Categoria: Política

  • Manifestante furtam e usam estátua de cera de Macron em protesto na França

    Manifestante furtam e usam estátua de cera de Macron em protesto na França

    Ativistas da organização não governamental (ONG) Greenpeace roubaram, nesta segunda-feira (2/6), uma estátua de cera do presidente da FrançaEmmanuel Macron, a fim de usá-la em protesto relativo à guerra no leste europeu. O artefato, que estava exposto no museu francês Grévin, foi colocado pelos manifestantes em frente à embaixada da Rússia. 

    Ao lado da imagem do chefe de Estado, um cartaz continha os dizeres “a Ucrânia se queima, o negócio continua”. De acordo com a agência de notícias France-Presse, o objetivo era protestar contra exportações de gás e fertilizantes russos. 

    A estátua — avaliada em 40 mil euros (cerca de R$ 228 mil) — foi levada do museu por duas mulheres e um homem que entraram no estabelecimento, em Paris, como turistas e, dentro dele, trocaram as respectivas roupas para uniformes com o objetivo de serem confundidos com funcionários da equipe de manutenção. Eles retiraram o artefato do local sob um lençol, por meio de uma saída de emergência. 

    Dados do sindicato de fabricantes de fertilizantes da França (Unifa) informam que mais de 80% das importações de fertilizantes para o país comandado por Macron entre 2021 e 2023 veio da Rússia.  

    O diretor-geral do Greenpeace na França, Jean-François Julliard, afirma que o presidente francês “encarna discurso duplo”, uma vez que “apoia a Ucrânia, mas estimula as empresas francesas a seguir comercializando com a Rússia”. 

    De acordo com a AFP, os ativistas ligaram para o Grévin informando que devolveriam a imagem de Macron intacta. Em 1983, algo semelhante ocorreu no mesmo museu, quando uma imagem do então prefeito de Paris sumiu e apareceu alguns dias depois em um zoológico da cidade. 

  • PT pede à PF bloqueio de contas de Bolsonaro e de remessas a Eduardo

    PT pede à PF bloqueio de contas de Bolsonaro e de remessas a Eduardo

    O líder do PT na Câmara, Lindhberg Farias (RJ) pediu que a Polícia Federal bloqueie as contas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de eventuais remessas de recursos ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

    “A manutenção da possibilidade de transferência internacional de valores oriundos do Brasil para contas, cartões ou serviços de titularidade direta ou indireta de Eduardo Bolsonaro representa risco imediato à efetividade da jurisdição penal, além de reforçar a continuidade da ofensiva contra o Estado Democrático de Direito”, justifica o petista no documento encaminhado hoje à PF.

    Em razão disso, ele pede:

    • 1) O deferimento de representação de pedido cautelar de interrupção imediata do fluxo de recursos financeiros com origem no Brasil e destinação ao exterior, em favor do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, atualmente em território norte-americano e o bloqueio imediato das contas de Jair Bolsonaro, apontado como autor da captação irregular e financiador do núcleo externo da trama golpista.
    • 2) A quebra de sigilo bancário e fiscal do investigado e de Jair Bolsonaro e demais envolvidos, com fundamento no artigo 1º, §4º, da LC nº 105/2001 para fins de rastrear valores enviados ao exterior com indícios de desvio de finalidade na arrecadação por Pix para financiar estrutura no exterior destinada a atacar o sistema de justiça brasileiro.
    • 3) A realização de comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) para fins de detectar movimentações financeiras atípicas entre Eduardo, Jair e pessoas físicas e/ou jurídicas que atuem como intermediários para envio de valores ao exterior.

    O líder do PT também pediu que a PF abra investigação contra o deputado federal Felipe Barros (PL-PR) por ter realizado reuniões no exterior “contribuindo com a negociação de intervenção estrangeira contra autoridades brasileiras”.

    Procuradas, as defesas de Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram. O deputado Filipe Barros também não se posicionou.

    CNN

  • STF tem maioria para tirar do STJ investigação contra governador de Alagoas

    STF tem maioria para tirar do STJ investigação contra governador de Alagoas

    A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que declarou a incompetência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), por suposta participação em um esquema de desvio de recursos públicos.

    A investigação apura se houve desvios de verbas da Assembleia Legislativa de Alagoas, na época em que Dantas era deputado estadual. Ele é investigado por supostos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

    O julgamento se trata de um recurso apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a decisão de Moraes que declarou a incompetência do STJ, por se referir a fatos supostamente ocorridos quando Dantas era deputado estadual, sem relação com seu mandato de governador.

    Em seu voto, Moraes voltou a defender a retirada de competência do STJ e reiterou que o recurso do MPF não trouxe argumentos capazes de reverter seu entendimento.

    “Por essa razão, foi afastada a competência do Superior Tribunal de Justiça para processar e julgar as supostas condutas ilícitas. Em consequência, determinei o encaminhamento dos autos à 17ª Vara Criminal da Comarca de Maceió/AL”, afirmou Moraes.

    A análise do caso ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF até sexta-feira (6). Até o momento, o voto de Moraes, que é o relator, foi acompanhado por Flávio Dino e Cármen Lúcia. Como a turma é composta por cinco ministros, os três votos já foram suficientes para formar maioria.

    Ainda falta o voto do ministro Luiz Fux, que pode optar por pedir vista — mais tempo para analisar o caso — ou destaque, o que retira o julgamento do ambiente virtual e o leva para o plenário físico da Primeira Turma. Já o ministro Cristiano Zanin se declarou impedido de participar da análise.

    Durante seu voto, Moraes também baseou sua decisão em jurisprudência da própria Corte, segundo a qual o foro por prerrogativa de função só se aplica a atos praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Como os supostos crimes ocorreram no período em que Dantas era deputado estadual, a competência seria do Tribunal de Justiça de Alagoas.

    “Os autos principais devem ser encaminhados ao Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, uma vez que, conforme demonstrado, o objeto da investigação envolve fatos supostamente ocorridos durante o período em que o reclamante exercia o cargo de Deputado Estadual, crimes que teriam sido cometidos em razão do exercício de suas funções” complementou Moraes.

  • Paes veta “Dia da Cegonha Reborn” no RJ: “Com todo respeito, mas não dá”

    Paes veta “Dia da Cegonha Reborn” no RJ: “Com todo respeito, mas não dá”

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), vetou o projeto de lei do “Dia da Cegonha Reborn“, proposto pelo vereador Vitor Hugo (MDB). A data seria comemorada anualmente no dia 4 de setembro, segundo o texto.

    Em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (2), Paes afirmou: “Com todo respeito, mas não dá”.

    Após a decisão do prefeito, o veto agora será analisado pelos vereadores.

    Dia da Cegonha Reborn

    O assunto ganhou força e popularidade na internet nos últimos meses. O projeto, aprovado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro no último dia 7, previa reconhecer o trabalho de artesãs que criam os bonecos

    De acordo com o autor do texto, “o nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais”.

    Prefeito veta "Dia da Cegonha Reborn": "Não dá", escreveu - NF Notícias

    Na justificativa, Vitor Hugo destacou também que os bebês reborns — bonecas hiper-realistas —, são utilizados para auxiliar no tratamento psicológico em casos de lutos e traumas.

    “Os bebês realistas estão ganhando cada vez mais espaço, pois tornaram-se uma febre mundial. Surpreende, ainda, o fato de que no mundo dos bebês reborn, existe até maternidade e parto. Há ainda, relatos de casos em que são utilizados como terapia por psicólogos, para o restabelecimento de lutos e outros traumas”, diz trecho do projeto de lei.

    CNN

  • Haddad cita correção de distorções e reformas estruturais como alternativas ao aumento do IOF

    Haddad cita correção de distorções e reformas estruturais como alternativas ao aumento do IOF

    Após o Congresso Nacional estabelecer um prazo de 10 dias para que o governo federal apresente um plano alternativo para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta segunda-feira (2) que a equipe econômica tem duas alternativas.

    A primeira possibilidade, segundo Haddad, é “corrigir distorções do sistema financeiro”. O ministro, no entanto, não detalhou quais distorções podem ser corrigidas.

    Haddad descartou que a equipe econômica fará mudanças na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) por causa da regra da noventena.

    “Corrigir distorções do sistema financeiro para abrir espaço para a calibragem do decreto do IOF. Se houver qualquer calibragem, vai ser no âmbito da expansão da correção dos desequilíbrios existentes hoje dos tributos que dizem respeito às finanças”, afirmou Haddad a jornalistas.

    Outra alternativa que está sendo estudada é a implementação de novas reformas estruturais. De acordo com o ministro, a medida é necessária para evitar a elaboração de um novo pacote fiscal a cada ano, como o que foi enviado ao Congresso Nacional no final de 2024.

    “Eu tenho duas alternativas. Uma é uma medida regulatória para resolver o problema de modo paliativo para cumprir as metas do ano. A outra, que interessa mais a Fazenda, é voltar a fazer reformas estruturais”, disse.

    Segundo Haddad, as propostas foram apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre.

    No último domingo (1°), Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou à equipe econômica do governo federal a suspensão imediata da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o chamado “risco sacado”.

    “Não vai ser discutido [risco sacado] dessa maneira. Não vai ser discutido rapidamente. Ninguém aqui está querendo postergar”, disse Haddad nesta segunda (2).

    O governo anunciou, em maio, uma elevação no IOF cobrado sobre diversas operações financeiras para cumprir a meta fiscal de 2025. Em razão da repercussão negativa no mercado financeiro, a equipe econômica começou a recuar no mesmo dia.

    Ao mesmo tempo, os deputados e senadores iniciaram uma articulação para derrubar a alta do IOF. Diante desse cenário, Haddad se reuniu com Hugo Motta e Davi Alcolumbre. Após o encontro, foi estabelecido um prazo de 10 dias para que o governo apresente um plano alternativo às medidas.

    “Eu saí da reunião da semana passada com um prazo de 10 dias. Eu não preciso dos 10 dias. Nós sabemos o que precisa ser feito. Precisa tomar uma decisão política do que será feito. Diante do que eu ouvi, eu acredito que essa semana a gente possa resolver e melhorar a regulação do IOF, combinado com as questões estruturais”, afirmou.

    “Confortável”

    De acordo com o ministro da Fazenda, as discussões realizadas com o Congresso Nacional sobre o aumento do IOF deixaram a equipe econômica “muito confortável”. Na avaliação de Haddad, há uma janela de oportunidades para a implementação de reformas estruturais com efeitos de longo prazo.

    “Eu já estava, na semana passada, muito confortável com os debates que foram feitos com os líderes. Hoje, estou ainda mais. O que eu ouvi no final de semana, em conversa com os dois, conversa com o presidente da República, me deixa muito confortável de que nós temos uma oportunidade de voltar a fazer as reformas necessárias para o país continuar crescendo”, disse.

    O ministro falou também em “sintonia” do governo com o Congresso Nacional. O próximo passo é definir os termos do plano alternativo de medidas que serão apresentadas pela equipe econômica, de modo a atender às reivindicações dos deputados e senadores.

    “É definir qual vai ser o recorte que vai ser feito dessas medidas e apresentar aos três presidentes [Lula, Davi e Hugo]. Se nós chegarmos a uma boa definição, 70%, 80%, 90% daquilo que for discutido… Se houver uma compreensão de que é hora de avançar, eu acredito que vamos dar uma perspectiva muito mais sustentável, sem essas medidas paliativas”, disse.

    CNN

  • Fim da redução de pena para condenado por crime hediondo avança na Câmara

    Fim da redução de pena para condenado por crime hediondo avança na Câmara

    A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê o fim do benefício de redução da pena para pessoas condenadas por crimes hediondos, como homicídio qualificado, latrocínio e estupro, por exemplo.

    Apresentado pelo deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), o projeto 3331/24 foi relatado pelo deputado Sanderson (PL-RS), que foi favorável à aprovação da matéria.

    Para Sanderson, o caráter excepcional desse tipo de crime deve levar, consequentemente, a uma punição excepcional, ou seja, em que não seja possível a remição de pena.

    “Não se trata de negar o valor do trabalho e da educação como instrumentos de ressocialização, mas de reconhecer que o caráter excepcional dos crimes hediondos exige um regime punitivo também excepcional”, disse.

    A remição é um instrumento que permite a redução do tempo de cumprimento de pena de um preso por meio de trabalho ou estudo.

    Já os crimes hediondos são aqueles considerados mais graves — por sua natureza ou pela maneira como tenham sido cometidos. A esse tipo de crime já são aplicadas algumas restrições, por exemplo, os acusados não podem pagar fiança e os acusados não podem receber anistia, graça ou indulto.

    Para ser aprovado, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), pelo plenário da Câmara, e pelo Senado.

    *Com informações da Agência Câmara

  • Alta do IOF: Setor privado diz que medida vai na contramão do crescimento

    Alta do IOF: Setor privado diz que medida vai na contramão do crescimento

    A elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mobilizou os setores da economia contra a postura do governo federal.

    Do varejo à indústria, aponta-se um movimento que encarece o crédito e, consequentemente, caminha na direção oposta do desenvolvimento da atividade econômica.

    “Tais medidas terão como consequência o aumento dos custos das empresas, inclusive as do setor industrial, já penalizadas pela distribuição tributária desigual e pela dificuldade de acesso ao crédito – sobretudo em um ambiente marcado por taxa básica extremamente contracionista e spreads bancários excessivamente elevados. O efeito será muito negativo sobre a atividade econômica e vai inibir investimentos”, aponta a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

    A entidade argumenta que a alta do IOF vai na contramão de medidas adotadas pelo próprio governo, como o programa Nova Indústria Brasil (NIB), voltado para o fomento da atividade e produção do setor.

    Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice da Fiesp, vê a medida como mais um fator que se soma ao chamado “custo Brasil”.

    “Acabamos de ser surpreendidos com mais do mesmo nessa prática, com o recente aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para a indústria e da alíquota do IOF sobre operações de crédito para empresas, de 0,38% para 0,95%, que está sendo discutido com o governo pelo setor privado e o Congresso Nacional”, elenca Cervone.

    “As duas medidas somam-se a todos os problemas geradores do ‘Custo Brasil’, que tem limitado há tempos o crescimento do PIB e sufocado a indústria, uma atividade que demanda investimentos constantes em tecnologia, equipamentos e capacitação profissional para ser competitivo”, ressalta.

    O IOF mais elevado é um fator que também se soma ao crédito já pressionado no país por conta da taxa Selic – definida pelo Banco Central (BC) para medir os juros básicos do país – elevada, hoje em 14,75% ao ano.

    “A medida, tomada em um contexto em que o Brasil ainda convive com uma das taxas de juros reais mais altas do mundo, agrava ainda mais o custo do crédito para as empresas, impactando diretamente a atividade produtiva e o investimento”, diz a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

    “A elevação das alíquotas do IOF sobre operações de empréstimo, adiantamento a depositante, financiamentos e excessos de limite — que dobraram para pessoas jurídicas — representa um encarecimento imediato do capital de giro, crucial para a manutenção da operação industrial e comercial em todo o país”, pontua.

    Para além da indústria, o varejo também se vê em terreno incerto com a alta do IOF. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) coloca em perspectiva não só o risco ligado ao encarecimento do crédito, mas também as distorções que podem ser geradas com a elevação do imposto para algumas operações cambiais.

    “O aumento da carga tributária sobre operações de crédito — que representa uma elevação superior a 110% ao ano no IOF para empréstimos empresariais — encarece diretamente o financiamento produtivo. Soma-se a isso o agravamento das distorções no mercado, como a taxação sobre operações de câmbio, que encarece a importação de insumos e bens de capital, fundamentais para investimentos e modernização do parque produtivo nacional”, indaga.

    Um grupo de confederações lançou um manifesto, na segunda-feira (26), pedindo que o Congresso derrube o decreto do IOF.

    O documento diz que “o setor privado brasileiro recebe com preocupação as medidas anunciadas pelo Governo Federal de aumento de alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)”.

    “A decisão gera imprevisibilidade e aumenta os custos para produzir no país. Com as medidas, os custos das empresas e dos negócios com operações de crédito, câmbio e seguros serão elevados em R$ 19,5 bilhões apenas no que resta do ano de 2025. Para 2026 o aumento de custo chega a R$ 39 bilhões”, afirma.

    Assinam o documento a Confederação Nacional do Comércio (CNC), da Indústria (CNI), da Agricultura (CNA), das Seguradoras (CNseg), das Instituições Financeiras (CNF), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas).

    Em entrevista ao CNN Money, Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, indicou que a alta do IOF é mais uma dificuldade imposta não só ao varejo, mas para a economia brasileira como um todo.

    “Na parte regulatória, isso [o IOF] significa um imposto para você incentivar ou desincentivar comportamentos do mercado, atividades. Então, uma vez que o governo aumenta o IOF, você vai desincentivar operações de crédito, todo o fluxo de capital, operações cambiais e isso tende a ter um efeito muito perverso sobre a estrutura de custo das empresas”, explicou Tavares.

    “Isso reflete em dificuldades na atividade econômica […], além de gerar uma sinalização muito ruim em termos de segurança jurídica e de vitrine para o Brasil, sendo um país ainda mais hostil para negócios”, pontuou.

    Mas, em evento, o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, se disse otimista de que a reversão da medida será alcançada ao avaliar seu impacto.

    “O setor [de seguros] financia 25% da dívida pública deste mesmo governo que quer impor um IOF tão absurdo que inviabiliza qualquer pessoa a colocar mais de R$ 50 mil em um VGBL. É 5% sobre a poupança da pessoa, não sobre o rendimento das pessoas”, argumentou.

    CNN

     

  • Fraudes no INSS: ressarcimento será feito com recursos da União, diz AGU

    Fraudes no INSS: ressarcimento será feito com recursos da União, diz AGU

    O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou nesta sexta-feira (30), que o ressarcimento dos aposentados e pensionistas lesados com descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), será realizado com recursos da União.

    As datas de pagamento, porém, ainda não foram divulgadas. Segundo Messias, o calendário de ressarcimento das vítimas deve ser anunciado na próxima semana.

    “O governo federal vai pagar com recursos da União e nós vamos nos ressarcir dessas entidades a partir da venda dos bens bloqueados”, afirmou o ministro durante visita à sede dos Correios, em Brasília.

    Segundo Messias, uma das principais preocupações da AGU é fazer o pagamento com celeridade e de “forma mais segura possível” para os beneficiários. A agenda de ressarcimentos deve ser anunciada na próxima semana.

    “Nós temos que garantir o direito de regresso da União contra as entidades que fraudaram os aposentados e pensionistas. […] O que nós não podemos é pagar os aposentados e não ter a condição de ter o ressarcimento garantido para os cofres da União.”

    Na terça-feira (27), o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) se reuniu e decidiu que todos os aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos devem receber o pagamento até 31 de dezembro deste ano.

    Atendimento nos Correios

    Os Correios começaram nesta sexta-feira a atender os aposentados e pensionistas do INSS que sofreram descontos indevidos.

    Os beneficiários poderão consultar, contestar e acompanhar a análise de descontos diretamente nas agências dos Correios. Serão cerca de 5 mil agências habilitadas, em todo país, para atender a demanda.

    CNN

  • Lula relembra apoio de Marisa em exame para diagnosticar câncer

    Lula relembra apoio de Marisa em exame para diagnosticar câncer

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), relembrou, nesta sexta-feira (30), seu diagnóstico de câncer na laringe, em outubro de 2011. Ele relatou ainda que Marisa Letícia, sua falecida ex-esposa, o incentivou a fazer o exame PET scan, que verifica a existência de tumores.

    “Eu fui no Sírio (Hospital Sírio-Libanês) dar uma olhada na minha garganta e eu jamais imaginei ter câncer. Dia 26 de outubro, um dia antes do meu aniversário, eu estava com muita febre, a garganta irritada e eu fui no médico e ele me falou que estava inflamado. [Ele] me deu um remédio”, afirmou, durante o lançamento do programa Agora Tem Especialistas, que visa ampliar o acesso da população a médicos especialistas, exames e cirurgias.

    “Eu ia saindo e a Marisa falou assim pra mim: ‘Lula, por que você não faz um PET scan?’”, relatou o presidente. Emocionado, Lula falou que começou a realizar o tratamento dois dias depois da descoberta do tumor.

    “Fico imaginando porque todas as pessoas não têm direito a isso”, afirmou o chefe do Executivo. A remissão do câncer de Lula foi anunciada pelos médicos no início de 2012.

    O programa Agora Tem Especialistas prevê o credenciamento de clínicas, hospitais filantrópicos e privados para atendimento de pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com foco em seis áreas:

    • oncologia;
    • ginecologia;
    • cardiologia;
    • ortopedia;
    • oftalmologia;
    • e otorrinolaringologia.

    A contratação da rede privada vai ser realizada pelos estados e municípios, ou também pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) e o Grupo Hospitalar Conceição, vinculado ao Ministério da Saúde.

    A medida provisória apresentada por Lula determina que hospitais privados e instituições filantrópicas credenciadas ofereçam consultas, exames e cirurgias a pacientes do SUS como forma de quitar dívidas com o governo federal.

    Além disso, os planos de saúde também poderão compensar valores devidos ao SUS por meio da prestação de serviços aos usuários do sistema público de saúde.

    CNN

  • Crítica de Galípolo a IOF incomoda e governistas sobem tom contra juro alto

    Crítica de Galípolo a IOF incomoda e governistas sobem tom contra juro alto

    A posição do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre o pacote do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incomodou parte da base de parlamentares governistas, que já sobe o tom contra decisões da autoridade monetária nos bastidores, segundo apuração da CNN.

    Após o anúncio do pacote, Galípolo se disse contrário ao uso de um imposto regulatório, caso do IOF, para fins arrecadatórios. “Minha antipatia e resistência ao uso da alíquota do IOF como expediente para perseguir a meta fiscal decorre justamente desse receio [interpretação sobre possível controle cambial]”, afirmou.

    A ala de governistas que não recebeu bem a posição de Galípolo já avalia aumentar a pressão sobre o BC em relação ao patamar atual da Selic — em 14,75% ao ano, o maior em quase duas décadas.

    Parlamentares ouvidos pela CNN argumentaram que este patamar de juro dificulta ainda mais a tarefa do governo de organizar e equilibrar suas contas. A Selic é um dos principais indexadores da dívida pública, e o próprio BC estima que cada 1 ponto percentual de aumento da taxa aumenta seu estoque em mais de R$ 50 bilhões.

    O governo apresentou na última semana o pacote do IOF mirando aumentar a arrecadação deste ano em R$ 61 bilhões no próximo biênio: R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Após repercussões negativas no mercado financeiro, porém, a gestão federal recuou em trecho que eleva o imposto para aplicações no exterior.

    O presidente do BC elogiou o recuo: “Todo mundo precisa louvar e reconhecer que o ministro, [Fernando Haddad, da Fazenda], que em poucas horas suprimiu a medida, antes mesmo do mercado abrir, após ouvir a sociedade. Cabe a todos nós reconhecer a agilidade com que a Fazenda atuou ontem no final do dia”, disse.
    CNN