Categoria: Política

  • Rússia proíbe exportações de gasolina por 6 meses a partir de 1º de março

    Rússia proíbe exportações de gasolina por 6 meses a partir de 1º de março

    A Rússia ordenou nesta terça-feira a proibição das exportações de gasolina por seis meses a partir de 1º de março para manter os preços estáveis em meio ao aumento da demanda dos consumidores e agricultores e para permitir a manutenção de refinarias no segundo maior exportador de petróleo do mundo.

    A proibição, noticiada primeiramente pela russa RBC, foi confirmada por uma porta-voz do vice-primeiro-ministro Alexander Novak, o homem de confiança do presidente Vladimir Putin para o setor de energia da Rússia.

    A RBC, citando uma fonte não identificada, disse que o primeiro-ministro Mikhail Mishustin havia aprovado a proibição depois que Novak a propôs em uma carta datada de 21 de fevereiro.

    “A fim de compensar a demanda excessiva por produtos petrolíferos, é necessário tomar medidas para ajudar a estabilizar os preços no mercado interno”, disse Novak na proposta, conforme reportado pela RBC.

    Os preços domésticos da gasolina são um fator sensível para motoristas e fazendeiros no maior exportador de trigo do mundo antes da eleição presidencial de 15 a 17 de março, enquanto algumas refinarias russas foram atingidas por ataques de drones ucranianos nos últimos meses.

    A Rússia e a Ucrânia têm atacado a infraestrutura de energia uma da outra em uma tentativa de interromper linhas de suprimento e a logística e desmoralizar seus oponentes, conforme buscam vantagem em um conflito de quase dois anos que não mostra sinais de acabar.

    Os principais produtores de gasolina na Rússia em 2023 foram a refinaria Omsk da Gazprom Neft, a refinaria de petróleo NORSI da Lukoil em Nizhny Novgorod e a refinaria Ryazan da Rosneft.

    Em 2023, a Rússia produziu 43,9 milhões de toneladas de gasolina e exportou cerca de 5,76 milhões de toneladas, ou cerca de 13% de sua produção. Os maiores importadores de gasolina russa são principalmente os países africanos, incluindo Nigéria, Líbia, Tunísia e também os Emirados Árabes Unidos.

    No mês passado, a Rússia reduziu as exportações de gasolina para países não pertencentes à Comunidade de Estados Independentes para compensar reparos não planejados em refinarias em meio a incêndios e ataques de drones em sua infraestrutura de energia.

    As interrupções incluem a paralisação de uma unidade na NORSI, a quarta maior refinaria do país, localizada perto da cidade de Nizhny Novgorod, cerca de 430 km a leste de Moscou, após o que se acredita ser um incidente técnico.

    No ano passado, a Rússia proibiu as exportações de gasolina entre setembro e novembro para combater os altos preços internos e a escassez.

    Desta vez, a proibição não se estenderá aos Estados membros da União Econômica Eurasiática, Mongólia, Uzbequistão e duas regiões separatistas da Geórgia apoiadas pela Rússia — Ossétia do Sul e Abkhazia.

    (Reportagem da Reuters)

  • Polícia Civil posta sobre ato de Bolsonaro e curte comentários

    Polícia Civil posta sobre ato de Bolsonaro e curte comentários

    A Polícia Civil do Estado de São Paulo fez uma publicação em seu perfil oficial no Instagram com imagens do trabalho realizado pela corporação durante o ato promovido neste domingo (25) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na postagem, a corporação curtiu elogios pelos trabalhos realizados e também comentários políticos. Entre eles, um “Fora Lula”.

    Reações em perfil oficial da corporação. Uma das publicações curtidas pelo perfil da Polícia Civil foi um comentário “Fora @lulaoficial”, mencionando o perfil oficial do presidente Lula (PT) no Instagram. Segundo consulta da reportagem, o comentário foi realizado pelo perfil de um homem ainda no domingo (25), cerca de uma hora após a publicação do vídeo.Polícia Civil de SP posta sobre ato de Bolsonaro e curte comentários,  incluindo "Fora Lula" - La Gauche

    “E eu me pergunto… como o outro ganhou as eleições”, escreveu uma mulher, referindo-se a Lula. Essa postagem também foi curtida pelo perfil oficial da Polícia Civil de São Paulo.

    Polícia Civil também curtiu comentário com a frase “Linda manifestação democrática”. Outras reações no perfil da corporação também incluem comentários de bandeiras do Brasil e de Israel, ambas comumente usadas pelos eleitores do ex-presidente. Comentários com as frases “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” e “Deus, pátria, família e liberdade”, ditas frequentemente por Bolsonaro, também foram curtidas pelo perfil da Polícia Civil.

    Corporação também respondeu comentários com emojis de flor, mãos orando e coração. Algumas das respostas, pelo que visualizou a reportagem, foram em comentários agradecendo pelo trabalho de segurança dos agentes. “Parabéns. Muito obrigada por ter cuidado dos nossos patriotas. [emojis com as bandeiras do Brasil e Israel, além de mãos para o alto]”, escreveu uma. “Parabéns, Me senti super segura! Não vi nenhum roubo, depredação”, comentou outra.

    Internauta fez alerta sobre publicação. Em um dos comentários, um homem apontou a necessidade de ter cuidado com a “imagem da corporação não parecer proselitismo”. “A polícia é instituição de estado. Mesmo com um post singelo acaba promovendo ‘o culto’”, escreveu o internauta. Outro também comentou: “Aí vocês querem que eu leve vocês a sério com essa prova de impessoalidade?”.

    Ato reuniu cerca de 600 mil pessoas na Paulista, diz SSP. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que a manifestação “ocorreu de forma pacífica, sem o registro de incidentes e com a presença de, aproximadamente, 600 mil pessoas na avenida Paulista e 750 mil pessoas no total, quando levado em conta o público presente nas ruas adjacentes”.

    Levantamento da USP aponta que estimativa de público para o pico do ato, às 15h, foi de 185 mil pessoas. O dado faz parte do Monitor do Debate Político, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Às 17h, após os discursos, a contagem indicou 45 mil participantes. A equipe acompanhou a manifestação, produziu imagens aéreas às 15h e às 17h e contou o público com auxílio de software.

    POSTAGEM TINHA OBJETIVO DE DEMONSTRAR ATUAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL, DIZ SSP-SP

    SSP-SP esclarece objetivo da publicação em nota. O objetivo único e exclusivo da postagem era “mostrar a atuação operacional da Polícia Civil para garantir a segurança da população ao longo do ato, assim como foi realizado em outros eventos”, declarou a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

    Pasta cita “Operação Carnaval” como exemplo. A SSP-SP relembrou que a divulgação do trabalho em campo pela instituição também foi realizado nas redes sociais desde o pré-Carnaval. “As publicações incluíram tanto o planejamento, como os resultados, por exemplo, quando diversos celulares furtados foram apreendidos e recuperados. Em outras postagens, dicas de segurança foram dadas à população”, acrescentou.

    “As ações da Polícia Civil são voltadas à segurança pública e as atividades são executadas sem distinção.” A SSP-SP ainda acrescentou que para o ato deste domingo (25) foram mobilizadas equipes do GER (Grupo Especial de Reação) do GARRA (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), helicóptero, drone e policiais do CERCO em campo para monitoramento. Uma unidade móvel da Delegacia de Atendimento ao Turista também esteve nas proximidades para prestar apoio aos presentes no ato.

    BOLSONARO DEFENDEU ANISTIA EM MANIFESTAÇÃO

    No ato, Bolsonaro negou tentativa de golpe e pediu anistia a envolvidos no 8/1. O ex-presidente optou por falar sobre feitos durante sua gestão e exaltou a adesão de apoiadores ao ato. “Nós sabemos como foi o período de 19 a 22. E estamos vendo como é difícil vencer nesse país com o que nos temos a governar nesse momento”. Depois, voltou dizer que nunca esteve envolvido em um plano de golpe de Estado e pediu anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.

    Ex-presidente disse ser “perseguido” e cita investigação das joias, que apontou tentativa de apropriação de um patrimônio da União. “É joia, importunação de baleia, dinheiro que eu teria mandado para fora do Brasil, é tanta coisa que eles mesmo trabalham contra si”, criticou.

    Pastor Silas Malafaia fez crítica a Lula. Organizador do evento, Malafaia sugeriu que o Lula sabia das invasões no 8 de janeiro e, ao citar Moraes, disse que não tem “medo de ser preso”. Ele também afirmou que “Lula fez o Brasil ser vergonha para o mundo inteiro. A fala de Lula não representa o povo brasileiro”. A declaração faz referência ao discurso do presidente no último dia 18, na Etiópia, quando Lula comparou os ataques à Faixa Gaza ao Holocausto, o que gerou críticas do governo israelense.

    Em discurso, Tarcísio de Freitas destacou “legado” de Bolsonaro. O governador de São Paulo chegou junto ao ex-presidente na Paulista por volta das 14h40. Em sua fala, afirmou que Bolsonaro “nunca pegou nada para si” e sempre deu o crédito para quem realizava ações durante sua gestão. “Presidente que sempre respeitou Israel”, acrescentou.

    Como o UOL antecipou, Michelle Bolsonaro falou na abertura do ato, às 15h, em trio na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo). A ex-primeira-dama se emocionou e chamou o evento de “ato pacífico de civilidade”. Ela também agradeceu a presença de Tarcísio de Freitas: “Abriu as portas da casa dele para nós”, afirmou. Depois, fez uma oração.

    Folha de São Paulo

  • Lula evita falar sobre ato de Bolsonaro, e jornalista é vaiada após pergunta

    Lula evita falar sobre ato de Bolsonaro, e jornalista é vaiada após pergunta

    O presidente Lula (PT) evitou comentar nesta segunda-feira (26) o ato promovido no dia anterior pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), que reuniu milhares de pessoas na avenida Paulista, em São Paulo.

    O petista foi questionado diretamente sobre o assunto durante um evento no Palácio do Planalto, mas optou por não responder. A jornalista que realizou a pergunta acabou vaiada por militantes de movimentos sociais presentes.

    Ministros do governo buscaram minimizar a quantidade de pessoas presente no ato. Rui Costa (Casa Civil) afirmou que a única surpresa foi a confissão em praça pública de crimes praticados, em referência à fala de Bolsonaro sobre a minuta do golpe.

    Lula participou na manhã desta segunda-feira de uma entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto, para a apresentação de um programa para dar uso social a imóveis abandonados da União, com a ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

    Após a fala inicial do mandatário e da ministra, foi aberto espaço para perguntas. No entanto, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) informou que as perguntas seriam destinadas apenas para Esther Dweck e para o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

    Uma jornalista aproveitou a presença de Lula ao lado dos ministros e então questionou sobre o ato promovido por Bolsonaro —após ter realizado perguntas para os ministros também. Ela foi vaiada por militantes que estavam presentes no evento.

    Os ministros então responderam as respectivas perguntas e o questionamento endereçado a Lula acabou ignorado. Pouco depois, o presidente deixou o evento, antes de seu término.

    A reportagem não pôde participar da entrevista. A Secom apenas permitiu a participação na entrevista de jornalistas da área que haviam sido previamente convidados e não aceitou a substituição dos nomes previamente definidos pela secretaria por outros indicados pelo jornal.

    Após o evento, o ministro Rui Costa foi questionado sobre o assunto e afirmou que a única grande surpresa relacionada com os atos foi a suposta confissão de que havia uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder.

    Ele ainda acrescentou que o ato teve menos gente do que o esperado pelos organizadores.

    “Nenhuma surpresa [com a quantidade de pessoas], foi muito aquém do que os próprios organizadores estavam divulgando que teria de presença. Surpresa nenhuma. A surpresa se refere apenas ao conteúdo da confissão dos crimes praticados”, afirmou o ministro.

    “É o que todos, não só nós, acho que o Brasil inteiro, ficaram surpresos de você […] talvez seja a primeira vez na história que pessoas que cometeram atos criminosos chama um evento em praça pública e na multidão confessam o crime e vão além disso, pedem perdão, anistia, pelos crimes cometidos. É alto talvez para ficar registrado na história do Brasil”, completou.

    O ministro depois voltou a falar da participação nos atos e creditou a líderes religiosos a quantidade de pessoas que compareceu à avenida Paulista.

    “Todos conhecem e sabem que o país ainda se encontra em um grau de polarização grande e de pregação do ódio e, eventualmente, onde setores religiosos são mobilizados por seus líderes religiosos para pedir anistia a crimes cometidos”, afirmou.

    Já Paulo Pimenta (Secom) apenas disse que não iria comentar o ato, porque não era do governo e nem de seu partido. E depois ironizou a questão, afirmando que assistiu a jogos de futebol no domingo e não se informou sobre a manifestação.

    “Quem tem que fazer avaliação é eles. Não temos que fazer avaliação dos atos”, afirmou o ministro.

    “Só sei que os vermelhos ganharam tudo ontem. O Liverpool ganhou, o Inter ganhou, o Flamengo ganhou. Só deu vermelho ontem”, completou.

    Neste domingo (25), Bolsonaro reuniu governadores, parlamentares e milhares de apoiadores em um ato na avenida Paulista. A manifestação de força acontece justamente no momento em que avançam as investigações contra Bolsonaro e seus aliados a respeito de uma trama golpista para mantê-lo no poder.

    Acuado pelas investigações, Bolsonaro buscou maneirar um pouco no tom de sua fala. Não desferiu a sua tradicional agressividade contra o STF (Supremo Tribunal Federal), falou em pacificação, disse que as eleições presidenciais de 2022 eram “página virada da nossa história” e pediu anistia aos presos pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023.

    O ex-presidente também negou a existência de uma trama golpista.

    “O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, disse. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”, afirmou o ex-presidente diante de seus apoiadores.

    Folha de São Paulo

  • Até Elon Musk se impressionou com ato realizado na Avenida Paulista: “Lotado”

    Até Elon Musk se impressionou com ato realizado na Avenida Paulista: “Lotado”

    Empresário se manifestou por meio de sua rede social e disse ainda que ama o Brasil

    O empresário Elon Musk usou sua rede social X (antigo Twitter) para comentar sobre a manifestação pró-Jair Bolsonaro realizada, neste domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo.

    – O Brasil parece bem lotado – disse.

    Em seguida ele continuou reagindo a declarações de outros usuários sobre o ato que aconteceu na capital paulista. Musk destacou que ama o Brasil.

    – Amo o Brasil – escreveu.

    – Orando [para que aconteça] o melhor – disse ele ainda, em resposta a outra mensagem.

  • Putin e Netanyahu se cumprimentaram diversas vezes durante o Fórum do Holocausto em 2020

    Putin e Netanyahu se cumprimentaram diversas vezes durante o Fórum do Holocausto em 2020

    Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, em um anfiteatro o presidente russo, Vladimir Putin, passa pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para cumprimentar o mandatário francês, Emmanuel Macron. A sequência, visualizada centenas de vezes desde 4 de fevereiro de 2024, circula com a alegação de que o líder israelense teria sido “ignorado” por Putin. No entanto, outras fotografias e vídeos do evento, o Quinto Fórum Mundial do Holocausto, realizado em janeiro de 2020, mostram o chefe de Estado russo conversando e até abraçando Netanyahu.

    “O presidente russo Putin IGNORA o aperto de mão com Netanyahu de ISRAEL”, diz a legenda de publicações no Facebook, no X e no Telegram.

    Publicações semelhantes também circulam em espanhol e inglês.

    O conteúdo é compartilhado no contexto da guerra entre Israel e o Hamas. O ataque do Hamas em 7 de outubro matou mais de 1.160 pessoas em Israel, a maioria delas civis, de acordo com um levantamento da AFP baseado em números oficiais israelenses.

    Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre em Gaza que deixou mais de 29.700 palestinos mortos até agora, a grande maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do governo do Hamas.

    Evento de 2020

    A gravação, de 17 segundos, mostra Putin sendo conduzido até seu assento pelo então presidente de Israel, Reuven Rivlin. Ao longo do caminho, passa pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sentado em uma cadeira, e continua a caminhar até seu lugar, onde aperta a mão do seu homólogo francês, Emmanuel Macron.

    As publicações compartilham um vídeo de 21 segundos em que, ao fundo, é possível visualizar uma tela azul com as frases em inglês “lembrando o Holocausto” e “combatendo o antissemitismo”.

    Uma busca por essas frases e os nomes “Vladimir Putin” “Benjamin Netanyahu” no Google exibiu artigos sobre o Quinto Fórum Mundial do Holocausto 2020. O evento, que celebrou o 75º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, contou com a presença de cerca de “50 membros da realeza, presidentes, primeiros-ministros e líderes parlamentares da Europa, América do Norte e Austrália”.

    Uma nova pesquisa no Google pelas palavras-chave em inglês “Quinto Fórum Mundial do Holocausto” “Putin” levou ao vídeo original, publicado no canal da AFP em inglês no YouTube, em 23 de janeiro de 2020, sob o título “Líderes mundiais participam do Quinto Fórum Mundial do Holocausto em Jerusalém”.

    Vários eventos no mesmo dia

    Outras imagens registradas pela AFP mostram ainda que no mesmo dia do fórum, em 23 de janeiro de 2020, Netanyahu e sua esposa Sara receberam Putin anteriormente.

    O Governo russo também compartilhou registros do encontro entre as lideranças, explicando que se reuniram na residência do primeiro-ministro israelense, onde Putin agradeceu a Netanyahu pela sua hospitalidade: “Senhor primeiro-ministro, gostaria de agradecer a você e à sua esposa Sara. Obrigado pelo convite e pela hospitalidade.”

    No mesmo dia, eles também participaram de uma cerimônia onde juntos inauguraram o monumento “Vela Memorial”, dedicado aos defensores da cidade de Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial. Após a intervenção de Putin, ambos se abraçaram, como pode ser visto aos 7 minutos e 50 minutos de uma gravação publicada no canal i24News.

    O presidente russo também cumprimentou Netanyahu posteriormente no Fórum Mundial do Holocausto, onde o vídeo viral foi gravado, como capturaram fotografias da AFP.

    Além disso, houve um aperto de mãos entre os dois após o discurso de Netanyahu no Fórum, como pode ser visto  a partir de 36 minutos e 50 segundos da transmissão do evento, e interagiram e conversaram antes da intervenção de Putin.

    No seu discurso, o presidente russo se referiu a Netanyahu como o “ilustre primeiro-ministro” e agradeceu aos líderes israelenses pela “recepção calorosa”.

    Relações entre Rússia e Israel

    Após o colapso da União Soviética em 1991, a recém-renascida Rússia estabeleceu laços com Israel, o que resultou em um aumento no turismo e uma onda massiva de migração judaica russa para o país. A relação entre os territórios tornou-se ainda mais estreita sob o governo de Netanyahu.

    No entanto, após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 e a guerra entre Israel e o Hamas, que se intensificou em outubro de 2023, as relações entre os países pioraram, agravadas pela aproximação entre Rússia e Irã.

  • Lula se reúne com Irfaan Ali para tratar sobre Essequibo nesta semana

    Lula se reúne com Irfaan Ali para tratar sobre Essequibo nesta semana

    Encontro bilateral com presidente guianês será quinta-feira

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com o chefe de governo da Guiana, Irfaan Ali , na próxima quinta-feira (29), em Georgetown, capital do país vizinho, para debater a agenda bilateral. A viagem de Lula tem como principal compromisso a participação, como convidado especial, do encerramento 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), mas o encontro do anfitrião com o presidente brasileiro está confirmado. Um dos assuntos que eles deverão discutir é a  crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo, disputado pelos dois países.

    “Temos boas relações com a Venezuela, boas relações com a Guiana. O presidente Lula está indo porque foi convidado para se reaproximar da Caricom. Agora, ele estando lá, não vai perder a oportunidade de se reunir com o presidente Ali e apresentar uma agenda bilateral. Talvez ele felicite o presidente Ali por ter aceitado sentar-se com a Venezuela para tentar resolver a crise”, comentou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em entrevista na última sexta-feira (23) para tratar da viagem.

    Questionada por jornalistas sobre o papel do Brasil na mediação da crise, Padovan enfatizou a neutralidade do governo na questão e a busca por uma solução negociada. “O Brasil não se manifesta a respeito do cerne da questão entre Guiana e Venezuela, porque não nos compete. O que nos compete é facilitar o diálogo, a nossa posição se baseia em defender que o problema e a solução são uma questão bilateral, de respeito aos tratados internacionais, que é base da nossa Constituição”, argumentou.

    Em dezembro de 2023, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, assinaram declaração conjunta em que os dois países se comprometem a não usar a força um contra o outro na disputa pelo território.

    O documento foi assinado durante reunião na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, mediada pelo primeiro-ministro Ralph Gonsalves, com quem Lula também deve se encontrar, na próxima sexta-feira, dia 1º de março, no próprio país insular, onde o presidente brasileiro participará da abertura da 8ª cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada em Kingstown, a capital. A viagem ocorre na sequência da visita à Guiana.

    Em janeiro deste ano, em Brasília, foi realizada a segunda rodada de diálogo sob mediação do governo brasileiro, por meio do chanceler Mauro Vieira, e dos governos de São Vicente e Granadinas – país que está na presidência temporária da Celac, e de Dominica, nação que preside temporariamente a Caricom. Desde a eclosão da crise, os três países têm atuado como principais interlocutores na busca de uma solução pacífica.

    “Por enquanto, a gente não resolveu o problema, não é um problema simples, mas conseguimos que os países se sentassem e começassem um diálogo, que não é curto, não é simples, mas começou”, observou a embaixadora Gisela Padovan.

    No fim do ano passado, a Venezuela realizou consulta popular que aprovou a incorporação de Essequibo, região disputada pelos dois países há mais de um século, que perfaz quase 75% do território da Guiana. O governo venezuelano também autorizou a exploração de recursos naturais na região e nomeou um governador militar para área.  Foi o estopim para que as tensões entre os dois países aumentassem desde então.

    O governo brasileiro chegou a reforçar a presença as tropas militares em Roraima, que faz fronteira com os dois países, e vem defendeu a resolução da controvérsia entre as duas nações por meio de um diálogo mediado. O Brasil é o único país que faz fronteira simultânea com Guiana e Venezuela, e um eventual conflito militar poderia ameaçar parte do território brasileiro em Roraima.

    IG

  • Manifestação de Bolsonaro perde para futebol, que dominou interesse dos brasileiros na rede

    Manifestação de Bolsonaro perde para futebol, que dominou interesse dos brasileiros na rede

    Embora o interesse pela manifestação organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha crescido ao longo do dia neste domingo, 25, em nenhum momento o assunto conseguiu entrar nas dez primeiras posições entre as principais pesquisas no Google. Hora a hora, desde a madrugada, os assuntos do esporte e, em especial, do futebol, dominaram os temas mais buscados no país. Os dados são da plataforma de monitoramento Torabit para o Estadão.

    De acordo com o levantamento, às 14h, horário de início dos atos, por exemplo, os temas mais pesquisados, nesta ordem, eram: Santos, LiverpoolPouso Alegre x CruzeiroFutebol Ao VivoCelticsRiver PlateAnderson SilvaCruzeiro hojePayet e Palmeiras. Por volta das 17h, quando o ato chegou ao fim, o ranking tinha: SantosLiverpoolPouso Alegre Cruzeiro, Al-Shabbab x Al-NasrJuventusDunaBorussiaInter de Milão e Jovem Pan.

    De acordo com a Torabit, foram registradas, entre meia-noite do dia 24 de fevereiro e 17h40 do dia 25, 64.444 menções nas plataformas FacebookX (antigo Twitter) e Instagram, além de sites e blogs. Ao final do ato, 73,4% das menções citaram Bolsonaro, enquanto 26,6% trataram de Lula.

    Antes do ato começar, o sentimento nas redes era mais desfavorável a Bolsonaro: 46,2% das menções eram negativas, com usuários criticando o ex-presidente e prevendo sua prisão durante o ato. Naquele momento, só 27,5% das menções eram positivas, com apoiadores expressando posições de entusiasmo com o tamanho do evento.

    Ao fim do evento, porém, embora as menções negativas tenham se mantido em 46%, as postagens positivas subiram par 44%. O restante das citações ao evento foram de menções neutras, com notícias e sem juízo de valor.

    Manifestação de Bolsonaro perde para futebol, que dominou interesse dos brasileiros na rede
    Jair Bolsonaro chegando em ato na Avenida Paulista. Foto: MIGUEL SCHINCARIOLAFP

    Enquanto os aliados de Bolsonaro exaltavam o evento, a militância digital pró-Lula passou a tarde publicando imagens da comemoração da vitória do petista na Paulista em 2022, com a hashtag #ChuvadeLula, que chegou ao primeiro lugar dos assuntos mais comentados da plataformas X. A hashtag #SemAnistia também foi divulgada pelos adversários de Bolsonaro. Essas, porém, não foram computadas quantitativamente no levantamento.

    Publicações de parlamentares passam de 650 durante ato

    Ao longo do dia do ato, 657 mensagens foram publicadas por deputados federais, sendo 53,32% do PL e 22,88% do PT. Entre os deputados que se manifestaram, 75,29% se mostraram favoráveis ao ato e 24,49% são contrários. Quanto aos senadores, 55,86% eram do PL, 25,23% eram do PT e 9,91% do PP. Nesse caso, eram 77,48% eram favoráveis ao ato e 18,92% contrários.

    Estadão

    https://x.com/MarcosRogerio/status/1762094269261660475?s=20

  • Mutirão em Goiânia oferta mais de 200 serviços gratuitos à população

    Mutirão em Goiânia oferta mais de 200 serviços gratuitos à população

    O 1º Mutirão de Goiânia de 2024, que ocorrerá na Praça da Vitória, no sábado (24/2) e domingo (25/2), proporcionará mais de 200 serviços públicos à população. O evento ocorrerá na Avenida Santo Onofre, na Vila São Judas Tadeu, a partir das 8h. No local, a comunidade terá acesso a serviços administrativos e fiscais e poderá solicitar a emissão de documentos, licenciamentos e alvarás.

    Quem passar pelos estandes, poderá realizar também o cadastro em programas habitacionais, abrir processo para a emissão gratuita de escrituras e ter acesso a atendimentos na área da saúde, como consultas médicas, vacinação e testagem para covid-19. A comunidade poderá emitir também documentos fiscais, de identificação, ID Jovem, Carteira do Autista e Passaporte PCD.
    A frente de serviços é organizada pela Prefeitura de Goiânia e conta com o apoio de inúmeros parceiros, como a Saneago, Equatorial, Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), Universidade Federal de Goiás (UFG), Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Goiás (OAB-GO), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Sebrae e Tribunal de Justiça.
    No estande da DPE, a comunidade terá acesso a emissão de segundas vias de certidões de nascimento e casamento, atendimento jurídico para divórcio e dissolução de união estável consensual, acordo para regularização de guarda e acordo de pensão alimentícia.
    Na área reservada para o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), os estudantes poderão ter acesso a vagas de estágio e outras oportunidades. No Sine Móvel, as pessoas poderão acessar vagas de emprego, emitir a Carteira de Trabalho Digital e se inscrever em cursos de capacitação profissional. Na Central do IPTU, os cidadãos poderão tirar dúvidas, fazer cálculo do imposto junto a auditores, ver documentação para abertura de processos, obter ajuda para pagamento on-line e/ou emitir boletos.
    Serviço
    Assunto: Prefeitura de Goiânia realiza 1º Mutirão de Goiânia de 2024
    Data: Sábado e Domingo (24 e 25/2)
    Horário: A partir das 8h
    Local: Praça da Vitória na Vila Jardim São Judas Tadeu
    A Redação/Secom
  • PF pergunta em depoimento se Bolsonaro é cisgênero e alega praxe

    PF pergunta em depoimento se Bolsonaro é cisgênero e alega praxe

    A Polícia Federal perguntou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se ele é cisgênero no depoimento de quinta-feira (22) sobre o planejamento de um golpe de Estado.

    Segundo relatos feitos à reportagem, Bolsonaro disse que não sabia o que significava a palavra. Os delegados e escrivão deram risada da situação e explicaram o termo, ainda segundo pessoas que acompanham o caso.

    O ex-presidente então confirmou que é cisgênero. Depois, os advogados apresentaram uma petição que dizia que Bolsonaro permaneceria em silêncio por não ter recebido todos os documentos que compõem a investigação –como a íntegra da delação do tenente-coronel Mauro Cid.

    A Polícia Federal afirmou, em nota, que a pergunta se tornou praxe em depoimentos desde 31 de outubro, quando a corporação alterou o cadastro de pessoas no sistema judiciário nos campos “identidade de gênero” e “orientação sexual”.

    O termo “cisgênero” designa quem não é pessoa trans, travesti ou não binária, ou seja, quando há identificação com o sexo biológico.

    “As alterações realizadas decorreram de uma série de fatores, dentre eles solicitações e consultas externas e internas recebidas pela Polícia Federal acerca dos instrumentos de levantamento de dados nos sistemas da Polícia Federal na temática da violência LGBTQIA+, bem como ação nacional do Ministério Público Federal destinada a promover a ‘implementação de políticas públicas de proteção à população LGBTQIA+ pelos órgãos federais e estaduais de segurança’”, diz a polícia.

    Apesar de a PF dizer que a pergunta é um procedimento padrão, as defesas de dois outros investigados afirmaram à reportagem que seus clientes não foram questionados sobre o gênero.

    Bolsonaro chegou à sede da PF em Brasília por volta das 14h20, dez minutos antes do horário marcado. Com a decisão dele de se manter em silêncio, o depoimento foi encerrado pouco depois.

    A maioria dos investigados adotou a mesma decisão e permaneceu calada.

    O advogado de Bolsonaro, Paulo Bueno, disse na quinta que a defesa não teve acesso a todos os elementos das imputações contra o ex-presidente, o que motivou a opção pelo silêncio. Ele também afirmou que o ex-presidente “nunca foi simpático a movimento golpista”.

    “Esse silêncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do direito constitucional, mas estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos que estão sendo imputados ao presidente a prática de certos delitos.”

    O advogado completou: “A falta de acesso a esses documentos, especialmente às declarações do tenente-coronel Mauro Cid, e as mídias eletrônicas obtidas pelos celulares de terceiros e computadores impedem que a defesa tenha o mínimo conhecimento de por quais elementos o presidente é convocado para este depoimento”.

    A PF investiga as tratativas por um golpe de Estado desde que encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em janeiro de 2023, uma minuta de decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

    O objetivo seria reverter o resultado da eleição em que ele foi derrotado por Lula (PT), segundo os investigadores.

    Com a delação de Mauro Cid e as provas obtidas em outras operações, a PF chegou à conclusão de que Bolsonaro teve acesso a versões da minuta golpista (não exatamente a mesma que estava com Torres).

    De acordo com as investigações, ele chegou a pedir modificações no texto e apresentar a proposta aos chefes militares, para sondar um possível apoio das Forças Armadas à empreitada.

    Folha de São Paulo