Categoria: Política

  • Após decisão de Moraes, Sóstenes nega ato no STF e diz estar no Rio

    Após decisão de Moraes, Sóstenes nega ato no STF e diz estar no Rio

    O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que está no Rio de Janeiro após ser citado na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a retirada de parlamentares que estavam acampados na Praça dos Três Poderes em protesto contra as restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Avisem o ministro Alexandre de Moraes que ele deve estar confundindo os fatos ou surtando. Estou no Rio de Janeiro, trabalhando na minha base eleitoral. Não estou em frente ao STF, como ele decidiu afirmar em sua decisão de me retirar”, escreveu em publicação no X.

    O deputado também disse que o Brasil já não é mais uma democracia.

    “O STF agora expulsa deputados eleitos por “possível crime”: Sem flagrante. Sem crime. Sem nem estarmos presentes. O Brasil precisa acordar: isso já não é mais uma democracia”, completou.

    Na decisão, Moraes cita nominalmente os deputados federais Hélio Lopes (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-AL), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT). O deputado Cabo Gilberto também negou a participação no acampamento.

    A decisão atende pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).

    O ministro também notificou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para que não permita novos acampamentos na Praça dos Três Poderes. A decisão fala em prisão em flagrante caso haja “resistência ou desobediência” dos envolvidos em “possível ato criminoso”.

    Acampamento

    O deputado Hélio Lopes montou uma barraca em frente ao STF na tarde da última sexta-feira. Com uma fita branca na boca, o parlamentar afirmou que o ato representa um protesto contra decisões recentes do Supremo.

    Na mesma tarde, Coronel Chrisóstomo visitou Lopes e informou que também se juntaria ao protesto. Chrisóstomo disse que o ato era pacífico e tinha objetivo de “mostrar a insatisfação” a respeito das ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Em publicação no X após a decisão de Moraes, Lopes afirmou que a Praça dos Três Poderes foi cercada e que havia uma ação judicial em curso para retirá-lo do local. “Se a liberdade precisa de escolta, então já não estamos em uma democracia plena”, disse o deputado.

    https://x.com/DepSostenes/status/1948991058647400810

    CNN

  • Trump deve usar Lei Magnitsky contra ministros do STF na semana que vem

    Trump deve usar Lei Magnitsky contra ministros do STF na semana que vem

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia impor novas sanções contra autoridades do governo brasileiro, em especial aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), conforme apurou o analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna.

    A expectativa é de que Trump utilize a Lei Magnitsky para impor restrições contra juízes da Suprema Corte que votaram a favor das punições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que apura tentativa de golpe de Estado.

    As punições incluem o congelamento de eventuais bens nos Estados Unidos e sanções secundárias, que afetariam instituições e empresas que mantêm negócios com os magistrados.

    As restrições podem se estender a serviços bancários e outras operações envolvendo empresas que possuem vínculos comerciais com os Estados Unidos, criando um efeito cascata nas relações financeiras dos alvos das sanções.

    Em um cenário de médio prazo, as medidas podem se agravar com o possível descredenciamento da embaixadora Maria Luiza Viotti Ribeiro em Washington, o que representaria na prática sua expulsão dos Estados Unidos.

    A motivação das retaliações é política, não comercial. O plano, que já está nas mãos do secretário de Estado americano, segundo fontes ouvidas pela CNN, prevê uma escalada em fases, considerando as prováveis reações do governo brasileiro.

    As novas sanções devem atingir inicialmente o alto escalão do Palácio do Planalto, com a suspensão de vistos para entrada nos Estados Unidos. A medida, no entanto, não deve afetar diretamente o presidente Lula nem a primeira-dama, Janja.

    O que é a Lei Magnitsky?

    A medida, prevista na legislação americana, permite que os EUA imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

    A lei foi aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, e prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. Para que a medida seja utilizada, o presidente dos EUA deverá apresentar provas de infrações ao Congresso americano, o que pode incluir notificações extrajudiciais e provas de violação dos direitos humanos.

    A lei prevê aplicação para agentes que reprimem denúncias de corrupção, limitam liberdades fundamentais e atuam contra eleições democráticas.

    Além dessa medida, Trump também considera impor restrições a empresas e instituições que fazem negócios com esses ministros.

    Alinhamento das Américas

    Essa ação faz parte de um plano extenso, que está nas mãos do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e servirá de exemplo para a América Latina, conforme analisa Lourival.

    O líder republicano planeja, de acordo com Lourival impor um alinhamento ideológico e geopolítico das Américas. Desta forma, a medida em última instância seria o descredenciamento da embaixadora brasileira em Washington, levando ao rompimento da relação entre Brasil e Estados Unidos.

    CNN

  • Moraes autoriza uso da força para retirar deputados de protesto pacífico em Brasília

    Moraes autoriza uso da força para retirar deputados de protesto pacífico em Brasília

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou há pouco, na virada de sexta (25) para sábado (26), o uso da força policial para desmobilizar o acampamento de deputados federais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

    A medida atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou risco à segurança institucional. Na decisão, Moraes determinou a “remoção imediata” dos parlamentares Hélio Lopes (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT), além de qualquer outro indivíduo no local.

    O ministro também autorizou “prisão em flagrante” com base nos crimes de resistência ou desobediência caso os manifestantes se recusassem a cumprir a ordem judicial.

    “Defiro integralmente os pedidos da Procuradoria-Geral da República”, escreveu Moraes no despacho, que também determinou o acionamento da Polícia Federal e da Polícia Militar do Distrito Federal para o cumprimento da decisão. “Compete especialmente à Polícia Militar do Distrito Federal a adoção de todas as providências necessárias à efetiva remoção dos referidos indivíduos do local.”

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi intimado da decisão e se deslocou pessoalmente até o local para tentar uma solução negociada. Em diálogo com o desembargador aposentado Sebastião Coelho, interlocutor dos parlamentares e crítico do STF, Ibaneis demonstrou desconforto: “Eu não concordo com as coisas que estão acontecendo, Sebastião.”

    Em entrevista ao Estadão, o governador confirmou que, caso não houvesse acordo, a polícia local estava autorizada a prender os deputados. “Vamos tentar tirar pacificamente. Se não saírem, serão presos”, afirmou.

    Image

    Após a negociação, os parlamentares concordaram em transferir suas barracas para outro ponto da Esplanada dos Ministérios, fora da área considerada sensível, onde estão localizados o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Para reforçar a segurança, a Polícia Militar interditou o acesso de veículos à Praça dos Três Poderes.

    Fonte : Conexão Política

  • Trump rejeita plano da França de reconhecer Estado Palestino: “Não importa”

    Trump rejeita plano da França de reconhecer Estado Palestino: “Não importa”

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, amenizou o anúncio do presidente da França, Emmanuel Macron, de que o país planeja reconhecer o Estado Palestino na 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que irá acontecer em setembro.

    “Ele é legal. Ele sabe trabalhar em equipe, basicamente. Aqui está a boa notícia: o que ele diz não importa. Isso não vai mudar nada”, comentou o presidente americano.

    O anúncio feito por Macron no X foi uma surpresa para muitos. Esse comunicado fez com que a França se torne o primeiro país ocidental do Conselho de Segurança da ONU a tomar essa decisão.

    A decisão provocou indignação de Israel, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que ela “apenas serve à propaganda do Hamas e prejudica a paz”.

    “É um tapa na cara das vítimas do dia 7 de outubro (de 2023)”, afirmou Rubio, se referindo ao primeiro ataque do Hamas contra Israel, que resultou na morte de 1.200 pessoas e marcou o primeiro dia do conflito.

    Trump pareceu menos preocupado com a decisão da França, classificando-a como inútil.

    “Ele fez uma declaração. Essa declaração não tem peso algum. Ele é um cara muito bom. Eu gosto dele. Mas essa declaração não tem peso”, destacou.

    CNN

  • Moraes bloqueia contas, cartões e Pix de Marcos do Val

    Moraes bloqueia contas, cartões e Pix de Marcos do Val

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o bloqueio das contas e chave PIX do senador Marcos do Val (Podemos-ES) nesta sexta-feira (25), conforme apurou a CNN. O parlamentar viajou para os Estados Unidos nessa quinta-feira (24).

    Além das contas bancárias, o boqueio atinge todos os cartões e todas as chaves PIX registradas pelo senador. Marcos do Val driblou uma decisão de Moraes ao usar um passaporte diplomático para viajar para os EUA.

    A informação da viagem aos Estados Unidos foi inicialmente revelada pelo “UOL” e confirmada pela CNN. A decisão de Moraes desta sexta é sigilosa.

    Em agosto do ano passado, a Polícia Federal esteve em um endereço do senador Marcos Do Val, em Vitória (ES), para apreender passaportes do parlamentar, inclusive o documento diplomático por determinação do STF. Na ocasião, o item não teria sido localizado.

    Em nota, o senador confirmou que usou o passaporte diplomático. “Meu passaporte diplomático, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, está válido até julho de 2027 e sem restrição. Além disso, meu visto oficial de entrada nos Estados Unidos foi recentemente renovado, com validade até 2035”, diz trecho.

    A decisão de suspensão do passaporte pela Corte ocorreu após suspeitas de que o parlamentar integrava um grupo que teria como objetivo intimidar policiais federais.

    CNN

     

  • ‘No dia em que Trump quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado’, diz Lula

    ‘No dia em que Trump quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado’, diz Lula

    presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (25) que o dia que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quiser conversar, “o Brasil estará pronto e preparado para discutir” a taxação sob os produtos nacionais. A declaração foi feita durante evento em Osasco (SP), onde Lula anunciou investimento de R$ 4,67 bilhões para a urbanização de favelas do país.

    Os comentários foram feitos logo depois de Lula elogiar o vice-presidente Geraldo Alckmin, responsável por liderar a mesa de negociação com os Estados Unidos.

    “Esse moço aqui, Geraldo Alckmin, é o meu vice-presidente. É o cara mais calmo que conheço na vida. Esse cara é exímio negociador, não levanta a voz e nem manda carta, ele só quer conversar. [Só quero dizer para] o Trump: no dia que quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir, para tentar mostrar o tanto que você foi enganado com as informações que te deram”, disse.

    Segundo Lula, quando o presidente norte-americano entender o que está acontecendo no país, ele não vai mais taxar o Brasil.

    E reforçou: “Ninguém pode dizer que ele [Alckmin] não quer conversar. Todo dia ele liga para alguém, e ninguém quer conversar com ele. Então é o seguinte, gente, esse país é um país do bem. Eu quero que o Trump nos trate com a delicadeza e o respeito que eu trato os Estados Unidos e o povo americano.”

    Sobre o embate, Lula reforçou que o Brasil não gosta de brigar. “O Brasil tem 201 anos de relação com os Estados Unidos, uma relação muito respeitoso, em que a gente preza pela qualidade da relação. Por isso eu estranhei que o presidente norte-americano postasse uma carta para mim no portal dele dizendo que o Brasil ia ser taxado em 50%, e pede na carta para que a gente pare de perseguir o Bolsonaro imediatamente”, contou.

    Lula disse que se o presidente estadunidense tivesse ligado para ele, o petista teria explicado a situação. “Explicaria porque eu tenho boa relação com todo mundo. Se ele me ligasse, não. Mas ele foi induzido a acreditar em uma mentira, de que o Bolsonaro está sendo perseguido. Primeiro, o Bolsonaro não está sendo perseguido. Ele está sendo julgado com todo o direito de defesa. Ele tentou dar um golpe nesse país, ele não queria que eu e o Alckmin tomasse posse e chegou a montar uma equipe para matar o Lula, matar o Alckmin e para matar o presidente do tribunal eleitoral, o Alexandre de Moraes. Isso já está provado, por delação deles mesmos”, citou.

    O chefe do Palácio do Planalto reforçou: “Teria explicado ao presidente Trump [se ele tivesse ligado] que ele [Bolsonaro] não está sendo perseguido, ele está sendo julgado.”

    Investimento

    Do total de recursos anunciados nesta sexta para o Programa Periferia Viva, cerca de R$ 2 bilhões serão destinados a 13 comunidades do estado de São Paulo. Em Osasco, o investimento será de R$ 200 milhões para a Favela da 13, no bairro Jaguaripe, e para a comunidade do Limite, no bairro Santa Maria. A iniciativa prevê 240 novas unidades habitacionais para a Favela da 13 e 194 para a Favela do Limite.

    No evento, Lula também assinou o contrato da segunda fase da urbanização da comunidade Jardim Rochdale, em Osasco, historicamente atingida por alagamentos. O local havia sido beneficiado com investimentos anteriores do PAC, agora migrados para o Novo PAC, com destinação de mais de R$ 200 milhões de recursos federais.

    No novo contrato, são previstos R$ 82 milhões para a urbanização da comunidade, incluindo a construção de infraestrutura urbana (pavimentação, microdrenagem, macrodrenagem, rede de coleta de esgoto sanitário, rede de abastecimento de água, rede elétrica e de iluminação pública), recuperação ambiental, construção de praça, regularização fundiária, construção de 166 novas moradias e melhorias em 319 unidades habitacionais do local, além de trabalho social com 481 famílias.

    Regularização fundiária

    O pacote de medidas anunciado por Lula também inclui um projeto de regularização fundiária para as áreas de Rochdale 01, 02 e 03, Chapéu de Couro e Portal D’Oeste. O investimento é de R$ 3,1 milhões, com R$ 3,07 milhões de recursos federais e R$ 30 mil de contrapartida municipal. Isso resultará na titulação de propriedade para 1.230 famílias e benefício para mais de 4.300 pessoas, segundo o governo federal.

    Entenda o programa

    O Programa Periferia Viva destina, pelo Novo PAC, recursos para melhorias de condições de vida nas periferias urbanas brasileiras. A iniciativa tem a integração de 17 ministérios envolvidos na articulação de políticas.

    O Ministério das Cidades, por exemplo, promove obras de urbanização em favelas, palafitas, loteamentos informais que incluem todo o conjunto de necessidades de infraestrutura urbana (saneamento básico, contenção de encostas, sistema viário, iluminação pública), recuperação ambiental, melhorias habitacionais, produção de moradias, regularização fundiária e trabalho social. Os demais ministérios promovem outras ações articuladas para impulsionar a transformação urbana que já está sendo construída.

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    R7
  • EUA preparam nova declaração de emergência para justificar tarifaço ao Brasil, diz agência

    EUA preparam nova declaração de emergência para justificar tarifaço ao Brasil, diz agência

    O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, está preparando uma nova declaração de emergência como base para as tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil, segundo informações de pessoas familiarizadas com o assunto à agência de notícias Bloomberg.

    A medida, que ainda não foi finalizada, seria necessária para impor a sobretaxa de 50% ameaçada por Trump a um país cuja situação é muito diferente da de outros que foram atingidos por tarifas recíprocas.

    A principal diferença é que, enquanto outras nações-alvo das tarifas de Trump têm superávits comerciais com os EUA, o Brasil tem déficit. Por isso mesmo, há uma avaliação que as tarifas poderiam ser questionadas judicialmente.

    Falta uma semana para as tarifas começarem a ser cobradas, em 1º de agosto, segundo o prazo anunciado por Trump.

    O cenário é complicado pelo caráter mais político do que comercial. Nas falas do presidente americano, o argumento principal para a imposição da sobretaxa é o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, que ele considera uma “caça às bruxas”.

    Tecnicamente falando, as tarifas nem fariam muito sentido, uma vez que a balança comercial entre os dois países é há tempos favorável aos americanos.

    A busca por esse novo embasamento legal que o governo americano está procurando ajudaria a dar uma justificativa mais comercial e menos política ao tarifaço determinado por Trump.

    O Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) iniciou no dia 15 deste mês uma investigação sobre o Brasil, nos termos da Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, de acordo com comunicado distribuído pelo órgão na noite desta terça-feira, 15.

    A investigação buscará determinar “se atos, políticas e práticas do governo brasileiro são irracionais ou discriminatórios e oneram ou restringem o comércio dos EUA”, diz o documento.

    Enquanto isso, do lado do Brasil, os caminhos mais convencionais de conversa, via governo, têm surtido pouco efeito até o momento E o que boa parte das empresas brasileiras tem tentado fazer é buscar o apoio de seus parceiros americanos, que importam os produtos brasileiros, para que a pressão seja feita em solo americano, pelas empresas de lá. Leia nesta reportagem o que empresas e o governo têm feito para tentar reverter a medida.

    Os governos do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram “conversas reservadas”, nos últimos dias, e negociaram caminhos para tentar evitar o tarifaço.

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reuniu-se no sábado, por videoconferência, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. Os dois também tiveram reuniões virtuais em pelo menos outras duas ocasiões.

    A tentativa é ampliar os laços comerciais e de investimentos entre os dois países, sem discutir questões ideológicas.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, 25, que seu governo já fez dez reuniões com os Estados Unidos para tratar das tarifas impostas por Donald Trump sobre os produtos brasileiros importados pelos americanos. Mas ainda não houve avanços na prática.

    Estadão Conteúdo

     

  • Entenda por que a Venezuela voltou a cobrar imposto sobre produtos brasileiros

    Entenda por que a Venezuela voltou a cobrar imposto sobre produtos brasileiros

    Venezuela voltou a cobrar tarifas de importação sobre produtos brasileiros, mesmo aqueles com certificado de origem válido — violando um acordo comercial firmado entre os dois países em 2014.

    A medida pegou exportadores de surpresa, especialmente no estado de Roraima, principal porta de entrada do comércio terrestre com o país vizinho.

    As novas alíquotas variam entre 15% e 77% e atingem mercadorias que, até então, estavam isentas de imposto, como farinha de trigo, margarina, cacau, cana-de-açúcar e produtos de limpeza.

    Acordo desrespeitado

    Desde 2014, Brasil e Venezuela mantêm o Acordo de Complementação Econômica nº 69, firmado no âmbito da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração).

    O tratado previa isenção tarifária para uma ampla lista de produtos com certificado de origem, com o objetivo de facilitar o comércio entre os países.

    Na prática, a decisão do governo de Nicolás Maduro representa uma quebra unilateral do acordo, o que acendeu o alerta entre diplomatas, autoridades comerciais e empresários brasileiros.

    R7

  • Rastro do PIX: como PF seguiu dinheiro de empresas ligadas a ataque hacker até prender assessor com R$ 700 mil

    Rastro do PIX: como PF seguiu dinheiro de empresas ligadas a ataque hacker até prender assessor com R$ 700 mil

    A Polícia Federal (PF) chegou até o assessor parlamentar Jackson Renei Aquino de Souza, de 38 anos, preso em flagrante com R$ 700 mil, após comunicado do Banco Central que alertava sobre movimentações financeiras suspeitas na conta dele. Segundo o documento, Jackson havia recebido R$ 2,45 milhões via PIX de duas empresas ligadas a um ataque hacker contra instituições financeiras. Ele também é corretor de imóveis e trabalhava na Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR).

    Segundo a PF, as transferências foram as seguintes:

    • R$ 1,85 milhão da SIS Pagamentos e Serviços, de Curitiba (PR);
    • R$ 600 mil da Bank Ben Pagamentos Ltda, de Gravataí (RS).

    O g1 tentou contato com as empresas, mas não havia recebido resposta até a última atualização desta reportagem.

    O caminho do dinheiro até Jackson

    O furto aplicado contra as instituições bancárias é investigado pela operação Magna Fraus, da Polícia Federal em São Paulo.

    A investigação teve como ponto central a identificação de um grupo criminoso especializado em furtos mediante fraude e invasões de sistemas eletrônicos – a quantia desviada pode chegar a R$ 800 milhões.

    Antes de chegar à conta de Jackson, o dinheiro passou por pelo menos quatro empresas. Segundo a PF, os valores têm origem em furtos virtuais ocorridos em 30 de junho de 2025, contra três instituições financeiras.

    Instituições atacadas:

    • Banco Industrial do Brasil (BID): prejuízo de R$ 1 milhão
    • BMP SCMEPP Ltda: prejuízo de R$ 11 milhões
    • Credialiança CCR: prejuízo de R$ 1 milhão

    ➡️ Fluxo do dinheiro

    Do BID:

    • R$ 1 milhão foi transferido para a empresa Rich Beauty Cosmetics
    • Parte desse valor seguiu para a Bank Ben Pagamentos Ltda

    Da BMP SCMEPP e da Credialiança CCR:

    • Os valores desviados (R$ 12 milhões no total) foram enviados para a Ether Assets Account Ltda
    • A Ether Assets repassou parte do montante à SIS Pagamentos e Serviços Financeiros Ltda

    Transferências finais:

    • Bank Ben e SIS Pagamentos foram as responsáveis por transferir R$ 2,45 milhões via PIX para a conta de Jackson

    Ainda não está clara qual foi a participação direta de Jackson no ataque hacker. Ele é investigado pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro.

    O que diz Jackson Renei

    Em depoimento à PF, Jackson afirmou que não conhecia as empresas SIS Pagamentos e Serviços Financeiros Ltda e Bank Ben Pagamentos Ltda, responsáveis por enviar o dinheiro para a conta dele.

    O investigado alegou que os valores eram de um garimpeiro venezuelano com quem, na condição de corretor, negociava a compra de uma fazenda em Roraima. A operação, segundo ele, foi intermediada por outro homem. Disse ainda que usou a própria conta bancária para receber os valores porque havia promessa de lucro na transação.

    No entanto, para a PF, Jackson não poderia alegar desconhecimento sobre a origem ilícita do dinheiro. A delegada do caso entendeu que o comportamento dele se enquadra no que é chamado de “cegueira deliberada”, quando alguém, mesmo podendo e devendo saber de uma irregularidade, opta por ignorá-la de forma consciente.

    “Jackson podia e devia conhecer as circunstâncias, posto que é corretor de imóveis, técnico no assunto com o qual trabalha”, cita trecho do documento ao qual o g1 teve acesso.

    “Ficou claro em seu depoimento que ele deliberadamente evita confirmar que está envolvido em atividade ilícita, para, justamente, poder alegar ignorância. Esta ignorância, no entanto, é intencional de quem sabe que está fazendo errado e quer se locupletar da oportunidade mesmo assim”, destacou o relatório da PF.

    Jackson foi exonerado do cargo de assessor parlamentar que ocupava na Assembleia Legislativa de Roraima nesta quarta-feira (23), mesmo dia em que passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
    A exoneração dele foi publicada no Diário da Ale-RR e assinada pelo Superintendente de Gestão de Pessoas, Claudemi Alves. Ele trabalhava com o deputado Neto Loureiro (PMB).
    Na Ale-RR, ele era assessor parlamentar comissionado do deputado Neto Loureiro (PMB). À PF, ele disse que recebia o salário de R$ 4 mil na Assembleia e R$ 10 mil mensais como corretor.
    Procurada, a defesa dele disse que não se manifesta publicamente sobre nenhum caso.
    Em nota, Neto Loureiro disse que Jackson estava de férias e que “não compactua com qualquer tipo de ato ilegal.” Já a Ale-RR afirmou que “não pode ser responsabilizada por atos praticados pelo servidor fora de suas funções institucionais.”
    G1
  • Vazamento no CNJ expõe dados cadastrais de chaves PIX de 11 milhões de pessoas; senhas não foram reveladas

    Vazamento no CNJ expõe dados cadastrais de chaves PIX de 11 milhões de pessoas; senhas não foram reveladas

    O Banco Central e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmaram nesta quarta-feira (24) que houve um acesso indevido (vazamento) a dados vinculados a chaves PIX no sistema Sisbajud, ferramenta de busca de ativos operada pelo CNJ em parceria com o Banco Central. O incidente de segurança ocorreu nos dias 20 e 21 de julho e afetou dados cadastrais de 11.003.398 pessoas.

    Segundo os dois órgãos, não houve vazamento de dados sensíveis, como senhas, saldos, extratos bancários ou informações protegidas por sigilo bancário. As informações expostas foram exclusivamente de natureza cadastral: nome do titular, chave PIX, instituição financeira, número da agência e número da conta.

    Em nota, o Banco Central afirmou que o vazamento “não permite movimentações de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”. O CNJ, por sua vez, informou que o problema foi “imediatamente identificado e corrigido”, e que o sistema voltou a funcionar normalmente após a adoção das medidas de segurança.

    A Polícia Federal e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foram oficialmente comunicadas sobre o ocorrido.

    Riscos e recomendações

     

    Apesar de os dados expostos não permitirem movimentações financeiras, o CNJ alertou que a exposição de dados cadastrais representa riscos potenciais, como tentativas de golpes e fraudes. Por isso, o órgão recomenda que os usuários fiquem atentos a comunicações suspeitas e reforcem os cuidados com segurança digital.

    O CNJ ressaltou que não entra em contato com os afetados por meio de SMS, e-mail ou chamadas telefônicas, e que irá disponibilizar em seu site oficial um canal exclusivo para que cidadãos consultem se foram impactados pelo vazamento.

    O incidente ocorre em um contexto de atenção crescente à proteção de dados no país, especialmente após a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O artigo 48 da LGPD prevê que os responsáveis por dados pessoais devem comunicar incidentes de segurança que possam acarretar risco ou dano relevante aos titulares.

    G1