Categoria: Política

  • Ciro Gomes faz alianças com bolsonaristas e aumenta o tom contra o PT

    Ciro Gomes faz alianças com bolsonaristas e aumenta o tom contra o PT

    Ciro Gomes mostrou suas alianças com bolsonaristas neste fim de semana e também aumentou o tom contra o PT.

    O ex-governador do Ceará apareceu em uma das convenções da direita ao lado do pré-candidato à prefeitura de Crato (CE) Dr. Aloísio (União Brasil).

    Nas redes sociais de Aloísio, Ciro afirma que o Ceará tem uma ditadura em construção.

    “O Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção, pelo mandonismo. Há uma ditadura tentando ser construída, tirando inclusive do povo o direito de escolher suas alternativas.

    A violência política acontece em Juazeiro, a violência política já matou gente em Crato, a violência política tirou candidatos que podiam ser candidatos e não podem mais ser.

    Tudo armado para que o novo ditador do Ceará não tenha sequer contrastes. Eu sei que o Cariri vai se levantar e mais uma vez vai salvar o Ceará.”

    Sem citar nomes, Ciro fala em ‘nova ditadura’ e ‘ditador’ no Ceará. Atualmente, o Partido dos Trabalhadores está no poder do estado com Elmano de Feitas. Vale lembrar que, em 2022, PDT e PT romperam uma aliança de 15 anos no Ceará.

    Ciro, recentemente, também tem feito críticas ao ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e o chama de traidor.

    Juazeiro do Norte

    Em Juazeiro do Norte (CE), Ciro deu mais uma mostra de sua aliança com a direita. Desta vez, ele entrou em um evento com Carmelo Neto, presidente do PL no Ceará.

    No local ocorreu a convenção dos partidos Podemos, Progressistas, União Brasil, PDT, PL, Novo, PSDB, Cidadania e DC.

    Em trechos divulgados nas redes sociais, Ciro exaltou o que fez pelo estado.

    Em Juazeiro do Norte, o ex-governador do Ceará vai apoiar Glêdson Bezerra (Podemos).

  • Cúpula da Câmara quer discutir nova reforma da Previdência em 2025

    Cúpula da Câmara quer discutir nova reforma da Previdência em 2025

    Integrantes da cúpula da Câmara dos Deputados avaliam que é preciso que a Casa inicie o debate acerca de uma nova reforma da Previdência em 2025. Segundo três líderes ouvidos pela reportagem, o cenário econômico aponta para a necessidade de a Câmara se debruçar sobre o tema.

    Ainda não há uma proposta específica em análise nem conversas mais aprofundadas sobre o foco da discussão, mas a avaliação é de que o debate se tornou inevitável. O tema também tem sido citado por senadores.

    Como a Folha de S.Paulo mostrou, a Previdência Social terá um aumento de ao menos R$ 100 bilhões em suas despesas nos próximos quatro anos devido à política de valorização do salário mínimo instituída pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A proposta, aprovada pelo Congresso, define uma fórmula permanente de correção anual do salário mínimo, ao prever reajuste pela inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 12 meses até novembro do ano anterior, mais a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

    A contenção do crescimento das despesas da Previdência é apontada como necessária para garantir a sobrevivência do novo arcabouço fiscal no médio e longo prazos. A ministra Simone Tebet (Planejamento) já defendeu a desvinculação dos benefícios previdenciários da correção do salário mínimo, gerando críticas entre integrantes do PT. Há também uma resistência do próprio Lula sobre mudanças nessa direção.

    Líderes da Câmara avaliam que, apesar disso, é preciso iniciar o debate. Especialistas também dão como certa a necessidade de uma nova reforma nas regras das aposentadorias e pensões.

    Segundo parlamentares, não há mais tempo hábil para iniciar os debates neste ano, diante das eleições municipais, das negociações em torno da eleição da Mesa Diretora da Casa e das votações da regulamentação da reforma tributária. Dessa forma, a tarefa fica para o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa.

    Há uma avaliação ainda, de que é preciso ver qual a correlação de forças sairá das urnas nas eleições municipais para entender se é possível um tema como esses prosperar no Legislativo no próximo ano. Lira já sinalizou a interlocutores em conversas reservadas que acha importante esse tema voltar ao radar das discussões dos deputados.

    Para um cacique partidário ouvido pela reportagem, em todo início de mandato o presidente da Câmara deve “mostrar serviço” e, por isso, esse tema deverá ser discutido. No entanto, nenhum pré-candidato sinalizou publicamente que defenderá o andamento dessa pauta.

    Um membro do centrão diz que esse é um assunto que tem sido tema de conversas laterais, mas que há um entendimento entre parlamentares de que a reforma aprovada em 2019 não deu conta de solucionar a situação das contas da Previdência.

    Um obstáculo agora, no entanto, seria a dificuldade de reformas estruturantes tramitarem já na metade de um governo, quando políticos passam a ficar voltados apenas para as eleições gerais.

    Além disso, a matéria é considerada polêmica e impopular. Esse representante do centrão diz, no entanto, avaliar ser possível afunilar o escopo de uma eventual nova proposta para evitar maiores desgastes com quem já tem o direito adquirido.

    A necessidade de uma nova reforma tem apoio de outros setores, a exemplo do TCU (Tribunal de Contas da União). Em entrevista à Folha de S.Paulo, em maio, o presidente do tribunal, ministro Bruno Dantas, afirmou não ter dúvidas de que o país precisará de novas mudanças nas regras da Previdência.

    Ele citou o sistema dos militares como ponto de partida do debate. As regras de proteção social dos militares têm o maior déficit por beneficiário entre os três regimes mantidos pela União, com um valor de R$ 159 mil per capita. No INSS, esse déficit é de R$ 9,4 mil por beneficiário, e no regime próprio de servidores civis, de R$ 69 mil.

    O tema dos militares é tratado com cautela nos bastidores diante de reações da cúpula das Forças Armadas, mas encontra defensores no Palácio do Planalto e na área econômica. A razão é que a lei aprovada em 2019, que reestruturou a carreira dos militares, após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência, não é considerada uma reforma para valer.

    Além disso, a revisão da aposentadoria rural e a equiparação da idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres são pontos levantados por defensores de mudanças.

    A última reforma previdenciária foi promulgada em 2019 pelo Congresso Nacional, no governo Jair Bolsonaro (PL), mas começou a ser discutida na gestão Michel Temer (MDB). A reforma não avançou sob Temer após a delação da JBS que levou o governo do emedebista para uma grave crise política.

    A gestão Bolsonaro conseguiu concluir a tramitação de uma ampla proposta após pouco mais de oito meses, ficando atrás apenas de Lula, que, em 2003, aprovou em pouco mais de sete meses e meio uma reforma.

    Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também fez uma reformulação ampla, mas levou mais de três anos e oito meses e foi derrotado na tentativa de estabelecer uma idade mínima para aposentadorias —o que foi alcançado sob o governo Bolsonaro.

    FolhaPress

  • Venezuela: a sete dias da eleição, pesquisas divergem sobre resultado

    Venezuela: a sete dias da eleição, pesquisas divergem sobre resultado

    As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial marcado para o próximo domingo (28). Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.

    Institutos de pesquisa como Datincorp, Delphos e Meganálisis, entre outros, dão vitória ao opositor Edmundo, da Mesa da Unidade Democrática (MUD), apoiado pela política María Corina Machado. Ela era apontada como favorita da oposição ao vencer as primárias, mas teve a candidatura vetada por condenações judiciais.

    Já pesquisas do Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), do Hinterlaces e do Internacional Consulting Services (ICS), entre outros estudos, indicam que Nicolás Maduro deve se reeleger para um terceiro mandato, segundo informa a Telesur, veículo estatal do país.

    O sociólogo, economista político e analista venezuelano Luis Salas ressaltou à Agência Brasil que as pesquisas eleitorais na Venezuela historicamente favorecem o voto opositor.

    “Historicamente, desde que o chavismo chegou ao poder, as pesquisas sempre sobrevalorizaram o voto opositor. Desde que Chávez foi presidente, e depois Maduro, os principais institutos de pesquisa erram e favoreceram o voto da oposição”, afirmou o analista.

    A especialista Carmen Beatriz Fernández, diretora da DataStrategia, empresa que trabalha com medição de opinião pública para conduzir campanhas políticas, alertou para os problemas da medição de votos na Venezuela.

    “Por que falham as pesquisas eleitorais? Basicamente por três razões: por causa da volatilidade do eleitorado; por falhas metodológicas e porque não são pesquisas, se não pseudopesquisas feitas para desinformar e serem usadas como propaganda”, destacou em uma rede social.

    O venezuelano Francisco Rodriguez, professor da Universidade de Denver, nos Estados Unidos, reforçou a pouca confiança nas pesquisas do país. Segundo ele, desde 2017, sete institutos de pesquisas vêm sobrevalorizando o voto opositor.

    “Esses mesmos inquéritos sobrevalorizaram o voto da oposição, em média, nos últimos 10 anos, em 27,8%. Se corrigirmos esse viés, teríamos um virtual empate técnico [entre Maduro e Edmundo González]”, afirmou, em uma rede social, o estudioso da realidade venezuelana.

    Dona da maior reserva comprovada de petróleo do planeta, a Venezuela vai às urnas no próximo domingo, quando cerca de 21 milhões de pessoas devem eleger o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O presidente Nicolas Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.

    Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição topou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vêm boicotando as eleições nacionais.

    A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.

    O país vizinho também passou por uma grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB, o que resultou em uma migração de mais de 7 milhões de pessoas.

    Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi derrotada e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.

    Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recursas em assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.

    Notícias ao Minuto

  • Limite de gastos de campanha para prefeito em Goiânia é de R$ 8 Mi no primeiro turno

    Limite de gastos de campanha para prefeito em Goiânia é de R$ 8 Mi no primeiro turno

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou na quinta-feira, 18, os limites de gastos para as campanhas de prefeito e vereador nas eleições municipais de 2024.

    De acordo com os dados divulgados para a campanha de prefeito deste ano na capital goiana, o valor para o primeiro turno das eleições é de R$ 8.408.489,11 e para o segundo turno esse valor será de R$ 3.363.395,65.

    Quando falamos sobre as eleições para vereador na capital, o teto de gasto para a campanha das coligações e federações partidárias chega a R$ 768.857, 54.

    O contador público e eleitoral, Mariel Rodrigues, os candidatos aos cargos devem ter uma equipe composta por especialistas em contabilidade eleitoral e direito para não serem prejudicados ao prestarem contas sobre os gastos de campanha.

    “Os candidatos que desrespeitarem os limites de gastos fixados pela Corte Eleitoral para as campanhas serão penalizados com multa equivalente a 100% da quantia que ultrapassar o teto definido, e ainda podem ser enquadrados no crime de abuso de poder econômico”, completa o especialista.

    DM

  • Brasil terá 155 milhões de eleitores nas eleições municipais deste ano

    Brasil terá 155 milhões de eleitores nas eleições municipais deste ano

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, o eleitorado apto a comparecer às urnas nas eleições municipais de outubro próximo. O Brasil terá 155,9 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

    Segundo o tribunal, o número representa aumento de 5,4% em relação às eleições de 2020. Em nota à imprensa, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, declarou que o aumento do eleitorado mostra que as eleições no Brasil são democráticas e auditáveis.
    “O elevado número de eleitoras e de eleitores confirma o que se tem demonstrado na história brasileira, especialmente desde a Constituição do Brasil de 1988 e nos últimos 28 anos em que se desenvolveu o sistema eletrônico de votação, que é o benefício de eleições democráticas livres, certas no tempo, auditáveis em seu processo, transparentes em sua realização, eficientes em seu resultado”, afirmou a ministra.
    O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro. O segundo turno poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno.
    O município de Borá, no estado de São Paulo, terá o menor número de eleitores em outubro: 1.094 pessoas estarão aptas a votar. A cidade de São Paulo apresentará o maior eleitorado: 9,3 milhões. O Rio de Janeiro somará 5 milhões de eleitores.
    Limite de gastos
    O TSE também divulgou nesta quinta-feira o limite de gastos de campanha para os cargos de prefeito e vereador. O limite foi definido por município e leva em conta o mínimo de R$ 100 mil para prefeito e R$ 10 mil para vereador.
    Em Borá, por exemplo, os candidatos que vão disputar a prefeitura poderão gastar R$ 159 mil. Para o cargo de vereador, os candidatos terão R$ 15,9 mil.
    Em São Paulo, os candidatos ao Executivo local podem gastar R$ 67,2 milhões no primeiro turno e R$ 26,9 milhões no segundo. Quem pretende disputar as cadeiras de vereador na capital paulista poderá gastar R$ 4,7 milhões.
    Os recursos serão oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), dinheiro público destinado para as campanhas eleitorais. No pleito deste ano, os partidos vão receber R$ 4,9 bilhões do fundo para financiar suas campanhas em todo o país. (Agência Brasil)
  • Kamala Harris pode ser anunciada como candidata à presidência dos EUA

    Kamala Harris pode ser anunciada como candidata à presidência dos EUA

    Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (EUA), vivencia uma situação bastante cautelosa que pode definir os rumos de sua carreira política e do futuro do país. Após testar positivo para Covid-19, há quem acredite que ele possa desistir da candidatura à reeleição pelo Partido Democrata. Nos bastidores da política, os principais líderes de seu partido, seus amigos e doadores acreditam que ele não pode vencer, além de que também não pode garantir maiorias no Congresso, podendo, então, ceder a vice, Kamala Harris, na disputa pela Casa Branca contra o ex-presidente Donald Trump, do Republicanos.

    O cenário mais provável é que Joe Biden desista e anuncie, então, a advogada. Todavia, a decisão dos delegados pode definir os próximos passos do partido. Além disto, seria difícil de um resultado de derrota numa possível candidatura dela, com o apoio dos Obamas e os Clintons.

    Recentemente, inclusive, Biden passou de afirmar que Kamala Harris não poderia vencer a eleição para questionar a viabilidade de sua vitória. A fala polêmica em seu discurso indica que ele está escutando as preocupações e conselhos de seu partido, apesar da situação de incerteza pelo futuro.

  • Argentina supera obstáculo-chave para fim de controles cambiais

    Argentina supera obstáculo-chave para fim de controles cambiais

    O banco central da Argentina recomprou a maioria das opções de venda sobre dívida pública detidas por entidades financeiras, um dos passos destacados pelo presidente Javier Milei para poder suspender os controles cambiais do país.

    Os bancos privados e outras instituições revenderam à autoridade monetária 13,2 trilhões de pesos (US$ 14,2 bilhões) em contratos em que o banco central se compromete a recomprar títulos em moeda local se eles caírem abaixo de um determinado preço. Isso representa mais da metade dos 20 trilhões de pesos das opções que estavam em circulação quando as negociações começaram há um mês.

    A redução do volume de opções detidas pelo setor financeiro diminui o risco de uma corrida súbita de resgates, que forçaria o banco central a emitir moeda, pressionando o câmbio e impulsionando mais ainda a inflação altíssima do país.

    “Esta operação contribui significativamente para reduzir a incerteza em relação ao programa monetário”, afirmou o banco central argentino em comunicado.

    Milei deixou claro nas últimas semanas que a eliminação dessas opções – um instrumento que herdou do governo anterior e que inicialmente expandiu – é um passo fundamental para o banco central poder dar fim aos controles cambiais que inibem o investimento estrangeiro. Ele ainda não especificou quando os controles serão retirados.

    Quando questionado este mês no X sobre o fim dos controles cambiais, Milei delineou três etapas, incluindo a eliminação das opções de venda sobre os títulos públicos. Ele também citou à limpeza da carteira de títulos do banco central e o alinhamento da inflação mensal com o ritmo de desvalorização progressiva do câmbio oficial, controlado pelo governo. Ele quer que as duas taxas estejam próximas de zero. Em junho, a inflação mensal acelerou para 4,7%.

    Bloomberg L.P.

  • Lula diz que vai discutir com a China o que Brasil ganharia com Nova Rota da Seda

    Lula diz que vai discutir com a China o que Brasil ganharia com Nova Rota da Seda

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que discutirá com a China sobre o que o Brasil ganharia em participar da Nova Rota da Seda, iniciativa de Pequim para interligar o país asiático a parceiros comerciais a partir de investimentos e projetos em infraestrutura.

    A fala de Lula, em evento de anúncio de investimentos em obras na Via Dutra e Rio-Santos, em São José dos Campos, ocorre dias depois de o presidente afirmar que participará da reunião deste ano da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru.

    Ele já havia indicado que a China pretende trazer seu projeto para a pauta do encontro e que o Brasil irá discutir o que interessa ao país.

    (Por Gabriel Araujo)

    Reuters

  • Trump promete acabar com guerras com ‘uma ligação’ e restaurar o poder americano

    Trump promete acabar com guerras com ‘uma ligação’ e restaurar o poder americano

    O candidato à presidência do Partido Republicano, Donald Trump, prometeu na quinta-feira (18) acabar com as crises internacionais e restaurar o prestígio americano no cenário mundial, ao declarar que poderia “parar as guerras com uma ligação telefônica”.

    O ex-presidente pintou um cenário terrível do mundo sob a presidência de Joe Biden, que o sucedeu no cargo, ao afirmar na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee que o planeta está “à beira da Terceira Guerra Mundial”.

    “Vamos restaurar a paz, a estabilidade e a harmonia em todo o mundo”, disse Trump, sem explicar como faria tudo isso.

    “Sob a nossa liderança, os Estados Unidos serão respeitados novamente. Nenhuma nação questionará o nosso poder, nenhum inimigo duvidará do nosso poder, as nossas fronteiras estarão totalmente seguras”, acrescentou.

    Trump culpou diretamente Biden pelos conflitos mundiais, incluindo aqueles que têm raízes muito anteriores ao governo do democrata.

    “Há uma crise internacional como a qual o mundo raramente viu… a guerra está devastando agora a Europa, o Oriente Médio, um espectro crescente de conflito paira sobre Taiwan, Coreia, as Filipinas e toda a Ásia”, disse.

    Ele prometeu mudar tudo se for eleito para um segundo mandato na Casa Branca. “Vou acabar com todas as crises internacionais que a atual administração criou, incluindo a horrível guerra com a Rússia e a Ucrânia”, disse Trump.

    Mas “para alcançar este futuro, primeiro devemos resgatar a nossa nação de uma liderança fracassada e, inclusive, incompetente”.

    Trump também disse que deseja a libertação dos americanos detidos no exterior.

    “Ao mundo inteiro, eu digo: queremos nossos reféns de volta e é melhor que eles voltem antes de eu assumir o cargo ou vocês pagarão um preço muito alto”, disse Trump.

    Ele prometeu construir uma versão do sistema de defesa antimísseis ‘Domo de Ferro’ para os Estados Unidos, sem considerar que o sistema foi projetado para ameaças de curto alcance. Em territórios como o dos Estados Unidos, as potenciais ameaças são os mísseis intercontinentais.

    O republicano sugeriu que Kim Jong Un – o ditador norte-coreano que conheceu pessoalmente durante a sua presidência e cujo país possui um arsenal nuclear – desejava seu retorno à Casa Branca.

    “Eu me dou bem com ele, ele também gostaria de me ver de volta. Acho que sente minha falta, se vocês querem saber”, disse Trump.

    AFP

  • Lula: Tarcísio tem liberdade de vir, espero que ele mostre que podemos governar juntos

    Lula: Tarcísio tem liberdade de vir, espero que ele mostre que podemos governar juntos

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma provocação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta sexta-feira. Lula disse esperar que o governador mostre para o povo que governa com todos depois de ser eleito.

    O presidente da República falou em São José dos Campos, em cerimônia de anúncio de obras na Via Dutra e Rio-Santos. Lula disse que sempre convida prefeitos e governadores quando visita os Estados, e citou nominalmente o convite a Tarcísio – que não compareceu.

    “O governador Tarcísio também foi convidado para vir aqui, ele é convidado em todas as vezes que venho a São Paulo. Ele tem liberdade de ir ou não ir. Eu espero que ele um dia decida começar a mostrar para o povo que a gente pode ser adversário, e a gente pode ter disputado eleições, mas quando termina a eleição nós temos de governar, e nós temos de governar junto com todo mundo”, disse o presidente da República.

    Tarcísio chegou a ter encontros públicos com Lula no começo do mandato, o que causou desconforto na base bolsonarista mais radical. O governador é um possível candidato a presidente em 2026, já que Jair Bolsonaro está inelegível.

    Estadão