Categoria: Política

  • Ficomex 2024 vai mostrar Goiás para o mundo, afirma Caiado

    Ficomex 2024 vai mostrar Goiás para o mundo, afirma Caiado

    Embora tenha começado na terça-feira (27/8), a Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex) teve a solenidade de abertura realizada nesta quarta (28/8) no Centro de Convenções de Goiânia com a presença de várias autoridades do Estado, incluindo o governador Ronaldo Caiado (UB). “Vamos mostrar Goiás para o mundo”, declarou Caiado, referindo-se à participação de mais de 20 embaixadores. O evento, organizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) com apoio do governo estadual, reúne 170 expositores de diferentes setores e pretende movimentar milhões em negócios. Mais de 3 mil visitantes são esperados até esta quinta-feira (29/8), último dia da programação.

    Entrada da feira (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
    Durante a abertura, Caiado destacou a qualidade dos produtos goianos. “Como governador, agradeço imensamente o apoio dos meus colegas governadores em mostrar ao mundo nossa capacidade produtiva, a qualidade dos nossos produtos, o respeito ao meio ambiente e nossa competitividade no mercado internacional”, afirmou o governador, que também é presidente do Consórcio Brasil Central, composto pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Distrito Federal.

    O governador ressaltou que esses estados estão “mobilizados” para demonstrar seu avanço na produtividade e oferecer aos empresários acesso ao mercado internacional.
    Ronaldo Caiado, governador de Goiás (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
    Com o tema “O Brasil Central e a geração de negócios com o mercado global”, a Ficomex foi ampliada este ano e está dividida em três eixos: negócios, políticas públicas e educação. O evento ocupa um espaço de 14 mil m² no Centro de Convenções de Goiânia, oferecendo palestras, rodadas de negócios, workshops e exposição de produtos e serviços. Também estão previstas a Agenda Espaço Global e a Arena Banco BRB, que promoverão discussões sobre a ampliação dos negócios brasileiros no cenário internacional.

    Rubens Fileti, presidente da Acieg, expressou otimismo quanto aos resultados do evento. “Esperamos muitos negócios e informações, além de políticas públicas. Esse tripé que organizamos é uma joia para o Brasil inteiro. Temos orgulho de apoiar o consórcio na criação desse bloco econômico”, afirmou.

    Rubens Fileti, presidente da Acieg (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
    Representando o governo federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou o desenvolvimento da região. “Estou aqui para admirar o progresso do Brasil Central, que não para de crescer, e para reforçar que a segurança pública é essencial para a produção. Queremos colaborar ainda mais com esta região”, disse Lewandowski.
    Ministro Ricardo Lewandowski (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)

    André Rocha, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), ressaltou a importância de inserir as empresas goianas no mercado global. “Uma feira como essa é fundamental para mostrar nossos produtos e buscar oportunidades de parcerias com os embaixadores, tanto no comércio quanto na pesquisa”, declarou.

    André Rocha, presidente da Fieg (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
    Marcelo Lessa, diretor técnico do Sebrae Goiás, destacou a relevância da internacionalização para micro e pequenas empresas. “A internacionalização é crucial para o desenvolvimento dessas empresas. A Ficomex é um ambiente propício para estreitar relações institucionais e abrir novos horizontes”, comentou.
    Marcelo Lessa, diretor técnico do Sebrae Goiás (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
    Dirceu Borges, superintendente do Senar/Faeg, enfatizou a participação do setor agro na feira. “O agro é essencial para nossas exportações. Participar deste evento com embaixadores e autoridades de diversos países fortalece nosso mercado e amplia nossos parceiros”, destacou.
    Dirceu Borges, superintendente do Senar Goiás (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
    Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, também mencionou a importância da feira para o cooperativismo. “Inserir o cooperativismo goiano no mercado internacional é parte da nossa estratégia para alcançar R$ 50 bilhões em faturamento até 2027. A Ficomex é uma excelente oportunidade para mostrar a força das cooperativas goianas e estabelecer novos relacionamentos”, concluiu.
    Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
    A Redação
  • Marielle: STJ rejeita pedido de impeachment contra Domingos Brazão

    Marielle: STJ rejeita pedido de impeachment contra Domingos Brazão

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, nesta quarta-feira (28/8), o pedido de impeachment contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Inácio Brazão. O indeferimento do pedido ocorreu sem discussão.

    A ação, que é movida por deputados estaduais do Rio de Janeiro, aponta que Brazão teria cometido crime de responsabilidade; portanto, deveria ser determinada a suspensão do “exercício das funções e perda de vencimentos”. Ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) em inquérito no qual é apontado como mandante da morte da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes.

    Quanto ao pedido de impeachment, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou pelo arquivamento por considerar que não há previsão legal para aplicar a conselheiros as penalidade previstas para os crimes de responsabilidade.

    “De todo modo, na denúncia oferecida no Inquérito nº 4954/RJ pela Procuradoria-Geral da República perante a Suprema Corte, consta, como efeito da condenação, entre outros pedidos, a perda do cargo público, além da fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração às vítimas e familiares, ficando claro que não há margem para impunidade pelos fatos praticados”, escreveu Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, subprocuradora-geral da República.

    Domingos Brazão está preso desde março deste ano, após investigações da Polícia Federal (PF) o apontarem como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A corporação ainda prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.Denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou que Marielle foi morta por representar um obstáculo para os interesses econômicos dos irmãos Brazão.

    Metrópoles

  • Lula indica Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central

    Lula indica Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Gabriel Galípolo para assumir o cargo de presidente do Banco Central, após o término do mandato de Roberto Campos Neto. Atualmente, Galípolo é diretor de Política Monetária do BC.

    O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (28/8), no Palácio do Planalto. A indicação será encaminhada ao Senado.

    “Cabe ao Senado marcar e decidir, mas quero crer que está sintonizada com [Rodrigo] Pacheco e Lula a importância dessa indicação. Vamos aguardar pronunciamento do Pacheco”, afirmou Haddad.

    https://www.metropoles.com/brasil/lula-indica-gabriel-galipolo-para-presidir-o-banco-central

    Galípolo foi braço direito de Haddad no Ministério da Fazenda nos primeiros meses de 2023, como secretário-executivo e, agora, é um dos oito diretores do Banco Central.

    O diretor classificou a indicação como uma “honra” e “responsabilidade imensa”. “É uma honra, prazer e responsabilidade imensa ser indicado ao BC pelo Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, destacou.

    O mandato de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai até dezembro deste ano. O chefe do Executivo já fez diversas críticas ao atual presidente do BC, especialmente pela política de juros.

    Lula deseja uma redução da taxa básica de juros, a Selic, enquanto Campos Neto defende a manutenção da taxa em 10,50% e não descarta um aumento desse percentual.

    Metrópoles

  • Após críticas, Moraes reclassifica inquérito sobre vazamento de conversas como petição preliminar

    Após críticas, Moraes reclassifica inquérito sobre vazamento de conversas como petição preliminar

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o inquérito que ele havia aberto para investigar o vazamento de conversas envolvendo seus assessores seja reclassificado como uma petição, ou seja, uma investigação preliminar.

    A decisão ocorre em meio a críticas, inclusive dentro da própria corte, sobre a permanência de Moraes na relatoria do caso.

    No acompanhamento processual do STF, consta que neste último domingo (25), Moraes solicitou à secretaria judiciária a reautuação do inquérito, alterando sua classificação para petição.

    Fontes do tribunal informaram à CNN nesta última segunda-feira (26) que Moraes tomou essa decisão para deixar claro que se trata de uma investigação inicial, sem alvos específicos, com o objetivo de apurar o fato geral. Essa mudança pode permitir que Moraes permaneça na relatoria do caso.

    Após o vazamento das mensagens que questionam os métodos de investigação do ministro, Moraes recebeu apoio público do STF. No entanto, a abertura do inquérito, que incluiu a determinação de depoimentos via Polícia Federal e busca e apreensão na residência do ex-assessor Eduardo Tagliaferro, fez com que membros do Judiciário passassem a defender a saída de Moraes da relatoria.

    Jetss

  • Caiado determina rigor no combate a incêndios em Goiás

    Caiado determina rigor no combate a incêndios em Goiás

    O governador Ronaldo Caiado realizou, nesta terça-feira (27/08), uma reunião estratégica para apresentar as ações de planejamento do governo estadual no combate a incêndios em Goiás.

    Entre as medidas, o governador determinou à Casa Civil a criação de um projeto de lei prevendo punições severas para incêndios criminosos e de uma comissão para continuar atuando em conjunto com entidades, compartilhando informações para intensificar o monitoramento e a fiscalização dos focos de incêndio.

    “Nós seremos muito mais duros em relação a este assunto. Trata-se de um caso de urgência, e temos que ter medidas mais austeras para não deixar com que as pessoas estimulem a prática deste crime em Goiás”, disse Caiado, acompanhado da coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.

    O governador destacou ainda os avanços em tecnologia e na estrutura do Corpo de Bombeiros.

    “Goiás hoje tem o menor percentual de queimadas no Brasil: 2% do território. Mas o mais importante é que todas as nossas ações estão sendo desenvolvidas com tudo aquilo que avançamos em termos de tecnologia e aparato de organização das nossas estruturas. Então, a eficiência tem sido demonstrada em todo o momento”.

    “São quatro meses e meio sem uma gota d’água, sem umidade alguma, então a capacidade de um incêndio progredir é altíssima. Estamos vendo isso acarretar prejuízos significativos ao meio ambiente, indústrias, produtores, enfim, a todos os segmentos”, pontuou Caiado ao reforçar a importância das medidas preventivas.

    “São quatro meses e meio sem uma gota d’água, sem umidade alguma, então a capacidade de um incêndio progredir é altíssima”, explica Caiado (Foto: Wesley Costa)

    Monitoramento por satélites

    A tecnologia tem sido grande aliada da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) nesta luta. De acordo com a titular da pasta, Andréa Vulcanis, graças a um sistema de monitoramento com dados de 15 satélites, é possível acompanhar o surgimento de novos focos praticamente em tempo real.

    “Satélite passou, detectou fumaça, incêndio, imediatamente toca no celular, por WhatsApp, de todos os brigadistas responsáveis para fazer uma atuação. Dentro das unidades de conservação, hoje temos uma resposta de emergência de, no máximo, dez minutos, o que reduziu os incêndios em 80%”, explicou Vulcanis.

    O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), coronel Pablo Lamaro Frazão, também detalhou as estratégias de trabalho.

    “Nós temos uma sala que fica na nossa Defesa Civil que vai monitorando toda a situação, pegando os relatórios da Secretaria do Meio Ambiente, os focos de calor através dos sistemas e estamos à disposição 24 horas por dia para qualquer incêndio que seja detectado”, afirmou

    A reunião contou com a presença de secretários de Estado, além de representantes de importantes entidades do setor agropecuário e industrial, como a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), a Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB/GO), a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar/GO) e o Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg).

    Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

  • Nikolas Ferreira recusa proposta de conciliação sobre investigação de injúria cometida contra Lula

    Nikolas Ferreira recusa proposta de conciliação sobre investigação de injúria cometida contra Lula

    O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) recusou a proposta de conciliação feita pela Procuradoria Geral da República (PGR), junto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, sobre a denúncia de que o parlamentar cometeu o crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O congressista é investigado por ter chamado o chefe do Executivo de ladrão e sugerir a prisão dele em um evento da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Segundo Nikolas, as declarações estão protegidas pela imunidade parlamentar. “Diante dos argumentos fáticos e jurídicos delineados no referido parecer técnico, bem como por estarem em absoluta consonância com entendimento da defesa técnica do parlamentar, mui respeitosamente, razão outra não assiste ao congressista, senão recusar a proposta feita na última assentada e aguardar o trâmite natural da marcha processual”, disse, ao STF.

    O inquérito, portanto, deve seguir a tramitação regular: será analisado pela Primeira Turma do Supremo que pode, ou não, abrir uma ação penal contra Nikolas, caso julgue que há elementos suficientes para torná-lo réu.

    Na ocasião, Nikolas afirmou que o petista deveria estar preso, logo após dizer que “o mundo seria melhor se não houvesse tanta gente prometendo melhorá-lo”. O deputado também criticou a ativista ambiental da SuéciaGreta Thunberg, e o ator Leonardo DiCaprio, alegando que ambos apoiaram a candidatura de Lula.

    Assinada pelo vice-procurador-geral Hindemburgo Chateaubriand, a denúncia diz que ocorreu um crime de injúria à honra do presidente. Nesse caso, segundo a legislação brasileira, o Ministério da Justiça precisa protocolar a queixa. O inquérito foi aberto após o relator do caso, Fux, atender à solicitação da Pasta.

    “A suspeita de prática criminosa envolvendo parlamentar federal contra o chefe do Poder Executivo demanda esclarecimentos quanto à eventual tipicidade, materialidade e autoria dos fatos imputados”, escreveu Fux à época.

    De acordo com Himdemburgo, a fala de Nikolas foi além do direito conferido pela imunidade parlamentar e se configurou em uma “clara intenção de macular a honra” de Lula.

    O deputado usou as redes sociais para criticar a denúncia da PGR. Segundo o deputado, a decisão mostra que o trabalho dele como político de oposição “está incomodando”. O parlamentar também afirmou que foi para a ONU como deputado federal em missão especial e, logo, deve ter a imunidade parlamentar preservada.

    “Mais um dia do cimento jogando o pedreiro na parede. Fui denunciado pela PGR por chamar o Lula de ladrão na ONU. Somente a título de esclarecimento: fui convidado como deputado federal com missão oficial autorizada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, ou seja, fui representando a Câmara. Se a minha fala não estiver tutelada pela imunidade parlamentar, melhor revogar logo o art. 53 da Constituição. Porém, não esmorecerei, continuarei fazendo meu trabalho que, pelo visto, está incomodando”, afirmou.

    Estadão

  • Pablo Marçal: como lidar com um vigarista digital?

    Pablo Marçal: como lidar com um vigarista digital?

    Não se fala em outra coisa. Em pouco mais de três semanas, Pablo Marçal conseguiu criar caos na disputa eleitoral em São Paulo, crescer 7 pontos percentuais nas pesquisas, brigar com Bolsonaro, tirar Tabata Amaral da posição de boa moça para o ataque, afastar os líderes na disputa dos debates – e agora até os canais de TV começam a pensar se deve mesmo haver novos debates, depois do esvaziado programa da revista Veja.

    Ao mesmo tempo, fez crescer seu nome, ou melhor, seu “reconhecimento de marca”, ampliou o número de pessoas dispostas a espalhar sua mensagem e participar de seu gigantesco esquema de views. Com suas redes suspensas por decisão da Justiça, terá se tornado talvez o candidato mais popular. Desde que foi anunciada a decisão do juiz Antonio Maria Patino Zorz de suspender todas as suas contas até o fim da campanha, Marçal trocou sua foto de perfil por uma imagem dramática, em preto e branco, com uma mordaça sobre a boca, onde está escrito “sistema”. Desde então, ele é o nome mais procurado no Google, superando de lavada Lula e Bolsonaro. Em apenas um dia, a conta reserva que ele criou no Instagram para quando a principal for bloqueada já tem mais de 2,7 milhões de seguidores (a oficial tem 14 milhões).

    De fato. O “sistema” – as instituições que trabalham para salvaguardar as regras eleitorais e a democracia – não sabe o que fazer com Pablo Marçal. E isso só demonstra que não aprendemos nada nos últimos anos.

    Vejamos. Pablo Marçal é um vigarista, daqueles de longa ficha corrida. Foi condenado em 2010 por participar de uma quadrilha que desviou dinheiro de bancos como a Caixa e o Banco do Brasil, ajudando a gangue a obter emails de clientes, que então recebiam emails acusando-os de inadimplência e tinham seus dados roubados, assim como o dinheiro. Em 2022, liderou uma expedição “motivacional” a uma área montanhosa de São Paulo que teve de ser resgatada pelos bombeiros. Seu sócio nos cursos, Renato Cariani, é investigado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro; uma de suas empresas teria emitido notas fraudulentas para desviar produtos químicos para o refino de cocaína e de crack. E, como deixou claro Tabata Amaral no seu último vídeo de campanha, há indícios preocupantes de proximidade do coach com o PCC. Não seria nenhuma surpresa que todo o esquema montado para essas eleições fosse uma grande máquina de lavar dinheiro.

    Erra quem acha que Marçal está “roubando o bolsonarismo de Bolsonaro”, ou que estamos vivendo mais um repeat da estratégia eleitoral da extrema direita. Pablo Marçal é um passo além na manipulação do debate público para ganho próprio. Ele coroa a era do faroeste digital, que tem seu maior expoente no dono do Twitter, Elon Musk. Marçal não adota a estratégia digital para projetar uma mensagem ou ideia, ele é o produto. Sua campanha é tão oca quanto o sonho de milhões de adolescentes que querem virar influenciadores quando crescerem. Fala-se dele porque se fala dele. 

    E, por ser uma pessoa tão vigarista, ele está unicamente posicionado para abraçar essa nova era do faroeste. Usando o jargão de outro grande vigarista de estimação dos brasileiros, recentemente falecido, Marçal “topa tudo por dinheiro”, e não tem vergonha de assumir.

    Sua base de apoio online é formada por milhares de jovens e adolescentes de classe baixa que estão em busca de dinheiro fácil diante de uma realidade que é cada vez mais brutal, em que o mercado de trabalho está derretendo e virar entregador de moto é a mais provável promessa.

    Funciona assim a fábrica sweatshops de Pablo Marçal. Pra quem não sabe, ele adotou a estratégia de crescimento digital de Andrew Tate, um americano que ganhou fama na “manosfera” masculinista e hoje está preso na Romênia depois de ser investigado por estupro e tráfico de mulheres.

    Funciona assim a estratégia: misturando gamificação com promessa de dinheiro fácil, Marçal alicia jovens e adolescentes para criarem contas “do zero” que funcionam apenas para promover a sua marca (o seu nome). Através de um aplicativo, recebem vídeos do “criador” que depois eles têm que cortar, postar online, sempre marcando os perfis do coach. Com 112 mil membros, o Discord de Marçal funciona como funcionavam os grupos de WhatsApp e Telegram pro bolsonarismo: ali os usuários são orientados a postar diversos vídeos no Instagram, YouTube e TikTok. Os vídeos mais assistidos recebem uma compensação financeira, e o próprio Marçal garante que os “garotos” ganham até mil reais por mês.

    “O que que é fazer corte? É assistir um pedaço de um vídeo, pegar uma mensagem, o corte pode ter 15 segundos, 30, 45; quem tiver mais visualizações eu pago em dinheiro. Então toda semana tem a medição disso. Então tem garotos que tão ganhando R$ 400, R$ 600, mil reais fazendo isso”, explicou.

    Foi com essa estratégia que, investindo cerca de R$ 7 milhões para sua massa de trabalhadores precarizados (muitos menores de idade), Marçal conseguiu o recorde de uma campanha digital no Brasil, arrecadou R$ 100 milhões vendendo cursos em nove semanas. Seus “produtos” são tão vazios como ele mesmo: Marçal vende cursos sobre como ganhar dinheiro, como ser um vencedor, como manter-se focado. É assim a roda: Marçal vende porque Marçal vende. E faz o que vende.

    Para melhor viralizar, ele próprio assumiu que mudou sua postura nas redes. “Tem 4 mil pessoas que estão em um campeonato de corte, e eu pago um dinheiro até relevante para esse pessoal por visualizações. Comecei a pagar as primeiras competições, só que só tinha vídeo bonzinho, cara. Bonitinho, não viraliza. Eu estava aparecendo em tudo, só que com pouco comentário e pouca curtida. As visualizações polêmicas são muito maiores. Tem vídeo com 40 mil comentários, 40 milhões de visualizações. Aí eu chamei meu time e falei: “Cara, é isso aqui que eu tenho que pagar”, explicou em uma entrevista. “Às vezes eu nem queria falar aquele tema, mas eu falo, vou falar só pro corte pegar”, disse em outra ocasião.

    Agora, na eleição, a fórmula se repete, com um exército de mais de 100 mil “garotos” acionados pelo Discord fazendo cortes dos vídeos de Marçal com a hashtag #prefeitomarcal e sonhando em ganhar alguns trocados. Nesse sentido, os seguidores de Marçal são menos ideológicos e fiéis que os bolsonaristas: eles querem, no fundo, apenas participar da abundância financeira que o líder projeta. Marçal capitaliza, assim, um sentimento que é muito cooptado pelas igrejas evangélicas – aliás, coalhadas de vigaristas, como sabemos – e expresso pela teologia da prosperidade.

    A pirâmide de Marçal, entretanto, vale-se de algo que eu cansei de repetir aqui e que é uma tremenda sacada, o fato de que as redes sociais são sócias da desinformação e, neste caso, de vigaristas como ele. Uma de suas “cortadoras”, responsável pelo perfil Billion Marçal, explicou como outros “cooptados” poderiam passar a ganhar dinheiro não só com os concursos de cortes, mas também das próprias plataformas. “São mais de vinte estratégias para você fazer dinheiro com os vídeos do Pablo Marçal, tem como você fazer dinheiro no Youtube, no Tik Tok, que são plataformas que pagam em dólar pela quantidade de visualização, que tem os seus vídeos, e como você vai aprender a viralizar um vídeo fica mais rápido dessas plataformas começarem a te pagar”, escreveu. Terminando com um mantra quase-religioso-mindful-pós-futurista:

    “Pablo Marçal todos os dias nos ensina a prosperar”, #prosperidade, #Riqueza, #Mind, #Pablo Marçal.

    Tudo isso funciona totalmente fora das regras da propaganda eleitoral, claro, e com fortes indícios de abuso de poder econômico nos termos da lei eleitoral, conforme apontou a petição da candidata Tabata Amaral ao TRE. E, por isso mesmo, fez muito bem o juiz Antonio Maria Patino Zorz ao suspender as contas de Marçal, mesmo que isso o torne mais popular ainda: afinal, o papel da Justiça Eleitoral é fazer cumprir a lei.

    Para Marçal, sabemos, é tudo lucro. Com a decisão, sua marca só cresceu, e as menções positivas superaram, agora, as negativas. Ganhe ou perca no voto, Marçal sai ganhando, porque cresce a sua marca, e depois será ainda mais fácil fazer “remarketing” e vender seus cursos sobre como vencer na vida, como bem resumiu o marqueteiro digital Ícaro de Carvalho na sua conta no Instagram: “Ele entendeu que a cada dois anos ele tem dinheiro grátis esperando por ele a cada eleição”.

    A encruzilhada, no final, fica mais para as campanhas de Boulos e Nunes, que acabam ficando reféns do novo fenômeno político, que consegue, com sua estratégia, pautar diariamente o debate público, empobrecê-lo a seu favor. 

    Já para Jair Bolsonaro, não acredito que Marçal consiga romper de vez com o padrinho e “roubar” o bolsonarismo dele: existe, afinal, algo autenticamente brasileiro no bolsonarismo. Na campanha de Marçal não. Nem acredito tanto, inclusive, na sua professada fé cristã. Se estivéssemos em um momento histórico em que fosse popular ser comunista, garanto, ali estaria Pablo Marçal com bonezinho de Che Guevara.

    O marketing oco de Marçal pode até chegar longe em uma eleição – quiçá ganhá-la –, mas não constrói uma carreira política. E, sendo uma figura com um passado tão maculado, não será muito difícil que se encontre um elo frágil para que o assunto vire caso de polícia. Em especial, esse elo pode estar na origem do dinheiro que Marçal já investiu nesta eleição para pagar seu exército de trabalho infantil. O maior problema, na verdade, é que o risco Pablo Marçal já aconteceu: ficou claro que, no nosso sistema político, um aproveitador com conhecimento de marketing digital e nenhum escrúpulo consegue alugar uma sigla política e se tornar um fenômeno de votos do dia para a noite. E que há políticos, partidos e pessoas a fim de se aliarem a ele e ganhar unzinho em cima. Temo que veremos, assim, uma pablomarçalização do nosso jogo eleitoral daqui para a frente.

    Agência Pública

  • Barroso nega impedimento de Moraes na investigação sobre vazamento de mensagens

    Barroso nega impedimento de Moraes na investigação sobre vazamento de mensagens

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou nesta terça-feira (27) um pedido para declarar o impedimento de Alexandre de Moraes na relatoria da investigação sobre o vazamento de mensagens de auxiliares do magistrado. O pedido foi enviado a Barroso pela defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Conforme Barroso, não houve “clara demonstração” de qualquer causa que justifique o impedimento do ministro, previstas em lei. “Para além da deficiente instrução do pedido (que não veio instruído com qualquer elemento idôneo que comprove as alegações deduzidas), os fatos narrados na petição inicial não caracterizam, minimamente, as situações legais que impossibilitariam o exercício da jurisdição pela autoridade arguida”, afirmou Barroso, na decisão.

    Conforme o Código de Processo Penal, o juiz não pode atuar no processo em que, entre outros pontos, ele próprio ou seu cônjuge ou parente até o terceiro grau for parte ou diretamente interessado no feito. Barroso também citou a jurisprudência do STF de que pedidos do tipo devem demonstrar “de forma objetiva e específica as causas de impedimento”. “Também de acordo com a jurisprudência desta Corte, a parte arguente deve demonstrar, de forma clara, objetiva e específica, o interesse direto no feito por parte do Ministro alegadamente impedido.

    Para essa finalidade, não são suficientes as alegações genéricas e subjetivas, destituídas de embasamento jurídico”. https://www.youtube.com/watch?v=4YjHg6nOJAI Pedido Na ação, a defesa de Tagliaferro afirmou que a investigação do vazamento das mensagens apura fatos diretamente relacionados com a lisura de Moraes e que a permanência dele na relatoria é “absolutamente inadequada”. “O presente pedido se faz necessário tendo em vista que já foi proferida abusiva ordem de busca e apreensão e, sem freio, em nada impede que medidas de constrição cautelar irreversíveis sejam decretadas”, afirma o advogado Eduardo Kuntz.

    A defesa questionou o fato de, no domingo (25), Moraes ter reclassificado o inquérito em petição, o que configura, disse o advogado, “uma chicana processual” para o ministro não ser retirado da relatoria. “O que demonstra que tal inquérito não poderia existir, o ministro é diretamente interessado no feito e, por conseguinte, é impedido para atuar no caderno investigatório/futura PET, em razão da inadmissível ausência de imparcialidade”, declarou. O caso Tagliaferro é ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), que existiu durante a gestão de Moraes no TSE. Na semana passada, o ex-assessor do ministro prestou depoimento à Polícia Federal sobre as mensagens terem saído do celular dele. Ele negou ter vazado as mensagens que embasaram a reportagem do jornal Folha de S. Paulo sobre o uso do setor de combate à desinformação do TSE de forma não oficial pelo gabinete de Moraes.

    Em depoimento à Polícia Federal (PF) na quinta-feira (23), Tagliaferro disse que seu aparelho celular ficou sob a responsabilidade da Polícia Civil de São Paulo durante seis ou sete dias, desbloqueado, sem a necessidade de senha para acesso ao conteúdo. Isso porque, em maio de 2023, Tagliaferro chegou a ser preso após um flagrante por violência doméstica. Na ocasião, ele entregou o dispositivo a um compadre, identificado como Celso Luiz de Oliveira, já sem a senha de acesso, para garantir que pudesse ser utilizado “para alguma necessidade da esposa e das filhas, como pagar contas”. Segundo narrou Tagliaferro, algumas horas depois, esse compadre teria sido procurado pela Polícia Civil de Franco da Rocha, que exigia a entrega do aparelho — o que foi prontamente atendido. Segundo depoimento do ex-assessor de Moraes, seu celular foi entregue por Celso ao delegado da Polícia Civil de São Paulo, José Luiz Antunes.

    Moraes é relator da investigação que apura o vazamento das mensagens. Há suspeitas que o conteúdo tenha sido vazado do celular de Tagliaferro a partir de apreensão do aparelho pela Polícia Civil de São Paulo, em 2023.

    CNN

  • Estadão Analisa: ‘Relatoria de Moraes sobre inquérito dos vazamentos está em xeque’

    Estadão Analisa: ‘Relatoria de Moraes sobre inquérito dos vazamentos está em xeque’

    Na semana de apresentação do Orçamento de 2025 e em meio a promessas de revisão de despesas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs quadruplicar o gasto com o programa Auxílio Gás, que será rebatizado de Gás para Todos.
    No “Estadão Analisa” desta terça-feira, 27, Carlos Andreazza fala sobre os pedidos para que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, seja afastado da relatoria do inquérito do suposto vazamento de mensagens durante sua gestão no TSE.

    Na semana de apresentação do Orçamento de 2025 e em meio a promessas de revisão de despesas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PO desembolso deve saltar dos atuais R$3,4 bilhões para cerca de R$5 bilhões em 2025 e irá aumentar até 2026, ano da eleição presidencial, segundo informou o Ministério de Minas e Energia.
    Lula ainda assinou nesta segunda-feira (26), uma MP que visa incentivar a indústria naval e o setor de petróleo e gás no Brasil propôs quadruplicar o gasto com o programa Auxílio Gás, que será rebatizado de Gás para Todos.
    Na semana de apresentação do Orçamento de 2025 e em meio a promessas de revisão de despesas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs quadruplicar o gasto com o programa Auxílio Gás, que será rebatizado de Gás para Todos.

    Estadão

  • Marçal ultrapassa Nunes e lidera com folga entre eleitores de Bolsonaro e Tarcísio em SP, afirma Datafolha

    Marçal ultrapassa Nunes e lidera com folga entre eleitores de Bolsonaro e Tarcísio em SP, afirma Datafolha

    O influenciador Pablo Marçal (PRTB) ultrapassou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) entre eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (22).

    Marçal agora lidera com folga as intenções de voto entre os eleitores de Bolsonaro, com 44%, frente a 30% de Nunes. No levantamento anterior, realizado no início de agosto, o influenciador tinha 29%, e o prefeito, 38%.

    Entre os que se declaram como bolsonaristas, Marçal subiu de 25% para 46% no mesmo período, enquanto Nunes variou de 37% para 26%.

    Já entre os eleitores de Tarcísio, o empresário agora reúne 41% das intenções de voto, em comparação a 28% do prefeito. No início do mês, Marçal tinha 25% entre o grupo, enquanto Nunes somava 42%.

    O Datafolha entrevistou pessoalmente 1.204 eleitores nesta terça (20) e quarta-feira (21). A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-08344/2024. A margem de erro total é de três pontos percentuais e sobe para cinco pontos entre os eleitores de Bolsonaro e de Tarcísio, para cima ou para baixo. A pesquisa foi encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo.

    Quase todas as variações citadas, portanto, ocorreram fora da margem de erro -exceto a oscilação de Nunes para baixo entre os eleitores do ex-presidente.

    Já entre os eleitores do presidente Lula (PT), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) segue liderando com folga, com 44% das intenções de voto. A marca fica muito acima dos 14% de Nunes, dos 10% de Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) e dos 5% de Marçal nesse grupo, no qual a margem de erro é de quatro pontos.

    Ao longo dos últimos meses, o influenciador tem ativado símbolos que são caros para o eleitor do ex-presidente, aproveitando-se do baixo entusiasmo de apoiadores de Bolsonaro com a candidatura do prefeito.

    Nunes não empolga os aliados de Bolsonaro por ser visto como alguém que evita o confronto e que não é verdadeiramente alinhado às pautas do grupo, apesar de ser oficialmente o candidato do ex-presidente, que indicou para vice Ricardo Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota.

    Nas últimas semanas, Bolsonaro e seu entorno estavam incomodados com o prefeito por dois motivos. Um foi o apoio de Nunes à ex-deputada federal Joice Hasselmann (Podemos), hoje candidata a vereadora, considerada “persona non grata” por bolsonaristas desde que rompeu com o grupo em 2019.

    Outro diz respeito ao fato de que, mesmo depois de ter aceitado o indicado de Bolsonaro a vice, o prefeito vinha evitando explorar a imagem do ex-presidente em sua campanha. Nunes segue numa corda bamba: precisa do eleitorado bolsonarista, mas teme herdar a rejeição do aliado e perder votos do campo moderado.

    O ex-presidente chegou a elogiar Marçal em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal, no dia 15 de agosto. Ele disse que o influenciador “fala muito bem”, é “uma pessoa inteligente” e “tem suas virtudes”. Afirmou, ainda, que o prefeito não é o “candidato dos sonhos”, ainda que tenha assumido o compromisso de ajudá-lo.

    Poucos dias depois, porém, Bolsonaro ajustou o discurso e afirmou à CNN que Marçal mentiu ao dizer que nunca buscou seu apoio. No início da semana, o PL publicou nas redes um vídeo no qual o ex-presidente reforça o apoio à candidatura de Nunes.

    Segundo uma pessoa próxima de Bolsonaro, caciques partidários pressionaram o ex-presidente a manifestar, mais uma vez, que está com o prefeito. O pedido teria partido do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do presidente do PP, Ciro Nogueira, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Tarcísio já manifestou a aliados, diversas vezes, preocupação com o crescimento do influenciador. Ele foi peça-chave no processo de aceitação de Mello Araújo como vice de Nunes, defendendo que a indicação seria importante para amarrar o ex-presidente com o prefeito e estancar a onda Marçal.

    Nos últimos dias, o influenciador, Bolsonaro e seus filhos têm entrado em confronto nas redes. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) partiu para o ataque, pedindo em vídeo que apoiadores “tomem cuidado”. Ele citou suspeitas que ligam a sigla de Marçal à facção criminosa PCC e associou a conduta do influenciador a uma tentativa de “lacração”.

    “Começa a perder um pouco da moral para ficar fazendo aquela gracinha acusando os outros de cheirador. Inclusive falou que havia dois, e um não apontou quem é. Enfim, tem gente que gosta da lacração”, disse.

    Nesta quinta-feira (22), a discussão continuou. Eduardo repercutiu comentário de Marçal em que que disse que a situação já estava resolvido com Bolsonaro. “Se tivesse resolvido com meu pai não precisaria editar meu vídeos retirando-os de contexto para enganar eleitores de Bolsonaro de que eu vou votar em você. Isso é estelionato eleitoral”, rebateu o deputado federal.

    Marçal também trocou farpas diretamente com o ex-presidente. Ele comentou em uma publicação de Bolsonaro: “Pra cima capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. O ex-presidente então respondeu: “Nós? Um abraço.”

    O influenciador, então, disse que doou R$ 100 mil para a campanha de Bolsonaro em 2022 e o ajudou com a estratégia digital. “Entendo sua palavra ao Valdemar Costa Neto [presidente do PL], mas a honra e a gratidão são frutos de um homem sensato (…) Se o capitão quiser me tirar do ‘nós’, me ajude devolvendo os 100 mil reais depositando na minha campanha aqui de prefeito a São Paulo”, afirmou.

    Folha de São Paulo