Categoria: Política

  • Bilionários que estão doando milhões para Trump após sua condenação

    Bilionários que estão doando milhões para Trump após sua condenação

    Desde que Donald Trump foi condenado criminalmente, na semana passada, bilionários republicanos estão demonstrando seu apoio financeiro.

    Trump, o candidato republicano que tentará voltar à Casa Branca nas eleições de novembro, foi considerado culpado de falsificar registros comerciais para ocultar o pagamento à ex-atriz pornô Stormy Daniels.

    Embora tenha ficado atrás, na angariação de fundos, do presidente e candidato à reeleição Joe Biden e dos esforços dos democratas, a condenação deu novo fôlego à candidatura de Trump.

    Sua campanha anunciou que arrecadou quase US$ 53 milhões (cerca de R$ 278 milhões) em apenas 24 horas após o veredicto em Nova York.

    Uma análise dos dados da CBS, parceira da BBC nos EUA, concluiu que a angariação de fundos de Trump tende a receber impulsos nos momentos-chave das suas diversas batalhas jurídicas.

    Antes da condenação da semana passada, seus melhores dias para arrecadação de fundos tinham sido 4 de abril do ano passado — o dia em que foi acusado em Nova York — e 25 de agosto, quando uma foto dele tirada por autoridades policiais, a mugshot, foi divulgada.

    A BBC aguarda posicionamento das campanhas de Trump e Biden.

    Correio Braziliense

  • Hunter Biden, filho do presidente dos EUA condenado por porte ilegal de arma

    Hunter Biden, filho do presidente dos EUA condenado por porte ilegal de arma

    Na terça-feira, 11, Hunter Biden, filho do presidente dos Estados UnidosJoe Biden, foi considerado culpado em um julgamento por todas as três acusações relacionadas à compra e posse de arma.

    O veredito indica que o político e empresário infringiu leis federais que proíbem pessoas com dependência de drogas de possuírem armas de fogo. A sentença será determinada posteriormente pela juíza encarregada do caso e pode resultar em até 25 anos de prisão e multas de até US$ 750 mil.

    Hunter Biden é acusado de declarar falsamente, ao adquirir um revólver calibre 38 em 2018, que não estava usando drogas ilícitas.

    O julgamento ocorre durante a campanha de Joe Biden na busca pela reeleição e menos de duas semanas após a condenação por fraude contábil de Donald Trump, o provável candidato presidencial republicano em novembro.

    Quem é Hunter Biden?

    O advogado e lobista Robert Hunter Biden, de 54 anos, é o segundo filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele também é sócio da Rosemont Seneca Partners, uma empresa de consultoria internacional.

    Infância

    Hunter teve a infância marcada por uma tragédia ocorrida em 1972, quando ele sofreu um grave acidente de carro no qual morreram sua mãe e sua irmã mais nova. Ele e seu outro irmão, Beau, que faleceu em 2015 vítima de um câncer, foram os únicos sobreviventes.

    Anos depois, o filho de Joe Biden estudou História na Universidade de Georgetown, em Washington, e obteve um mestrado em Direito na prestigiada Universidade de Yale, em 1996. Durante a juventudade, ele também tentou criar uma carreira como artista. No entanto, teve uma vida conturbada pelo divórcio, adultério, casos de alcoolismo e dependência de crack e cocaína.

    Uso de drogas e álcool

    Em entrevista à revista The New Yorker, em 2019, Hunter admitiu ter consumido álcool e diferentes tipos de drogas durante décadas. Ele chegou a ser expulso da Marinha dos EUA após testar positivo para cocaína em um exame.

    A ex-esposa de Hunter, Kathleen, entrou com uma ação contra ele em 2017 e pediu à Justiça para congelar os bens do ex-marido alegando que ele “criou preocupações financeiras para família ao gastar de maneira extravagante em seus próprios interesses”, que seriam, segundo a mulher, drogas, álcool, prostitutas, clubes de striptease e presentes para mulheres com as quais teve relações sexuais. No entanto, Hunter negou as acusações.

    Em 2015, Kathleen, também mãe dos três filhos de Hunter, pediu divórcio após 24 anos de casamento com acusação de infidelidade.

    Pouco depois, o filho de Joe Biden começou a sair com Hallie, a viúva do irmão falecido no mesmo ano devido a um câncer cerebral. Na época, o romance recebeu “apoio” de Biden e sua atual mulher, Jill.

    Mas, Hunter e Hallie se separaram no início de 2019. Em maio, o filho do ex-vice-presidente se casou pela segunda vez com a diretora de cinema sul-africana Melissa Cohen.

    Negócios suspeitos

    Em 2020, o então presidente Donald Trump solicitou ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para investigar, com apoio das autoridades americanas, a atuação de Hunter Biden na Ucrânia.

    O filho de Joe Biden fez parte do conselho de administração da empresa de gás ucraniana Burisma por cinco anos, como parte de uma “junta internacional de alto perfil” montada por Mykola Zlochevsky, empresário e ex-ministro de Ecologia do país. Ele integrou o grupo em 2014, na época em que seu pai era vice-presidente do governo de Barack Obama.

    Apesar de o escândalo envolver as relações de Hunter com a Ucrânia, a vida profissional do filho de Biden foi impactada por outros escândalos. Quando estava no conselho do Programa Mundial de Alimentos dos EUA, Hunter sugeriu ao magnata chinês Ye Jiamming a utilização de “contatos” que ele possuía para identificar oportunidades de investimento.

    Na mesma noite, Ye enviou um diamante de 2,8 quilates, avaliado em cerca de US$ 80 mil, ao quarto de Hunter. O filho de Biden descartou que o presente fosse, na verdade, um suborno, mas evitou ficar com a pedra preciosa e a repassou para seus sócios.

    Fonte AFP

  • “Me recuso a falar com Lula”, diz presidente da CNA após MP para compensar desoneração

    “Me recuso a falar com Lula”, diz presidente da CNA após MP para compensar desoneração

    O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, disse que é hora de “dar um basta” ao governo e que se recusa a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a MP do PIS/Cofins.

    Em almoço na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne outras frentes parlamentares e empresários da indústria, Martins fez um dos discursos mais duros.

    Sentado na mesa principal do evento, o presidente da CNA chamou a atual gestão de “desgoverno” e contou ter sido convidado pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para uma conversa com Lula para negociar os termos da MP 1227/24.

  • Há certa ‘implicância’ sobre críticas à participação de ministros do STF em eventos, diz Barroso

    Há certa ‘implicância’ sobre críticas à participação de ministros do STF em eventos, diz Barroso

    O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que os ministros do STF não precisam ter a obrigação de divulgar suas agendas, destacando que o magistrado não pode viver “encastelado” e que há certa “implicância” sobre críticas à participação dos integrantes da Corte em eventos. “Não há uma exigência legal, nem regimental, de forma que é um critério de cada ministro”, destacou Barroso, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

    A agenda de ministros virou pauta após diversos magistrados participarem de eventos privados, sem divulgar suas agendas no site do STF. Entre outros eventos, o Estadão mostrou que uma empresa de tabaco com ações na Corte patrocinou um evento que reuniu ministros em Londres.

    Entre os dias 25 de maio e 3 de junho, o Supremo pagou R$ 39 mil em dinheiro público a um segurança que acompanhou a viagem à Inglaterra do ministro Dias Toffoli para a final da Champions League. Sobre isso, Barroso defendeu que os ministros tenham acesso à segurança, independente do evento em que participem, seja público ou privado, afirmando que “não há como regular a vida privada de ministros do STF” e que, “na medida em que haja percepção negativa da sociedade, tudo é passível de se conversar”. Ainda, o presidente do STF reforçou que o Supremo não paga passagem para nenhum ministro, salvo o presidente.

    Na entrevista, Barroso também foi questionado sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, defendida por por parlamentares sob o argumento de que o incremento de 5% nos salários de juízes e procuradores a cada cinco anos seria necessário para manter essas carreiras atrativas e não perder quadros para a iniciativa privada. Barroso mostrou posição na mesma linha.

    “Se você não consegue ser competitivo no mercado, você recruta os piores, e eu quero recrutar os melhores”, afirmou.

    O presidente do STF reconheceu, no entanto, que “existem abusos que precisam ser coibidos” nos benefícios para magistrados, que fazem com que os salários excedam o teto do funcionalismo. Os chamados penduricalhos “não são razoáveis”, segundo o ministro.

    Durante a entrevista, Barroso também afirmou que o Projeto de Lei que anula delações premiadas é uma questão política que deve ser deliberada pelo Congresso e que não cabe a ele interferir no debate. Barroso também acrescenta que a colaboração premiada “tem funcionado com adequações que Supremo impôs”.

    Barroso ainda desmentiu boatos de que já teria tomado a decisão de deixar a Corte após o fim do mandato de presidente, em 2025. “Não tenho nenhum projeto nem de sair no STF nem de ficar.”

    Ministro diz que tentará conciliar sobre marco temporal, mas pautará se for necessário

    Luís Roberto Barroso afirmou que não acredita que a Corte tenha dado “uma guinada” conservadora e reiterou que o STF defende as causas das minorias. Ele também reforçou que a proteção de mulheres, negros, indígenas e homossexuais sempre dependeu do Judiciário. “Há matérias que não podem depender do processo político majoritário”, disse o ministro, completando: “Como não há consenso no Congresso, você tem que depender de cortes constitucionais para avançar nesses direitos.”

    “Se for possível conciliar com uma tese razoável, que respeite os direitos dos indígenas sem afrontar a percepção de quem é contrário, e eu acho que existe, nós vamos tentar construir. E, se não existir, vou pautar para julgar”, afirmou o ministro.

    O ministro Gilmar Mendes, relator das ações que discutem a validade da lei do marco temporal, enviou o caso para conciliação e suspendeu o trâmite de todos os processos que tratam sobre o tema. Nesta segunda, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma manifestação ao STF em que defende que a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas é “inconciliável”. Por outro lado, a AGU reconheceu a importância de uma solução negociada para o caso, restrita a aspectos pontuais, como os efeitos patrimoniais.

    Decisões de Toffoli serão levadas a plenário ou Segunda Turma

    O presidente do STF também falou sobre as decisões do ministro Dias Toffoli que anularam atos processuais da operação Lava Jato. Ele afirmou que os casos serão levados ao plenário ou à Segunda Turma. Contudo, preferiu não dizer em qual colegiado le prefere que a questão seja discutida. Duas decisões de Toffoli já foram objeto de recurso da Procuradoria-Geral a República (PGR). Uma delas anulou todos os atos da Lava Jato que atingiram o empresário Marcelo Odebrecht. A outra suspendeu a multa de R$ 10,3 milhões do cordo de leniência da J&F.

    Ministro critica insegurança tributária no Brasil

    Barroso defendeu que a litigância tributária no Brasil é “superior a qualquer lugar do mundo”, mas que ainda sim existem inseguranças, inclusive insegurança jurídica em matéria trabalhista. “Existem áreas com insegurança jurídica, mas não é o padrão, em geral isso não acontece”, destacou.

    Barroso também definiu a mudança do entendimento em revisão da vida toda – alteração julgada pelo STF que invalidou a revisão nas aposentadorias – como um “acidente de composição”. O Supremo havia dado vitória aos aposentados em dezembro de 2022. Após a troca de dois ministros na composição da Corte, o Supremo voltou a analisar o tema em março deste ano e anulou a tese da revisão da vida toda, dando vitória à União.

    O ministro disse que “houve mudança de entendimento no tribunal, como acontece em qualquer tribunal” e que a diferença, neste caso, foi uma “mudança muito rápida e ainda no curso do julgamento”.

    ‘Não gosto da continuidade (de inquéritos no STF), mas é inevitável, é preciso punir’

    O presidente do STF afirmou que esperava que o inquérito das fake news pudesse acabar após as eleições [presidenciais de 2022], mas o episódio do 8/1, em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram órgãos em Brasília, atrapalhou o andamento do inquérito. “Eu não gosto da continuidade [de inquéritos no STF], mas é inevitável, é preciso punir”, afirmou. Ele acrescentou que a questão não é que o inquérito está “excessivamente prolongado”, mas que os fatos estão demorando a passar.

    Barroso também afirmou que não houve motivação política nas mudanças do foro privilegiado, mas sim uma decisão institucional. Em abril, o STF formou maioria e aprovou alterações na modalidade. Com a mudança, os políticos investigados por crimes que teriam sido cometidos durante seu mandato poderão manter o foro mesmo após terminarem seus mandatos. Um pedido de vista adiou o julgamento.

    Responsabilização das plataformas digitais será pautada ‘daqui a pouco’

    Na entrevista, Barroso afirmou que pautará, “daqui a pouco”, a ação sobre a responsabilidade das plataformas digitais.

    O presidente do STF afirmou que o ideal é que “o Congresso conseguisse legislar sobre isso, mas casos estão aparecendo e o Supremo precisa decidir o que pode e o que não pode, quando há ou não responsabilidade civil”. De acordo com o ministro, o que for decidido pela Corte valerá até o Congresso legislar. “Quando o Congresso deliberar, vai prevalecer a legislação.”

    Barroso também afirmou que possui boa relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Não peço favor, não faço favor”, afirmou. O presidente do STF também destacou que não criaria mandatos para ministros, mas que o debate deve ocorrer no Congresso.

  • Advogado tinha ligação com PCC, mas Adélio Bispo agiu sozinho em ataque a Bolsonaro, diz PF

    Advogado tinha ligação com PCC, mas Adélio Bispo agiu sozinho em ataque a Bolsonaro, diz PF

    A investigação da Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (11) que o advogado de Adélio Bispo tinha, de fato, vínculo com o PCC, maior facção do Brasil. Ele foi alvo de busca e apreensão hoje em uma última fase da operação.

    Adélio Bispo, no entanto, agiu sozinho na tentativa de homicídio do então candidato Jair Bolsonaro em setembro de 2018, em Minas Gerais, concluiu a PF.

    A informação foi divulgada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em encontro com jornalistas em Brasília nesta manhã.

    “Recebemos uma denúncia se houve ligação da facção com o advogado e o crime, e fomos investigar. A conclusão foi que não há relação”, declarou o diretor.

    “Comprovamos, sim, a vinculação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje esse relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento”, afirmou o diretor-geral da PF.

    CNN divulgou em abril do ano passado que a defesa de Bispo era investigada. O advogado, inclusive, chegou a ser alvo de outro mandado de busca e apreensão. Agora, após análises e aprofundamento das investigações, a PF considera o caso encerrado.

    Na ação de hoje, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios mineiros de Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa.

    Também foram cumpridos mandados judiciais que determinavam a lacração e a suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais e a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas no montante de R$ 260 milhões.

    CNN

  • CNJ suspende por 60 dias juíza de Minas que postou críticas a Lula

    CNJ suspende por 60 dias juíza de Minas que postou críticas a Lula

    O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aplicou pena de disponibilidade, por 60 dias, à juíza Maria Youssef Murad Venturelli, do Tribunal de Justiça de Minas, por postagens de teor político-partidário feitas após os atos golpistas de 8 de janeiro. As publicações tinham críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma delas com o título: “revoltante, PT propõe projeto Zanin para garantir a impunidade no Brasil”.

    A magistrada também publicou um vídeo em que uma mulher diz que o Presidente da Islândia viajou até Londres para a coroação do Rei Charles em um voo comercial. Ao reportar o conteúdo, a juíza escreveu: “Lição não aprendida pelo nove dedos”.

    Todos os conselheiros votaram por julgar procedente o processo administrativo disciplinar sobre a magistrada, por falta funcional, em violação à lei orgânica da magistratura. O colegiado destacou que ‘demonstrar apreço ou desapreço a candidatos, lideranças políticas e partidos são condutas vedadas’ a juízes.

    No entanto, houve divergência sobre a pena que seria imposta à juíza.

    A relatora, conselheira Renata Gil, entendeu adequada a aplicação de advertência no caso. Ela considerou a ausência de registros desabonadores em desfavor da magistrada; sua idade (72 anos) e o fato de ela não ser juíza eleitoral; o fato de a falta ter sido pontual; e “o reconhecimento do caráter inadequado das postagens, apagando os posts compartilhados, além de informar que apagou suas redes sociais”.

    Acompanharam tal posicionamento os conselheiros Caputo Bastos e Alexandre Teixeira.

    Já corregedor nacional de Justiça ministro Luís Felipe Salomão divergiu e defendeu a aplicação de uma pena mais grave à magistrada. Ele evocou a jurisprudência do colegiado quanto no caso de um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, por postagem político-partidária nas redes sociais.CNJ suspende por 60 dias juíza de Minas que postou críticas a Lula - PE  Notícias

    Na avaliação de Salomão, a proposta de impor advertência, uma pena mais branda, à juíza, parece “destoar do entendimento do CNJ acerca da penalidade de ser aplicada”.

    “Em matéria disciplinar, para evitar subjetivismo e insegurança jurídica, a observância dos precedentes e de regras objetivas claras são imprescindíveis ao processo administrativo. Por isso, no caso vertente, não me parece possível nem razoável, com a devida vênia, criar qualquer exceção ou distinção aos precedentes anteriores”, anotou o ministro.

    Seguiram o corregedor o presidente do CNJ Luís Roberto Barroso e os conselheiros José Edivaldo Rocha Rotondano, Mônica Autran Machado Nobre, Daniela Pereira Madeira, Guilherme Feliciano, Pablo Coutinho Barreto, João Paulo Santos Schoucair, Dayane Nogueira de Lira e Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho.

    Defesa

    Ao se manifestar no processo, a magistrada reconheceu o compartilhamento das publicações assim como a “inadequação das postagens”. De outro lado, ela alegou que as publicações não caracterizam atividade político-partidária.

    A juíza também alegou “conduta de ínfima lesividade, o pouquíssimo domínio no manejo das redes sociais, a baixa expressão de seu perfil na rede social, restrita a poucas pessoas de seu relacionamento pessoal e profissional”.

    Segundo a magistrada, as postagens não tiveram repercussão e foram devidamente apagadas assim que ela tomou conhecimento da apuração no CNJ. A juíza sustentou ainda que as publicações foram realizadas após as eleições de 2022, sem qualquer ataque às instituições ou ao Estado Democrático de Direito.

    IstoÉ

  • Por que direita radical avançou tanto na eleição da União Europeia

    Por que direita radical avançou tanto na eleição da União Europeia

    Em cúpulas anteriores de líderes da União Europeia em Bruxelas, o presidente francês, Emmanuel Macron, foi muitas vezes acusado de tentar roubar a cena. E não há dúvida de que ele conseguiu fazer isso no domingo (9).

    Embora provavelmente não da maneira que gostaria.

    Enquanto os votos para o Parlamento Europeu ainda estavam sendo apurados, Macron dominava as manchetes dos jornais.

    Sua derrota nas urnas para os nacionalistas franceses de direita radical era esperada. Mas sua decisão de dissolver o Parlamento da França na sequência, foi um choque.

    Ele havia cogitado esta ideia no ano passado, após perder maioria no Parlamento nas últimas eleições gerais na França, mas poucos esperavam esta medida agora.

    É uma grande aposta. De uma posição de fraqueza.

    Emmanuel Macron se descreve como um centrista e um europeu apaixonado.

    As eleições gerais antecipadas vão ser realizadas em dois turnos — em 30 de junho e 7 de julho —, e podem fazer com que ele tenha de governar ao lado de um primeiro-ministro francês de direita radical eurocética.

    Marine Le Pen, regularmente retratada como sua inimiga política, declarou no domingo que seu partido estava pronto para governar.

    Já aconteceu na França de o presidente, que é o político mais poderoso do país, e o primeiro-ministro, serem de partidos diferentes.

    Mas se o novo primeiro-ministro for da ultradireita, será algo inédito para a França.

    Marine Le Pen tem trabalhado arduamente nos últimos anos para tentar aumentar o apelo do seu movimento político e suavizar a imagem radical.

    Ela e seus apoiadores esperam que este triunfo significativo na votação para o Parlamento Europeu — seu partido Rassemblement National (Reagrupamento Nacional) obteve mais do que o dobro do número de votos do partido Renaissance (Renascimento), do presidente Macron — se traduza em grandes vitórias nas eleições antecipadas dentro do país.

    O sonho dela seria que estas conquistas deixassem ela ou seu popular afiliado político prodígio, Jordan Bardella, de 28 anos, mais perto de se tornar presidente da França — algo que ela tentou (e não conseguiu alcançar) várias vezes. A próxima eleição presidencial na França está marcada para 2027.

    Na eleição para o Parlamento Europeu, a direita radical e a direita nacionalista avançou em muitas partes da União Europeia, à medida que os eleitores estão preocupados com a questão da migração, a inflação e o custo das reformas ambientais.

    Mas não está claro se vão realmente ser capazes de influenciar a futura política do bloco europeu.

    Cartazes oficiais da campanha dos dois candidatos às eleições presidenciais francesas em 2022 — Foto: Reuters
    Cartazes oficiais da campanha dos dois candidatos às eleições presidenciais francesas em 2022 — Foto: Reuters

    A maioria dos assentos no Parlamento Europeu — onde as leis do bloco são debatidas, modificadas, aprovadas ou rejeitadas — permanecem firmemente nas mãos dos partidos de centro.

    E isso é um desafio. Eles têm prioridades nacionais diferentes, e algumas diferenças profundas, como até que ponto apoiar a Ucrânia contra a Rússia.

    Uma questão que afeta a vida de todos os cidadãos da União Europeia, e que a direita radical já influenciou, é a reforma ambiental, com um custo estimado de trilhões de euros. Trata-se de uma prioridade para a União Europeia, que há muito tempo tem a ambição de querer ser líder mundial na ação climática.

    Mas os partidos verdes perderam 20 assentos na votação para o Parlamento Europeu.

    Diante da crise do custo de vida, os contribuintes da União Europeia estão cada vez mais nervosos e até mesmo resistentes às novas regras ambientais, que fazem pressão para adquirirem um novo sistema de aquecimento para suas casas ou um carro menos poluente.

    Agricultores de toda a União Europeia organizaram protestos em massa contra as regras ambientais que consideram injustas e desastrosas.

    A direita radical em toda a Europa usou claramente este descontentamento para se apresentar como a voz do povo, enfrentando as “elites no comando” em Bruxelas e no governo nacional.

    O resultado: sob pressão antes da votação para o Parlamento Europeu, uma série de regulamentações ambientais do bloco foram diluídas ou revogadas, incluindo uma relativa às regras sobre pesticidas. Este enfraquecimento dos objetivos ecológicos pode muito bem ser uma indicação do que está por vir.

    Uma reflexão final: ao tentar fazer previsões sólidas sobre o tipo de poder que a direita nacionalista vai exercer, ou não, na União Europeia no futuro, os rótulos muitas vezes não são muito úteis.

    Alguns nacionalistas de direita radical estão se tornando mais convencionais com o objetivo de atrair mais eleitores, enquanto um número cada vez maior de políticos de centro-direita tem adotado a linguagem da direita radical em questões polêmicas, como migração e meio ambiente, numa tentativa de manter seus apoiadores.

    No geral, o bloco de centro-direita conquistou o maior número de assentos, e obteve o maior número de conquistas no Parlamento Europeu.

    Você pode não ver esta manchete com tanta frequência nos jornais. É menos atraente do que um debate sobre os avanços da direita radical.

    BBC

  • Por que Macron dissolveu parlamento na França e convocou novas eleições

    Por que Macron dissolveu parlamento na França e convocou novas eleições

    O presidente francês Emmanuel Macron convocou neste domingo (9/6) eleições parlamentares antecipadas no final deste mês, após uma grande vitória do partido de sua rival, Marine Le Pen, na votação do Parlamento Europeu.

    O partido de direita radical de Le Pen, o RN, Rassemblement National (Reagrupamento Nacional), está a caminho de obter 32% dos votos, dizem as pesquisas, mais do dobro do partido do presidente, o Renascimento.

    Ao anunciar a dissolução do parlamento, Macron disse que a nova votação acontecerá em dois turnos, em 30 de junho (1º turno) e 7 de julho (2º turno), poucas semanas antes dos Jogos Olímpicos de Paris.

    Macron tomou a decisão dramática e surpreendente em um discurso televisionado no Palácio do Eliseu, uma hora depois de a votação ter sido encerrada e as pesquisas de boca de urna terem sido divulgadas nas eleições francesas para a União Europeia.

    A sua decisão veio pouco depois de o líder do RN, Jordan Bardella, de 28 anos, ter apelado abertamente ao presidente para convocar eleições parlamentares.

    “Ouvi a sua mensagem”, disse o presidente aos eleitores franceses, “e não a deixarei passar sem uma resposta”.

    “A França precisa de uma maioria clara em serenidade e harmonia”, disse ele, acrescentando que não pode se resignar ao progresso da extrema direita “em todo o continente”.

    Agora, apenas dois anos após o seu segundo mandato como presidente, Macron já não tem maioria no parlamento francês e, embora esse voto europeu, em teoria, não tenha qualquer influência na política nacional, ele decidiu claramente que a continuação do seu mandato sem uma nova consulta popular colocaria muita pressão no sistema.

    Le Pen, que foi derrotada duas vezes por Macron nas eleições presidenciais, reagiu imediatamente, dizendo que o seu partido estava “pronto para exercer o poder, pronto para pôr fim à imigração em massa”.

    Convocar eleições antecipadas é uma enorme surpresa para o país e um enorme risco para o presidente Macron.

    Ele poderia ter reagido de forma diferente. Poderia ter simplesmente continuado, explicando a vitória massiva da extrema direita como uma aberração europeia que seria corrigida em eleições mais importantes.

    Ele poderia ter confiado, acima de tudo, nas Olimpíadas de Paris, para manter as pessoas longe da política por alguns meses.

    Foi certamente nesse sentido que muitos acreditavam que ele reagiria à derrota do seu partido.

    Mas só podemos presumir que o presidente previu isso e planejou a sua resposta com antecedência.

    Marine Le Pen e Jordan Bardella já celebravam uma grande vitória antes do anúncio de Macron sobre as eleições
    Marine Le Pen e Jordan Bardella já celebravam uma grande vitória antes do anúncio de Macron sobre as eleições © EPA

    Certamente o resultado pode ser uma réplica quase exata das pesquisas, o que poderia fazer com que ele entendesse que poderia ter mais tempo para considerar outras opções.

    Mas o fato é que ele está em apuros.

    Sem maioria, aprovar qualquer projeto de lei na Assembleia Nacional é uma luta. Com a maior parte do país agora tão claramente contra ele, qualquer nova legislação – por exemplo o próximo orçamento – pode ser explosiva.

    Então ele optou pela “clareza”. Se o RN tiver a maioria dos votos, então, diz ele, eles deveriam ter a chance de governar o país.

    Obviamente, o presidente espera que o seu partido Renascimento consiga reagir nas eleições de 30 de Junho e 7 de Julho. Ou que outros partidos também se saiam melhor.

    Mas ele deve compreender que as probabilidades favorecem outra vitória para o RN. Talvez não tão arrebatadora como o resultado de domingo, mas o suficiente para se tornar o maior partido no parlamento.

    Nesse ponto poderemos muito bem ter uma primeira-ministra Marine Le Pen, ou mesmo Jordan Bardella.

    BBC

     

  • Cacai Toledo, acusado pela morte de empresário, é transferido de Brasília para presídio em Aparecida de Goiânia

    Cacai Toledo, acusado pela morte de empresário, é transferido de Brasília para presídio em Aparecida de Goiânia

    O ex-presidente do Democratas (DEM) de Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, foi transferido de Brasília para o presídio em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Cacai acusado pela morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante.

    De acordo com a Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP), Cacai vai ficar na unidade de segurança máxima localizada no Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel. À reportagem, o advogado do réu, Demóstenes Torres, explicou que a transferência ocorreu após um pedido da defesa.

    Prisão

    Cacai Toledo estava foragido desde o dia 16 de novembro de 2023 e foi preso pela morte do empresário em 3 de junho deste ano, em Samambaia, no Distrito Federal. Sobre a prisão, defesa de Cacai disse que estava em acordo com as autoridades para apresentar Cacai e a única exigência sempre foi de que a vida dele fosse protegida. Além disso, disse que Cacai teme “os verdadeiros mandantes do crime praticado contra Fábio Escobar” (veja a nota completa ao final da reportagem).

    Antes de ser preso, o réu foi monitorado por quase 20 dias, procurado em vários estados e até fora do país, como em São Paulo, Paraná, Paraguai e na Argentina, segundo informou a Polícia Civil.

    Os relatos da investigação apontam que o endereço onde o acusado foi preso foi entregue por meio de denúncia anônima. Segundo o delegado-geral da corporação, André Ganga, o dono da residência possuía um vínculo com a família de Cacai, como era conhecido.

    Crime contra Fábio Escobar

    A Polícia Civil (PC) concluiu que o empresário Fábio Escobar foi assassinado no dia 23 de junho de 2021 por vingança após ter denunciado desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 do ex-presidente do Democratas, Cacai Toledo.

    Escobar trabalhou com Cacai durante a campanha de 2018. No ano seguinte, passou a denunciá-lo na internet por supostos desvios de dinheiro. Em um dos vídeos, Escobar mostrava o momento em que devolvia R$ 150 mil, que ele dizia ter recebido de Cacai como suborno para que ele parasse com as denúncias. Para a investigação, essas desavenças motivaram o assassinato do empresário.

    O pai de Escobar disse em entrevista à TV Anhanguera que o filho tinha muitas informações sobre supostos desvios de dinheiro. José Escobar disse também que o filho chegou a ser ameaçado por uma pessoa ligada a Cacai.

    Segundo a polícia, Cacai, junto com Jorge Caiado, que tem prestígios na Secretaria de Segurança Pública (SSP), usou da proximidade com policiais militares para planejar e matar Escobar. Eles teriam aliciado agentes para executarem o assassinato e prometido promoções por “ato de bravura”.

    A polícia apurou que, dois dias antes do assassinato do empresário, o PM Welton da Silva habilitou uma nova linha em um celular furtado por policiais, se passou por um “Fernando” e, por mensagens, tentou fechar negócios com Escobar. A investigações concluíram que o policial matou o empresário.

    Além de Cacai Toledo, três policiais militares foram denunciados pelo MP pela morte de Fábio Escobar. Eles se tornaram réus pelo crime de homicídio qualificado. O g1 não localizou a defesa dos policiais Glauko Olívio de Oliveira, Thiago Marcelino Machado e Erick Pereira da Silva para um posicionamento sobre o caso.

    Nota da defesa de Cacai Toledo:

    “A defesa informa que estava em tratativas com as autoridades competentes para apresentar Carlos César Savastano de Toledo, cuja única exigência sempre foi de que sua vida seja protegida. Ele teme, com razão, os verdadeiros mandantes do crime praticado contra Fábio Escobar

    Agora, com o cumprimento do mandado de prisão, confia que sua integridade seja preservada pelas forças de segurança pública, Ministério Público e Poder Judiciário.”

    Fonte G1GO

  • Índice de governabilidade de Lula atinge pior patamar e é afetado por crise com Congresso

    Índice de governabilidade de Lula atinge pior patamar e é afetado por crise com Congresso

    A série de crises do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Congresso tiveram impacto no índice de governabilidade (I-Gov) do petista e colocam sua gestão em situação “de risco”. A conclusão está expressa em estudo elaborado pela empresa de inteligência de dados 4Intelligence com exclusividade para o Estadão/Broadcast. Segundo levantamento da empresa, o I-Gov de Lula registrou a taxa mais baixa em maio, atingindo 40,4%. É o pior patamar no terceiro mandato do presidente.

    O índice de governabilidade é resultado de levantamento para medir as condições do governo de por em prática suas prioridades e emplacar sua agenda em relação aos demais poderes e ainda sua repercussão na opinião pública. Segundo o estudo, a queda está “fortemente impactada pela relação com o Poder Legislativo”. A empresa de inteligência analisa três fatores para montar o índice: se o governo consegue aprovar MPs no Congresso; se sofre derrotas em julgamentos no Supremo Tribunal Federal; e como está seu índice de aprovação nas pesquisas de opinião.

    O levantamento da empresa de inteligência de dados aponta ainda que “é abaixo dos 40% que a situação se torna insustentável e de onde um presidente teria que sair rapidamente”. Em abril, o I-Gov foi de 43%. Segundo o levantamento, o índice de maio põe Lula em “zona de risco”.

    O levantamento da empresa de inteligência de dados aponta ainda que “é abaixo dos 40% que a situação se torna insustentável e de onde um presidente teria que sair rapidamente”. Em abril, o I-Gov foi de 43%. Segundo o levantamento, o índice de maio põe Lula em “zona de risco”.

    Em relação ao Legislativo, o governo teve nova queda em maio, com o I-Gov atingindo 14%, ante 18% do levantamento anterior. O estudo atribui o desempenho à “perda de 11 medidas provisórias (MPs) e com o saldo de zero” na aprovação desse tipo. De acordo com a 4Intelligence, o resultado deixa o governo com a pior marca na “dimensão do Legislativo”. “Episódios recentes, envolvendo a negociação de outras pautas, voltam a reforçar a fragilidade do Executivo em construir a articulação política junto ao Legislativo”, afirma o levantamento.

    Já no Judiciário, houve uma queda de 5 pontos porcentuais, chegando a 60%. O estudo conclui que os desafios permanecem ligados às dificuldades de uma “pauta interrompida e de ações associadas a governos anteriores”, apesar da vitória relativa à reoneração da folha de pagamento.

    Já em relação à opinião pública, o índice chegou a 47,1%, o terceiro mês consecutivo no patamar de 47% e o quarto abaixo de 50%, o que não acontecia com Lula desde o início deste mandato. Segundo a pesquisa, “o resultado incomoda o Planalto, que busca reorganizar o trabalho de comunicação oficial em torno do desafio de aprimorar sua imagem junto a uma sociedade cindida politicamente”.

    Estadão