestar esclarecimentos nesta quinta-feira (5). “O governo federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, disse o Planalto em nota oficial. Almeida foi ouvido pelo ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Carvalho, e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.

    O ministro encaminhou ofício à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que investiguem o caso. A Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento para apurar os fatos. Segundo informações do analista de política da CNN Caio Junqueira, o Planalto avalia: uma possível demissão, o afastamento temporário do ministro até que a apuração termine ou, ainda, uma permanência dele, hipótese pouco provável. Lula já debate com ministros palacianos a repercussão do caso e a avaliação é de que a situação do ministro é “muito sensível”, segundo um interlocutor direto do chefe do Executivo.

    O caso se torna sensível principalmente por envolver uma outra ministra de Estado, Anielle Franco, da Igualdade Racial. Anielle ainda não se manifestou sobre o caso. Entenda o caso A organização Me Too Brasil confirmou, nesta quinta-feira, que recebeu denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida. Segundo comunicado, as vítimas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico. “Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, diz o documento.

    O caso foi publicado inicialmente pelo portal “Metrópoles”, que apontou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como sendo uma das vítimas. A CNN apurou que ela relatou, para integrantes do governo, ter sido alvo de assédio. De acordo com a organização, que atua no acolhimento de vítimas de violência sexual em todo o mundo, essas vítimas — em especial quando os agressores são figuras poderosas ou influentes — frequentemente enfrentam obstáculos para obter apoio e ter suas vozes ouvidas. “A denúncia é o primeiro passo para responsabilizar judicialmente um agressor, demonstrando que ninguém está acima da lei, independentemente de sua posição social, econômica ou política”, completa o texto.

    Para a Me Too, denunciar um agressor em posição de poder ajuda a quebrar o ciclo de impunidade que muitas vezes os protege. “A denúncia pública expõe comportamentos abusivos que, por vezes, são acobertados por instituições ou redes de influência”. A CNN apurou que pelo menos quatro casos de assédio sexual foram levados ao Me Too. Também teriam sido feitas dez denúncias de assédio moral contra Silvio Almeida no Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.

    O que diz Silvio Almeida? Por meio de nota, o ministro Silvio Almeida diz “repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra” ele. Alegou ainda que as denúncias não têm “materialidade” e são baseadas em “ilações”. Afirma ainda que o objetivo das acusações são lhe “prejudicar” e “bloquear seu futuro”.

    CNN

  • Hugo Motta avança como favorito para suceder Lira na presidência da Câmara

    Hugo Motta avança como favorito para suceder Lira na presidência da Câmara

    Depois de receber a aprovação de Lula, o deputado se reuniu nesta quarta-feira com o ex-presidente Bolsonaro que sinalizou simpatia ao parlamentar

    Com a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) se consolida como um candidato competitivo para concorrer à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara dos Deputados. O paraibano se reuniu com o ex-presidente, na manhã desta quarta-feira (4/9), que, segundo o relato do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), não apresentou obstáculos a um possível apoio ao parlamentar.

    “Eles se encontraram para se conhecer, o presidente (Bolsonaro) não viu nenhum problema, mas a definição do apoio a candidatura vai depender se ele vai ser o candidato do (Arthur) Lira e de uma conversa com os parlamentares do partido”, disse o senador.
    Com a inviabilização da candidatura do presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), muito associado ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, ele deixou, na noite de terça-feira (3/9), a disputa em favor de Motta, que conquistou sinalizações de apoios de parlamentares ligados ao governo até políticos expoentes do bolsonarismo.

    O movimento de Pereira também pode ser lido como uma resposta a Gilberto Kassab (PSD), a quem chegou a atribuir a inviabilização da candidatura. Pereira procurou o político para tentar costurar o apoio a candidatura. Sem conquistar o apoio de Kassab, Pereira tentou intermediar através do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e até mesmo de Jorge Bornhausen, de 87 anos, considerado um dos mentores de Kassab.

    O atrito entre aliados fez Lula convocar Kassab para uma reunião, fora da agenda, na terça-feira (3/9), onde ele reafirmou que a legenda manterá o candidato à presidência da Câmara, o deputado Antonio Brito (PSD-BA). A posição de Kassab atrapalha o desejo do governo e de Lira em construir uma transição consensual na sucessão do comando da Casa.

    Apesar de Brito ter sido considerado um dos preferidos pelo Palácio do Planalto, o baiano acabou não se viabilizando, e não deve contar nem com o apoio de Lira, nem da oposição, que entende que o parlamentar tem uma dependência muito grande de Kassab.

    Com a benção de Lula e a sinalização positiva de Bolsonaro para Motta, Brito que já era tratado como azarão, pode se tornar uma das raras derrotas de Kassab, considerado um dos mais hábeis articuladores da política nacional, mas que vive sob pressão em São Paulo, onde é secretário do governador Tarcísio de Freitas, e sofre com críticas da ala bolsonarista pelo trânsito e relação com o governo Lula.

    Essa reviravolta nos bastidores provocada pela articulação de Marcos Pereira, além de ter dado um nó político em Kassab, também desbanca o favoritismo construído por Elmar Nascimento (União-BA). Tido como um braço direito de Lira, era a aposta sofria com a resistência dos petistas baianos e com a desconfiança de pares sobre a habilidade que teria em articular os interesses parlamentares.

    Apesar de Elmar contar com o compromisso de Lira, o paraibano também tem uma ótima relação com o presidente da Câmara e acaba sendo uma solução muito mais interessante para Lula, que evita um tradicional opositor do PT na Bahia e vem buscando manter uma boa relação com o partido do bispo Macedo. Motta ainda conta com o apoio do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional da legenda de Arthur Lira.

    Outro que sai vitorioso com a escolha de Motta é o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que pode contar com um correligionário no comando da Câmara.

    Nos bolões de apostas da Câmara, já se dizia com todas as letras que o novo presidente seria um baiano, só não fechavam ainda qual, Elmar ou Brito. A megafesta de aniversário de Elmar, no início de julho, ao som da Timbalada, o parlamentar conseguiu mostrar a força da sua candidatura, com mais de 300 deputados, cerca de 11 ministros do governo, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, também teve a presença de parlamentares ligados a oposição e até mesmo do presidente nacional do PL de Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto.

    Elmar, que era o cotado para a sucessão de Rodrigo Maia, em 2020, na época se considerou traído pelo colega de partido. Se considerar que foi, mais uma vez, traído na pretensão de comandar a Casa, pode buscar uma aproximação ao ex-presidente Bolsonaro e assumir uma postura alinhada com a oposição para enfrentar o PT baiano em dois anos.

    Correio Braziliense

  • Redução no número de filiados afeta partidos nas campanhas em Goiânia

    Redução no número de filiados afeta partidos nas campanhas em Goiânia

    Nas eleições municipais de Goiânia em 2024, os partidos políticos enfrentam um cenário desafiador marcado pela queda expressiva no número de filiados. Dados comparativos revelam um declínio contínuo nas adesões, o que pode influenciar diretamente o desempenho das campanhas e a capacidade de mobilização dos candidatos.

    Atualmente, Goiânia conta com 91.528 filiados a partidos políticos. O MDB lidera com 22.167 filiados, seguido pelo PT (12.119) e PSDB (11.039). Partidos como PL, PP e União Brasil apresentam números menores, refletindo a diversificação do cenário eleitoral. O perfil dos filiados aponta uma predominância de pessoas entre 45 e 59 anos, com uma distribuição equilibrada entre homens e mulheres (51% e 49%, respectivamente).
    Em comparação com 2020, quando havia 97.768 filiados, os dados de 2024 representam uma queda significativa. Em 2016, eram 97.456, e em 2012, 92.423. O aumento entre 2012 e 2016 está associado às mobilizações sociais da época, que impulsionaram o engajamento político. Contudo, desde então, os partidos têm enfrentado dificuldades para renovar suas bases.

    Comparação de filiados nas últimas eleições (Goiânia):
    2024: 91.528 filiados
    2020: 97.768 filiados
    2016: 97.456 filiados
    2012: 92.423 filiados
    A redução de 6.240 filiados em quatro anos acende um alerta para as siglas, que lutam para se manter competitivas no cenário político da capital. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre crise de filiação partidária revela que, embora o número de filiados não tenha caído drasticamente, há pouca renovação nas siglas. Essa falta de renovação é um desafio, já que partidos sem novas ideias e lideranças perdem força eleitoral a longo prazo.
    Além disso, a pesquisa destaca o papel crucial dos filiados nas campanhas eleitorais. Eles são responsáveis pela mobilização, divulgação das propostas e organização de eventos. Com menos filiados, os partidos têm menos recursos humanos para essas atividades, o que reduz o impacto das campanhas.
    Outro aspecto importante é o financiamento das campanhas. Os filiados contribuem com doações e apoio financeiro, e a diminuição no número de filiações afeta essa fonte de receita, forçando os partidos a buscarem alternativas para arrecadação.

    Comparativo de Filiados ao Longo dos Anos (Goiânia):
    Comparação com eleições anteriores
    Esse fenômeno não é novo. Em 2016, o número de filiados em Goiânia também estava praticamente estável em relação a 2020, com 97.456 pessoas vinculadas a partidos. Naquela época, houve um leve crescimento em relação a 2012, quando a cidade tinha 92.423 filiados. O aumento entre 2012 e 2016 pode ser atribuído ao período de manifestações populares que tomaram o Brasil, começando com os protestos contra o aumento das passagens de transporte público e ampliando-se para outras questões sociais e políticas.
    Esse momento de ativismo trouxe mais pessoas para os partidos, que viam a política como uma forma de transformar a realidade social. Entretanto, após o auge dos protestos, o ritmo de filiações desacelerou, e os partidos enfrentaram dificuldades para manter esse movimento de renovação constante. Desde então, a estagnação tomou conta, e o número de filiados começou a cair, chegando ao patamar atual.
    Desafios de renovação
    Dados do Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP) – Unicamp indicam que a dificuldade de renovação partidária pode ser explicada por diversos fatores. A crise de confiança na política, exacerbada por escândalos de corrupção, pode ter afastado novos filiados. Além disso, a própria estrutura dos partidos, muitas vezes hierárquica e pouco aberta à participação ativa dos novos membros, também pode ser um obstáculo.
    O CESOP realiza pesquisas de opinião para entender melhor o comportamento dos eleitores e a importância da filiação partidária nas suas decisões de voto. Eles investigam como o perfil dos filiados pode influenciar as campanhas, especialmente em termos de segmentação do eleitorado.
    Segundo análise do CESOP, a falta de renovação dos quadros também afeta diretamente as candidaturas. Com um número menor de filiados, os partidos têm menos opções para escolher candidatos, o que pode prejudicar suas chances nas urnas. A presença de um “exército” de filiados engajados é importante, não apenas para as campanhas, mas também para a construção de um projeto político a longo prazo.
    Impacto
    Os filiados dos partidos desempenham um papel crucial durante a campanha eleitoral. Eles são a base de sustentação das candidaturas, atuando como multiplicadores das propostas e ideais dos candidatos. Com o cenário de filiação em declínio, como visto nas estatísticas de Goiânia, os partidos enfrentam o desafio de mobilizar um número reduzido de militantes para ações de campanha, o que pode impactar diretamente o alcance e a eficácia das suas estratégias eleitorais.
    Além disso, os filiados são frequentemente responsáveis por atividades como distribuição de material de campanha, organização de eventos, e até mesmo participação em comícios. Eles representam uma conexão direta entre os candidatos e o eleitorado, sendo muitas vezes os responsáveis por levar as mensagens dos partidos para as ruas. A ausência de renovação nesse grupo pode limitar o impacto das campanhas, especialmente em tempos de concorrência acirrada e maior fragmentação política.
    Outro ponto importante é que os filiados também desempenham um papel significativo no financiamento das campanhas. Muitos partidos contam com doações e apoio financeiro de seus membros para garantir recursos suficientes para impulsionar suas campanhas. Com a queda no número de filiados, essa fonte de financiamento pode ser afetada, obrigando os partidos a buscar outras formas de arrecadação, o que nem sempre é uma tarefa fácil.
    Portanto, a diminuição na quantidade de filiados não apenas enfraquece a mobilização de base, mas também compromete o suporte financeiro e logístico das campanhas, forçando os partidos a repensarem suas estratégias para manterem a competitividade nas eleições.
    A Redação
  • Bolsonaro afirma que cassar ministro do STF “não é bom”

    Bolsonaro afirma que cassar ministro do STF “não é bom”

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (4), que cassar um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) “não é bom”. Bolsonaro acrescentou que é “humilhante” falar em impeachment. “Peço a Deus que toque o coração dos onze ministros e os onze ministros busquem uma alternativa entre vocês. É humilhante falar em impeachment, eu sei disso. Cassar um ministro não é bom”, afirmou o ex-presidente em entrevista para o canal AuriVerde Brasil no Youtube. Sem citar diretamente o ministro do STF Alexandre de Moraes, Bolsonaro pediu para que um dos ministros da Corte abaixe a guarda. Em outro trecho da entrevista, o ex-presidente afirmou que os ministros devem se “policiar”. “Os onze ministros têm que se policiar; os dez têm que chegar para esse um e falar: ‘não dá mais, chega, acabou sua cota, chega’, porque o STF está enfrentando uma enorme desconfiança. A gente não quer isso. A gente quer um Supremo vibrante e que defenda a Constituição”, declarou Bolsonaro.

    As falas de Bolsonaro vêm na esteira de críticas realizadas por parte de seus apoiadores à decisão de Moraes de suspender o X (antigo Twitter) no Brasil. Interlocutores de Bolsonaro informaram ao STF que o ex-presidente não pretende defender o impeachment de Moraes durante o ato bolsonarista marcado para 7 de setembro. Segundo apurou a CNN, o recado foi transmitido na semana passada, em resposta à preocupação sobre a postura que será adotada pelo ex-mandatário durante o evento.

  • Candidato do PSDB à prefeitura de Acreúna é preso em operação da PC

    Candidato do PSDB à prefeitura de Acreúna é preso em operação da PC

    O candidato à prefeitura de Acreúna, no interior de Goiás, o empresário Robson Rios (PSDB), foi preso na manhã desta quarta-feira (4) durante a Operação Prince John, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás. A ação visa combater uma associação criminosa especializada em fraudar o recolhimento do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD).

    Ao Mais Goiás, a defesa do empresário, liderada pelo advogado Júlio Meirelles afirmou que irá “adotar as medidas judiciais cabíveis assim que tiver acesso aos autos do inquérito policial”.

    Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia, Acreúna e Edéia, além do bloqueio de bens e valores que ultrapassam R$ 15 milhões. O candidato tucano aparecia bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto na corrida eleitoral do município.

    As investigações, iniciadas em 2023, apontam para fraudes milionárias envolvendo a falsificação de documentos públicos. O esquema consistia em reduzir a alíquota do ITCD, que pode chegar a 8%, para próximo de 1%, gerando uma redução fictícia do valor devido em até 88%.

    Prefeito da Cidade Ocidental é afastado do cargo após operação da PF

    O prefeito do município de Cidade Ocidental, Fábio Corrêa (PP), foi afastado do cargo por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, após operação da Polícia Federal, em operação conjunta com a Controladoria-Geral União, deflagrada na manhã desta quarta-feira (4). A cidade fica na região metropolitana do Entorno do Distrito Federal.

    A Operação Ypervoli teve o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável por crimes de fraude à licitação, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, que atua em cidades da região do entorno do Distrito Federal. A Cidade Ocidental foi uma delas. O portal Mais Goiás tenta contato com a defesa do prefeito para ouvir sua versão.

    A operação contou com a participação de mais de 100 policiais federais e 10 servidores da CGU, que cumpriram 27 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e oito mandados de medidas cautelares diversas da prisão, todos expedidos pelo TRF-1. As diligências ocorreram no Distrito Federal e em Goiás.

    As investigações da Polícia Federal e a auditoria da CGU identificaram indícios de fraude ao caráter competitivo de licitações em mais de 100 contratos, totalizando valores superiores a R$ 65 milhões.

    Diante dos indícios de que os crimes estavam em andamento, o TRF-1 determinou o afastamento de Fábio Corrêa do cargo de prefeito, bem como a proibição de novos contratos públicos com as pessoas físicas e jurídicas investigadas.

    Os suspeitos poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    Mais Goiás

  • Waack: Pesquisa indica desconfiança no trabalho do STF

    Waack: Pesquisa indica desconfiança no trabalho do STF

    O Judiciário e sua Corte Suprema, o Supremo Tribunal Federal (STF), não existem para agradar as pessoas, mas para garantir o cumprimento das leis, ainda que isso possa causar descontentamento.

    Mesmo assim, é preocupante o grau de desconfiança da população em relação ao trabalho dos ministros do STF.

    Essa desconfiança foi detectada em uma pesquisa de opinião realizada para o WW.

    Quase metade da população brasileira avalia como péssimo o desempenho desses ministros no que diz respeito à defesa da democracia e à manutenção da imparcialidade entre rivais políticos, registrando uma das piores marcas nessa pesquisa do Instituto Atlas/Intel.

    No caso da recente suspensão da plataforma X, uma pequena maioria da população discorda dessa medida, e uma maioria um pouco mais ampla considera que a suspensão contribui para enfraquecer nossa democracia.

    O que preocupa não é a maior ou menor popularidade de uma instituição como a Corte Suprema. Reiteramos que o STF não deve ser avaliado por esse critério para cumprir suas funções constitucionais. Contudo, a observância das leis e normas, essencial para o convívio social, também depende da autoridade que as pessoas conferem a instâncias como o STF.

    As pessoas precisam não apenas obedecer às ordens judiciais, mas também acreditar que o Judiciário atua para o bem de todos.

    O STF não precisa ir às ruas para convencer as pessoas do que faz, mas o distanciamento detectado por essa pesquisa é um importante sinal de alerta.

    Sem confiança na autoridade, o próximo passo é a perda de legitimidade, o que seria prejudicial não só para o STF, mas para toda a sociedade.

    CNN

  • Oposição anuncia obstrução no Senado e na Câmara a partir da próxima semana

    Oposição anuncia obstrução no Senado e na Câmara a partir da próxima semana

    Um grupo de senadores e deputados de oposição anunciou, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (4), a intenção de obstruir as votações no Senado e na Câmara dos Deputados a partir da próxima semana. Segundo esses parlamentares, a obstrução faz parte de um movimento em defesa do que chamaram de “verdadeira democracia”.

    O senador Marcos Rogério (PL-RO) disse que a obstrução vai ocorrer depois da apresentação do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o senador, o Senado precisa se posicionar institucionalmente, para oferecer uma resposta à sociedade. Ele afirmou que deputados e representantes da sociedade vão assinar o pedido, mas os senadores não assinarão porque serão os julgadores em uma possível comissão de impeachment.

    O senador Eduardo Girão (Novo-CE) informou que já são mais 1,3 milhão de assinaturas pelo impedimento de Moraes. Ele disse que é importante o Senado investigar, pois haveria vários motivos para o impeachment. Já o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), convidou os cidadãos a assinarem o documento que, segundo ele, será entregue ao Senado na segunda-feira (9).

    — Nós não podemos desistir do Brasil. Temos que constranger aqueles que estão infringindo a lei de forma reiterada — registrou o senador.

    A deputada Bia Kicis (PL-DF) anunciou uma reunião na segunda-feira para acertar os detalhes da obstrução na Câmara. Ela disse que o grupo de oposição vai “obstruir tudo” e vai lutar pela anistia e pela liberdade de expressão. A deputada também criticou o que chamou de censura de Alexandre Moraes contra a plataforma X (antigo Twitter) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que estaria “agindo como avalista de atitudes irresponsáveis, ilegais e tirânicas do ministro Alexandre de Moraes”.

    Manifesto

    Em nome dos parlamentares de oposição, o senador Marcos Rogério leu um documento chamado de “Manifesto da verdadeira democracia”. Ele disse que o Brasil está atravessando um momento de extrema gravidade em que princípios e garantias constitucionais estão sendo relativizados. Ele disse que é importante os parlamentares terem posições firmes e claras na defesa do que chamou de “verdadeira democracia”.

    — A democracia que nós defendemos não é nem jamais será relativizada. É uma democracia na extensão do que estabelece a nossa Constituição Federal — disse o senador.

    O manifesto critica a atuação do ministro Alexandre Moraes e sua relatoria no inquérito das fake news. Segundo o documento, a liberdade de expressão e de imprensa e a inviolabilidade dos mandatos parlamentares estão comprometidas no país. O manifesto também acusa o procurador-geral da República, Paulo Gonet, de omissão.  O documento ainda convoca a população para uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), no dia 7 de setembro. A manifestação será para reivindicar a volta da normalidade democrática no país, arquivamento de inquéritos, anistia a “perseguidos políticos” e a instalação de uma CPI na Câmara dos Deputados, com foco no abuso de autoridade.

    Fonte: Agência Senado