Categoria: Política

  • Governo de SP conclui desestatização da Sabesp com recordes e benefícios imediatos

    Governo de SP conclui desestatização da Sabesp com recordes e benefícios imediatos

    A desestatização da Sabesp foi concluída nesta terça-feira (23) com o evento de toque de campainha na B3. Com a liquidação da oferta pública na última segunda (22), termina o processo iniciado em 28 de fevereiro de 2023, com a qualificação no Programa de Parcerias em Investimentos do Governo de São Paulo. A desestatização resultou em uma captação de R$ 14,7 bilhões, a maior oferta pública de 2024 das Américas.

    A oferta pública da Sabesp superou diversos marcos do mercado de capitais brasileiro. Além de ser a maior oferta pública do Brasil e das Américas em 2024, ela teve a maior demanda de investidores institucionais para uma oferta brasileira em toda a história. Recebeu também o terceiro maior número de ordens para uma oferta brasileira da história. A proposta da Equatorial de R$ 6,9 bilhões por 15% da Sabesp é considerada a maior ordem individual alocada em uma oferta do país. No setor de saneamento, é a maior oferta pública da história mundial e, considerando-se todas as chamadas “utilities”, que incluem outros serviços como distribuição de gás e energia, foi a terceira maior do mundo este ano.

    O governador Tarcísio de Freitas durante a conclusão da desestatização da Sabesp na B3

    “Hoje é um dia histórico. Em pouco mais de um ano, estruturamos uma operação complexa e inédita, que recebeu aval da Assembleia Legislativa e de mais de 370 municípios antes de ser apresentada ao mercado. Vamos mudar a realidade do cenário do saneamento no país e mostrar que é possível fazer mais e fazer melhor, principalmente para as populações mais vulneráveis. A revolução no saneamento chegou e ela está começando hoje no estado de São Paulo”, disse o governador Tarcísio de Freitas

    Adutora da Sabesp na capital

    Com a liquidação da oferta, o novo contrato de concessão, assinado em 24 de maio, após a aprovação pela Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste (Urae-1), entra em vigor nesta terça. Também nesta terça passa a valer a tarifa reduzida com a desestatização. O valor vai ficar 10% mais barato para as tarifas social e vulnerável, 1% mais baixo para a residencial e 0,5% para as demais categorias.

    Com o novo contrato, entram em vigor a antecipação das metas de universalização de 2033 para 2029 e o Plano Regional de Saneamento Básico, que prevê investimentos de R$ 260 bilhões até 2060, dos quais R$ 69 bilhões serão aplicados até 2029 para levar água potável, tratamento e coleta de esgoto para toda a população.

    “Esse é um projeto para levar mais saúde e qualidade de vida para pessoas que hoje não têm água e esgoto. É um projeto que mexe com vidas. Assumimos o compromisso de elevar os investimentos e reduzir a tarifa para a população e estamos cumprindo”, afirmou Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo.

    A desestatização da Sabesp foi estruturada com apoio técnico da International Finance Corporation (IFC), instituição do Banco Mundial voltada ao desenvolvimento do setor privado em mercados emergentes. A oferta pública de ações da Sabesp foi conduzida pelos bancos coordenadores: BTG Pactual, Bank of America, Citi, UBS, Itaú BBA, Bradesco BBI, Goldman Sachs, J.P. Morgan, Morgan Stanley, Safra, Santander e XP.

    Diálogo e transparência

    O processo foi conduzido desde o início com ampla transparência. Cada etapa da desestatização foi resultado de conversas com a sociedade, prefeituras, parlamentares, órgãos de controle, judiciário, e o mercado. E o resultado foi a valorização das ações, o que permitiu que a oferta pública fechasse em R$ 14,8 bilhões, R$ 4,8 bilhões a mais que o previsto inicialmente na Lei Orçamentária de 2024.

    Sabesp: Estação de tratamento de esgoto de Laranjeiras

    O preço por ação final da oferta pública ficou 35,5% acima do fechamento do dia da qualificação pelo PPI e está 22,8% acima do valor pelo qual a ação foi negociada em 24 de julho de 2023, um ano antes da conclusão da desestatização.

    Depois de anunciado o Investidor de Referência, a ação valorizou ainda mais. De 28 de junho a 22 de julho, a cotação da Sabesp subiu 16%, de R$ 74,97 para R$ 87.

    Houve centenas de reuniões ao longo de seis meses com prefeitos de municípios atendidos pela Sabesp para definição do escopo do plano de investimentos. Na consulta pública feita de 15 de fevereiro a 15 de março, foram recebidas 975 contribuições, das quais 480 foram integralmente acatadas. Esse diálogo permitiu aprimorar o documento final, aperfeiçoar o contrato e a nova regulação e detalhar o plano de investimentos.

    Também a Lei 17.853/2023, que autoriza a desestatização da Sabesp e estabelece as diretrizes para a operação, foi resultado de um amplo debate com o parlamento estadual e a sociedade. O texto foi debatido na casa e teve 26 emendas acolhidas no relatório final.

    O novo contrato de concessão e o Plano Regional de Saneamento Básico foram aprovados em 20 de maio, quando a Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste (Urae-1) teve o seu Conselho Deliberativo instalado. Neste dia também foram eleitas a Coordenadora e a Suplente do conselho. Para Coordenador, o Conselho escolheu a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, com 86,09% dos votos. Já para suplente, foi eleita Thiely Verônica Bressani, de Franco da Rocha, com 66,22% dos votos. A oferta pública teve início no dia 21 de junho e aconteceu em duas etapas: até 28 de junho, foi o processo de escolha dos Investidores de Referência finalistas, com a definição pela Equatorial. Depois, de 1 a 15 de julho, investidores de diferentes perfis puderam apresentar suas propostas pelas ações da Sabesp.

    “Estamos aqui hoje para hoje para começarmos, juntos, uma jornada para tornar a Sabesp ainda mais forte. E para atingir um objetivo de grande relevância para a nossa sociedade: a universalização do serviço de água e esgoto no estado de São Paulo. Um direito fundamental para cada cidadão e família desse estado”, afirmou Augusto Miranda de Paes Júnior, CEO da Equatorial e investidor estratégico da Sabesp.

    Com a conclusão do processo de desestatização, a nova gestão da Sabesp assume a empresa após a eleição do novo Conselho de Administração, em assembleia geral de acionistas. Antes, a aquisição de 15% das ações da Sabesp pela Equatorial precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

  • Falta de apoio de Obama minou candidatura de Biden e teria esfriado relação dos dois

    Falta de apoio de Obama minou candidatura de Biden e teria esfriado relação dos dois

    Após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar sua retirada da corrida eleitoral pela Casa Branca, neste domingo (21), o ex-presidente democrata Barack Obama reagiu com elogios à atitude de seu antigo companheiro de chapa.

    “Joe Biden tem sido um dos presidentes mais influentes dos Estados Unidos, além de um querido amigo e parceiro para mim. Hoje, fomos lembrados —novamente— de que ele é um patriota da mais alta ordem”, escreveu Obama em uma carta publicada em suas redes sociais.

    O clima amistoso, porém, não ecoa os bastidores da relação entre os dois, de acordo com a imprensa americana. Após a desastrosa participação de Biden no debate com o candidato à Presidência pelo Partido Republicano, Donald Trump, Obama teria colocado em xeque as chances do atual presidente, assim como outros líderes democratas.

    Logo após o debate que ruiu a sua candidatura, no final de junho, Obama veio à público apoiar Biden. “Noites de debate ruins acontecem”, afirmou ele no X. “Mas esta eleição ainda é uma escolha entre alguém que lutou pelas pessoas comuns durante toda a sua vida e alguém que só se preocupa consigo mesmo.”

    Mas, nas semanas posteriores, o ex-presidente se calou publicamente e, segundo o Washington Post, passou a demonstrar preocupação em conversas privadas em relação às chances de Biden contra Trump em novembro.

    De acordo com o jornal americano, Obama falou com o presidente apenas uma vez entre o debate e o anúncio da desistência, mas recebeu muitas ligações de democratas, incluindo da ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, que teria assumido uma postura mais ativa contra a candidatura de Biden nos bastidores.

    Nessas chamadas, Obama teria afirmado que o futuro da candidatura de Biden era uma decisão que cabia apenas ao próprio presidente, mas também teria demonstrado preocupação com o aparente aumento da vantagem eleitoral de Trump, segundo alguns institutos de pesquisa, e com o recuo de doadores do partido resistentes à candidatura de Biden.

    Ainda segundo o jornal, assessores do presidente ficaram bravos com a atitude de Obama, visto como uma figura que poderia ter endossado a candidatura de Biden diante do partido.

    De acordo com o New York Times, pessoas próximas a Biden afirmam que ele está na política há tempo suficiente para presumir que os vazamentos de conversas privadas aconteceram para aumentar a pressão sobre seu afastamento. Ele considera Pelosi a principal instigadora, segundo o jornal americano, mas também estaria irritado com Obama, visto como “um mestre de marionetes nos bastidores” por Biden.

    Segundo o Washington Post, Biden também se ressentiu por Obama não ter impedido o ator George Clooney, amigo pessoal do ex-presidente, de publicar um artigo de opinião no New York Times em que pedia para o atual presidente desistir da corrida pela Casa Branca.

    O pano de fundo dessa rusga é a eleição de 2016, quando Trump chegou ao poder após contrariar pesquisas de opinião e derrotar a então candidata democrata, Hillary Clinton.

    Na ocasião, Biden sofreu pressão de democratas e de assessores de Obama para não concorrer à nomeação, de acordo com a imprensa americana. Ao ver que o Partido Democrata não havia conseguido derrotar Trump, o atual presidente ficou enfurecido com aqueles que o desestimularam a concorrer e imaginou que poderia ter vencido o republicano, segundo o Axios.

    O site de notícias afirma que sofrer novamente esse tipo de pressão em uma nova corrida contra Trump teve um efeito reverso desta vez —a memória do que ocorreu em 2016 fez Biden em insistir na corrida.

    Na semana retrasada, por exemplo, o ex-deputado Charles Joseph Scarborough, que é próximo de Biden, disse no programa que apresenta na emissora MSNBC, que o presidente “está profundamente ressentido com o tratamento que recebeu não apenas da equipe de Obama, mas também pela maneira como foi deixado de lado por Hillary Clinton”.

    De acordo com o Axios, assessores de Obama costumam argumentar que o ex-presidente o aconselhou, mas não tentou o afastar da corrida em 2016.

  • Eleição na Venezuela: Lula irá aplaudir banho de sangue prometido por Maduro, diz Mourão

    Eleição na Venezuela: Lula irá aplaudir banho de sangue prometido por Maduro, diz Mourão

    O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou, no sábado (20), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá aplaudir o banho de sangue prometido pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nas eleições do país. “Se existe uma ditadura em algum lugar, pode ter certeza de que Lula estará apoiando.

    Com certeza irá aplaudir o banho de sangue prometido pelo tirano Maduro”, disse Mourão no X, antigo Twitter. Se existe uma ditadura em algum lugar, pode ter certeza de que Lula estará apoiando. Com certeza irá aplaudir o banho de sangue prometido pelo tirano Maduro.

    Em 18 de julho, Maduro declarou que o país cairá num “banho de sangue fratricida” caso seu partido não ganhe a disputa marcada para o próximo domingo (28). Nesta segunda-feira (22), Lula disse que ficou assustado com a declaração do venezuelano e que ele deve respeitar o processo democrático e o resultado do pleito para o país voltar à normalidade. “Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, afirmou Lula.

    O chefe do Executivo brasileiro informou que mandará seu assessor de política externa, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, para acompanhar a eleição venezuelana, e que a Justiça Eleitoral brasileira também mandará observadores. Lula ainda disse que conversará para que o Legislativo também mande observadores à Venezuela. “Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo… Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático”, prosseguiu Lula.

    *Com informações da Reuters

  • Governo estima déficit fiscal de R$32,6 bi em 2024 e confirma contenção de R$15 bi de ministérios

    Governo estima déficit fiscal de R$32,6 bi em 2024 e confirma contenção de R$15 bi de ministérios

    Os ministérios do Planejamento e da Fazenda projetaram nesta segunda-feira que o governo central fechará 2024 com déficit primário de 32,6 bilhões de reais, equivalente a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB), confirmando a necessidade de uma contenção de 15 bilhões de reais em verbas de ministérios.

    A estimativa apresentada no relatório bimestral de receitas e despesas é pior do que a última projeção oficial do governo, feita em maio, que apontava para um déficit de 14,5 bilhões de reais sem a necessidade de travar despesas.

    Reuters

  • Lula ficou ‘assustado’ com declarações de Maduro sobre eleições na Venezuela

    Lula ficou ‘assustado’ com declarações de Maduro sobre eleições na Venezuela

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta segunda-feira (22), que ficou “assustado” com as advertências do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que afirmou que uma vitória da oposição nas eleições do próximo domingo (28) resultaria em um “banho de sangue”.

    “Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue”, afirmou o presidente sobre o seu aliado.

    Lula ficou 'assustado' com declarações de Maduro sobre eleições na Venezuela
    Lula ficou ‘assustado’ com declarações de Maduro sobre eleições na Venezuela © Jose OSORIO

    “O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora. Vai embora e se prepara para disputar outra eleição”, declarou Lula durante coletiva de imprensa com agências internacionais em Brasília.

    “Então eu estou torcendo [para] que aconteça isso pelo bem da Venezuela e pelo bem da América do Sul”, acrescentou.

    O país caribenho realizará no próximo domingo eleições presidenciais que representam o maior desafio para o chavismo em seus 25 anos no poder, com uma oposição que pela primeira vez aparece como favorita.

    – Respeitar as eleições –

    O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o presidente argentino Javier Milei se cumprimentam durante a CPAC Brasil em Balneário Camboriú, Santa Catarina, em 7 de julho de 2024
    O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o presidente argentino Javier Milei se cumprimentam durante a CPAC Brasil em Balneário Camboriú, Santa Catarina, em 7 de julho de 2024 © EVARISTO SA

    Maduro, de 61 anos, presidente desde 2013 e aspirante a um terceiro mandato de seis anos, apresentou essa votação como uma escolha entre “paz e guerra”, e disse que uma vitória da oposição levaria a um “banho de sangue”.

    “Já falei com o Maduro duas vezes, […] e o Maduro sabe que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo mundo”, afirmou Lula.

    “Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela, estabelecer um estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático”, defendeu o presidente.

    Lula subiu o tom recentemente ao criticar uma série de obstáculos à oposição por parte da autoridade eleitoral venezuelana, de viés governista, e pedir uma maior observação internacional, depois que a União Europeia (UE) foi impedida de acompanhar as eleições.

    O presidente confirmou nesta segunda que o governo brasileiro enviará dois representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seu assessor de assuntos internacionais, Celso Amorim, para observar o processo no país vizinho.

    Lula também pediu a suspensão das sanções internacionais que pesam sobre a Venezuela.

    No início de julho, disse esperar que os resultados do próximo domingo sejam reconhecidos por todos e que isso permita o rápido retorno de Caracas ao Mercosul, do qual foi suspensa em 2017.

    – Eleição “civilizada” nos EUA –

    Após a desistência do presidente americano, Joe Biden, de sua candidatura à reeleição, Lula afirmou esperar que as eleições nos Estados Unidos ocorram da “forma mais civilizada possível”.

    “Seja um candidato democrata, seja o Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes […] Espero que a disputa se dê da forma mais civilizada possível, espero que não tenha baixo nível, espero que não tenha nada que possa colocar o símbolo da democracia em risco”, disse o petista.

    As dúvidas sobre a saúde de Biden, de 81 anos, e sua capacidade de derrotar novamente o ex-presidente republicano Donald Trump nas urnas fizeram-no jogar a toalha a pouco mais de três meses do pleito.

    A favorita para ocupar o lugar de Biden como candidata do Partido Democrata é a vice-presidente Kamala Harris.

    – Relação turbulenta com Milei –

    Lula também indicou que espera ter uma relação “civilizada” com a Argentina.

    O presidente ultraliberal Javier Milei recentemente chamou Lula de “esquerdista” com o “ego inflamado” e se recusou a se desculpar por declarações anteriores a sua posse, ocasião em que classificou o brasileiro como “canhoto selvagem”, “comunista” e “corrupto”.

    “Não é uma relação pessoal, não é uma questão de amigo, amizade, não existe isso entre dois chefes de Estado”, disse Lula nesta segunda.

    “É isso que eu espero da Argentina, uma relação civilizada, uma relação crescente, e obviamente que vai depender muito do comportamento do governo da Argentina com relação ao Brasil”, acrescentou.

    O Brasil também acompanha de perto a situação na Bolívia, marcada por uma tentativa de golpe de Estado em junho.

    Lula planeja convidar o ex-presidente boliviano Evo Morales (2006-2019) para discutir em Brasília a situação de seu país, segundo fontes do Palácio do Planalto, que não deram mais detalhes.

    O golpe fracassado aprofundou ainda mais a divisão no seio da esquerda boliviana entre Morales e o presidente Luis Arce, seu ex-aliado.

    AFP

  • Eleições: prazo para transferência temporária já começou

    Eleições: prazo para transferência temporária já começou

    O prazo para os eleitores alterarem temporariamente o local de votação para as eleições municipais começou nesta segunda-feira (22). A solicitação deve ser feita junto à Justiça Eleitoral.

    A medida de transferência temporária vale apenas para mudanças de seções do mesmo município que o eleitor esteja inscrito para votar. Ademais, o prazo para solicitação de transferência se encerra no dia 22 de agosto. O primeiro turno das eleições acontece no dia 6 de outubro.

    Dessa forma, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determina que a transferência temporária só pode ser requisitada pelo eleitorado em situação regular no cadastro eleitoral. A medida é tomada a fim de “permitir que pessoas, em razão do trabalho, de dificuldades de locomoção ou por estarem privadas provisoriamente de liberdade, possam votar em seções eleitorais diferentes das que estão registradas”.

    Entre os eleitores que podem pedir a transferência temporária estão presos provisórios e adolescentes em unidades de internação; militares, agentes de segurança pública e guardas municipais em serviço; pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida; indígenas, quilombolas, integrantes de comunidade tradicional ou residentes em assentamento rural; juízes (e auxiliares), servidores da Justiça Eleitoral e promotores eleitorais.

    Com informações da Agência Brasil

  • Diretora do Serviço Secreto dos EUA admite falha em ataque a tiros contra Trump

    Diretora do Serviço Secreto dos EUA admite falha em ataque a tiros contra Trump

    A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, admitiu ao Congresso nesta segunda-feira (22) que ela e sua agência falharam quando um atirador feriu o candidato presidencial republicano Donald Trump em um comício de campanha em 13 de julho na Pensilvânia.

    “Nós falhamos. Como diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, assumo total responsabilidade por qualquer falha de segurança”, disse Cheatle, que enfrenta pedidos republicanos para ser removida, em depoimento perante o Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados.

    “A tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho é a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”, declarou Cheatle.

    Diante das alegações dos republicanos de que o Serviço Secreto negou recursos para proteger Trump, ela disse que a segurança do ex-presidente aumentou antes do ataque.

    “O nível de segurança fornecido ao ex-presidente aumentou bem antes da campanha e tem aumentado constantemente à medida que as ameaças evoluem”, afirmou Cheatle. “Nossa missão não é política. É literalmente uma questão de vida ou morte.”

    A audiência de segunda-feira (22) marcou a primeira rodada de supervisão do Congresso sobre a tentativa de assassinato. Na quarta-feira (24), o diretor do FBI, Christopher Wray, comparecerá perante o Comitê Judiciário da Câmara. E o presidente da Câmara, Mike Johnson, também deve revelar uma força-tarefa bipartidária para atuar como ponto de ligação para as investigações da Câmara.

    Cheatle tem resistido aos pedidos de demissão dos principais republicanos, incluindo Johnson e o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell.

    O ataque a tiros em um comício de campanha ao ar livre em Butler, Pensilvânia, feriu Trump na orelha, matou um participante do comício e feriu outro. O suspeito do tiroteio, Thomas Crooks, de 20 anos, foi morto pela polícia. Não está claro qual foi o motivo do tiroteio.

    O incidente irritou parlamentares, que dizem que o suspeito conseguiu chegar ao alcance de Trump no telhado de um prédio próximo devido a falhas de segurança na agência de Cheatle, que é encarregada de proteger presidentes e ex-presidentes.

    CNN

  • Kamala Harris diz que legado de Joe Biden é “incomparável”

    Kamala Harris diz que legado de Joe Biden é “incomparável”

    A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez nesta segunda-feira (22) o primeiro discurso após Joe Biden desistir da candidatura à reeleição. A fala aconteceu em Washington, DC.

    Harris pontuou em uma fala breve que o legado de realizações de Biden como presidente é “incomparável na história moderna”, e ressaltou sua “honestidade, integridade, compromisso com sua fé e sua família e grande coração”.

    “Em um mandato, ele já superou o legado da maioria dos presidentes que serviram por dois mandatos”, comentou.

    Harris disse ainda ser testemunha de que Biden luta todos os dias pelo povo dos Estados Unidos, citando o “amor profundo” que ele tem pelo país.

    Entretanto, ela não abordou a eleição presidencial de 2024.

    Kamala Harris é o principal nome para assumir a candidatura à Casa Branca pelo Partido Democrata, tendo recebido apoio de Joe Biden.

    A vice-presidente afirmou no domingo (21) que conquistará a indicação do partido e agradeceu ao presidente.

    “Biden gostaria de estar aqui hoje”

    No início do discurso, Kamala Harris afirmou que Joe Biden “gostaria de estar aqui hoje”. O presidente dos EUA se recupera após contrair Covid-19.

    “Ele está se sentindo muito melhor e se recuperando rápido, e está ansioso para voltar ‘à estrada’”, comentou.

    Em entrevista na semana passada, Biden disse que apenas um problema de saúde o faria repensar a candidatura à reeleição.

    Entretanto, uma fonte da Casa Branca ressaltou à CNN que a decisão do democrata não teve relação com questões médicas.

    Harris irá para Delaware

    Kamala Harris irá para Wilmington, no estado de Delaware, no final da tarde de hoje, no horário local, para se reunir com a equipe de campanha.

    “É o primeiro dia completo de nossa campanha, então estou indo para Wilmington, DE, mais tarde para dizer ‘olá’ à nossa equipe no QG. Um dia concluído. Faltam 105. Juntos, vamos vencer isso”, escreveu a vice-presidente no X.

    CNN

  • Biden é primeiro presidente dos EUA a desistir de reeleição em mais de 5 décadas

    Biden é primeiro presidente dos EUA a desistir de reeleição em mais de 5 décadas

    A desistência do presidente Joe Biden da corrida presidencial ocorre após semanas de preocupação sobre a resistência e as capacidades mentais do presidente de 81 anos.

  • Plenário aprova aumento de prazo para renegociação de dívidas com a Fazenda Estadual

    Plenário aprova aumento de prazo para renegociação de dívidas com a Fazenda Estadual

    A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) se reuniu nesta segunda-feira, 22, em convocação extraordinária, para avalizar, em primeira e em segunda fase, a prorrogação do prazo para aderir ao Programa Negocie Já. O projeto de lei nº 15817/24, enviado pela Governadoria, busca permitir que mais cidadãos e empresas possam quitar seus débitos com a Fazenda Estadual.

    No total, foram realizadas três sessões plenárias. A primeira não contou com votação de matérias e foi encerrada logo após a leitura de projetos para uma reunião da Comissão Mista. Após o encontro, os deputados voltaram ao Plenário Iris Rezende para aprovar o referido texto em primeira e, após quebra de interstício e convocação de mais uma sessão, em última etapa.

    O Programa Negocie Já, criado pelas Leis Estaduais nº 22.571/24 e 22.572/24, traz medidas que facilitam a negociação de débitos relacionados ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD) e Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

    A matéria aprovada hoje pleiteia estender por mais 90 dias o prazo para adesão à iniciativa. Com isso, a data limite passaria de 29 de julho de 2024 para o dia 27 de outubro de 2024.

    Segundo o Executivo, a alteração se justifica devido ao convênio de ICMS nº 29/24, que autoriza o Estado de Goiás a não exigir crédito tributário relativo ao ICMS decorrente da fruição de incentivos e benefícios fiscais ou financeiro-fiscais sem o cumprimento de condicionantes previstas na legislação. Entre as condições, prevê-se estar em dia com o pagamento do ICMS relativo às obrigações tributárias vencidas e não possuir créditos tributários inscritos em dívida ativa.

    O referido convênio ainda não foi integrado à legislação e, com isso, torna-se razoável estender o Programa Negocie Já para que mais empresas possam, com ele, quitar seus débitos para ter acesso, futuramente, aos benefícios do programa de convalidação que será estabelecido.

    “Assim, o contribuinte que utilizou benefícios fiscais, mas não cumpriu as condicionantes previstas na legislação, além de se valer da lei da convalidação, também poderá usufruir da redução das multas, inclusive as de caráter moratório, da redução dos juros de mora e do pagamento parcelado do crédito tributário”, destaca o texto. Com a diminuição de inadimplentes, aumenta-se, também, a entrada de recursos em cofres públicos.

    Durante uma das sessões, o presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), pediu apoio dos colegas para a aprovação do projeto. “A renegociação foi idealizada por nós com projetos enviados pela Governadoria. São medidas que vão ao encontro dos pedidos de empresários de todo o Estado e é importante ampliar o programa para dar a oportunidade para mais pessoas”, explicou. Com o aval definitivo do Parlamento goiano, a propositura depende agora apenas da sanção pelo governador Ronaldo Caiado (UB) para se tornar lei.

    Após a aprovação da matéria, o líder do Governo na Casa, Talles Barreto (UB) disse que a apreciação dos outros processos da Governadoria, que começaram a tramitar hoje, será retomada quando os deputados retornarem do recesso. Antes de finalizar a sessão, o presidente Bruno Peixoto convocou outra, solene, para o próximo dia 29. As plenárias e comissões temáticas serão retomadas na manhã do dia 1º de agosto, quinta-feira.

    Agência Assembleia de Notícias